O livro de Joél resume-se em três frases:
Joél denuncia uma praga de gafanhotos sobre Judá como um aviso do dia do Senhor, quando Deus julgará as nações. Ele pede arrependimento e promete derramar seu Espírito sobre todos, independente de idade ou gênero.
3. Iniciamos agora o estudo dos profetas que deixaram as suas mensagens
registradas em livros. Tomando o cativeiro babilônico como ponto de
referência, eles podem ser divididos em:
Profetas Antes do
Cativeiro:
1. Oséias
2. Joel
3. Amós
4. Obadias
5. Jonas
6. Isaías
7. Miquéias
8. Naum
9. Habacuque
10. Sofonias
11. Jeremias
Profetas Durante o
Cativeiro:
1. Jeremias
2. Ezequiel
3. Daniel
Profetas Pós Cativeiro:
1. Ageu
2. Zacarias
3. Malaquias.
4. Estudaremos nestas lições os livros dos Profetas Menores. São chamados
“Menores” não por causa da sua importância, mas em relação ao seu
tamanho, e a esse respeito estão em contraste com os escritos dos Profetas
Maiores.
PROFETAS DE
ISRAEL
PROFETAS DE JUDÁ
PROFETAS PÓS
CATIVEIRO
Oséias
Amós
Jonas
Obadias
Joel
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias.
Ageu
Zacarias
Malaquias.
5. Grande parte da revelação bíblica
do Antigo Testamento foi entregue
ao povo de Deus em forma de
profecia (Hb. 1.1) e sem o dom
profético, o povo se corrompia
(Pv. 29.18)
Os profetas possuíam um papel
vital na comunicação do plano
divino para Israel
6. Em sua natureza, a profecia era
vivaz e alarmante
Às vezes, era exemplificada por
meio de atos simbólicos e a
finalidade era despertar o povo
PROFECIA
Exemplo de Oséias
7. Em uma época em que o cânon bíblico não estava completo e a
revelação de Deus estava em pleno desenvolvimento histórico, os
profetas representavam a voz de Deus na Terra (Mt. 5.17,18)
8. Justiça social
Foram os pregadores da justiça que profetizaram a
respeito dos seguintes temas
O verdadeiro
culto ao Senhor
A retribuição
divina
A importância
da família e
muitos outros
temas atuais e
fundamentais
para nossa
edificação
Os profetas menores apresentaram
grandes mensagens em pequenos
textos
12. PROPÓSITO
Oseias escreveu este livro para lembrar aos
israelitas e a nós, de que o nosso Deus é um
Deus amoroso, cuja lealdade ao povo de Sua
aliança é constante.
Embora Israel tenha continuado a recorrer
a falsos deuses, o amor inabalável de Deus é
retratado no marido sofredor e da esposa
infiel.
A mensagem de Oseias é também de
advertência àqueles que dariam as costas
ao amor de Deus.
Através da representação simbólica do
casamento de Oseias e Gomer, o amor de
Deus pela nação idólatra de Israel é exibido
em uma rica metáfora com temas de
pecado, juízo e amor perdoador.
13. ●
Oseias em uma sentença:
Usando sua família e a traição da esposa, o profeta mostra a
infidelidade do povo de Israel e o amor leal do Senhor
ESBOÇO
Pessoas Mensagem
Os. 1-3 Família de Oseias Infidelidade, castigo e restauração da
esposa de Oseias
Os. 4-10 Povo de Israel O juízo do povo de Israel
Os. 11-14 Povo de Israel A restauração do povo
14. PRINCIPAIS PERSONAGENS
Oseias: profeta para
Israel (Reino do Norte);
seu casamento refletiu
o relacionamento de
Deus com Israel
(1.1 – 14.9).
Seus filhos: Jezreel, Lo-
Ruama, Lo-Ami; o
nome de cada filho
ilustra o relacionamento
de Deus com Israel
(1.3 – 2.1).
Gômer: prostituta que
se tornou esposa de
Oseias, que o traiu e
representava a nação de
Israel
(1.3-9).
15. Jesus
Josué
Hoshea
Oseias ficou conhecido como o
primeiro “profeta da graça" ou o
“evangelista de Israel”
Seu nome vem da forma
hebraica “Hoshea”, que no
original procede da mesma
raiz da palavra “Jesus” ou
“Josué”
16. “Nosso rei”
(Os. 7.5).
É provável que Oseias fosse
natural de Bete-Semes e
pertencesse à tribo de Issacar
Ele citou diversas referências geográficas envolvendo as cidades do
norte: Efraim, Mizpa, Tabor, Gilgal, Betei, Jezreel, Gibeá, Ramá e
Gileade, indicando o conhecimento de alguém natural daquela área
Ao referir-se ao rei de Israel
utilizou o pronome da primeira
pessoa do plural
17. Possivelmente foi um padeiro,
visto que descreveu o ato de
sovar a massa apresentando
um conhecimento prático na
área (Os. 7.4)
Acreditamos que ele era um
simples mercador, que ao
vender seu produto aproveitava
para exortar sua geração nas
cidades próximas, como Jezreel
e Samaria
18. PROFECIA
O livro de Oseias pode ser dividido em duas partes
Os capítulos 1 ao 3 descrevem
sua vida pessoal ao comparar
sua crise conjugal com a
infidelidade de Israel
Dos capítulos 4 ao 14
apresentam profecias poéticas
entregues em um longo
intervalo de tempo
19. Seu ministério foi longevo
Jeroboão II
reinou no Norte
de 793-753 a.C.
Ezequias reinou
no Sul de 715-
686 a.C.
No mínimo podemos afirmar que
ele profetizou entre 753 a.C. à
715 a.C.
Os judeus calculavam que ele
tinha profetizado por
aproximadamente 90 anos, tendo
como base o meado dos reinados
de Jeroboão e Ezequias
20. Ele foi contemporâneo de Amós,
Isaías e Miqueias e viveu no tempo
áureo da profecia, tanto em Israel
como em Judá
Oseias foi testemunha da
destruição do Reino do
Norte em 722 a.C., e com
muita tristeza, presenciou
o cumprimento de
suas profecias
22. Oseias por meio de sua própria
experiência exortou Israel sobre o
perigo da infidelidade (traição) a
Deus (Jr. 3.1,2; Tg. 4.4)
A metáfora do casamento foi
utilizada para demonstrar
o fascinante amor de Deus, mesmo
em um contexto de decadência
moral (Os. 2.14-16; 6.1-4; 11.1-4)
23. Oseias também usou a figura
do divórcio para mostrar a
tristeza do Senhor em executar
o juízo (Os. 2.2-7)
As jovens se
prostituíam e as
mulheres casadas
adulteravam
(Os. 4.13)
Os homens não
poderiam reivindicar
juízo sobre elas
porque também se
desviavam com as
meretrizes (Os. 4.14)
O pecado estava generalizado
em Israel (Os. 4.1,2)
O culto ao Senhor tinha sido
descaracterizado
24. “Betei” (Casa de Deus) foi
ironicamente apelidada por Oseias
de “Bete-Áven” (casa
dos ídolos), pois o lugar que antes
era conhecido como um centro de
adoração tornou-se um local
marcado pela idolatria (Os. 4.15)
O Senhor estava cansado de uma
adoração superficial e falsa
(Os. 6.6)
O juízo se aproximava (Os. 8.1)
25. A nação que antes era esposa foi
comparada a figura de uma
meretriz (Os. 9.1)
O juízo de Deus seria iminente
(Os. 10.10,13-15)
26. Da relação de Oseias com Gomer nasceram três filhos: dois
meninos e uma menina
Não foi somente o
matrimônio de
Oseias que ilustrou
sua mensagem , mas
também seus filhos,
pois todos receberam
nomes proféticos
JESREEL
LO-RUAMA
LO-AMI
27. Seu primeiro filho chamou Jezreel,
que significa
Deus semeia ou espalha”
Anunciando que em breve Deus
provocaria uma grande
dispersão em Israel (Os. 1.4,5)
Seu segundo filho, uma menina,
recebeu o nome de Lo-Ruama,
que significa
“desfavorecida”
Deus não teria mais compaixão
do seu povo (Os. 1.6), pois Deus
não tolera para sempre um povo
que odeia ser corrigido
28. Seu terceiro filho recebeu o nome de Lo-Ami,
que significa
“não meu povo” (Os. 1.9)
“Lo-Ami” fazia referência ao afastamento temporário
de Deus sobre Israel que de acordo com a linguagem
do casamento foi tipificado pelo divórcio
29. “Toda a sua malícia se acha
em Gilgal, porque ali os odiei;
por causa da maldade das suas
obras lançá-los-ei para fora de
minha casa. Não os amarei
mais; todos os seus príncipes
são rebeldes” (Os 9.15).
Deus nunca deixa alguém que
antes não o tenha deixado
primeiro (Os. 9.15)
Essa rejeição não seria
permanente, mas resultaria no
exílio e na destruição do Reino
do Norte como entidade política,
entretanto, esse período
terminaria diante da conversão
de Israel e de sua reunião com
Judá (Os. 3.4,5)
30. Assim como Oseias resgatou
Gomer do mercado da
escravidão/prostituição
(Os. 3.1-3)
Deus resgataria o seu povo
(Os. 3.4,5)
O amor de Deus é a tese central
do livro de Oseias
Deus decidiu amar Israel, e para
restaurá-los, imporia sobre eles
algumas restrições (Os. 3 4 .5)
31. A disciplina é resultado de um
julgamento fundamentado no
amor
No deserto, Deus falou ao
coração do seu povo
A expressão
“e lhe falarei ao coração”
(Os. 2.14).
Reflete um diálogo íntimo e
romântico, tal como um esposo
se dirige a sua mulher
32. Há poucas passagens nas
Escrituras que se aproximam
das expressões emocionais do
amor de Deus por Israel tal como
vemos em Oseias
(Os. 11.1-11)
Apesar da ira justificada, Deus
sentia compaixão de Israel
(Os. 11.8-11)
O profeta anunciou que o
Senhor dos Exércitos livrá-los-
ia da perversidade e de modo
voluntário os amaria (Os. 14.4)
33. Efraim dirá: Que mais tenho eu
com os ídolos? Eu o tenho ouvido
e isso considerarei; eu sou como a
faia verde; de mim é achado o teu
fruto.
Oséias 14:8
Deus faria mais do que perdoar o
seu povo, iria transformá-lo
(Os. 14.8)
O amor seria o instrumento
empregado nesta restauração
34. CONCLUSÃO
Oseias tem muito a nos ensinar, sobretudo, com a sua vida.
Sua pregação apresenta um Deus que ama
incondicionalmente. Deus abençoou Israel com liberdade e
terra, transformando escravos em um a grande nação.
Porém, Israel mostrou-se infiel.
Oseias denunciou com veemência a infidelidade de Israel
um pouco antes de sua destruição pela Assíria em 722 a.C.
Ele nos ensinou que a relação de Deus com seu povo é
fundamentada no amor e na fidelidade, ou à semelhança de
um casamento.
38. Joel iniciou sua pregação a partir
de um desastre natural
A praga dos gafanhotos
Enquanto Oseias
se apropriou de um
a tragédia pessoal
para compor a sua
mensagem
Joel se utilizou de
uma calamidade
nacional para
escrever as linhas
do seu sermão
profético
39. O livro de Joel pode ser dividido em duas partes
Na primeira, há uma descrição
histórica da devastação de Judá
imposta por uma praga de
gafanhotos
Na segunda, o profeta anunciou
o juízo divino que
viria sobre o povo de Deus,
seguido por uma restauração
futura sem precedentes
40. O profeta não ficou limitado às
dificuldades do presente, à tragédia
natural ou ao indiferentismo
religioso
Mas transportou sua visão para
uma época vindoura e enxergou o
derramar do Espírito
sobre toda a carne
41. Significa “Yahweh é Deus”
ou “O Senhor é Deus”
Joel, no hebraico “Yôél”
Na cultura hebraica o nome do
indivíduo apresentava uma
conexão muito forte com sua
vida
42. “Palavra do SENHOR,
que foi dirigida a Joel,
filho de Petuel”
(Jl. 1.1).
“Mas isto é o que foi dito
pelo profeta Joel”
(Jl. 2.16).
Em toda a Bíblia, o profeta Joel é citado apenas em duas ocasiões,
sendo uma única vez em ambos os Testamentos
A primeira na apresentação
do seu livro (Jl. 1.1)
E a segunda, em lembrança
ao cumprimento de sua
profecia (At. 2.16)
43. O texto bíblico não fornece
informações pessoais sobre ele,
devido à sua familiaridade com
o Templo, tem sido identificado
como um profeta do Templo ou
até mesmo um sacerdote,
(Jl. 1.13,14; 2.17), uma vez que
suas profecias demonstram
muita familiaridade com as
cerimônias do templo
(Jl. 2.1,15, 32; 3.17, 20, 21)
44. Joel profetizou para Jerusalém,
os “filhos de Sião”
Em princípio, Joel fala para o seu
povo (Reino do Sul), no entanto,
sua profecia abrangeu a Igreja,
conforme o próprio apóstolo Pedro
reconheceu (A.t 2.16,17)
Não podemos negar que também
existe um caráter abrangente e
escatológico em sua mensagem
(Jl. 3.1-21)
45. Acreditamos que Joel representou
a ponte entre os profetas antigos
com os demais profetas escritores
do Antigo Testamento
De acordo com as evidências
internas do livro, ele profetizou
no tempo do rei Joás, de Judá,
por volta de 835 a.C. a 830 a.C.,
quando o sacerdote Joiada
respondia pela liderança da nação
(2 Rs. 12.2)
46. “Fazei sobre isto uma narração a
vossos filhos, e vossos filhos a seus
filhos, e os filhos destes à outra
geração”
(Jl. 1.3).
Joel apresentou a devastação, a seca
e a fome que atingiu a nação de
Judá ao ser atacada por uma praga
de gafanhotos
A ideia do profeta é registrar para
as gerações posteriores o relato da
catástrofe que atingiu a nação
(Jl. 1.3)
47. A devastação foi total
O que ficou da lagarta, comeu o
gafanhoto, e o que ficou do
gafanhoto, comeu a locusta,
e o que ficou da locusta, o comeu
o pulgão” (Jl. 1.4).
No original hebraico, “largata,
gafanhoto, locusta e pulgão” não
indicam insetos de diferentes
espécies, mas o mesmo inseto, o
gafanhoto, em quatro fases de
seu desenvolvimento
48. Lagarta
A representa o
gafanhoto em seu
estágio inicial, ao
nascer, sem asas,
quando apenas
consegue roer
Gafanhoto
Representa o
estágio que
começa a procriar
e se multiplicar
Locusta
Desenvolve asas,
mas ainda não
voa, apenas salta
e já começa a
devorar
Pulgão
Já estão
plenamente
desenvolvido,
com asas
completas
49. Judá foi desolada por causa deste
ataque de gafanhotos em seus vários
estágios de desenvolvimento
O descaso para com Deus precipitou
o povo à assolação
O fruto de quem vira as costas para
Deus sempre será amargo
50. Os compatriotas de Joel agiram
com indiferença diante da tragédia,
acreditavam que essas situações
simplesmente “aconteciam”
O profeta começou sua mensagem
fazendo uma invocação solene para
chamar a atenção do seu povo, suas
palavras iniciais foram
“ouvi isto”
(Jl. 1.2).
51. “Despertai-vos, bêbados, e
chorai; gemei, todos os que bebeis
vinho, por causa do mosto,
porque tirado é da vossa boca”
(Jl. 1.5).
Os ébrios deveriam se despertar
(Jl. 1.5); a virgem deveria lamentar
(Jl. 1.8) e os sacerdotes deveriam
gemer e clamar (Jl. 1.13)
A devastação foi tão grande que
não havia material para oferecer a
oferta de manjar (Jl. 1.9)
52. O mesmo ocorria com as libações e
com o vinho
A seca se alastrou pela terra
(Jl. 1.12)
Não havia materiais para o culto
A interrupção da adoração ao
Senhor deveria ser considerada uma
grande calamidade (Jl. 1.13)
Joel se incomodou com a
indiferença de sua geração, por
isto, chamou a atenção deles
dizendo que mais calamidades
estavam por vir
53. Enquanto o primeiro capítulo
narrava um acontecimento histórico,
o segundo previa uma
calamidade que assombraria a nação
A derrota para uma nação
estrangeira
Parecia que Joel estava descrevendo
um futuro ataque de gafanhotos,
pois falava de um dilúvio escuro
com milhares de gafanhotos
cobrindo os céus (Jl. 2.2)
54. Ele comparou os insetos ao fogo
(Jl. 2.3) e descreveu-os com a
aparência de um cavalo (em
miniatura) (Jl. 2.4)
Em suas palavras o exército
invasor seria obstinado, como
valentes correriam cada um pelo
seu carreio (Jl. 2.7,8)
55. Joel se valeu do simbolismo do
ataque dos gafanhotos para prever
um ataque militar como resultado
de um juízo divino sobre o povo
Provavelmente o profeta estava se
referindo ao futuro ataque da
Babilônia
Para Joel, a praga dos gafanhotos
prefigurava uma desolação muito
maior
57. “Ainda assim, agora mesmo
diz o Senhor: Convertei-vos a
mim de todo o vosso coração; e
isso com jejuns, e com choro, e
com pranto” (Jl. 2.12).
Joel conclamou seus compatriotas
ao verdadeiro arrependimento
A expressão “agora mesmo”
revelou a urgência do apelo
(Jl. 2.12)
58. Na Bíblia, o arrependimento é
sempre para hoje (Mt. 3.2: 4.17:
At. 2.38: 3.19)
O profeta afirma que Deus não se
deixa enganar com “falsos
arrependimentos” ou com “rituais
aparentes”
A conversão deve ser de todo o
coração (Jr. 29.13)
Ele comparou os insetos ao fogo (Jl. 2.3) e descreveu-os com a
aparência de um cavalo (em miniatura) (Jl. 2.4)
59. A nação inteira precisava se voltar
para Deus (Jl. 2.16)
Os sacerdotes deveriam chorar e
clamar pelo povo (Jl. 2.17)
Eles estavam tão envolvidos com a
política (na frente do governo
durante o período de menoridade
do rei Joás) que deixaram suas
atividades sacerdotais de lado
Era preciso voltar a interceder pelo povo
60. A promessa do derramar do
Espírito Santo
Requer de nós uma conversão
sincera e uma entrega total
61. Trigo Vinho Óleo
Deus prometeu agir não apenas
como o provedor de recursos, mas
também como o protetor do seu
povo (Jl. 2.20,21)
“Mas removerei para longe de vós o
exército do norte, e lançá-lo-ei em
uma terra seca e deserta; a sua frente
para o mar oriental, e a sua
retaguarda para o mar ocidental; e
subirá o seu mau cheiro, e subirá a
sua podridão; porque fez grandes
coisas.
Não temas, ó terra: regozija-te e
alegra-te, porque o Senhor fez
grandes coisas” (Joel 2.20,21).
O arrependimento muda destinos
Mediante a conversão sincera,
Deus prometeu derramar fartura
A resposta viria com a providência
dos mantimentos que antes estavam
Escassos (Jl. 2.19)
62. Deus prometeu ordenar aos
recursos naturais, a chuva
(temporã e serôdia) e ao próprio
desenvolvimento da colheita e do
fruto, que fossem derramados na
medida correta para trazerem
prosperidade sobre Israel
Deus prometeu restituir os anos de
sofrimento (Jl. 2.23-25)
Toda restauração tem o propósito
de revelar a presença de Deus e
fornecer motivos para uma
adoração verdadeira e
ininterrupta (Jl. 2.26,27)
63. “E nos últimos dias acontecerá,
diz Deus, Que do meu Espírito
derramarei sobre toda a carne;
E os vossos filhos e as vossas
filhas profetizarão, Os vossos
jovens terão visões, E os vossos
velhos sonharão sonhos”
(At. 2.17).
Pedro interpretou esse
“depois” como sendo os
“últimos dias” (At. 2.17)
“Os últimos dias” representam
um período bem abrangente,
que começa com a primeira
vinda de Cristo na Terra e se
encerra em sua Segunda Vinda
64. Homens e mulheres, jovens e
velhos, servos e livres
(Jl. 2.28, 29)
Atualmente, vivemos o
cumprimento da profecia de Joel
No Antigo Testamento somente
sacerdotes e profetas recebiam
a unção, todavia, a bênção do
Espírito Santo é universal, não
só para Israel, mas para todos
os povos
65. “Assim também vós, como
desejais dons espirituais, procurai
abundar neles, para edificação da
igreja”
(1 Co. 14.12).
Os efeitos da efusão do Espírito são as profecias, sonhos
e visões, cujo principal propósito é gerar a nossa edificação
(1 Co. 14.12)
66. CONCLUSÃO
Joel fez o registro histórico da praga dos gafanhotos e
exortou sua geração sobre a iminência do juízo divino.
No entanto, a promessa da descida do Espírito Santo
foi o tema-chave de sua profecia. O Livro de Joel nos
ensina principalmente a respeito da atualidade das
ações do Espírito Santo, pois mediante uma conversão
verdadeira, o Consolador será derramado de forma
efusiva e sobrenatural sobre todos aqueles que se
aproximam de Deus em busca de salvação.
69. INFORMAÇÕES BÁSICAS
A
M
Ó
S
Autor: Amós
Tema: Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo Pecado.
Palavras-Chave: Julgamento e Justiça.
Versículo-chave: Am. 4.11 e 12.
Data: 760-755 a.C.
70. Sua profecia condena a idolatria e
denuncia as injustiças sociais que
às vezes são normatizadas pelo
“status quo” de um determinado
grupo social
O Livro de Amós é
surpreendentemente atual
Amós não pensou duas vezes em
tocar o dedo na ferida de Israel e
desafiá -los ao arrependimento,
caso contrário, a nação receberia o
juízo de Deus
Ele profetizou aproximadamente
três décadas antes da destruição de
Israel pelas tropas da Assíria
71. Ainda hoje, a voz do profeta
continua a ecoar alteando a
bandeira da justiça no estandarte
da adoração cristã
O livro de Amós é conhecido como
o livro da justiça de Deus e nos
ensina que a adoração não pode
desassociar-se da retidão e dos
“princípios bíblicos e justos”
revelados na Palavra de Deus
72. “Carregador de fardos"
O nome Amós significa
Em alusão ao seu nome, podemos
dizer que sua fala era pesada e a
sua palavra, uma carga do
Senhor
Por causa de sua origem humilde
o profeta não apresenta seu
sobrenome, indicando que sua
família não era conhecida
(Am 1.1)
“As palavras de Amós, que
estava entre os pastores de
Tecoa, as quais viu a respeito de
Israel, nos dias de Uzias, rei de
Judá, e nos dias de Jeroboão,
filho de Joás, rei de Israel, dois
anos antes do terremoto”
(Am. 1.1).
73. Ele provinha de uma classe
trabalhadora, portanto, estava
acostumado a “carregar fardos“
Deus chamou um homem
calejado para uma dura tarefa
Amós permaneceu resoluto em
cumprir sua missão
Foi duro nas denúncias e
exortações porque sabia que se o
povo não ouvisse suas palavras
o peso do juízo divino derramado
sobre Israel seria ainda maior
74. Ele era natural de Tecoa (Am. 1.1)
Essa cidade ficava a uns 20 km ao sul
de Jerusalém, junto ao deserto
da Judeia
Essa região ficava próxima à estrada
que ligava Jerusalém a Hebrom e
Berseba
Foi nessa região que João
Batista se levantou como profeta
75. Amós foi um profeta sulista que atuou como missionário no Reino do
Norte (Israel). A certeza do chamado divino revestiu o profeta de coragem
para denunciar
Amós fala a partir de sua realidade, por isto, se apresenta como um
legítimo representante de uma classe explorada, que não tinha voz nem
vez. Ele era pastor, boieiro e cultivador de sicômoros (Am. 1,1; 7.14)
Era um homem
trabalhador que fez
questão de
identificar sua
origem humilde
(Am. 7.14,15)
76. Durante os meses de verão, os
pastores mudavam o rebanho para
lugares mais baixos e pegavam
serviços paralelos como “boieiro”
ou “cultivador de sicômoros” para
terem o direito de pastar com seus
gados naquelas regiões
Sicômoros era a fruta consumida
pelos mais pobres
Os ricos se deliciavam com o figo
comum
77. O pecado do orgulho combatido por ele, não fazia parte de sua
vida, ele era um homem simples
Como pastor, ele passava muito tempo sozinho, meditando e observando a
natureza, As ilustrações utilizadas em suas profecias foram extraídas da vida
diária , indicando a originalidade dos seus pensamentos
78. Era leigo no sentido que não
havia recebido formação em
um estabelecimento oficial,
visto que não tinha estudado
nas escolas de profetas,
embora não tivesse passado
por uma educação profética
formal, ele demonstrou muito
conhecimento.
Assim como Moisés e Davi, o
tempo com o gado lhe
proporcionou uma cultura
mental destinada à reflexão,
Amós demonstrou um grande
conhecimento da lei de Moisés
79. Amós desenvolveu o seu
ministério na época em que
Jeroboão II reinava em
Israel, e Uzias, em Judá Foi
um período de grande
prosperidade para ambos os
reinos
O clima do governo entre
Jeroboão II e Uzias era
amistoso As nações que
poderiam perturbar Israel
tinham sido dominadas. A
luta contra a Síria terminou
com a vitória de Israel, O rei
tinha restabelecido os termos
de Israel (2 Rs. 14.25)
De acordo com o Antigo Testamento, ele
foi contemporâneo de Oseias, Jonas,
Isaías e Miqueias
80. Os reinos do Norte e Sul
expandiram seus territórios de
tal modo que conseguiram
recuperar quase todo o território
do império davídico-salomônico.
Esse período ficou conhecido
como a idade de ouro para
ambos os reinos. A ideia de um
juízo divino parecia não se
adequar as circunstâncias
daquela época As ameaças
assírias de Tiglate-Pileser III
(745-727 a.C.) se manifestariam
apenas algum tempo depois
81. A paz experimentada pelos israelitas
lhes trouxe uma sensação enganosa
de segurança, por isto rejeitaram a
mensagem de Amós
A paz política e a expansão
territorial conduziram Israel para
um período de prosperidade
material.
As nações vizinhas eram tributárias
do Norte.
As riquezas afluíam para Israel
Os novos ricos perdiam a paciência
com as restrições de trabalho
impostas pela lei do sábado
A vontade de acumular riquezas se
tornou maior do que o anseio
de obedecer a Lei do Senhor
82. A ganância tem sido uma fonte de
tropeço para muitos (1 Tm. 6.9,10)
Os pobres não eram tratados
de forma justa (Dt. 15.11; 24.15)
A luxúria dos ricos era conseguida à
custa da opressão e exploração
(Am. 2.6-8)
Os ricos controlavam tudo, inclusive o
judiciário
As decisões dos tribunais eram todas
favoráveis aos ricos e extremamente
opressivas aos pobres
Amós se levantou contra as injustiças sociais e combateu os sistemas
desonestos que pervertiam o direito dos necessitados
83. Os homens de sua época estavam
tão contumazes em acumular
riquezas que se esqueciam de
atentar para a necessidade de seus
irmãos
A força material de Israel
contrastava com sua fraqueza
moral
O sumo sacerdote Amazias, por
exemplo, era de classe leiga e não
provinha da descendência
sacerdotal;
Tal questão era um grande ultraje
a fé verdadeira em Israel
84. Quando Amós profetizou que Israel se
achava fora do prumo por causa dos
pecados de idolatria
e materialismo introduzidos pela casa de
Jeroboão (Am. 7.7-9)
Amazias demonstrou que era um
“sacerdote comprado” defendendo os
interesses do rei ao tentar proibi-lo de
continuar profetizando (Am. 7.12,13)
As leis divinas estavam sendo burladas
A religião tinha se corrompido
(Am. 7.10-14)
Jeroboão II incentivou a prática dos
cultos à fertilidade por meio
de um sistema de adoração ao bezerro de
ouro (2 Rs. 14.24,25)
85. A adoração a Jeová permanecia
concomitantemente ao paganismo
(Os. 2.13,16,17)
Centros pagãos foram construídos
nas principais cidades do Norte:
Gilgal, Betei, Dã e Samaria
(Am. 4.4; 8.14)
Alguém precisava combater estes
pecados, e por este motivo, Deus
levantou o corajoso Amós
86. O livro de Amós pode ser dividido em duas partes principais
Na primeira seção situam-se os oráculos que vieram pela
palavra (Am. 1 - 6), aqui encontramos juízos entregues para
oito nações: Damasco, Gaza, Tiro, Edom, Amom, Moabe, Judá
e Israel (Am. 1-2)
Na segunda seção do seu livro estão as visões (Am. 7 - 9)
87. O profeta apresentou uma série
de discursos de julgamento contra
Israel (Am. 3-6)
As denúncias de Amós partem do
geral para o específico: Primeiro
falou às nações, depois foi
específico em detalhar os pecados
de Israel
Para fortalecer sua intimação,
Amós apresentou uma série de
símbolos do juízo vindouro
(Am. 7,8 e 9)
Por fim, terminou sua mensagem
apresentando a restauração
futura de Israel (Am. 9.11-15)
88. Sua profecia confrontou, principalmente,
as instituições de Israel, ao denunciar os
pecados que destruíam os fundamentos
sociais, morais e espirituais da nação
Amós encontrou um mau governo em
Israel
Oseias, seu contemporâneo, fez
denúncias semelhantes (Os. 5.1; 7.5-7)
As instituições de Israel transformaram a
justiça em alosna, uma erva daninha
(Am. 5.7)
Eles perverteram o direito do próximo
Não aceitavam a repreensão e
aborreciam na porta aqueles que os
repreendiam (Am. 5.10)
89. O portão de qualquer cidade era
o lugar onde a justiça era
administrada (Dt. 22.15)
Se um profeta ou juiz os
repreendessem , sofreria represálias;
e por uma questão de conveniência,
muitos se silenciaram (Am. 5.13)
Os pobres eram pisados, extorquidos
e explorados (Am. 5,11), também
eram rejeitados nos tribunais de
justiça (Am. 5.12)
Seus direitos eram violados
(Am. 2.7; 4.1; 5.11)
90. Amós denunciou a prática do
suborno (Am. 8,4,6) e cumpriu o
seu papel de responsabilidade
social ao denunciar a injustiça
A ira de Deus, na pregação de
Amós era a justiça divina reagindo
contra as injustiças humanas
91. Conforme vimos, apesar dos
múltiplos pecados e das
injustiças sociais, a adoração nos
espaços supostamente
“sagrados” continuava de forma
natural
O sacrifício desprovido de
justiça representava uma
transgressão ao Senhor
Os “ricos injustos“ gostavam de
frequentar os santuários e
exibirem seus sacrifícios
sonegando a Deus a verdadeira
adoração (Os. 8.13; Am. 5.22)
92. Os cultos foram embelezados com a
contratação de levitas
Muitos músicos profissionais que não
descendiam da linhagem de Levi
foram contratados para tocar nestes
templos
A música oferecida para as pessoas era
excelente, enquanto
a adoração sincera a Deus era
precária (Am. 5.23)
O espetáculo em volta do culto
maquiava a superficialidade da
adoração
Amós declarou que a adoração era
como “estrépito”, um “barulho
ensurdecedor” diante dos ouvidos do
Senhor (Am. 5.23)
93. “Mas os cânticos do templo
naquele dia serão gemidos, diz o
Senhor DEUS; multiplicar-se-ão os
cadáveres; em todos os lugares
serão lançados fora em silêncio”
(Am. 8.3).
Deus não estava aceitando aquela
adoração sincrética, espetaculosa,
teatral e desprovida de justiça
Os cânticos cultuais perdem o
valor quando não há
arrependimento sincero (Am. 8.3)
94. A justiça social pregada por Amós aponta para a obediência
aos princípios da Palavra de Deus. Devemos lembrar
religião são constituídos pela forma como tratamos o
próximo. Adoração sem justiça é uma ofensa a Deus
Uma religião que diz honrar a Deus, mas despreza, explora
ou oprime o semelhante é um a fraude. Amós nos
ensina que a verdadeira adoração exige comunhão vertical,
com Deus, e horizontal, com 0 próximo.
CONCLUSÃO