5. PROFETA DANIEL
O conteúdo de Daniel é uma associação de autobiografia, história e
profecia. Sua forma literária é apocalíptica, significando que sua
mensagem profética é a revelação de Deus:
Através de visões, sonhos e simbolismo;
Visando encorajar o povo de Deus durante um período crítico da
história;
Para uma concepção da esperança de Israel no tocante ao triunfo final
do reino de Deus e da sua justiça na terra.
6. PROFETA DANIEL
O livro de Daniel se divide, naturalmente, em três partes:
1. O capítulo 1 é escrito em hebraico, e abrange o contexto histórico do livro;
2. Os capítulos 2-7, a partir de Daniel 2.4, foram escritos em aramaico, e
descrevem a elevação e queda de quatro poderosos reinos mundiais
sucessivos, seguindo-se o estabelecimento do reino de Deus como reino eterno
(principalmente capítulos 2 e 7).
• Esses capítulos destacam:
A ascensão de Daniel a uma posição de destaque na corte de
Nabucodonosor (Dn 2);
O Filho de Deus na fornalha de fogo com os três amigos de Daniel (Dn 3);
A loucura temporária de Nabucodonosor como castigo divino (Dn 4);
O desempenho de Daniel no banquete de Belsazar, declarando o fim do
reino babilônico (Dn 5);
O livramento milagroso de Daniel na cova dos leões (Dn 6);
A visão dos quatro reinos mundiais sucessivos julgados pelo “Ancião de
dias” (Dn 7).
7. PROFETA DANIEL
3. Nos capítulos 8-12, Daniel volta a escrever em hebraico, e expõe
revelações surpreendentes e visitações angelicais da parte de Deus a
respeito:
Do povo judeu sob o futuro domínio gentio (Dn 8-11);
Do período de setenta “semanas” proféticas como tempo
determinado por Deus para o cumprimento da missão do Messias a
favor de Israel (Dn 9);
Do livramento final de Israel de todas as tribulações no fim dos
tempos (Dn 12).
8. AUTOR
Daniel, cujo nome significa “Deus é meu juiz”, é tanto o personagem
principal como o autor do livro que leva o seu nome.
A autoria de Daniel não somente é declarada explicitamente no
capítulo 12 e versículo 4: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este
livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e
a ciência se multiplicará”, como também é subentendida pelas
numerosas referências autobiográficas nos capítulos 7-12.
Jesus atribui o livro ao “profeta Daniel” “Quando, pois, virdes o
abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo
(quem lê entenda)” (Mt 24.15 - ARA), quando cita Daniel 9.27.
9. DATA
A data do cativeiro de Daniel costumeiramente aceita é 605 a.C. Sua profecia
abrange o espaço de tempo de sua vida.
O livro relata eventos a partir da primeira invasão de Jerusalém por
Nabucodonosor (605 a.C.) até ao terceiro ano de Ciro (536 a.C.) (Dn 10.1).
O contexto histórico do livro está vinculado à Babilônia, durante o cativeiro
babilônico.
Daniel era certamente adolescente por ocasião dos eventos do capítulo 1, e
octogenário, quando teve as visões dos capítulos 9-12. Supõe-se que ele viveu
até cerca de 530 a.C.
Os críticos modernos consideram o livro de Daniel como espúrio, e do século
II a.C.
Quase toda informação que se tem do profeta Daniel procede deste livro (Ez
14.14,20).
10. Possivelmente, Daniel era descendente do rei Ezequias (cf. 2Rs 20.17,18; Is
39.6,7).
Ele era de família culta, da classe alta de Jerusalém (Dn 1.3-6), porquanto,
Nabucodonosor não escolheriam jovens estrangeiros de classe inferior para
sua corte real (Dn 1. 4,17).
O êxito de Daniel em Babilônia atribui-se à sua integridade de caráter, aos
seus dons proféticos e às intervenções de Deus que resultaram no seu acesso
rápido a posições de destaque e de responsabilidade na corte (Dn 2.46-49;
6.1-3).
Cronologicamente, Daniel é um dos últimos profetas do Antigo Testamento.
Somente Ageu, Zacarias e Malaquias vêm depois dele.
Foi contemporâneo de Jeremias, porém, mais jovem que este. Tinha
provavelmente a mesma idade de Ezequiel.
DATA
11. O LIVRO DE DANIELANTE O NOVO TESTAMENTO
A influência de Daniel no Novo Testamento vai muito além das cinco ou seis
vezes que o livro é citado diretamente.
Muito da história e da profecia de Daniel reaparece nos trechos proféticos
dos Evangelhos, das Epístolas e do Apocalipse.
A profecia de Daniel a respeito do Messias vindouro contém uma descrição
dEle como:
A “grande pedra” que esmagaria os reinos do mundo (Dn 2.34,35, 45);
O Filho do homem, a quem o Ancião de dias daria o domínio, a glória e o
reino (Dn 7.13,14);
“O Messias, o Príncipe” que viria e seria tirado (Dn 9.25,26).
12. Alguns intérpretes crêem que a visão de Daniel, em 10.5-9, trata-se de
uma aparição do Cristo pré-encarnado (cf. Ap 1.12-16).
Daniel contém numerosos temas proféticos plenamente desenvolvidos
no Novo Testamento:
1. A grande tribulação e o anticristo;
2. A segunda vinda de Cristo;
3. O triunfo do reino de Deus;
4. A ressurreição dos justos e dos ímpios;
5. O Juízo Final.
O LIVRO DE DANIELANTE O NOVO TESTAMENTO
13. As vidas de Daniel e dos seus três amigos evidenciam o ensino
neotestamentário da separação pessoal do pecado e do mundo, viver no
mundo incrédulo sem, porém, participar do seu espírito e dos seus modos
(Dn 1.8; 3.12; 6.18; cf. Jo 7.6,15,16,18; 2Co 6.14; 7.1).
Livro escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e
de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão
sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus.
O livro se divide em duas partes:
1. (capítulos 1-6) conta histórias a respeito de Daniel e dos seus
companheiros;
2. (capítulos 7-12) relata visões de vários impérios que aparecem e depois
desaparecem. Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que
a vitória final será do povo judeu.
O LIVRO DE DANIELANTE O NOVO TESTAMENTO
14. CAPÍTULO 1
DANIEL COM SEUS COMPANHEIROS EM UMA CORTE PAGÃ
A etimologia da palavra “Aspenaz” no versículo 3 é incerta. O indivíduo,
entretanto, era um delegado chefe ou oficial na corte.
Uma das primeiras qualidades dos jovens hebreus na Babilônia foi a de não
se contaminarem com os manjares do rei.
Eram prisioneiros, mas para o rei eles eram homens escolhidos, em especial
pela sua sabedoria, formosura e pela permissão de Deus.
Nabucodonosor tomou Jerusalém que estava sob o reinado de Jeoaquim em
605 a.C., levando vários utensílios do templo e alguns príncipes, nobres,
jovens saudáveis, de boa aparência e de alto nível cultural a fim de ensinar-
lhes a cultura dos caldeus.
15. DANIEL COM SEUS COMPANHEIROS EM UMA CORTE PAGÃ
Já na Babilônia Aspenaz que era chefe dos eunucos altera-lhes os nomes, a
saber:
Daniel “Deus é meu Juiz” deu-se o nome de Beltessazar que significa:
“Bel” - deus proteja sua vida; era o nome do deus principal da Babilônia;
Hananias “o Senhor é gracioso” chamaram-no de Sadraque “Servo de
Akú” o deus lua;
Misael “quem é igual a Deus” chamaram-no de Mesaque “a sombra do
príncipe”;
Azarias “o Senhor ajuda” chamaram Abede-Nego - o deus da sabedoria
ou a estrela da manhã.
CAPÍTULO 1
16. CAPÍTULO 2
OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS
Esse fato ocorreu por ocasião dos sonhos de Nabucodonosor, na realidade
têm surgido várias indagações a respeito da interpretação do sonho, se foi
evidentemente correta.
Veja o versículo 31: havia uma grande estátua, bela, e seu resplendor era
mui excelente, estava a estátua em pé e sua vista era terrível.
Na realidade sem sombra de dúvida esse sonho de Nabucodonosor era a de
uma visão totalmente escatológica, a força dessa estátua está nas partes que
destacaremos para melhor compreensão.
A visão escatológica deu a Daniel o modo real de interpretar esse sonho
colossal de uma grande e terrível estátua.
17. CAPÍTULO 2
OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS
No versículo 32: A cabeça daquela estátua era de ouro fino:
A cabeça de ouro: Representa o próprio Império Babilônico que logo em
seguida acontece sua queda com o reinado de Belsazar (Dn 5.30-
31);
Peitos e braços de prata: Representa os medos e persas (430 a 331 a.C.)
ficaram 100 anos como maior potência mundial.
Ventre e costas de cobre: O Império Grego (331 a 167 a.C.) fundado por
Alexandre Magno.
Pernas de ferro: As pernas de ferro representam o Império Romano que
relativamente teve seu domínio cerca de 67 a.C. e dominou o mundo então
conhecido;
Os pés de ferro e de barro: representam escatologicamente os estados
nacionais unidos a Roma durante o seu Império restaurado.
18. CAPÍTULO 3
UM ORGULHO RELIGIOSO QUEBRADO
Como o costume era de erigir estátuas de reis (os caldeus) levam a crer que
seja mesmo a estátua de Nabucodonosor, todos deveriam adorar a estátua.
Os três jovens de uma sabedoria notada, não obedeceram ao rei, não se
prostrando diante da estátua.
A representação desse fato denota a idolatria do povo a crer que adorando
aquela estátua estariam agradando ao rei.
A altura da estátua era de aproximadamente 27 metros e sua largura de 2
metros aproximadamente, foi levantada no campo de Dura, um local perto
da Babilônia, vasto local entre as montanhas.
Ao mesmo tempo em que Nabucodonosor tinha orgulho de sua obra, os três
jovens quebram um ritual obrigatório a toda a nação.
Observar as leis de um país é um dos ensinamentos que o Senhor nos deixou,
agora, adorar a outros deuses é violar as leis de Deus.
19. UM ORGULHO RELIGIOSO QUEBRADO
Obedecer foi o que fizeram, mas a Deus. O modo com que enfrentaram a
fornalha foi a de fiéis guerreiros que não renunciaram a lei de seu país:
foram até a fornalha, mas com certeza e com fé de que seriam salvos.
Orgulho de Nabucodonosor é quebrado por três jovens, para os principais
do reino a quebra do ritual de adoração significava o não cumprimento da
palavra do rei, que era tida como autoridade máxima dentro do reino.
No momento em que os três jovens foram jogados dentro da fornalha de fogo
ardente, Nabucodonosor reconhece o Deus de Israel, e passa à crer nesses
três jovens hebreus.
O novo decreto é: se alguém proferisse alguma palavra contra o Deus
Altíssimo, deveria morrer e suas casas seriam destruídas.
Com essa quebra de um ritual, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego crescem e
prosperam em um reino totalmente fora dos padrões judaicos.
CAPÍTULO 3
20. CAPÍTULO 4
UM ORGULHO POLÍTICO FRACASSADO
A política da época demonstrava que a Babilônia além de grande era muito
rica, de poder e domínio vasto. O rio Eufrates passava abaixo da cidade.
O sonho que Nabucodonosor teve era de singularidade bastante espantosa,
para os que estavam a sua volta, até mesmo a Daniel.
De acordo com a interpretação do sonho, Nabucodonosor haveria de passar
um espaço de sete tempos, que não há provas concretas que sejam sete anos,
ou que poderia ser sete dias, ou poderia ser sete “estações (verão e inverno)”,
expressão que talvez signifique três anos e meio.
Dentro desse período, Nabucodonosor fica fora da Babilônia nas imediações
da mesma, e comendo erva com os bois, seu corpo molhado do orvalho do
céu (Dn 4. 33), cresceu pelos como dos bodes e unhas como as das águias.
O castigo de Deus mostrou ao rei como seu reino não era nada perante o
Reino dos Céus.
Babilônia enfraqueceu-se com a queda do “Vizir” Nabucodonosor.
Por fim Nabucodonosor reconhece o único e verdadeiro Deus.
21. BABILÔNIA, O PRIMEIRO GRANDE IMPÉRIO MUNDIAL CAÍDO
Na história da Babilônia o período de Nabucodonosor acaba e em seu lugar, é
provável que se assentou no trono Nabonido, logo após Belsazar, e como
terceiro ministro Daniel.
Belsazar no seu reinado deixou-se levar de exaltação e de maneira que fez o
que era mal perante Deus, e para lhe dar um castigo escreve na parede sua
sentença de morte (Dn 5.25).
A expressão MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM significam:
• Mene: Contou Deus o teu reino e o acabou;
• Tequel: Pesado foste na balança e foste achado em falta;
• Parsim: Dividido foi o seu reino e deu-se aos medos e persas.
CAPÍTULO 5
22. BABILÔNIA, O PRIMEIRO GRANDE IMPÉRIO MUNDIAL CAÍDO
Na mesma noite os medos e os persas invadiram a Babilônia, segundo a
história, alguns soldados medos- persas entraram por baixo da cidade
através do rio Eufrates que foi desviado e secado, já outros explicam que é
após a morte de Nabucodonosor, a glória da Babilônia foi declinando e
durante a invasão o povo escancarou as portas ou portões para acolher os
medos e os persas sem qualquer resistência.
Segundo historiadores (registraram) da época, somente Belsazar foi morto,
um pouco depois Ciro invade e entra na cidade e é saudado como sendo o
libertador da tirania de Nabonido e Belsazar, com isso, Daniel tende a se
acostumar com novos governos.
A forma exata de um reino que foi um dos mais belos do mundo, agora
dominado pelos medos-persas.
Atrás o castigo de Deus, não para Daniel, mas para os demais habitantes
dentro da cidade babilônica.
CAPÍTULO 5
23. CAPÍTULO 6
PÉRSIA - O SEGUNDO GRANDE IMPÉRIO MUNDIAL
Aqui na verdade estão constituídos dois impérios; os Medos e Persas.
E nesse capítulo Daniel é jogado na cova dos leões.
Essa história contada pela Bíblia é de grande valia para os nossos dias, que
demonstra a fidelidade de Daniel para com Jeová e a firmeza.
Daniel demonstra que em meio às transformações governamentais, ainda,
existia Deus e que zelava por seu povo.
Nessa época Daniel teve uma visão histórica.
Ciro (fundador do Império Persa) permitiu que os judeus voltassem do
Cativeiro (2 Cr 36.22-23), nomeia Dario para exercer o reino da Pérsia,
Nada identifica o rei Dario sendo chefe supremo dos medos, mesmo que ele
tinha sangue de medos, é claro que ele tendo nascido no meio dos medos, seu
domínio se estendeu junto com a Pérsia, sendo rei dos dois povos.
24. PÉRSIA - O SEGUNDO GRANDE IMPÉRIO MUNDIAL
Dario nomeou cento e vinte “Sátrapas” ou protetores do reino para cuidar
do novo país conquistado.
O capítulo termina com uma declaração sobre a prosperidade de Daniel no
reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.
O reino aqui é o mesmo, não havia divisão entre os dois, os sátrapas acima
citados foram os homens que condenaram a Daniel.
Graças a Daniel (com Deus) que esse Império Persa foi ao apogeu, que se
tornou um dos principais do reino de Dario, e sendo o rei amigo fiel de
Daniel (Dn 6.14), se penalizado quando Daniel foi lançado na cova dos leões.
É harmoniosa a fama que Daniel teve no período do exílio babilônico,
mostra-nos a grandeza de Deus para com seu povo lembrando-nos sempre
que mesmo o povo fora de sua terra, Deus tinha compromisso em sempre
exaltar alguns de seus filhos.
CAPÍTULO 6
25. CAPÍTULO 7
AS QUATRO FERAS
Essa visão é a mesma do capítulo segundo.
No sonho, os quatro ventos do céu combatiam no Mar Grande.
O mar representa a humanidade, não se trata do Mar Mediterrâneo,
nem de qualquer outro mar, mas somente da humanidade;
Os quatro ventos cardeais simbolizam os poderes celestiais e esses
poderes em movimento representam as nações do mundo.
26. AS QUATRO FERAS
A PRIMEIRA FERA a emergir do mar corresponde à cabeça de ouro da
imagem de Nabucodonosor (Dn 2.32).
O simbolismo do leão e das asas de águia (Dn 7.4) representa a Babilônia
conforme se pode ver em de Jeremias 4.7; 49.19; Ezequiel 17.3.
A Babilônia é representada pelas mais majestosas das criaturas.
Daniel não teve um mero sonho, mas uma revelação divina acerca dos quatro
impérios.
O leão representava a voracidade e as asas a rapidez.
CAPÍTULO 7
27. AS QUATRO FERAS
A SEGUNDA FERA tem um aspecto duplo e emerge do mar.
Os pés de um dos lados estavam levantados para o propósito do animal
adiantar-se, enquanto que os pés do outro lado não estavam assim
levantados (Dn 7.5).
A fera é ordenada que devore a carne que está em sua boca e simboliza o
urso.
Possuía o Império Medo-Persa um grande exército de 2.500.000 (dois
milhões e quinhentos mil) homens.
Por isso são representados como sendo urso; pois eram fortíssimos em
sistema de guerra.
CAPÍTULO 7
28. AS QUATRO FERAS
A TERCEIRA FERA que se levantou do mar é um leopardo ou “pantera”,
conforme algumas traduções, notável pela sua agilidade e velocidade.
Refere-se à Grécia “Nas suas costas” (Dn 7.6).
Também pode ser traduzida como “sobre os seus lados”.
Essa fera tinha asas em seu lado, e essas representações sempre eram
notáveis na Babilônia.
As asas denotam rapidez.
“As quatro cabeças”, não se referem aos quatro reis persas mencionados em
Daniel 11.2, e nem aos quatro sucessores de Alexandre e sim aos quatro
quadrantes da terra, ou seja o domínio total do mundo, o que quase
conseguiu.
CAPÍTULO 7
29. AS QUATRO FERAS
A QUARTA FERA é introduzida com particular solenidade.
Não há comparação no reino animal com essa fera, não há nada que se
compare.
No versículo 7, diz é “diferente”, com certeza essa fera se refere aos romanos,
com seus dez dedos dos pés e as pontas que simbolizam dez reinos.
CAPÍTULO 7
30. CAPÍTULO 8
A VISÃO DE DANIEL SOBRE O CARNEIRO E O BODE
NA CIDADE DE SUSÃ
Trata-se de Susã, a capital da Pérsia, que no Antigo Testamento é designada
como a “fortaleza”.
Daniel na realidade não estava presente na Pérsia, mas sua visão era de
como se estivesse lá.
UM CARNEIRO (Dn 8.3): O carneiro com os dois chifres representa os
medos-persas. As marradas do carneiro (Dn 8.4) simbolizam as rápidas
conquistas dos reis persas.
UM BODE (Dn 8.5): O bode representa a Grécia enquanto que a ponta
notável representa o primeiro rei, a saber “Alexandre”.
31. A VISÃO DE DANIEL SOBRE O CARNEIRO E O BODE
NA CIDADE DE SUSÃ
O simbolismo do bode a ferir (Dn 8.7) significa a conquista dos medos-persas
pela Grécia.
“Aquela grande ponta foi quebrada” (Dn 8.8), assim é simbolizada a morte
de Alexandre.
Os quatros chifres que se levantaram em seu lugar (Dn 8.8) representam os
quatro reinos nos quais foram divididos o império de Alexandre, a saber:
A Macedônia;
A Trácia;
A Síria
O Egito.
Mais tarde a Grécia desfaleceu e passou ao domínio romano, mas ainda
assim ficou o domínio helenista nas artes e culturas místicas entre os
romanos.
CAPÍTULO 8
32. AS SETENTA SEMANAS DE ANOS
A palavra que usualmente é traduzida como semanas seria exatamente
traduzida como “setes”.
Significa um período dividido em sete porções, sendo que a duração exata
desse período dividido em sete não é estabelecida.
A palavra aparece primeiramente no hebraico e poderíamos parafraseá-la
como “um período de sete, de fato, setenta deles”.
“Estão determinados”: Isto é, os setes haviam sido decretados por Deus
como o período em que seria realizada a redenção messiânica.
“Sobre”: Isto é, no tocante ao povo de Daniel e a Jerusalém, a cidade santa.
A revelação desse período decretado, portanto, tem referência direta à
oração de Daniel.
O fim; o que restaria, pois para o povo de Deus?
Em resposta, foi revelado que, com respeito a esse povo, havia sido
determinado um período de setenta setes, no qual a salvação deles seria
realizada.
CAPÍTULO 9
33. AS SETENTA SEMANAS DE ANOS
Os setenta anos foram determinados com o propósito expresso de produzir
apenas seis resultados, três dos quais negativos e três positivos.
Jeremias já havia profetizado que a restauração de Jerusalém começaria
dentro de setenta anos (Jr 25.11,12; 29.10-14).
Os setenta anos estavam quase no fim, e não havia qualquer indício de
retorno e da restauração prometida.
Daniel, portanto, ficou muito afligido.
Fica claro que Daniel aguardava um cumprimento literal da profecia de
Jeremias.
CAPÍTULO 9
34. AS SETENTA SEMANAS DE ANOS
Importante: Esta profecia é fundamental para os últimos tempos. As seis
coisas que haveriam de acontecer dentro dessas semanas:
1. A expiação da iniquidade efetuada pela morte expiatória de Jesus;
2. O fim dos pecados. Israel “Remanescente” voltará para Deus e viverá
em retidão;
3. A extinção da transgressão, a transgressão nacional da incredulidade
haverá de se acabar (Jr 33.7-8);
4. Um governo de “justiça eterna” terá início (Is 59.2- 21; Jr 31.31-34);
5. As profecias terão seu pleno cumprimento e também seu término (At
3.19-21);
6. Jesus Cristo ungido Rei (Ez 21.26,27).
CAPÍTULO 9
35. AS ÚLTIMAS VISÕES DE DANIEL
A revelação registrada neste capítulo foi dada a Daniel no ano terceiro de
Ciro, ele continuou na Babilônia depois do tempo mencionado em Dn. 1.21.
Por qual motivo ele não retornou à Palestina com Zorobabel não é dito.
Deve-se notar que Daniel menciona seu nome babilônico, Beltessazar.
Trata de uma guerra prolongada. Com toda a probabilidade a significação é
“por um longo tempo”, visto que a palavra “Sabá”, que aqui é traduzida nos
tabletes de “Mari” com o sentido de “tempo”.
Na ocasião em que essa revelação foi feita a Daniel, ele estava ocupado em
lamentações, ocasionadas pela reflexão sobre os pecados do seu próprio
povo.
Vi um Homem: A revelação é uma teofania do Filho Eterno. A linguagem da
descrição nos faz lembrar Ez. 1 e de Ap. 1.13-15.
A visão produziu em Daniel um efeito de enfraquecimento (Dn 10.8).
CAPÍTULO 10
36. AS ÚLTIMAS VISÕES DE DANIEL
Daniel um Homem Muito Desejado (Dn 10.9-23).
Sendo lhe assegurado que era homem desejado por Deus, Daniel é
encorajado e preparado a ouvir a mensagem que segundo é informado diz
respeito aos derradeiros dias (Dn 10.14), isto é, a era messiânica.
É relatado primeiramente (Dn 10.20) que:
Aquele que falava haveria de pelejar contra o príncipe dos persas (isto é,
o poder espiritual por detrás dos deuses da Pérsia),
E quando saísse Ele vitorioso “saindo eu vitorioso na batalha”,
apresentar-te-ia o príncipe da Grécia e seria igualmente combatido.
Somente Miguel estava à mão para prestar ajuda, assim como, no primeiro
ano de Dario, o medo, aquele que falava o havia ajudado (Dn 10.21; 11.1,13).
Haviam severas provocações que o povo de Deus teria de atravessar.
No versículo 13 diz: “O príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim”.
Enquanto que Daniel orava e jejuava, estava sendo travada uma batalha
espiritual de grande magnitude.
CAPÍTULO 10
37. AS ÚLTIMAS VISÕES DE DANIEL
Daniel um Homem Muito Desejado (Dn 10.9-23).
1) O “Príncipe da Pérsia” estava impedindo que Daniel recebesse do anjo
a mensagem de Deus.
a) Por causa desse conflito, Daniel teve que esperar vinte um dia para
receber a revelação.
b) Esse príncipe da Pérsia não era um homem comum, mas um anjo
satânico.
c) Só foi derrotado quando Miguel, o príncipe de Israel chegou para
ajudar o anjo.
d) Os poderes satânicos queriam impedir o recebimento da revelação,
mas o príncipe angelical de Israel (Dn 12.1) demonstrou sua
superioridade (Ap 1.7- 12).
CAPÍTULO 10
38. AS ÚLTIMAS VISÕES DE DANIEL
Daniel um Homem Muito Desejado (Dn 10.9-23).
2) O Príncipe dos Persas... Príncipe da Grécia.
Através dessa passagem vemos que há forças espirituais malignas que
imperam nas nações mundiais, fazendo com que a desgraça seja total não
só no mundo espiritual como também no . mundo físico, como:
Acidentes ,
Desastres
Mortes violentas.
CAPÍTULO 10
39. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
O versículo 2 significa que três reis haveriam de surgir depois de Ciro e
que o quarto depois deles despertaria todo o reino da Grécia.
Os reis, portanto deveriam ser Ciro e mais quatro que ainda surgiram:
1. Cambises;
2. Smerdis;
3. Dario Histaspe
4. Xerxes.
CAPÍTULO 11
40. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
UM REI VALENTE (Dn 11.3)
Isto é, Alexandre, o Grande. Quando Alexandre subisse ao poder, seu
reino seria partido.
Ao falecer na Babilônia, Alexandre tinha cerca de trinta e dois anos de
idade, e morreu prematuramente.
Por ocasião de sua morte seus doze generais dividiram os ganhos entre
si.
Por algum tempo Arideus, um dos guardiões de um dos filhos de
Alexandre, foi quem governou, mas logo o império foi partido em
quatro divisões.
CAPÍTULO 11
41. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
O REI DO SUL (Dn 11.5)
Isto é, o rei do Egito (v. 8).
A Dinastia que governou o Egito, depois da partilha do reino de
Alexandre, era conhecida por Ptolomaica, enquanto que aquela que
governou a Síria era conhecida por Selêucida.
O rei do Sul é Ptolomeu Soter (322-305 a.C.), enquanto que o príncipe
mencionado é Seleuco.
A filha do rei do Sul (Dn 11.6); isto é, Berenice, a filha de Ptolomeu, que
se casou com Antíoco II, mas que foi incapaz de manter-se em vista da
rivalidade de outra esposa, Leonice.
Antíoco finalmente se divorciou de Berenice e Leonice encorajou seus
filhos a assassinarem Berenice.
CAPÍTULO 11
42. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
DO RENOVO DE SUAS RAÍZES (Dn 11.7).
O irmão de Berenice (de sua linha ancestral) veio com o exército e conseguiu
eliminar Leonice pela morte.
E agora, te declararei a verdade (11.2): Essa verdade é uma profecia que
descreveu em linhas gerais ou eventos conducentes à ascensão de Antíoco
Epifânio, o governante grego que profanou o templo (vv. 2-35).
A expressão “o renovo prevalecerá”, se refere ao irmão de Berenice,
Ptolomeu III (Evérgetes do Egito - 246-221 a.C.).
Ele derrotou o rei do Norte, Seleuco II (Caínico 246-226 a.C.). Ptolomeu III
entrou na “fortaleza” (provavelmente Antioquia da Síria) e levou para o
Egito tanto as imagens sírias como as egípcias, que o rei persa Cambises,
tomara quando conquistou o Egito em 525 a.C.
Ptolomeu III voltou ao Egito com muitos despojos", mas absteve-se de
efetuar novos ataques contra Seleuco.
CAPÍTULO 11
43. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
SEUS FILHOS INTERVIRÃO (Dn 11.10-12)
Os dois filhos de Seleuco II foram Seleuco III (Cerauco 226-223 a.C.) e
Antíoco Epifânio III (o Grande 223-187 a.C.).
Antíoco III foi derrotado por Ptolomeu IV (Filopátor - 221-203 a.C.),
com a perda de quase 10.000 soldados sírios perto da fortaleza de
Ráfia, no Sul da Palestina.
CAPÍTULO 11
44. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
NA TERRA GLORIOSA (Dn 11.16)
Antíoco III atacou o Egito em 200 a.C., mas foi subjugado pelo rei do
Sul, Ptolomeu V, e Epifânio (203-181 a.C.);
Antíoco, a seguir, reuniu forças e conquistou a “Cidade forte” (a cidade
bem fortificada de Sidom),
Em 197 a.C. Antíoco já tinha subjugado a “terra gloriosa”, a Palestina.
CAPÍTULO 11
45. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
OS TEMPOS DE ANTÍOCO E DO ANTICRISTO (Dn 11.21)
Um homem vil (Dn 11.21). Com essa descrição é apresentado Antíoco
Epifânio.
Por meio de lisonjas ele se aliou aos reis de Pérgamo, e os sírios
cederam a ele,
Ele era mestre em astúcia e traição, pelo que seus contemporâneos
apelidaram-no de Epimanes (maluco), em lugar do título que ele
mesmo se deu, Epífanes (ilustre).
CAPÍTULO 11
46. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
O PRÍNCIPE DO CONCERTO (Dn 11.22).
A identificação deste príncipe não é certa, mas a linguagem parece
referir-se a algum príncipe que mantinha relações de aliança com
Antíoco.
O seu coração será contra o santo concerto (Dn 11.28);
Antíoco nutria um grande ódio dos judeus e da santa Lei de Deus.
Estava convicto de que a língua e a cultura grega eram superiores a
qualquer outra língua e cultura, e também odiava os judeus por que a
religião deles era exclusivista.
CAPÍTULO 11
47. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
O PRÍNCIPE DO CONCERTO (Dn 11.22).
O povo que conhece a Deus se esforçará (Dn 11. 32):
Certos judeus apostataram e apoiaram Antíoco, mas Deus sempre teve
um remanescente fiel entre os judeus nos tempos do AT.
Agora Deus tinha um remanescente que permanecia leal a Ele.
Antíoco continuou a perseguir os judeus fiéis, que sob a liderança de
Judas Macabeu, da família sacerdotal hasmoneana, opuseram forte
resistência mediante uma luta armada, tipo guerrilha que desgastou
Antíoco e o obrigou a abandonar a peleja.
CAPÍTULO 11
48. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
O PRÍNCIPE DO CONCERTO (Dn 11.22).
Então, os sacerdotes purificaram o templo e acendeu novamente suas
lâmpadas, evento este que os judeus ainda hoje comemoram seu
trabalho continuamente como a Festa de Hanukkah, Deus ainda não
terminou seu trabalho com os judeus.
Um processo de purificação continua para com eles até os tempos do
fim.
No versículo 30 diz: Navios... Causarão-lhe tristezas; e voltará, e se
indignará.
A presença dos romanos obrigou Antíoco a partir do Egito e assim,
tomado de ira, voltou sua atenção para a Palestina.
Jerusalém foi atacada em um sábado e um altar pagão foi erigido sobre
o altar das ofertas queimadas.
CAPÍTULO 11
49. UMAANTEVISÃO DO PERÍODO INTERBÍBLICO
O PRÍNCIPE DO CONCERTO (Dn 11.22).
Certos judeus apóstatas foram pervertidos, e serviram para
materializar os desígnios do conquistador: mas, muitos entre os judeus,
os verdadeiros eleitos, sofreram a morte não querendo ceder a Antíoco.
O pequeno socorro (Dn 11.34) que ajudou os fiéis se refere,
aparentemente a Judas Macabeu.
Alguns dos sábios que o seguiram por ocasião da severidade da
perseguição, tropeçaram e caíram.
A rebelião de Judas Macabeu foi bem sucedida e a 25 de dezembro de
165 a. C., foi rededicado o altar do templo.
CAPÍTULO 11
50. AS ÚLTIMAS COISAS SOBRE ISRAEL
Quando esses acontecimentos tiveram lugar, todo aquele que for
achado escrito no livro (Dn 12.1), será livrado. A referência aqui é aos
eleitos.
A perseguição movida pelo Anticristo fará com que muitos venham a
cair.
Aqueles cujos nomes estão escritos no livro, todavia, serão livrados.
Isso é verdade também no tocante aos que dormem (Dn 12.2).
Muitos deles (a referência é sobre aqueles que morrerão durante a
tribulação - e não sobre os mortos) ressuscitarão, alguns para a vida
eterna e outros para a eterna repreensão.
Aqui é feita referência não a ressurreição geral, mas antes ao fato que a
salvação não será apenas para aqueles que estiverem vivos, mas
também para certos, dentre aqueles que perderam suas vidas durante a
perseguição.
CAPÍTULO 12