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TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGOS TESTAMENTO
AULA 3 – HOMEM, PECADO E REDENÇÃO
HOMEM, PECADO E REDENÇÃO
 Não existe em toda a literatura uma obra tão rica como o AT
quanto à exposição da natureza paradoxal do homem.
 Não há uma fonte mais importante do que a Bíblia que nos
ajude no entendimento da natureza e das necessidades do
homem, tão desconhecido, até mesmo na época em que
vivemos.
 É disso que nos ocuparemos nesta lição, incluindo o problema
do pecado e a questão da redenção humana.
 Conhecemos cinco vocábulos hebraicos que em geral são
traduzidos por “homem” no Antigo Testamento:
 Adam
 Adão
 Ser Humano
 Humanidade
 Raça Humana
 Aparece 562 vezes, sempre na forma singular mas na maioria das
vezes com sentido coletivo.
 O termo provavelmente vem de uma raiz que significa “escuro”
ou “vermelho”.
 ’îsh, “homem”, “marido”, ocorre 2.160 vezes, em geral se
refere ao marido em oposição à esposa ou ao masculino em
relação ao feminino.
 Aplica-se também aos animais machos em oposição às fêmeas
(Gn. 7.2).
 Este vocábulo possui uma etimologia incerta.
 ’ĕnôsh, “ser humano”, ocorre 42 vezes e provavelmente vem
de uma raiz que significa “ser fraco” ou “mortal”.
 O termo aparece com mais frequência em Jó (18 vezes) e em
Salmos (13 vezes).
 ’ĕnôsh muitas vezes está em paralelo com “adam”, como nas
passagens que levantam a pergunta: “Que é o homem?”
(Jó. 7.17; Sl. 8.4; 144.3).
 Geber, “homem”, “homem forte”, “valente”, ocorre 65 vezes e transmite
a ideia de poder, força ou excelência.
 Salmos e Jó usam o termo com frequência no sentido de uma pessoa que
confia em Deus e o teme, e faz o que ele exige. (veja Jó. 3.23; 4.17; 10.5;
14.10, 15; 16.21; SI. 34.9; 37.23; 55.8, 9; Jr. 17.7).
 O vocábulo mat, “homens”, que aparece apenas no plural. Às vezes o
termo se refere a pessoas do sexo masculino em geral. (Dt. 2.34; 3.6; Jz.
20.48)
 Eventualmente matim é usado para indicar “poucos homens”
(Gn. 34.30; Dt. 4.27; 26.5; 28.62; 33.6; l Cr. 16.19; SI. 105.12; Jr. 44.28).
A NATUREZA DO HOMEM
 Os escritores do Antigo Testamento são unânimes em afirmar que o
ser humano é um ser criado.
 Ao traduzir, geralmente, os substantivos hebraicos mais frequentes
com as palavras “coração”, “alma”, “carne” e “espírito”,
ocorreram equívocos de graves consequências.
 Eles remontam já à antiga tradução grega da Septuaginta e
acarretaram uma antropologia dicotômica ou tricotômica, na qual
o corpo, a alma e o espírito se encontram em oposição mútua.
 É necessário examinar até que ponto, quando passou a usar a
língua grega, a filosofia helênica deturpou e substituiu concepções
semítico-bíblicas.
 Para isso, temos que esclarecer o uso veterotestamentário das
palavras.
 Essa tarefa exige uma percepção dos pressupostos ideativos e
conceituais semíticos.
 Dois deles possuem importância fundamental.
 Por isso, vamos tratar deles antes de qualquer outra
consideração especial.
 No Salmo 6.3-5, encontram-se paralelamente nas seguintes
palavras: eu – meus ossos – minha alma - eu.
 Esse modo de proceder é acertadamente designado de
“estereometria da expressão ideativa”.
 Os mestres pensam que a melhor maneira de expor suas matérias
não é mediante o emprego de termos claramente delimitados, mas,
ao contrário, por meio da justaposição de palavras com
significados afins.
 Esse modo estereométrico de pensar define o espaço vital do ser
humano mediante a citação de órgãos característicos, descrevendo
desse modo a totalidade do ser humano (Pv. 18.15).
 Desse modo, o pensamento estereométrico pressupõe também uma
visão de conjunto dos membros e órgãos do corpo humano, com
suas funções e atividades.
 Trata-se do pensamento sintético que, com a menção de uma parte
do corpo, refere-se à sua função (Is. 52.7).
 Por isso, nossa gramática bíblico-antropológica terá que lançar luz
sobre a riqueza de significação das palavras que descrevem o ser
humano.
 No estudo desse assunto encontramos vários termos hebraicos de
interesse especial, referem-se a elementos indivisíveis do homem.
 Os vocábulos são:
 Bāsār (corpo, carne),
 Lēb e lēbab (coração),
 Nephesh (alma)
 Rûah (espírito)
 Basicamente bāsār faz referência à parte visível, externa, física e
material da natureza humana.
 Esse vocábulo traduzido por “carne” ocorre 273 vezes.
 Refere-se às partes musculares tanto das pessoas quanto dos
animais.
 A carne liga, portanto, o ser humano ao mundo animal, não ao
divino.
 A carne, no AT, é fraca (2 Cr. 32.8; Sl. 56.4; Jr. 17.5, 7), mas não é a
base do pecado.
 A carne pode significar o corpo visível, a um “parente de sangue”
ou familiar próximo (Gn. 29.14; 37.27; Lv. 18.6).
 Ela também pode indicar uma pessoa ou indivíduo (Lv. 13.18;
Pv. 11.17).
 Também tem qualidades psíquicas no Antigo Testamento. Ela pode
ter:
 Esperança (Sl. 16.9),
 Ansiar por Deus (Sl. 63.1),
 Cantar de alegria para o Deus Vivo (Sl. 84.2).
 A palavra lēb e lēbab significa:
 Coração
 Mente
 Inteligência
 Vontade
 Consciência (1 Sm. 24.5)
 Íntimo
 O coração geralmente é considerado como a sede da
inteligência e da vontade (Is. 10.7)
 Nos textos do AT o coração já era conhecido como órgão
físico, mas não sua função essencial de fazer circular o
sangue.
 Na realidade são poucas as referências que tratam o coração
como órgão físico.
 O uso mais comum são os dados acima.
 É assim que, “coração”, no AT, refere-se principalmente aos
poderes psíquicos da pessoa.
 Na literatura veterotestamentária ao coração é atribuído tudo o
que nós atribuímos à cabeça e ao cérebro:
 A capacidade de perceber
 Raciocinar
 Pensar
 Compreender
 Entender e tomar conhecimento
 A consciência
 Memória
 Conhecimento
 Sentimento
 Vontade
 Juízo.
 Nosso outro vocábulo de interesse é nepesh.
 As versões tradicionais da Bíblia traduzem geralmente por
“alma” a palavra fundamental da antropologia
veterotestamentária (nepesh).
 Encontramos traduzida por psyché na Bíblia grega e por anima
na latina.
 O vocábulo ocorre 755 vezes no Antigo Testamento; a
Septuaginta (LXX) traduz 600 vezes por psyché.
 Esta diferença estatística mostra que a significação diversa da
palavra, em vários lugares, já chamou a atenção dos antigos.
 Hoje podemos concluir que em muito poucas passagens a
tradução dessa palavra por “alma” corresponde ao significado de
nepesh.
 A tradução do termo por “alma” abriu a porta para a entrada
das ideias gregas a respeito da alma.
 Na realidade, aspectos físicos e psíquicos da natureza humana
podem ser indicados por esse termo em graus variados.
 Os estudiosos com frequência contrastam a perspectiva hebraica
com a perspectiva grega que compreende a natureza humana
como uma dicotomia (corpo/alma, espírito/carne) ou tricotomia
(corpo/alma/espírito), com as várias partes opostas uma à outra.
 A perspectiva grega na verdade é de Platão, de que o ser humano
é composto de duas partes:
 A razão, que é a parte imortal,
 A sensualidade, que é a mortal.
 A perspectiva de Aristóteles era diferente da de Platão.
 Ele ensinava que a alma era o princípio vital do corpo e que nem
um nem outro podiam existir sem o outro.
 Para ele a alma é para o corpo o que cortar é para o machado.
 Dessa forma, a perspectiva “grega” do ser humano que separa e
opõe os vários aspectos da natureza humana na verdade é a de
Platão.
 A perspectiva do Antigo Testamento é radicalmente distinta.
Aristóteles, em certo sentido, previu o conceito moderno de
unidade do ser humano
 Portanto, nepesh deve ser vista aqui em conjunto com a figura
total do ser humano e especialmente com sua respiração;
 Por isso, o ser humano não tem nepesh, mas é nepesh, vive como
nepesh.
 O significado básico de nepesh provavelmente é:
 Garganta
 Boca
 Goela
 Pescoço.
 Portanto, nepesh deve ser vista aqui em conjunto com a figura
total do ser humano e especialmente com sua respiração;
 Parece que o significado de nepesh mudou para “respiração”,
indicando vitalidade e vida, mas não se limita à “vida” do ser
humano.
 Os animais também são chamados “seres vivos” (nepesh hāyā,
Gn. 1.21, 24; 2.19; 9.10, 15, 16; Lv. 11.46).
 A forma verbal da raiz nps ocorre apenas três vezes no Antigo
Testamento, com o significado de “exalar”, “prender a
respiração”, “refrescar-se”.
 Contudo, quando se diz a respeito de Raquel (Gn. 35.18) que sua
nepesh “saiu” quando ela morreu, só se pode pensar na
respiração.
 Em 1 Reis 17.21s., a nepesh volta para o filho da viúva de
Sarepta, a respeito do qual o versículo 17 disse que não havia
mais hálito nele.
 Dessa forma, fica evidente a dificuldade em se fazer uma
distinção entre nepesh, rûah e lēb do homem.
 O pensamento pode representar a atividade de qualquer um
destes três órgãos, mas isto não quer dizer que as palavras são
sinônimas, a não ser no sentido muito limitado.
 Na totalidade do seu ser, o homem pode ser designado por
nepesh, mas ele tem um rûah e um lēb.
 Convém fixar que nepesh tem, na realidade, vários outros
sentidos.
 Temos ainda que compreender o vocábulo rûah.
 Este ocorre 378 vezes no hebraico e 11 vezes nas porções
aramaicas da Bíblia.
 Em geral tem o significado de “vento”, “espírito”, “fôlego”.
Aproximadamente 113 vezes rûah se refere a “vento” ou ar em
movimento.
 Em 136 lugares rûah está se referindo ao “espírito de Deus”,
deixando 130 referências para o “espírito humano” e outros
significados.
 Podemos afirmar que a ideia básica de rûah, como na palavra
grega pneuma, é “vento”.
 O próprio Senhor Jesus comparou a obra do Espírito ao vento
em João 3.6-8, seguindo os profetas e escritores do AT que viam
em rûah um poder ativo, sobre-humano, invisível, misterioso,
difuso. Rûah pode se referir:
 Ao vento oriental (Êx. 10.13),
 Ao vento norte (Pv .25.23),
 Ao vento ocidental (Êx. 10.19)
 Aos quatro ventos (Jr. 49.36),
 Ao vento forte (Sl. 55.8)
 Ao vento do céu (Gn. 8.1).
 No início do AT é feita a associação entre o “sopro” de Deus e o
“princípio de vida” no ser humano (Gn. 2.7; 6.17; 7.15-22).
 O sopro que “energizou” o ser humano foi uma dádiva do espírito
de Deus (Jó. 9.18; 19.17).
 Essa dádiva de vida do espírito de Deus não foi exclusiva do ser
humano.
 Os textos do AT afirmam que a vida ou vitalidade dos animais
também provém do espírito de Deus (Gn. 6.17; 7.15; Ec. 3.19, 21).
 Os ídolos não têm “espírito” ou “fôlego”. Eles não têm vida nem
poder (Jr. 10.14; Hc. 2.19).
 Os “ossos” de Israel voltam a ter vida quando o “espírito” vem
dos quatro ventos e sopra sobre eles (Ez. 37.6, 8-10, 14).
 Assim, o espírito (rûah) é o sopro e o princípio vital no ser
humano.
O SER HUMANO COMO IMAGEM DE DEUS
 Toda a criação de Deus é o mundo do ser humano.
 É o que atestam os dois relatos da criação em Gênesis e
afirmações semelhantes em outras passagens como o Salmo 8.
 O Escrito Sacerdotal exprime a posição especial do ser humano
na breve fórmula de que ele foi criado e é protegido como
“imagem de Deus” (tsélem ´elohim) (Gn. 1.26s; 9.6).
 Em que sentido o ser humano é “imagem de Deus”?
 Tomada em sua expressão, em primeiro lugar e basicamente,
indica uma correspondência entre o ser humano e Deus.
 O caráter peculiar do ser humano na criação deve ser entendido
a partir de sua relação especial com Deus.
 Melhor ainda seria falar da relação de Deus com o ser humano
como pressuposição para a autocompreensão do ser humano,
pois o conceito aparece pela primeira vez na deliberação de Deus
e na resolução que Ele toma em Gênesis 1.26:
“Façamos o ‘ser humano’ segundo a nossa imagem, semelhante a
nós!”.
 Em que sentido o ser humano é “imagem de Deus”?
 Segundo aquela palavra decisória, o ser humano surge a partir
de uma interpelação de Deus.
 Isso não deve ser entendido apenas formalmente, tanto que a
palavra de bênção em 1.28, em sua primeira parte, é semelhante
à palavra dirigida aos peixes e às aves em 1.22.
 A continuação, na palavra dirigida aos seres humanos, é singular.
Ela traz a concessão do encargo que distingue o ser humano.
 O Salmo 8.5 a entende como “coroação” com sublimidade e
glória.
 A finalidade da decisão divina de criar uma “imagem de Deus” é
logo definida de tal forma que o ser humano é posto em uma
relação especial com os seres vivos criados anteriormente (1.26b).
 Também conforme o Salmo 8.7, as obras das mãos de Deus são
entregues ao ser humano.
 Dessa forma, a singularidade do ser humano está, basicamente,
no fato de que a ele foi dado o domínio sobre os animais.
 O primeiro ser humano deu nomes a todos os animais (Gn. 2.19),
exercendo, assim, poder sobre eles.
Consequências da
imagem e da
semelhança divina no
espírito do homem
As aspirações
religiosas do homem
O seu entendimento
do desígnio divino
nas obras da criação
A sua capacidade de
sujeitar a terra e
dominar os animais
Os seus poderes
criadores
No aproveitamento
das riquezas da terra
O seu regozijo no
privilégio de
comunicar-se com
Deus
Receber a revelação
da vontade do
Criador para a
humanidade
As operações de Deus
na história, segundo o
seu plano
predeterminado
 Os homens são semelhantes a Deus.
 O homem é o único elemento de toda a criação de Deus
semelhante a ele.
 De maneira alguma isso nos faz divinos.
 Não há nenhuma centelha do divino em nossa natureza, mas
somos “semelhantes” a ele.
 Nós o representamos.
 Exercemos parcialmente seu poder sobre a terra.
 Somos responsáveis perante ele pelo modo como agimos diante
dele e diante uns dos outros.
O SER HUMANO UM SER SOCIAL
 A palavra Adão significava originalmente:
 O homem na sua coletividade (Gn. 1.26),
 Um ser humano (Gn. 2.5).
 Os sociólogos falam do organismo social, ou de grupos de pessoas
que tem característicos pessoais.
 Todas as sociedades primitivas dão muita ênfase à solidariedade
social do grupo.
 A personalidade corporal é conhecida entre todos os povos.
 A entidade social, como a família, a tribo e a nação, tem um lugar
importante no pensamento dos escritores do Antigo Testamento.
 A significação da entidade social verifica-se, segundo o Antigo
Testamento, na íntima relação do homem com o seu grupo.
 O seu caráter é estimado pelo caráter da família (Gn. 7.1), e até
da sua geração (Jz. 2.10).
 O homem está ligado não somente aos contemporâneos do seu
grupo, mas também aos seus antepassados, e à sua semente após
ele.
 Não fazia parte do plano divino que a raça humana continuasse
composta apenas de um homem e uma mulher.
 Yahweh abençoou o ser humano como o poder da reprodução.
 O primeiro mandamento de Deus para o homem e para a mulher
foi “Sejam frutíferos, multiplicam-se e encham a terra”
(Gn. 1.28).
 Seu plano era, dessa forma, que o homem e a mulher, com seus
filhos, vivessem em família.
ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
1. A que se refere “coração” no Antigo Testamento?
B. “coração”, no Antigo Testamento, refere-se principalmente
aos poderes psíquicos da pessoa.
2. A respeito de nepesh é correto afirmar que:
A. Deve ser vista em conjunto com a figura total do ser humano
e especialmente com sua respiração; por isso, o ser humano
não tem nepesh, mas é nepesh, vive como nepesh.
3. O que é exatamente o espírito (rûah) no ser humano?
A. O espírito (rûah) é o sopro e o princípio vital no ser humano.
QUESTIONÁRIO Pg. 73
Marque C para CERTO e E para ERRADO:
4. A expressão “imagem de Deus” indica uma
correspondência entre o ser humano e Deus.
5. A expressão “imagem de Deus” indica uma
centelha divino no ser humano.
QUESTIONÁRIO Pg. 74
C
E
PECADO E REDENÇÃO
 O homem, enquanto ser caído, precisa de redenção.
 É o que iremos tratar nesta parte da lição.
 Contudo, para melhor compreendermos a questão da redenção,
faz-se necessário um melhor entendimento do conceito de pecado
e também de suas consequências
 O conceito que qualquer pessoa, ou qualquer povo, tenha do
pecado é determinado pelo sua compreensão do caráter de Deus
e da natureza do homem.
 O entendimento da natureza do pecado no Antigo Testamento,
por exemplo, acompanha a revelação progressiva de Deus, ou por
outro lado, o progresso do conhecimento humano da santidade de
Deus (Is. 6.1-5).
 Há uma diferença que merece atenção, por exemplo, entre as
ideias do pecado contra o ritualismo na história primitiva de
Israel, e o conceito do pecado contra a justiça de Deus, segundo
os escritos proféticos.
 Através do AT podemos encontrar diversas evidências de um
conflito de ideias entre o ponto de vista dos sacerdotes e o dos
profetas, quanto à importância do sistema ritual e sacrificial.
 O conflito chegou à sua maior intensidade no período dos
profetas Amós, Oséias, Miquéias e Isaías.
 Contudo, o estudioso cuidadoso da história dos hebreus não pode
deixar de observar que, logo após o retorno do cativeiro
babilônico, havia uma nova ênfase no cerimonialismo,
especialmente por parte de Esdras e Neemias.
 O profeta Ageu também deu ênfase ao cerimonialismo, e
Malaquias condena o casamento com mulheres estranhas, e
representa o ponto de vista dos sacerdotes na questão das ofertas
e dos dízimos.
 Entre os povos primitivos o pecado era simplesmente
considerado uma ofensa contra Deus, e por algum tempo alguns
israelitas tiveram esta mesma opinião.
 Contudo, quando uma ofensa foi cometida voluntariamente
contra Deus, foi reconhecida, sem dúvida, como uma violação no
sentido ético ou moral do homem.
 Entretanto, uma violação involuntária da lei moral era punida,
bem como as ofensas deliberadas.
 É assim que o pecado é um dos temas principais encontrados no
Antigo Testamento.
 É muito fácil encontrar passagens referindo-se a ele.
 Estudiosos afirmam que há poucos capítulos que não contêm
alguma referência àquilo que o pecado é ou causa e que tem mais
termos que descrevem o mal do que termos que descrevem o
bem;
 Enquanto há apenas uma maneira de fazer o que é certo, há
muitas maneiras de agir errado.78
 É assim que o pecado é um dos temas principais encontrados no
Antigo Testamento. Isso nos mostra como a Bíblia leva o pecado
a sério.
 Vemos aqui um contraste com muitos especialistas em religião
nos dias de hoje, que procuram desculpar o pecado e desfazer da
sua seriedade, a maioria dos escritores bíblicos estava bem ciente
da sua malignidade, culpabilidade e tragédia.
 A seriedade do pecado no AT fica manifesta no distanciamento
que causa entre o homem e Deus, entre o ser humano e o mundo,
entre o ser humano e a sociedade e mesmo entre as pessoas.
 O AT reconhece a dignidade e o valor do ser humano, mas está
mais preocupado com a sua carência.
 Ele está repleto de exemplos da tragédia humana, com a
desgraça, culpa e alienação, que constituem o destino do ser
humano.
 A sua condição de necessidade é mais vital ao AT do que o
conceito de natureza humana.
 O ser humano é descrito na Bíblia como um ser cuja principal
necessidade é a salvação
 No AT, o pecado despedaça a unidade da natureza humana e
destrói a harmonia do mundo.
A ORIGEM DO PECADO
 Com respeito à origem do pecado na história da humanidade, o
AT ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no
Jardim do Édem e, portanto, com um ato perfeitamente
voluntário da parte do homem.
 O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o
homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se
semelhante a Deus.
 Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado,
comendo do fruto proibido.
 Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão
passou a ser escravo do pecado.
 Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção
que, dada a solidariedade da raça humana, teria efeito, não
somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus
descendentes.
 Como resultado da Queda, o pai da raça só pôde transmitir uma
natureza depravada à sua semente.
 Dessa fonte não santa o pecado flui numa corrente impura
passando para todas as gerações de homens, corrompendo tudo e
todos com que entra em contato.
 É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a
pergunta de Jó, “Quem da imundícia poderá tirar cousa pura?
Ninguém” (Jó. 14.4. Mas ainda isso não é tudo.
 Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas
também como chefe representativo de todos os seus
descendentes; e, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta
deles, pelo que todos são passíveis de punição e morte.
 É primariamente nesse sentido que o pecado de Adão é o pecado
de todos.
 É Os teólogos modernos do AT, contudo, afirmam pouco, ou
nada, sobre a origem do pecado, ou a queda do homem.
 Em geral dizem que o AT não possui uma doutrina da queda do
homem.
 Parece que somente no NT é que o apóstolo Paulo dá uma
interpretação do significado do pecado de Adão que não se
encontra no AT, senão por implicação.
 Não deveríamos esperar encontra-la, pois a Bíblia sempre trata
da vida real, trazendo regras de conduta ou julgando-a.
 O que temos são descrições concretas da realidade do mal em
suas várias esferas.
 A Bíblia não contém uma única definição abrangente do pecado.
 Ele é identificado em todo tipo de ação, condição e intenção.
 Podemos, contudo, afirmar que a essência do pecado é de fato a
rebeldia contra Deus.
 Não se trata simplesmente um mal moral, mas um mal moral
com conotações religiosas.
 No Antigo Testamento, o pecado é, pois, uma violação da graciosa
e justa vontade divina, rebelião que destruiu a comunhão pessoal
O PECADO SOCIAL
 Do ponto de vista dos escritores veterotestamentários, o pecado
entre o povo escolhido é, em sua essência, a infidelidade dos
homens de Israel no cumprimento das suas responsabilidades
perante Deus, de acordo com a aliança entre Deus e o povo da
sua escolha.
 Estas responsabilidades incluem a prática da justiça e retidão
entre os homens.
 Dessa forma, uma injustiça praticada contra o vizinho é também
um pecado contra Deus.
 A violação do casamento é pecado (Gn. 39.9).
 A violação do contrato com o jornaleiro é pecado (Dt. 24.15).
 Todos os atos que prejudicam os interesses de Israel são
pecaminosos (2 Rs. 18.14).
 Do mesmo modo, quem deixa de cumprir a promessa feita a
outro homem comete pecado (Gn. 43.10).
 Ajudar o ímpio na sua contenda com um homem justo, perante o
tribunal, também é pecado (Êx. 23.7; Pv. 17.15; Is. 5.23).
 Portanto, a responsabilidade social do homem recebe ênfase em
toda parte do Antigo Testamento.
 Os profetas condenaram veementemente os pecados sociais
porque eram ofensas contra Deus, e contra o bem-estar do povo
escolhido (Mq. 6.8).
 Como a violação da justiça o pecado é igualmente a maldição do
pecador (Ez 18.30).
O VOCABULÁRIO DO PECADO
 O vocabulário do pecado no Antigo Testamento é riquíssimo.
 A variedade de termos que significam pecado é muito grande.
 O termo básico traduzido por pecado, hata‘, significa “errar o
alvo”, como no caso de alguém que atira pedras com uma funda
(Jz. 20.16), ou um viajante que erra o caminho (Pv. 19.2).
 O vocábulo ’awôn significa “perverter” ou “tornar mau” (1 Sm
20.1).
 Pecado é o que é tortuoso, não reto, correto ou direto.
 Davidson afirma que é da natureza do pecado não atingir um
alvo;
 É natural do que é tortuoso, em comparação com o que é reto;
 É natural do que é irregular, em comparação com o que é
nivelado;
 É natural do que é sujo, em comparação com o que é limpo
 O vocabulário do pecado no Antigo Testamento é riquíssimo. O
estudioso De Vries organiza os vocábulos hebraicos relativos ao
pecado em seis grupos:
 Palavras formais que indicam um desvio do que é bom e correto;
 Termos teológicos, que mostram o pecado como um desafio
contra Deus;
 Termos que descrevem o estado interior do pecador;
 Termos em que sobressai o aspecto ético;
 Termos que destacam os resultados maléficos do pecado;
 Termos relativos à culpa
 Além desses grupos, o mesmo estudioso nota que o Antigo
Testamento usa muitos outros para definir o pecado, tais como:
 Obstinação
 Soberba
 Reincidência
 Tolice
 Engano
 Impureza e outros.
 Além disso, há um nome para cada pecado e crime específico.
 Por fim, De Vries classificou a linguagem do pecado em termos
formais, relacionais, psicológicos e qualitativos.
CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
 Conforme ficou claro acima, todas as formas do pecado, segundo
o Antigo Testamento, são sempre cometidas contra Deus.
 Qualquer falta de conformidade à vontade de Deus constitui-se
em pecado.
 É justamente isto o significado do verbo hebraico hata‘.
 O alvo divino para o homem é o de viver em feliz comunhão com
Deus, e quando ele desobedece à vontade do Senhor, perde o alvo
preceituado para ele.
 A maldição do pecado é o engano, a culpa, a vergonha e a
depravação do pecador (Os. 8.7; Dt. 28.15).
 É a impureza do pecador que faz separação entre ele e Deus
(Sl. 51.2; Is. 59.2).
 Os profetas ensinaram também que o pecado da comunidade, ou
mesmo da nação, traz a calamidade sobre os transgressores.
 A primeira consequência ou resultado do pecado é mesmo o
sentimento de culpa.
 Podemos afirmar que a culpa pode ser um sentimento interior
de:
 Perturbação
 Alienação
 Distanciamento
 Foi justamente essa a experiência de Adão e Eva (Gn. 3.10).
 Eles ficaram envergonhados e se esconderam.
 Muitos estudiosos do AT concordam que a condenação divina do
pecado é um dos principais elementos veterotestamentários, mas
discussões recentes têm questionado o método dessa condenação.
 O propósito do julgamento divino no Antigo testamento é mais
que punir.
 Ele tem o propósito de purificar, como o fogo que refina
(Ml. 3.2, 2);
 O propósito de corrigir; como o prumo (2 Ts. 21.10-13);
 O propósito de renovar, como quando se limpa um prato
(2 Rs. 21.10- 13).
 Deus é sempre livre para exercer misericórdia. Isso não é o
mesmo que cancelar o castigo, mas retira dele o aspecto de
condenação irrevogável.
 A dor de parto abre caminho para a promessa de uma nova vida.
 O sinal de Caim é um símbolo protetor, para guardar sua vida
daqueles que lhe tentam fazer o que ele fez com seu irmão Abel
REDENÇÃO
 Quando tratamos da redenção estamos pensando na necessidade
da remoção do pecado.
 A terminologia do Antigo Testamento em referência à remoção
do pecado também é muito rica e variada, da mesma forma que o
seu vocabulário relativo ao pecado.
 Boa parte da linguagem está concentrada no que Deus faz com o
pecado.
E o que Deus faz com o pecado?
 Ele o remove, põe de lado, joga fora como roupas sujas e
rasgadas (Is. 6.7; Zc. 3.4);
 Ele o faz sobressair e/ou afasta-o (Êx. 34.6, 7);
 Deus apaga o pecado (Is. 43.25; Sl. 51.1, 9; 109.14; Is. 44.22;
Jr. 8.23);
 Deus o lava e limpa (Sl. 51.2; 51.7; Jr. 33.8);
 Ele o elimina, remove (Sl. 51.7);
 Deus o cobre (Sl. 32.1; 85.3);
 Ele expia o pecado (Ez. 16.62, 63; Is. 6.7; Sl. 65.3);
 Deus esquece ou não se lembra do pecado (Is. 43.25);
 Ele os lança para trás de si e no mar (Is. 38.17; Mq. 7.19);
 Deus os pisoteará (Mq. 7.19);
 Deus perdoa os pecados (Sl. 103.2,3; Ne. 9.17; Is 55.7; Jr. 5.1;
31.34).
 Essas são apenas algumas das diversas maneiras pelas quais Deus
lida com o pecado no AT.
 Observamos que no AT o termo salvação abrange todas as
qualidades de socorro que os israelitas recebem do seu Deus
Yahweh.
 Já tratamos um pouco disso quando falamos do Deus que perdoa
e do Deus que salva.
 O vocábulo hebraico para salvação trata-se do verbo yasha’, que
significa:
 Fazer largo
 Viver em abundância
 Conseguir a vitória
 Libertar do poder do inimigo
 Salvar da opressão
 Salvar do pecado
 Da aflição
 Da doença
 Salvar da morte
 Perceba que realmente trata de todos os aspectos aflitivos da vida
humana.
 O substantivo yesha’, ou yeshua’, pode significar a salvação em
qualquer um, ou em qualquer conjunto, destes vários sentidos
mencionados acima.
 O vocábulo hebraico para salvação trata-se do verbo yasha’, que
significa: O vocábulo pode ser utilizado para significar a salvação
do mal na vida futura, ou no sentido de libertação de todas as
qualidades de aflição da vida neste mundo.
 A salvação no AT significa que o processo é iniciado e efetuado
pelo Senhor, em favor do seu povo e pode ser independente do
entendimento de Israel.
 O texto de 2 Crônicas 7.14 (Nvi) mostra a importância do
arrependimento:
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar,
buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o
ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.
 Para que realmente seja efetivado o perdão divino é necessário
arrependimento, confissão e conversão, que, se genuínos,
produzem o abandono da prática pecaminosa (Lv. 5.5; Pv. 28.13;
Dn. 9.4).
 No NT as pessoas se arrependem e Deus perdoa.
 A “chamada ao arrependimento” é o tema do arrependimento e
faz parte de diversas formas narrativas e das petições nas
orações (Lv. 26.40; Dt. 4.30; 30.2, 10; 1Rs. 8.33, 35, 47, 48;
2 Rs. 23.25; 2 Cr. 7.14; Ne. 9.26, 29, 35; Zc. 1.6; Ml. 2.6).
 Mesmo assim, cabe ressaltar que, no Antigo Testamento, o
pecado é um problema muito sério que não é resolvido de modo
satisfatório.
 Algumas pessoas acabam tentando negar que pecaram (Gn. 4.9).
Outras tentam esconder ou mesmo encobrir seu pecado
(Gn. 3.8-11).
 Contudo, o pecado não pegou Deus de surpresa.
 Ele o previra e se preparara para lidar com o pecado de maneira
provisória no Antigo Testamento.
 O meio de perdão definitivo, contudo, veio no Novo Testamento,
em Jesus Cristo, por meio de sua morte expiatória e do poder da
sua ressurreição.
ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
6. Qual é a origem do pecado?
D. Antigo Testamento ensina que ele teve início com a transgressão
de Adão no Jardim do Édem e, portanto, com um ato
perfeitamente voluntário da parte do homem.
7. Qual era a postura dos profetas com relação ao pecado?
B. Os profetas condenaram veementemente os pecados sociais
porque eram ofensas contra Deus, e contra o bem-estar do povo
escolhido (Mq 6.8). Como a violação da justiça o pecado é
igualmente a maldição do pecador (Ez 18.30).
QUESTIONÁRIO Pg. 85
ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
8. Quais são as principais consequências do pecado?
C. A maldição do pecado é o engano, a culpa, a vergonha e a
depravação do pecador (Os 8.7; Dt 28.15). É a impureza do
pecador que faz separação entre ele e Deus (Sl 51.2; Is 59.2).
QUESTIONÁRIO Pg. 85
Marque C para CERTO e E para ERRADO:
9. Para que realmente seja efetivado o perdão
divino é necessário arrependimento, confissão e
conversão, que, se genuínos, produzem o
abandono da prática pecaminosa (Lv 5.5; Pv
28.13; Dn 9.4).
10. Para que realmente seja efetivado o perdão
divino nem sempre é necessário arrependimento,
confissão e conversão.
QUESTIONÁRIO Pg. 86
C
C

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  • 1. TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGOS TESTAMENTO AULA 3 – HOMEM, PECADO E REDENÇÃO
  • 2. HOMEM, PECADO E REDENÇÃO
  • 3.  Não existe em toda a literatura uma obra tão rica como o AT quanto à exposição da natureza paradoxal do homem.  Não há uma fonte mais importante do que a Bíblia que nos ajude no entendimento da natureza e das necessidades do homem, tão desconhecido, até mesmo na época em que vivemos.  É disso que nos ocuparemos nesta lição, incluindo o problema do pecado e a questão da redenção humana.
  • 4.  Conhecemos cinco vocábulos hebraicos que em geral são traduzidos por “homem” no Antigo Testamento:  Adam  Adão  Ser Humano  Humanidade  Raça Humana  Aparece 562 vezes, sempre na forma singular mas na maioria das vezes com sentido coletivo.  O termo provavelmente vem de uma raiz que significa “escuro” ou “vermelho”.
  • 5.  ’îsh, “homem”, “marido”, ocorre 2.160 vezes, em geral se refere ao marido em oposição à esposa ou ao masculino em relação ao feminino.  Aplica-se também aos animais machos em oposição às fêmeas (Gn. 7.2).  Este vocábulo possui uma etimologia incerta.  ’ĕnôsh, “ser humano”, ocorre 42 vezes e provavelmente vem de uma raiz que significa “ser fraco” ou “mortal”.  O termo aparece com mais frequência em Jó (18 vezes) e em Salmos (13 vezes).  ’ĕnôsh muitas vezes está em paralelo com “adam”, como nas passagens que levantam a pergunta: “Que é o homem?” (Jó. 7.17; Sl. 8.4; 144.3).
  • 6.  Geber, “homem”, “homem forte”, “valente”, ocorre 65 vezes e transmite a ideia de poder, força ou excelência.  Salmos e Jó usam o termo com frequência no sentido de uma pessoa que confia em Deus e o teme, e faz o que ele exige. (veja Jó. 3.23; 4.17; 10.5; 14.10, 15; 16.21; SI. 34.9; 37.23; 55.8, 9; Jr. 17.7).  O vocábulo mat, “homens”, que aparece apenas no plural. Às vezes o termo se refere a pessoas do sexo masculino em geral. (Dt. 2.34; 3.6; Jz. 20.48)  Eventualmente matim é usado para indicar “poucos homens” (Gn. 34.30; Dt. 4.27; 26.5; 28.62; 33.6; l Cr. 16.19; SI. 105.12; Jr. 44.28).
  • 8.  Os escritores do Antigo Testamento são unânimes em afirmar que o ser humano é um ser criado.  Ao traduzir, geralmente, os substantivos hebraicos mais frequentes com as palavras “coração”, “alma”, “carne” e “espírito”, ocorreram equívocos de graves consequências.  Eles remontam já à antiga tradução grega da Septuaginta e acarretaram uma antropologia dicotômica ou tricotômica, na qual o corpo, a alma e o espírito se encontram em oposição mútua.  É necessário examinar até que ponto, quando passou a usar a língua grega, a filosofia helênica deturpou e substituiu concepções semítico-bíblicas.
  • 9.  Para isso, temos que esclarecer o uso veterotestamentário das palavras.  Essa tarefa exige uma percepção dos pressupostos ideativos e conceituais semíticos.  Dois deles possuem importância fundamental.  Por isso, vamos tratar deles antes de qualquer outra consideração especial.
  • 10.  No Salmo 6.3-5, encontram-se paralelamente nas seguintes palavras: eu – meus ossos – minha alma - eu.  Esse modo de proceder é acertadamente designado de “estereometria da expressão ideativa”.  Os mestres pensam que a melhor maneira de expor suas matérias não é mediante o emprego de termos claramente delimitados, mas, ao contrário, por meio da justaposição de palavras com significados afins.  Esse modo estereométrico de pensar define o espaço vital do ser humano mediante a citação de órgãos característicos, descrevendo desse modo a totalidade do ser humano (Pv. 18.15).
  • 11.  Desse modo, o pensamento estereométrico pressupõe também uma visão de conjunto dos membros e órgãos do corpo humano, com suas funções e atividades.  Trata-se do pensamento sintético que, com a menção de uma parte do corpo, refere-se à sua função (Is. 52.7).  Por isso, nossa gramática bíblico-antropológica terá que lançar luz sobre a riqueza de significação das palavras que descrevem o ser humano.
  • 12.  No estudo desse assunto encontramos vários termos hebraicos de interesse especial, referem-se a elementos indivisíveis do homem.  Os vocábulos são:  Bāsār (corpo, carne),  Lēb e lēbab (coração),  Nephesh (alma)  Rûah (espírito)
  • 13.  Basicamente bāsār faz referência à parte visível, externa, física e material da natureza humana.  Esse vocábulo traduzido por “carne” ocorre 273 vezes.  Refere-se às partes musculares tanto das pessoas quanto dos animais.  A carne liga, portanto, o ser humano ao mundo animal, não ao divino.  A carne, no AT, é fraca (2 Cr. 32.8; Sl. 56.4; Jr. 17.5, 7), mas não é a base do pecado.  A carne pode significar o corpo visível, a um “parente de sangue” ou familiar próximo (Gn. 29.14; 37.27; Lv. 18.6).
  • 14.  Ela também pode indicar uma pessoa ou indivíduo (Lv. 13.18; Pv. 11.17).  Também tem qualidades psíquicas no Antigo Testamento. Ela pode ter:  Esperança (Sl. 16.9),  Ansiar por Deus (Sl. 63.1),  Cantar de alegria para o Deus Vivo (Sl. 84.2).
  • 15.  A palavra lēb e lēbab significa:  Coração  Mente  Inteligência  Vontade  Consciência (1 Sm. 24.5)  Íntimo  O coração geralmente é considerado como a sede da inteligência e da vontade (Is. 10.7)
  • 16.  Nos textos do AT o coração já era conhecido como órgão físico, mas não sua função essencial de fazer circular o sangue.  Na realidade são poucas as referências que tratam o coração como órgão físico.  O uso mais comum são os dados acima.  É assim que, “coração”, no AT, refere-se principalmente aos poderes psíquicos da pessoa.
  • 17.  Na literatura veterotestamentária ao coração é atribuído tudo o que nós atribuímos à cabeça e ao cérebro:  A capacidade de perceber  Raciocinar  Pensar  Compreender  Entender e tomar conhecimento  A consciência  Memória  Conhecimento  Sentimento  Vontade  Juízo.
  • 18.  Nosso outro vocábulo de interesse é nepesh.  As versões tradicionais da Bíblia traduzem geralmente por “alma” a palavra fundamental da antropologia veterotestamentária (nepesh).  Encontramos traduzida por psyché na Bíblia grega e por anima na latina.  O vocábulo ocorre 755 vezes no Antigo Testamento; a Septuaginta (LXX) traduz 600 vezes por psyché.  Esta diferença estatística mostra que a significação diversa da palavra, em vários lugares, já chamou a atenção dos antigos.  Hoje podemos concluir que em muito poucas passagens a tradução dessa palavra por “alma” corresponde ao significado de nepesh.
  • 19.  A tradução do termo por “alma” abriu a porta para a entrada das ideias gregas a respeito da alma.  Na realidade, aspectos físicos e psíquicos da natureza humana podem ser indicados por esse termo em graus variados.  Os estudiosos com frequência contrastam a perspectiva hebraica com a perspectiva grega que compreende a natureza humana como uma dicotomia (corpo/alma, espírito/carne) ou tricotomia (corpo/alma/espírito), com as várias partes opostas uma à outra.  A perspectiva grega na verdade é de Platão, de que o ser humano é composto de duas partes:  A razão, que é a parte imortal,  A sensualidade, que é a mortal.
  • 20.  A perspectiva de Aristóteles era diferente da de Platão.  Ele ensinava que a alma era o princípio vital do corpo e que nem um nem outro podiam existir sem o outro.  Para ele a alma é para o corpo o que cortar é para o machado.  Dessa forma, a perspectiva “grega” do ser humano que separa e opõe os vários aspectos da natureza humana na verdade é a de Platão.  A perspectiva do Antigo Testamento é radicalmente distinta. Aristóteles, em certo sentido, previu o conceito moderno de unidade do ser humano
  • 21.  Portanto, nepesh deve ser vista aqui em conjunto com a figura total do ser humano e especialmente com sua respiração;  Por isso, o ser humano não tem nepesh, mas é nepesh, vive como nepesh.  O significado básico de nepesh provavelmente é:  Garganta  Boca  Goela  Pescoço.
  • 22.  Portanto, nepesh deve ser vista aqui em conjunto com a figura total do ser humano e especialmente com sua respiração;  Parece que o significado de nepesh mudou para “respiração”, indicando vitalidade e vida, mas não se limita à “vida” do ser humano.  Os animais também são chamados “seres vivos” (nepesh hāyā, Gn. 1.21, 24; 2.19; 9.10, 15, 16; Lv. 11.46).  A forma verbal da raiz nps ocorre apenas três vezes no Antigo Testamento, com o significado de “exalar”, “prender a respiração”, “refrescar-se”.  Contudo, quando se diz a respeito de Raquel (Gn. 35.18) que sua nepesh “saiu” quando ela morreu, só se pode pensar na respiração.  Em 1 Reis 17.21s., a nepesh volta para o filho da viúva de Sarepta, a respeito do qual o versículo 17 disse que não havia mais hálito nele.
  • 23.  Dessa forma, fica evidente a dificuldade em se fazer uma distinção entre nepesh, rûah e lēb do homem.  O pensamento pode representar a atividade de qualquer um destes três órgãos, mas isto não quer dizer que as palavras são sinônimas, a não ser no sentido muito limitado.  Na totalidade do seu ser, o homem pode ser designado por nepesh, mas ele tem um rûah e um lēb.  Convém fixar que nepesh tem, na realidade, vários outros sentidos.
  • 24.  Temos ainda que compreender o vocábulo rûah.  Este ocorre 378 vezes no hebraico e 11 vezes nas porções aramaicas da Bíblia.  Em geral tem o significado de “vento”, “espírito”, “fôlego”. Aproximadamente 113 vezes rûah se refere a “vento” ou ar em movimento.  Em 136 lugares rûah está se referindo ao “espírito de Deus”, deixando 130 referências para o “espírito humano” e outros significados.
  • 25.  Podemos afirmar que a ideia básica de rûah, como na palavra grega pneuma, é “vento”.  O próprio Senhor Jesus comparou a obra do Espírito ao vento em João 3.6-8, seguindo os profetas e escritores do AT que viam em rûah um poder ativo, sobre-humano, invisível, misterioso, difuso. Rûah pode se referir:  Ao vento oriental (Êx. 10.13),  Ao vento norte (Pv .25.23),  Ao vento ocidental (Êx. 10.19)  Aos quatro ventos (Jr. 49.36),  Ao vento forte (Sl. 55.8)  Ao vento do céu (Gn. 8.1).
  • 26.  No início do AT é feita a associação entre o “sopro” de Deus e o “princípio de vida” no ser humano (Gn. 2.7; 6.17; 7.15-22).  O sopro que “energizou” o ser humano foi uma dádiva do espírito de Deus (Jó. 9.18; 19.17).  Essa dádiva de vida do espírito de Deus não foi exclusiva do ser humano.  Os textos do AT afirmam que a vida ou vitalidade dos animais também provém do espírito de Deus (Gn. 6.17; 7.15; Ec. 3.19, 21).  Os ídolos não têm “espírito” ou “fôlego”. Eles não têm vida nem poder (Jr. 10.14; Hc. 2.19).  Os “ossos” de Israel voltam a ter vida quando o “espírito” vem dos quatro ventos e sopra sobre eles (Ez. 37.6, 8-10, 14).  Assim, o espírito (rûah) é o sopro e o princípio vital no ser humano.
  • 27. O SER HUMANO COMO IMAGEM DE DEUS
  • 28.  Toda a criação de Deus é o mundo do ser humano.  É o que atestam os dois relatos da criação em Gênesis e afirmações semelhantes em outras passagens como o Salmo 8.  O Escrito Sacerdotal exprime a posição especial do ser humano na breve fórmula de que ele foi criado e é protegido como “imagem de Deus” (tsélem ´elohim) (Gn. 1.26s; 9.6).
  • 29.  Em que sentido o ser humano é “imagem de Deus”?  Tomada em sua expressão, em primeiro lugar e basicamente, indica uma correspondência entre o ser humano e Deus.  O caráter peculiar do ser humano na criação deve ser entendido a partir de sua relação especial com Deus.  Melhor ainda seria falar da relação de Deus com o ser humano como pressuposição para a autocompreensão do ser humano, pois o conceito aparece pela primeira vez na deliberação de Deus e na resolução que Ele toma em Gênesis 1.26: “Façamos o ‘ser humano’ segundo a nossa imagem, semelhante a nós!”.
  • 30.  Em que sentido o ser humano é “imagem de Deus”?  Segundo aquela palavra decisória, o ser humano surge a partir de uma interpelação de Deus.  Isso não deve ser entendido apenas formalmente, tanto que a palavra de bênção em 1.28, em sua primeira parte, é semelhante à palavra dirigida aos peixes e às aves em 1.22.  A continuação, na palavra dirigida aos seres humanos, é singular. Ela traz a concessão do encargo que distingue o ser humano.  O Salmo 8.5 a entende como “coroação” com sublimidade e glória.
  • 31.  A finalidade da decisão divina de criar uma “imagem de Deus” é logo definida de tal forma que o ser humano é posto em uma relação especial com os seres vivos criados anteriormente (1.26b).  Também conforme o Salmo 8.7, as obras das mãos de Deus são entregues ao ser humano.  Dessa forma, a singularidade do ser humano está, basicamente, no fato de que a ele foi dado o domínio sobre os animais.  O primeiro ser humano deu nomes a todos os animais (Gn. 2.19), exercendo, assim, poder sobre eles.
  • 32. Consequências da imagem e da semelhança divina no espírito do homem As aspirações religiosas do homem O seu entendimento do desígnio divino nas obras da criação A sua capacidade de sujeitar a terra e dominar os animais Os seus poderes criadores No aproveitamento das riquezas da terra O seu regozijo no privilégio de comunicar-se com Deus Receber a revelação da vontade do Criador para a humanidade As operações de Deus na história, segundo o seu plano predeterminado
  • 33.  Os homens são semelhantes a Deus.  O homem é o único elemento de toda a criação de Deus semelhante a ele.  De maneira alguma isso nos faz divinos.  Não há nenhuma centelha do divino em nossa natureza, mas somos “semelhantes” a ele.  Nós o representamos.  Exercemos parcialmente seu poder sobre a terra.  Somos responsáveis perante ele pelo modo como agimos diante dele e diante uns dos outros.
  • 34. O SER HUMANO UM SER SOCIAL
  • 35.  A palavra Adão significava originalmente:  O homem na sua coletividade (Gn. 1.26),  Um ser humano (Gn. 2.5).  Os sociólogos falam do organismo social, ou de grupos de pessoas que tem característicos pessoais.  Todas as sociedades primitivas dão muita ênfase à solidariedade social do grupo.  A personalidade corporal é conhecida entre todos os povos.
  • 36.  A entidade social, como a família, a tribo e a nação, tem um lugar importante no pensamento dos escritores do Antigo Testamento.  A significação da entidade social verifica-se, segundo o Antigo Testamento, na íntima relação do homem com o seu grupo.  O seu caráter é estimado pelo caráter da família (Gn. 7.1), e até da sua geração (Jz. 2.10).  O homem está ligado não somente aos contemporâneos do seu grupo, mas também aos seus antepassados, e à sua semente após ele.
  • 37.  Não fazia parte do plano divino que a raça humana continuasse composta apenas de um homem e uma mulher.  Yahweh abençoou o ser humano como o poder da reprodução.  O primeiro mandamento de Deus para o homem e para a mulher foi “Sejam frutíferos, multiplicam-se e encham a terra” (Gn. 1.28).  Seu plano era, dessa forma, que o homem e a mulher, com seus filhos, vivessem em família.
  • 38. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS: 1. A que se refere “coração” no Antigo Testamento? B. “coração”, no Antigo Testamento, refere-se principalmente aos poderes psíquicos da pessoa. 2. A respeito de nepesh é correto afirmar que: A. Deve ser vista em conjunto com a figura total do ser humano e especialmente com sua respiração; por isso, o ser humano não tem nepesh, mas é nepesh, vive como nepesh. 3. O que é exatamente o espírito (rûah) no ser humano? A. O espírito (rûah) é o sopro e o princípio vital no ser humano. QUESTIONÁRIO Pg. 73
  • 39. Marque C para CERTO e E para ERRADO: 4. A expressão “imagem de Deus” indica uma correspondência entre o ser humano e Deus. 5. A expressão “imagem de Deus” indica uma centelha divino no ser humano. QUESTIONÁRIO Pg. 74 C E
  • 41.  O homem, enquanto ser caído, precisa de redenção.  É o que iremos tratar nesta parte da lição.  Contudo, para melhor compreendermos a questão da redenção, faz-se necessário um melhor entendimento do conceito de pecado e também de suas consequências
  • 42.  O conceito que qualquer pessoa, ou qualquer povo, tenha do pecado é determinado pelo sua compreensão do caráter de Deus e da natureza do homem.  O entendimento da natureza do pecado no Antigo Testamento, por exemplo, acompanha a revelação progressiva de Deus, ou por outro lado, o progresso do conhecimento humano da santidade de Deus (Is. 6.1-5).  Há uma diferença que merece atenção, por exemplo, entre as ideias do pecado contra o ritualismo na história primitiva de Israel, e o conceito do pecado contra a justiça de Deus, segundo os escritos proféticos.
  • 43.  Através do AT podemos encontrar diversas evidências de um conflito de ideias entre o ponto de vista dos sacerdotes e o dos profetas, quanto à importância do sistema ritual e sacrificial.  O conflito chegou à sua maior intensidade no período dos profetas Amós, Oséias, Miquéias e Isaías.  Contudo, o estudioso cuidadoso da história dos hebreus não pode deixar de observar que, logo após o retorno do cativeiro babilônico, havia uma nova ênfase no cerimonialismo, especialmente por parte de Esdras e Neemias.  O profeta Ageu também deu ênfase ao cerimonialismo, e Malaquias condena o casamento com mulheres estranhas, e representa o ponto de vista dos sacerdotes na questão das ofertas e dos dízimos.
  • 44.  Entre os povos primitivos o pecado era simplesmente considerado uma ofensa contra Deus, e por algum tempo alguns israelitas tiveram esta mesma opinião.  Contudo, quando uma ofensa foi cometida voluntariamente contra Deus, foi reconhecida, sem dúvida, como uma violação no sentido ético ou moral do homem.  Entretanto, uma violação involuntária da lei moral era punida, bem como as ofensas deliberadas.
  • 45.  É assim que o pecado é um dos temas principais encontrados no Antigo Testamento.  É muito fácil encontrar passagens referindo-se a ele.  Estudiosos afirmam que há poucos capítulos que não contêm alguma referência àquilo que o pecado é ou causa e que tem mais termos que descrevem o mal do que termos que descrevem o bem;  Enquanto há apenas uma maneira de fazer o que é certo, há muitas maneiras de agir errado.78
  • 46.  É assim que o pecado é um dos temas principais encontrados no Antigo Testamento. Isso nos mostra como a Bíblia leva o pecado a sério.  Vemos aqui um contraste com muitos especialistas em religião nos dias de hoje, que procuram desculpar o pecado e desfazer da sua seriedade, a maioria dos escritores bíblicos estava bem ciente da sua malignidade, culpabilidade e tragédia.  A seriedade do pecado no AT fica manifesta no distanciamento que causa entre o homem e Deus, entre o ser humano e o mundo, entre o ser humano e a sociedade e mesmo entre as pessoas.
  • 47.  O AT reconhece a dignidade e o valor do ser humano, mas está mais preocupado com a sua carência.  Ele está repleto de exemplos da tragédia humana, com a desgraça, culpa e alienação, que constituem o destino do ser humano.  A sua condição de necessidade é mais vital ao AT do que o conceito de natureza humana.  O ser humano é descrito na Bíblia como um ser cuja principal necessidade é a salvação  No AT, o pecado despedaça a unidade da natureza humana e destrói a harmonia do mundo.
  • 48. A ORIGEM DO PECADO
  • 49.  Com respeito à origem do pecado na história da humanidade, o AT ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no Jardim do Édem e, portanto, com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem.  O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus.  Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido.  Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado.
  • 50.  Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que, dada a solidariedade da raça humana, teria efeito, não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes.  Como resultado da Queda, o pai da raça só pôde transmitir uma natureza depravada à sua semente.  Dessa fonte não santa o pecado flui numa corrente impura passando para todas as gerações de homens, corrompendo tudo e todos com que entra em contato.
  • 51.  É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó, “Quem da imundícia poderá tirar cousa pura? Ninguém” (Jó. 14.4. Mas ainda isso não é tudo.  Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes; e, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são passíveis de punição e morte.  É primariamente nesse sentido que o pecado de Adão é o pecado de todos.
  • 52.  É Os teólogos modernos do AT, contudo, afirmam pouco, ou nada, sobre a origem do pecado, ou a queda do homem.  Em geral dizem que o AT não possui uma doutrina da queda do homem.  Parece que somente no NT é que o apóstolo Paulo dá uma interpretação do significado do pecado de Adão que não se encontra no AT, senão por implicação.  Não deveríamos esperar encontra-la, pois a Bíblia sempre trata da vida real, trazendo regras de conduta ou julgando-a.  O que temos são descrições concretas da realidade do mal em suas várias esferas.  A Bíblia não contém uma única definição abrangente do pecado.  Ele é identificado em todo tipo de ação, condição e intenção.
  • 53.  Podemos, contudo, afirmar que a essência do pecado é de fato a rebeldia contra Deus.  Não se trata simplesmente um mal moral, mas um mal moral com conotações religiosas.  No Antigo Testamento, o pecado é, pois, uma violação da graciosa e justa vontade divina, rebelião que destruiu a comunhão pessoal
  • 55.  Do ponto de vista dos escritores veterotestamentários, o pecado entre o povo escolhido é, em sua essência, a infidelidade dos homens de Israel no cumprimento das suas responsabilidades perante Deus, de acordo com a aliança entre Deus e o povo da sua escolha.  Estas responsabilidades incluem a prática da justiça e retidão entre os homens.  Dessa forma, uma injustiça praticada contra o vizinho é também um pecado contra Deus.  A violação do casamento é pecado (Gn. 39.9).  A violação do contrato com o jornaleiro é pecado (Dt. 24.15).  Todos os atos que prejudicam os interesses de Israel são pecaminosos (2 Rs. 18.14).
  • 56.  Do mesmo modo, quem deixa de cumprir a promessa feita a outro homem comete pecado (Gn. 43.10).  Ajudar o ímpio na sua contenda com um homem justo, perante o tribunal, também é pecado (Êx. 23.7; Pv. 17.15; Is. 5.23).  Portanto, a responsabilidade social do homem recebe ênfase em toda parte do Antigo Testamento.  Os profetas condenaram veementemente os pecados sociais porque eram ofensas contra Deus, e contra o bem-estar do povo escolhido (Mq. 6.8).  Como a violação da justiça o pecado é igualmente a maldição do pecador (Ez 18.30).
  • 58.  O vocabulário do pecado no Antigo Testamento é riquíssimo.  A variedade de termos que significam pecado é muito grande.  O termo básico traduzido por pecado, hata‘, significa “errar o alvo”, como no caso de alguém que atira pedras com uma funda (Jz. 20.16), ou um viajante que erra o caminho (Pv. 19.2).  O vocábulo ’awôn significa “perverter” ou “tornar mau” (1 Sm 20.1).  Pecado é o que é tortuoso, não reto, correto ou direto.  Davidson afirma que é da natureza do pecado não atingir um alvo;  É natural do que é tortuoso, em comparação com o que é reto;  É natural do que é irregular, em comparação com o que é nivelado;  É natural do que é sujo, em comparação com o que é limpo
  • 59.  O vocabulário do pecado no Antigo Testamento é riquíssimo. O estudioso De Vries organiza os vocábulos hebraicos relativos ao pecado em seis grupos:  Palavras formais que indicam um desvio do que é bom e correto;  Termos teológicos, que mostram o pecado como um desafio contra Deus;  Termos que descrevem o estado interior do pecador;  Termos em que sobressai o aspecto ético;  Termos que destacam os resultados maléficos do pecado;  Termos relativos à culpa
  • 60.  Além desses grupos, o mesmo estudioso nota que o Antigo Testamento usa muitos outros para definir o pecado, tais como:  Obstinação  Soberba  Reincidência  Tolice  Engano  Impureza e outros.  Além disso, há um nome para cada pecado e crime específico.  Por fim, De Vries classificou a linguagem do pecado em termos formais, relacionais, psicológicos e qualitativos.
  • 62.  Conforme ficou claro acima, todas as formas do pecado, segundo o Antigo Testamento, são sempre cometidas contra Deus.  Qualquer falta de conformidade à vontade de Deus constitui-se em pecado.  É justamente isto o significado do verbo hebraico hata‘.  O alvo divino para o homem é o de viver em feliz comunhão com Deus, e quando ele desobedece à vontade do Senhor, perde o alvo preceituado para ele.  A maldição do pecado é o engano, a culpa, a vergonha e a depravação do pecador (Os. 8.7; Dt. 28.15).  É a impureza do pecador que faz separação entre ele e Deus (Sl. 51.2; Is. 59.2).  Os profetas ensinaram também que o pecado da comunidade, ou mesmo da nação, traz a calamidade sobre os transgressores.
  • 63.  A primeira consequência ou resultado do pecado é mesmo o sentimento de culpa.  Podemos afirmar que a culpa pode ser um sentimento interior de:  Perturbação  Alienação  Distanciamento  Foi justamente essa a experiência de Adão e Eva (Gn. 3.10).  Eles ficaram envergonhados e se esconderam.  Muitos estudiosos do AT concordam que a condenação divina do pecado é um dos principais elementos veterotestamentários, mas discussões recentes têm questionado o método dessa condenação.
  • 64.  O propósito do julgamento divino no Antigo testamento é mais que punir.  Ele tem o propósito de purificar, como o fogo que refina (Ml. 3.2, 2);  O propósito de corrigir; como o prumo (2 Ts. 21.10-13);  O propósito de renovar, como quando se limpa um prato (2 Rs. 21.10- 13).  Deus é sempre livre para exercer misericórdia. Isso não é o mesmo que cancelar o castigo, mas retira dele o aspecto de condenação irrevogável.  A dor de parto abre caminho para a promessa de uma nova vida.  O sinal de Caim é um símbolo protetor, para guardar sua vida daqueles que lhe tentam fazer o que ele fez com seu irmão Abel
  • 66.  Quando tratamos da redenção estamos pensando na necessidade da remoção do pecado.  A terminologia do Antigo Testamento em referência à remoção do pecado também é muito rica e variada, da mesma forma que o seu vocabulário relativo ao pecado.  Boa parte da linguagem está concentrada no que Deus faz com o pecado.
  • 67. E o que Deus faz com o pecado?  Ele o remove, põe de lado, joga fora como roupas sujas e rasgadas (Is. 6.7; Zc. 3.4);  Ele o faz sobressair e/ou afasta-o (Êx. 34.6, 7);  Deus apaga o pecado (Is. 43.25; Sl. 51.1, 9; 109.14; Is. 44.22; Jr. 8.23);  Deus o lava e limpa (Sl. 51.2; 51.7; Jr. 33.8);  Ele o elimina, remove (Sl. 51.7);  Deus o cobre (Sl. 32.1; 85.3);  Ele expia o pecado (Ez. 16.62, 63; Is. 6.7; Sl. 65.3);  Deus esquece ou não se lembra do pecado (Is. 43.25);  Ele os lança para trás de si e no mar (Is. 38.17; Mq. 7.19);  Deus os pisoteará (Mq. 7.19);  Deus perdoa os pecados (Sl. 103.2,3; Ne. 9.17; Is 55.7; Jr. 5.1; 31.34).
  • 68.  Essas são apenas algumas das diversas maneiras pelas quais Deus lida com o pecado no AT.  Observamos que no AT o termo salvação abrange todas as qualidades de socorro que os israelitas recebem do seu Deus Yahweh.  Já tratamos um pouco disso quando falamos do Deus que perdoa e do Deus que salva.
  • 69.  O vocábulo hebraico para salvação trata-se do verbo yasha’, que significa:  Fazer largo  Viver em abundância  Conseguir a vitória  Libertar do poder do inimigo  Salvar da opressão  Salvar do pecado  Da aflição  Da doença  Salvar da morte  Perceba que realmente trata de todos os aspectos aflitivos da vida humana.  O substantivo yesha’, ou yeshua’, pode significar a salvação em qualquer um, ou em qualquer conjunto, destes vários sentidos mencionados acima.
  • 70.  O vocábulo hebraico para salvação trata-se do verbo yasha’, que significa: O vocábulo pode ser utilizado para significar a salvação do mal na vida futura, ou no sentido de libertação de todas as qualidades de aflição da vida neste mundo.  A salvação no AT significa que o processo é iniciado e efetuado pelo Senhor, em favor do seu povo e pode ser independente do entendimento de Israel.  O texto de 2 Crônicas 7.14 (Nvi) mostra a importância do arrependimento: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.
  • 71.  Para que realmente seja efetivado o perdão divino é necessário arrependimento, confissão e conversão, que, se genuínos, produzem o abandono da prática pecaminosa (Lv. 5.5; Pv. 28.13; Dn. 9.4).  No NT as pessoas se arrependem e Deus perdoa.  A “chamada ao arrependimento” é o tema do arrependimento e faz parte de diversas formas narrativas e das petições nas orações (Lv. 26.40; Dt. 4.30; 30.2, 10; 1Rs. 8.33, 35, 47, 48; 2 Rs. 23.25; 2 Cr. 7.14; Ne. 9.26, 29, 35; Zc. 1.6; Ml. 2.6).  Mesmo assim, cabe ressaltar que, no Antigo Testamento, o pecado é um problema muito sério que não é resolvido de modo satisfatório.
  • 72.  Algumas pessoas acabam tentando negar que pecaram (Gn. 4.9). Outras tentam esconder ou mesmo encobrir seu pecado (Gn. 3.8-11).  Contudo, o pecado não pegou Deus de surpresa.  Ele o previra e se preparara para lidar com o pecado de maneira provisória no Antigo Testamento.  O meio de perdão definitivo, contudo, veio no Novo Testamento, em Jesus Cristo, por meio de sua morte expiatória e do poder da sua ressurreição.
  • 73. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS: 6. Qual é a origem do pecado? D. Antigo Testamento ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no Jardim do Édem e, portanto, com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. 7. Qual era a postura dos profetas com relação ao pecado? B. Os profetas condenaram veementemente os pecados sociais porque eram ofensas contra Deus, e contra o bem-estar do povo escolhido (Mq 6.8). Como a violação da justiça o pecado é igualmente a maldição do pecador (Ez 18.30). QUESTIONÁRIO Pg. 85
  • 74. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS: 8. Quais são as principais consequências do pecado? C. A maldição do pecado é o engano, a culpa, a vergonha e a depravação do pecador (Os 8.7; Dt 28.15). É a impureza do pecador que faz separação entre ele e Deus (Sl 51.2; Is 59.2). QUESTIONÁRIO Pg. 85
  • 75. Marque C para CERTO e E para ERRADO: 9. Para que realmente seja efetivado o perdão divino é necessário arrependimento, confissão e conversão, que, se genuínos, produzem o abandono da prática pecaminosa (Lv 5.5; Pv 28.13; Dn 9.4). 10. Para que realmente seja efetivado o perdão divino nem sempre é necessário arrependimento, confissão e conversão. QUESTIONÁRIO Pg. 86 C C