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TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO
AULA 2 - DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e
as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te
lembres? E o filho do homem, que o visites?
Sl. 8.3, 4
DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO
Para os escritores
divinamente inspirados do
Antigo Testamento não
existiam dúvidas quanto à
existência de Deus. Eles não
julgaram necessária a
apresentação de argumentos
para estabelecer a prova da
existência de Deus.
O CONHECIMENTO
DA EXISTÊNCIA
DE DEUS
É conhecido, poque
revela a si mesmo
A certeza de Deus ser
conhecido não se refere
à questão da sua
existência
Não se revela a quem
quer conhece-lo,
Se revela na
abundância de sua
graça
Deus é conhecido aos
sensíveis que buscam
conhecer a sua pessoa
e a sua vontade
O conhecimento de
Deus é aquele que
satisfaz à fome da
natureza espiritual
O vocábulo na
Bíblia Hebraica é
yāda‘ , que
significa:
Conhecer
pessoalmente
(Gn. 12.1)
Conhecer por
experiência
(Js. 23.14)
Ganhar
conhecimento
(Sl. 119.152)
Conhecer o
caráter de uma
pessoa
(2 Sm. 3.25)
Ter relações
amistosas com
alguém (Gn. 29.5;
Êx. 1.8; Jó. 42.11)
Conhecer a Deus
(Êx. 5.2).
 Descreve o profundo conhecimento que Deus tem de
pessoas (Os. 5.3; Jó. 11.11; 1 Rs. 8.30; 2 Sm. 7.30; Sl. 1.6).
 O conhecimento de Deus resulta em adoração e
obediência inteligente à sua vontade (Jz. 2.10; 1 Sm. 2.12;
Os. 8.2; Sl. 79.6).
Segundo os profetas, o conhecimento de Deus é o
discernimento da natureza divina por parte do conhecedor
que fica habilitado a reconhecer as verdadeiras
manifestações ou revelações da natureza, bem como da
vontade, do Senhor.
O NOME DE DEUS
 É preciso salientar que o conhecimento de Deus no AT não
brota somente da história, palavra, criação e teofania.
 O conhecimento de Deus no AT brota também da revelação do
nome Yahweh.
 Em geral, concorda-se que “entre os povos primitivos e em
todo o antigo Oriente, o nome denota essência de algo:
 Chamar algo pelo nome é conhecê-lo e,
 Por conseguinte, possuir poder sobre ele”.
Não eram exceção a essa regra.
Supunham que a essência total da pessoa concentrava-
se em seu nome.
O nome geralmente estava relacionado à natureza do
caráter da pessoa.
Esaú disse que as ações de Jacó refletiam seu nome
(Gn. 27.36).
Nabal era como seu nome, “um tolo” (1 Sm 25.25).
O
S
H
E
B
R
E
U
S
Von Rad e Jacob
argumentam que o nome
de um deus no mundo
antigo encerrava poder e
podia ser perigoso ou
beneficente. Assim, era
muito importante conhecer
o nome do deus.
Jacob Armínio, foi um
teólogo holandês
durante o período da
Reforma Protestante
cujas visões se
tornaram a base do
Arminianismo e do
movimento
Remonstrante
Holandês.
Gerhard Von Rad foi
um acadêmico alemão,
estudioso do Antigo
Testamento, teólogo
luterano, exegeta e
professor da
Universidade de
Heidelberg.
 No Antigo Testamento encontramos frequentemente a frase
“O Nome do Senhor” ou “o Nome de Deus”. “Em todo o lugar
em que eu fizer lembrado o meu Nome, virei ter contigo e te
abençoarei” (Êx. 20.24).
 Aqui está se referindo ao santuário, o lugar de culto, onde
habita o Nome do Senhor (Dt. 12.11).
 A bênção sacerdotal é mais do que uma prece a Deus em favor
de Israel.
 É um meio de comunicar ao povo o poder ou a influência do
Nome do Senhor (Nm. 6.24-27).
 Também é utilizado “O Nome de Yahweh” para indicar
o próprio Senhor (Sl. 5.11; 7.17; 9.10).
 Geralmente, “O Nome do Senhor” também está
associado ao conceito da soberania e da glória de Deus.
 Os trabalhos e os objetivos do homem devem ficar
sempre subordinados à vontade do Senhor, porque sua
vontade é superior aos maiores interesses humanos.
 Precisamos ressaltar que a soberania do Senhor, nosso
Deus, é absoluta, e a sua vontade não se limita apenas
ao homem.
 As Sagradas Escrituras põem sempre em relevo a Glória
da Deus.
 O objetivo último do homem é glorificar a Deus, exaltando
e santificando o seu santo Nome (Êx. 9.16; Lv. 18.21).
 De acordo com alguns estudiosos o nome Yahweh parece
vir de uma forma imperfeita do verbo hebraico hāyâ,
“ser” ou “tornar-se”.
 Albright argumenta que o nome vem da forma hifil
(causativa) do verbo, de modo que dignifica “Aquele que
causa a existência” e, portanto, “o criador”.
 Há quem afirme que o Tetragrama YHWH deva ser
traduzido “ele cria”.
OS NOMES PARTICULARES DE DEUS
Os nomes ’Ělōhîm e Yahweh são
os mais utilizados pelos escritores
bíblicos. O primeiro é o mais
utilizado na Bíblia Hebraica para
expressar o conceito de divindade.
Usa-se ’Ělōhîm como o nome do
Criador de todas as coisas.
Quando se refere às relações do
Senhor com as nações, ou às suas
relações cósmicas, usa-se em
quase todas as partes do Antigo
Testamento.
’ĚLŌHÎM
 O vocábulo hebraico ’Ělōhîm é o plural de ’ělōah.
 Este termo pode ser traduzido por Deus, deuses, juízes ou
anjos.
 Quando se refere ao verdadeiro Deus de Israel, ’Ělōhîm é
utilizado como sujeito de toda a atividade divina revelada
ao ser humano e como objeto de temor e reverência.
 Na maioria das vezes o vocábulo ’Ělōhîm aparece
acompanhado pelo nome de Deus, Yahweh (Gn. 2.4, 5;
Ex. 34.23; Sl. 68.18).
 Podemos enumerar algumas situações em que a
expressão ’ělōhîm é utilizada:
Associado à
soberania
de Deus, o
vocábulo
’ělōhîm é
descrito
como juiz
(Sl. 50.6;
75.7; 58.11).
Se referem
à majestade
ou à glória
de Deus:
Deus da Eternidade
(Is. 40.28)
Deus da Justiça
(Is. 30.18)
Deus que Dirá Amém
(Is. 65.16)
Deus Vivo
(Jr. 10.10)
Este Deus Santo
(1 Sm. 6.20)
1
O vocábulo
também
está
relacionado
aos
indivíduos
com quem
Deus se
relacionou:
Deus de Abraão
Deus de Isaque
Deus de Jacó
2
Existem
alguns
títulos
relacionados
a Israel
como um
todo ou de
modo
parcial:
Deus dos Exércitos
(1Sm 17.45)
Deus de Jerusalém
(2Cr 32.19)
3
Outros títulos
estão
relacionados
com “Deus da
salvação”
(1Cr. 16.35;
Sl. 18.46), ou
com os atos
divinos em
favor de seu
povo
realizados no
passado, por
isso é o Deus:
Vivo que Fala do meio do fogo
(Dt 5.26)
Que Provê aos Necessitados
(Sl. 68.10)
Que Faz sair Água da Pederneira
(Dt 8. 15)
O Senhor Vosso Deus que os Separou
(Lv. 20.24)
4
Finalmente,
o vocábulo
é utilizado
em títulos
que
expressam
a
intimidade
de Deus
com o seu
povo:
O Deus de perto (Jr. 23.23)
O Teu Deus em Quem Confias (2 Rs. 19.10)
Assim Te Disciplina o Senhor (Dt. 8.5)
Deus que me sustentou durante a vida (Gn.48.15)
5 Deus da minha justiça (Sl. 4.1)
Deus da minha misericórdia (Sl. 59.17)
Deus da minha fortaleza (Sl. 43.2)
Nosso Deus é misericordioso (Sl. 116.5)
YAHWEH
 Mas o nome especial do Deus de Israel é Yahweh.
 Por causa da associação desse nome com trovões e relâmpagos
(Êx 19.16; 20.18; 1 Rs 18.28; Jó 37.5; Am 1.2; Sl 18.14),
 Alguns estudiosos julgam que Ele era o Deus do firmamento.
 No período do Antigo Testamento era necessária a invocação
do nome de Yahweh para aproximar-se Dele.
 Diversas orações contidas nos Salmos tratam-se de uma
invocação iniciada com a primeira palavra citando o nome
divino Yahweh (Sl 3.1; 6.1; 7.1; 8.1; 12.1).
 A doxologia de Davi (1 Cr 29.10-11) começa com a palavra
Yahweh.
 Quando Deus tomou a iniciativa de revelar-se, Ele o fez
pronunciando o próprio nome: “Eu sou Yahweh” (Gn 35.11;
Ex 6.2; 20.1; 34.5-6).
 A invocação de Yahweh também era parte importante no
culto.
 Se Ele não tivesse revelado seu nome, não seria possível ao
adorador invoca-lo e, dessa forma, nem sequer haveria culto.
 O objetivo de Deus em dar seu nome a Moisés (Ex 3.14) era
relacionar o chamado de Moisés ao nome pela autoridade de
Deus.
 Conforme vimos , Albright argumenta que o nome divino vem
da forma causativa do verbo (hifil), cujo significado é
 Aquele que causa a existência
 O criador
 Outro estudioso, disse que Yahweh poderia ter sido uma
divindade protetora de um dos ancestrais de Moisés e que Seu
nome poderia ser traduzido por
 Ele causa a existência (do ancestral)
 Ele sustenta (o ancestral).
 Tanto Jacob como Von Rad afirmam que o significado básico
de Yahweh é “presença”, “estarei convosco”, conforme
percebemos em diversos textos (cf. Ex 3.12; Gn 28.20; Js 3.7;
Jz 6.12).
 Terrien concorda com a ideia de Von Rad e Jacob, e afirma
que “Ao vacilante Moisés, Javé primeiro deu segurança ao
afirmar: ‘Estarei contigo’”.
 Deus estava prometendo para Moisés a sua presença através
da revelação do ‘Eu sou’, que também pode ser traduzido ‘Eu
serei’.
 Na Grande Comissão, Jesus prometeu estar com os discípulos
sempre, até o fim dos tempos (Mt 28.20).
 Mesmo que Yahweh tenha revelado seu nome a Moisés e
a Israel e tenha se permitido “invocar” por eles, ou “se
entregado” em compromisso e confiança só a Israel, Ele
ainda manteve sua liberdade.
 Essa liberdade significa que Yahweh jamais é um simples
objeto.
 Ainda que tenha se relevado liberalmente, Ele deu o
Terceiro Mandamento do Decálogo para proteger essa
liberdade contra “abusos religiosos”. (Ex. 20.7)
ESPÍRITO DE DEUS
 A palavra ruach (vento, espírito) é utilizada no AT de
tantas maneiras que é difícil analisar os seus vários
sentidos.
 Contudo, podemos dizer que o conceito do Espírito do
Senhor aparentemente passou por um processo de
desenvolvimento.
 O vocábulo ruach é utilizado no sentido de poder, da vida
e do Espírito de Deus (2 Sm 22.16).
 Geralmente apresenta-se a ideia de violência nos trechos
onde se utiliza o termo no sentido do sopro de Deus
(Jó. 4.9; Sl. 18.15).
 Ideia especialmente acentuada em Isaías 30.28.
 Este vocábulo é empregado 87 vezes na Bíblia Hebraica
no sentido de vento.
 Em 37 desses casos o vento é um agente de Deus, sempre
forte e violento, por vezes, destrutivo.
 Notamos que Deu cria o vento (Am. 4.13) e o controla
(Jó. 28.25).
 O ruach-Yahweh inspira e controla os profetas.
 Foi ele quem habilitou o profeta Ezequiel para falar a palavra
profética.
 O Espírito do Senhor também habilitou os juízes para
conseguir suas vitórias militares.
 Mais tarde o Senhor dirigiu o seu povo principalmente por
agentes humanos, orientados pelo seu Espírito.
 Da mesma forma como o espírito do homem representa o seu
caráter, determina seus motivos, e expressa as atividades e
energias da sua vida:
 Assim também o Espírito do Senhor expressa a sua disposição
ética, especialmente quando se refere aos propósitos de Deus
na escolha do povo de Israel.
 Por último, podemos dizer que Yahweh era o nome especial
de Israel para seu Deus.
 Ao revelar o seu nome a Moisés e, por sua vez, a Israel, Deus
escolheu ser descrito como
 O definível,
 O distintivo,
 O indivíduo.
 Desse modo, a fé de Israel contrapõe-se radicalmente ao
conceito abstrato de divindade e também vai de encontro a
uma “base de existência” sem nome.
 Portanto, assim como os equívocos intelectualistas de Deus, os
místicos também são rejeitados.
ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
1. O que significa o vocábulo yāda‘?
D. Conhecer pessoalmente, conhecer por experiência, ganhar
conhecimento, conhecer o caráter de uma pessoa, ter relações
amistosas com alguém.
2. O que vem a ser ’Ělōhîm e Yahweh?
A. São utilizados pelos escritores bíblicos para expressar o nome
de Deus. O primeiro é utilizado na Bíblia Hebraica para
expressar o conceito de divindade. Usa-se ’Ělōhîm como o
nome do Criador de todas as coisas.
3. O que sabemos sobre o ruach-Yahweh?
C. O ruach-Yahweh inspira e controla os profetas.
QUESTIONÁRIO Pg. 45
Marque C para CERTO e E para ERRADO:
4. O vocábulo ruach é utilizado no sentido de poder, da
vida e do Espírito de Deus.
5. Podemos dizer que Yahweh era o nome especial de
Israel para seu Deus.
QUESTIONÁRIO Pg. 46
C
C
A ESSÊNCIA E OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS
 Antes de tudo é preciso enfatizar que não encontramos no AT
qualquer declaração que defina a essência de Deus.
 Contudo, o NT nos ensina diretamente que Deus é Espírito.
 No AT a espiritualidade de Deus é subentendida, é verdade
básica, em todas as experiências dos hebreus com Ele (Is 31.3,
por exemplo).
 Lembremos que em Êxodo 20.4 representação do Senhor por
qualquer imagem material é proibida.
 Na própria narrativa da criação do homem em Gênesis 2.7,
encontramos a declaração de que o seu corpo foi formado da
terra, mas que a sua vida espiritual veio de Deus.
 O escritor compreendeu assim que o Deus espiritual é a fonte
da vida.
 A presença do Espírito de Deus é a presença dele mesmo
(Sl. 139.7-10).
 Tudo que Deus é, e tudo que possa significar para o homem, é
representado pelo ministério do seu Espírito que é vida e
poder.
 É justamente o Espírito de Deus operando no espírito do
homem piedoso do AT que produz a vida de:
 justiça,
 retidão,
 felicidade
 paz.
A SANTIDADE DE DEUS
 Para iniciarmos nosso estudo a respeito do caráter de Deus é
preciso partir de sua santidade.
 Não há outra palavra que, em seu sentido bíblico pleno,
descreva mais perfeitamente a natureza de Deus do que o
termo santidade.
 É a tradução da palavra hebraica qōdesh, que tem uma longa
e complicada história, e que tem sido usada em vários outros
sentidos, mas exclusivamente para expressar ideias religiosas.
 Santidade é um vocábulo intimamente divino.
 Podemos mesmo afirmar que é a qualidade mais típica da fé
em Deus no AT.
 Tanto pela frequência quanto pela ênfase especial com que se usa
o atributo de santidade ressalta entre todas as qualidades que se
aplicam ao ser de Deus.
 A importância dessa forma de definir o ser divino se compreende
facilmente ao se pensar que toda a religião veterotestamentária
pode ser caracterizada como a “religião da santidade”.
 As raízes empregadas nas mais diferentes línguas para designar
esse âmbito, enquanto se podem extrair etimologicamente, fazem
aparecer o santo como o separado, o apartado, o subtraído do uso
normal.
 Observe, por exemplo, o grego temenos de temein, o latim sactus
de sacire, o tabu polinésio de tapa, “designar e, por conseguinte,
distinguir, diferenciar”.
 Conforme esses dados a etimologia pouco clara de qdš se deve
colocá-la ao lado de qd, “separar”, que com o conhecido em árabe
e etíope qd ou qdw, “ser puro, limpo”.
 Deus é chamado “santo” três vezes em dois lugares do AT (Is. 6.3;
Sl. 99.3, 5, 9).
 O profeta Oséias destaca a ideia de que a santidade de Deus é
exatamente o que o distingue das pessoas (Os. 11.9).
 A expressão “O Santo de Israel” ocorre trinta vezes no livro do
profeta Isaías em referência ao Deus de Israel.
 Podemos afirmar com absoluta certeza que santidade no Antigo
Testamento significa a essência da divindade.
 A santidade divina diz respeito a tudo sobre Deus que o
separa da sua criação:
 Seu poder misterioso
 A atração que Ele exerce sobre os adoradores.
 Em um segundo sentido afirmamos que a santidade diz
respeito ao chamado de Deus e à exigência de que as pessoas
sejam:
 Santas como ele é santo, no sentido de que sejam puras;
 Limpas
 Justas
 Compassivas
A JUSTIÇA DE DEUS
 Uma das diversas manifestações da fidelidade amorosa de
Deus à sua aliança é a justiça.
 Assim como no homem a hesed (misericórdia) de Deus
participa e leva consigo aquele que pratica a justiça, por que
respeitar o direito dos demais não é mais que um aspecto
importante da misericórdia que inspira a comunhão, assim
também em Deus se demonstra sua benevolência realizando o
direito e a justiça.
 A justiça (mishpat) e a retidão (tsědāqâ) de Deus
frequentemente estão relacionadas com o seu papel de juiz.
 Esses termos muitas vezes são utilizados juntos.
 Por vezes fica até difícil distinguir o sentido de cada palavra,
mas o conceito geral por trás de ambas está claro e é
extremamente importante.
 Von Rad afirma que não existe nenhum conceito no AT com
um significado tão central para todos os relacionamentos da
vida humana como o de tsědāqâ (“retidão” ou “justiça”).
 Ele é o padrão para o relacionamento com Deus e para o
relacionamento das pessoas entre si, incluindo até os animais
e o ambiente natural.
 Segundo Von Rad, tsědāqâ pode ser descrito como o valor
supremo da vida e o fundamento em que repousa toda a
existência, se estiverem em ordem.
 Desde os tempos mais antigos, Israel celebrou Yahweh como
aquele que propicia a seu povo o dom universal da sua
justiça.
 E essa justiça outorgada a Israel é sempre um dom salvífico.
O AMOR DE DEUS
 Um estudo cuidadoso do amor de Deus no AT, baseado no
conhecimento do hebraico, deixa qualquer estudioso
impressionado pela profundeza deste ensino bíblico.
 É um ensino que nos nova a entender melhor a plena
revelação deste amor na pessoa a nos ensinos de Cristo.
 O vocábulo hebraico ’āhab é o mais traduzido por “amor” no
AT.
 No geral o vocábulo e utilizado mais de 200 vezes no AT.
 É usado trinta e duas vezes expressando o amor de Deus:
 Duas vezes o seu amor a Jerusalém,
 Sete vezes o seu amor à justiça
 Vinte e três vezes o seu amor a Israel, ou a pessoas em
particular.
 O segundo termo hebraico relacionado com o amor de Deus é
hesed.
 Trata-se de um vocábulo de etimologia incerta.
 Nas versões da Bíblia em língua portuguesa é traduzido por:
 Bondade
 Beleza
 Glória
 Benevolência
 Beneficência
 Benignidade
 Amorável benignidade
 Misericórdia
 Compaixão.
 Quando o termo hesed é utilizado referindo-se à relação de
Deus com o povo da aliança, tem o sentido cada vez mais
perto de graça.
 Quando o plural do substantivo hassidim é usado referindo-se
aos homens fiéis, especialmente nos Salmos (30.4; 37.28) é
traduzido em português por santos.
 Há quem sugira “ímpeto”, “zelo ardente” como sentido
primário da raiz.
 O que se percebe é que hesed contém dois elementos básicos:
 Um é a ideia de força, lealdade, fidelidade.
 O outro elemento é a ideia de bondade, piedade, misericórdia
e graça.
 Por vezes podemos dizer que “dedicação” capte os dois
elementos da palavra.
 O AT menciona com muita frequência a “abundância” ou
“grandiosidade” do hesed de Deus (Êx. 34.6; Nm. 14.19; Ne.
9.17; 13.22; Sl. 5.7; Lm. 3.32; Jl. 2.13.
 Uma das passagens mais famosas que contém o vocábulo é
Lamentações 3.22-24, onde podemos ler que:
 “As misericórdias (hesed) do Senhor são a causa de não
sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem
fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
 A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto,
esperarei nele.
 A confissão de que o hesed de Deus se renova a cada manhã é
realizada novamente em Salmos 59.16; 90.14; 92.2; 143.8.
 Em Lamentações 3.22, hesed está mesmo no plural, dando a
entender que as “misericórdias” de Deus são muitas ações de
graça.
 Mais ainda falta verificarmos o vocábulo hānan.
 Este vocábulo traz a ideia de “graça” ou “amor ou favor
imerecido”.
 A diferença básica entre hānan e hesed é que o hesed se refere
primordialmente o “amor por escolha”.
 Isto significa que um vínculo ou relacionamento entre duas
partes em aliança faz com que se esperem “atos de amor”
entre eles.
 Por outro lado, hānan indica o amor imerecido de alguém
superior por alguém inferior.
 A época de encontro com o helenismo, que colocou uma vez
mais o judaísmo no contexto do processo da história
universal, deu a suas expressões sobre o amor divino maior
amplitude.
 Com nova alegria a situação privilegiada de Israel entre as
nações, por estar em posse da revelação divina, é cantada
como dom do amor de seu Deus que o tomou objeto de sua
eleição.
 O Deus de Israel ama a sua criatura mais do que possa amá-
la qualquer homem, e concretamente, ama a Israel.
 E neste sentido a doação da Toráh é a melhor mostra de
amor.
 A delicadeza e a fidelidade desse amor expõem-se com
grandiosidade, por exemplo:
 Quando o Cântico dos Cânticos exalta a Deus como o
amado sempre próximo e pronto a ajudar
 Quando se utiliza a imagem do rei que acolhe novamente
em sua graça à esposa repudiada.
 Tanto no que foi dito, quanto no fato de que os tradutores da
LXX prefiram o grego agape e abandonem o eros se
manifesta uma clara consciência da diferença que separa o
amor divino de todo erotismo místico,
 Essa fidelidade de amor que não alforria aos seus o
sofrimento nem sequer o martírio tende a uma comunhão de
vontades levada até o extremo.
 Mas, às vezes, presenteia ao que guarda fidelidade com toda
a felicidade de uma bem-aventurança, a sua, que supera
qualquer bem da terra.
 Essa íntima relação com o Deus de amor até na piedade
individual encontra sua expressão num uso mais
acentuado do nome “pai” na oração do indivíduo.
 Este amor, mais duradouro do que o amor materno
(Is. 49.15), nunca poderia abandonar o povo;
 mas Israel tinha que cumprir as condições da aliança,
embora com o espírito que Deus mesmo tinha que
implantar seu coração.
A BÊNÇÃO DE DEUS
 É interessante notar que de acordo com a fonte e a forma
literária no AT o significado de “bênção” muda.
 Pode-se dizer que o conceito mais amplo está na narrativa
da primeira criação (Gn. 1.1 – 2.3).
 Ali encontramos o Deus Criador concedendo a toda a raça
humana e a cada criatura vivente a bênção da:
 Fertilidade (Gn. 1.22, 28);
 Do espaço, podiam encher as águas, o ar e a terra (Gn. 1.22,
28);
 Do alimento (Gn. 1.29-30).
 O ser humano recebeu a bênção especial de domínio (Gn.
1.28).
 A “bênção” é algo que Deus dá as pessoas.
 Muitas vezes a ideia de bênção aparece juntamente com sua
ideia oposta, a “maldição”.
 No trecho de Gênesis 1 – 11 o vocábulo “bênção” ocorre
cinco vezes (1.22, 28; 2.3; 5.1; 9.1) e “maldição” ocorre seis
vezes.
 O Senhor Deus pronuncia uma maldição contra a serpente
por tentar a mulher (3.14),
 Contra Caim por matar o próprio irmão (4.11)
 E até mesmo contra a terra (3.17; 5.29).
 Noé também amaldiçoa o seu filho mais novo enquanto
abençoa Sem e Jafé (9.25).
 Contudo, em 8.21, Deus promete que jamais voltará a
amaldiçoar a terra por causa da humanidade.
 Somente em Gênesis 12.1-3 o vocábulo bārak, “bênção”,
ocorre cinco vezes.
 Yahweh é quem a pronuncia, e a bênção torna-se parte da
promessa aparentemente incondicional.
 Essa bênção implica um grande nome e uma grande nação
para Abraão.
A IRA DE DEUS
 Da mesma forma que o amor, a ira é um sentimento
espontâneo que enche a alma com uma força fulminante e se
aprópria de suas reações.
 Como manifestação da vida da pessoa que se defende dos
ataques do que lhe cerca, quando se predica da divindade,
expressa de modo enfático seu caráter pessoal.
 Tanto a variedade dos termos que o AT emprega quanto sua
frequência manifestam a enorme influência dessa ideia na
concepção de Deus:
 Haron e hêmā descrevem a ira como um ardor interior;
 Rūah e ‘aph, como um espumar ou borbulhar;
 ‘Ebrah, za’am e za’ap, como a ruptura de algo que estava
reprimido ou sob pressão.
 Observa-se que a maioria dos termos com a ideia de ira é
emprestada de expressões concretas, fisiológicas, como:
 “Ficar quente” ou “queimar” (Is. 65.5; Jr. 15.14; 17.4);
 “Irromper” ou “transbordar” (Ez. 13.13; 38.22);
 O “poder destrutivo da tempestade” (Sl. 83.15; Is. 30.30;
Jr. 23.19-20), dentre outros.
 Outras duas palavras relacionadas à ira no AT são:
 Ciúme
 Vingança
 O ciúme de Deus significa que ele não tolerará nenhum
outro deus (Êx. 20.5; 34.14; Dt. 4.24).
 Este ciúme divino tem relação com:
 Sua santidade,
 Sua singularidade,
 Sua inacessibilidade.
 Outro vocábulo hebraico próximo a ira é nāqam,
geralmente traduzido por “vingança” ou “desforra”.
 Contudo, há quem diga que “vingança” seja uma tradução
pobre para nāqam.
 Parece que o melhor seria “exercer poder legítimo”, razão
pela qual devemos traduzi-lo por “a soberania é minha”.
 É preciso ressaltar, no entanto, a razão da ira de Deus.
 Caso contrário seria difícil conciliar um Deus de amor com um
Deus que se ira.
 A razão aparente para a ira de Deus é o pecado.
 Morris afirma que a ira de Deus é provocada única e
inevitavelmente pelo pecado.
 Apesar de tudo, algo que deve ficar claro para o estudante é que
fica como marca característica da antiga atitude israelita o ver a
ira de Deus atuando principalmente em atos de castigo
individualizados.
 Trata-se, além disso, de algo passageiro, enquanto a
misericórdia e a justiça divinas representam o verdadeiramente
permanente.
 É por isso que vamos ver agora o aspecto do Deus que perdoa e
do Deus que salva.
O PERDÃO DE DEUS
 É possível afirmar com tranquilidade que a experiência de
ser perdoado pode ser uma das mais alegres, humilhantes e
terapêuticas da vida.
 As exclamações mais líricas de poesia e doxologia no AT
foram compostas por aqueles que comemoram o perdão
(Mq. 7.18; Sl. 32.1-2, 5, 7).
 É evidente a necessidade do perdão, uma vez que todos nós
pecamos e carecemos da glória de Deus (Is. 53.6).
 Somente Deus pode perdoar pecados (Is. 53.4-5).
 Dois vocábulos hebraicos traduzem o conceito básico de
“perdoar” no AT: sālah e nāśā’.
 De acordo com Jacob A raiz do primeiro (sālah) pode ter
vindo de um contexto de culto e poderia ter sido usado com
o sentido de “aspergir” e depois “perdoar”.
 Se for assim, o perdão é um processo de purificação
espiritual e mental que resulta o relacionamento entre Deus
e o ser humano e entre as pessoas.
 A raiz do segundo vocábulo (nāśā’) tem o sentido literal de
“levantar”, “carregar”.
 Observamos ainda que expressões como “ser gracioso”,
“esconder-se da ira de Deus” e “que Deus se arrependa ou
se desvie da sua ira” podem indicar o perdão de Deus.
 De acordo com o pensamento veterotestamentário, o maior
problema da raça humana é o pecado.
 Somente Deus pode lidar com ele eficientemente; isso ele fez,
e faz, em Cristo.
A SAVAÇÃO VEM DE DEUS
 No AT o termo salvação abrange todas as qualidades de
socorro que os israelitas recebem do seu Deus, o Senhor
Yahweh.
 Os vocábulos “salvar”, “salvador” e “salvação” estão
relacionados com a raiz hebraica ysh‘ cujo significado básico
é “ser amplo”, “tornar-se espaçoso”, “ter muito espaço”.
 Salvação é um termo com vasta gama de significados.
Conforme mencionado acima, diz respeito a todas as
qualidades de socorro.
 Neste sentido, é usado com referência as pessoas, como
qualidade delas, isto é, pessoas que salvam, mas no AT a
referência mais frequente é a Deus.
 O vocábulo é utilizado com relação a livramentos passados,
presentes e futuros.
 Utiliza-se principalmente em relação à salvação de Israel,
mas pode referir-se também à salvação da raça humana ou
mesmo de um indivíduo.
 O AT proclama que a salvação é “do Senhor” (Sl. 3.8;
Jn. 2.9).
 O AT é basicamente uma história da salvação.
 A salvação do pecado é uma doutrina central nas Escrituras.
 Por isso, voltaremos a tratar do tema quando tratarmos da
redenção do ser humano mais a frente.
ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
6. Qual é a qualidade mais típica da fé em Deus no Antigo
Testamento?
C. Santidade.
7. A que estão relacionadas a justiça (mishpat) e a retidão (tsědāqâ)
de Deus?
A. A justiça (mishpat) e a retidão (tsědāqâ) de Deus
frequentemente estão relacionadas com o seu papel de juiz.
8. Quais são as outras duas palavras relacionadas à ira no Antigo
Testamento?
B. “ciúme” e “vingança”.
QUESTIONÁRIO Pg. 57
Marque C para CERTO e E para ERRADO:
9. No Antigo Testamento o termo salvação sempre
diz respeito à salvação eterna.
10. No Antigo Testamento o termo salvação abrange
todas as qualidades de socorro que os israelitas
recebem do seu Deus, o Senhor Yahweh.
QUESTIONÁRIO Pg. 58
E
C

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  • 1. TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO AULA 2 - DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO
  • 2. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Sl. 8.3, 4
  • 3. DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO
  • 4. Para os escritores divinamente inspirados do Antigo Testamento não existiam dúvidas quanto à existência de Deus. Eles não julgaram necessária a apresentação de argumentos para estabelecer a prova da existência de Deus.
  • 5. O CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE DEUS É conhecido, poque revela a si mesmo A certeza de Deus ser conhecido não se refere à questão da sua existência Não se revela a quem quer conhece-lo, Se revela na abundância de sua graça Deus é conhecido aos sensíveis que buscam conhecer a sua pessoa e a sua vontade O conhecimento de Deus é aquele que satisfaz à fome da natureza espiritual
  • 6. O vocábulo na Bíblia Hebraica é yāda‘ , que significa: Conhecer pessoalmente (Gn. 12.1) Conhecer por experiência (Js. 23.14) Ganhar conhecimento (Sl. 119.152) Conhecer o caráter de uma pessoa (2 Sm. 3.25) Ter relações amistosas com alguém (Gn. 29.5; Êx. 1.8; Jó. 42.11) Conhecer a Deus (Êx. 5.2).
  • 7.  Descreve o profundo conhecimento que Deus tem de pessoas (Os. 5.3; Jó. 11.11; 1 Rs. 8.30; 2 Sm. 7.30; Sl. 1.6).  O conhecimento de Deus resulta em adoração e obediência inteligente à sua vontade (Jz. 2.10; 1 Sm. 2.12; Os. 8.2; Sl. 79.6). Segundo os profetas, o conhecimento de Deus é o discernimento da natureza divina por parte do conhecedor que fica habilitado a reconhecer as verdadeiras manifestações ou revelações da natureza, bem como da vontade, do Senhor.
  • 8. O NOME DE DEUS
  • 9.  É preciso salientar que o conhecimento de Deus no AT não brota somente da história, palavra, criação e teofania.  O conhecimento de Deus no AT brota também da revelação do nome Yahweh.  Em geral, concorda-se que “entre os povos primitivos e em todo o antigo Oriente, o nome denota essência de algo:  Chamar algo pelo nome é conhecê-lo e,  Por conseguinte, possuir poder sobre ele”.
  • 10. Não eram exceção a essa regra. Supunham que a essência total da pessoa concentrava- se em seu nome. O nome geralmente estava relacionado à natureza do caráter da pessoa. Esaú disse que as ações de Jacó refletiam seu nome (Gn. 27.36). Nabal era como seu nome, “um tolo” (1 Sm 25.25). O S H E B R E U S
  • 11. Von Rad e Jacob argumentam que o nome de um deus no mundo antigo encerrava poder e podia ser perigoso ou beneficente. Assim, era muito importante conhecer o nome do deus. Jacob Armínio, foi um teólogo holandês durante o período da Reforma Protestante cujas visões se tornaram a base do Arminianismo e do movimento Remonstrante Holandês. Gerhard Von Rad foi um acadêmico alemão, estudioso do Antigo Testamento, teólogo luterano, exegeta e professor da Universidade de Heidelberg.
  • 12.  No Antigo Testamento encontramos frequentemente a frase “O Nome do Senhor” ou “o Nome de Deus”. “Em todo o lugar em que eu fizer lembrado o meu Nome, virei ter contigo e te abençoarei” (Êx. 20.24).  Aqui está se referindo ao santuário, o lugar de culto, onde habita o Nome do Senhor (Dt. 12.11).  A bênção sacerdotal é mais do que uma prece a Deus em favor de Israel.  É um meio de comunicar ao povo o poder ou a influência do Nome do Senhor (Nm. 6.24-27).
  • 13.  Também é utilizado “O Nome de Yahweh” para indicar o próprio Senhor (Sl. 5.11; 7.17; 9.10).  Geralmente, “O Nome do Senhor” também está associado ao conceito da soberania e da glória de Deus.  Os trabalhos e os objetivos do homem devem ficar sempre subordinados à vontade do Senhor, porque sua vontade é superior aos maiores interesses humanos.  Precisamos ressaltar que a soberania do Senhor, nosso Deus, é absoluta, e a sua vontade não se limita apenas ao homem.
  • 14.  As Sagradas Escrituras põem sempre em relevo a Glória da Deus.  O objetivo último do homem é glorificar a Deus, exaltando e santificando o seu santo Nome (Êx. 9.16; Lv. 18.21).  De acordo com alguns estudiosos o nome Yahweh parece vir de uma forma imperfeita do verbo hebraico hāyâ, “ser” ou “tornar-se”.  Albright argumenta que o nome vem da forma hifil (causativa) do verbo, de modo que dignifica “Aquele que causa a existência” e, portanto, “o criador”.  Há quem afirme que o Tetragrama YHWH deva ser traduzido “ele cria”.
  • 16. Os nomes ’Ělōhîm e Yahweh são os mais utilizados pelos escritores bíblicos. O primeiro é o mais utilizado na Bíblia Hebraica para expressar o conceito de divindade. Usa-se ’Ělōhîm como o nome do Criador de todas as coisas. Quando se refere às relações do Senhor com as nações, ou às suas relações cósmicas, usa-se em quase todas as partes do Antigo Testamento.
  • 18.  O vocábulo hebraico ’Ělōhîm é o plural de ’ělōah.  Este termo pode ser traduzido por Deus, deuses, juízes ou anjos.  Quando se refere ao verdadeiro Deus de Israel, ’Ělōhîm é utilizado como sujeito de toda a atividade divina revelada ao ser humano e como objeto de temor e reverência.  Na maioria das vezes o vocábulo ’Ělōhîm aparece acompanhado pelo nome de Deus, Yahweh (Gn. 2.4, 5; Ex. 34.23; Sl. 68.18).  Podemos enumerar algumas situações em que a expressão ’ělōhîm é utilizada:
  • 19. Associado à soberania de Deus, o vocábulo ’ělōhîm é descrito como juiz (Sl. 50.6; 75.7; 58.11). Se referem à majestade ou à glória de Deus: Deus da Eternidade (Is. 40.28) Deus da Justiça (Is. 30.18) Deus que Dirá Amém (Is. 65.16) Deus Vivo (Jr. 10.10) Este Deus Santo (1 Sm. 6.20) 1
  • 20. O vocábulo também está relacionado aos indivíduos com quem Deus se relacionou: Deus de Abraão Deus de Isaque Deus de Jacó 2
  • 21. Existem alguns títulos relacionados a Israel como um todo ou de modo parcial: Deus dos Exércitos (1Sm 17.45) Deus de Jerusalém (2Cr 32.19) 3
  • 22. Outros títulos estão relacionados com “Deus da salvação” (1Cr. 16.35; Sl. 18.46), ou com os atos divinos em favor de seu povo realizados no passado, por isso é o Deus: Vivo que Fala do meio do fogo (Dt 5.26) Que Provê aos Necessitados (Sl. 68.10) Que Faz sair Água da Pederneira (Dt 8. 15) O Senhor Vosso Deus que os Separou (Lv. 20.24) 4
  • 23. Finalmente, o vocábulo é utilizado em títulos que expressam a intimidade de Deus com o seu povo: O Deus de perto (Jr. 23.23) O Teu Deus em Quem Confias (2 Rs. 19.10) Assim Te Disciplina o Senhor (Dt. 8.5) Deus que me sustentou durante a vida (Gn.48.15) 5 Deus da minha justiça (Sl. 4.1) Deus da minha misericórdia (Sl. 59.17) Deus da minha fortaleza (Sl. 43.2) Nosso Deus é misericordioso (Sl. 116.5)
  • 25.  Mas o nome especial do Deus de Israel é Yahweh.  Por causa da associação desse nome com trovões e relâmpagos (Êx 19.16; 20.18; 1 Rs 18.28; Jó 37.5; Am 1.2; Sl 18.14),  Alguns estudiosos julgam que Ele era o Deus do firmamento.  No período do Antigo Testamento era necessária a invocação do nome de Yahweh para aproximar-se Dele.  Diversas orações contidas nos Salmos tratam-se de uma invocação iniciada com a primeira palavra citando o nome divino Yahweh (Sl 3.1; 6.1; 7.1; 8.1; 12.1).  A doxologia de Davi (1 Cr 29.10-11) começa com a palavra Yahweh.
  • 26.  Quando Deus tomou a iniciativa de revelar-se, Ele o fez pronunciando o próprio nome: “Eu sou Yahweh” (Gn 35.11; Ex 6.2; 20.1; 34.5-6).  A invocação de Yahweh também era parte importante no culto.  Se Ele não tivesse revelado seu nome, não seria possível ao adorador invoca-lo e, dessa forma, nem sequer haveria culto.  O objetivo de Deus em dar seu nome a Moisés (Ex 3.14) era relacionar o chamado de Moisés ao nome pela autoridade de Deus.
  • 27.  Conforme vimos , Albright argumenta que o nome divino vem da forma causativa do verbo (hifil), cujo significado é  Aquele que causa a existência  O criador  Outro estudioso, disse que Yahweh poderia ter sido uma divindade protetora de um dos ancestrais de Moisés e que Seu nome poderia ser traduzido por  Ele causa a existência (do ancestral)  Ele sustenta (o ancestral).
  • 28.  Tanto Jacob como Von Rad afirmam que o significado básico de Yahweh é “presença”, “estarei convosco”, conforme percebemos em diversos textos (cf. Ex 3.12; Gn 28.20; Js 3.7; Jz 6.12).  Terrien concorda com a ideia de Von Rad e Jacob, e afirma que “Ao vacilante Moisés, Javé primeiro deu segurança ao afirmar: ‘Estarei contigo’”.  Deus estava prometendo para Moisés a sua presença através da revelação do ‘Eu sou’, que também pode ser traduzido ‘Eu serei’.  Na Grande Comissão, Jesus prometeu estar com os discípulos sempre, até o fim dos tempos (Mt 28.20).
  • 29.  Mesmo que Yahweh tenha revelado seu nome a Moisés e a Israel e tenha se permitido “invocar” por eles, ou “se entregado” em compromisso e confiança só a Israel, Ele ainda manteve sua liberdade.  Essa liberdade significa que Yahweh jamais é um simples objeto.  Ainda que tenha se relevado liberalmente, Ele deu o Terceiro Mandamento do Decálogo para proteger essa liberdade contra “abusos religiosos”. (Ex. 20.7)
  • 31.  A palavra ruach (vento, espírito) é utilizada no AT de tantas maneiras que é difícil analisar os seus vários sentidos.  Contudo, podemos dizer que o conceito do Espírito do Senhor aparentemente passou por um processo de desenvolvimento.  O vocábulo ruach é utilizado no sentido de poder, da vida e do Espírito de Deus (2 Sm 22.16).
  • 32.  Geralmente apresenta-se a ideia de violência nos trechos onde se utiliza o termo no sentido do sopro de Deus (Jó. 4.9; Sl. 18.15).  Ideia especialmente acentuada em Isaías 30.28.  Este vocábulo é empregado 87 vezes na Bíblia Hebraica no sentido de vento.  Em 37 desses casos o vento é um agente de Deus, sempre forte e violento, por vezes, destrutivo.  Notamos que Deu cria o vento (Am. 4.13) e o controla (Jó. 28.25).
  • 33.  O ruach-Yahweh inspira e controla os profetas.  Foi ele quem habilitou o profeta Ezequiel para falar a palavra profética.  O Espírito do Senhor também habilitou os juízes para conseguir suas vitórias militares.  Mais tarde o Senhor dirigiu o seu povo principalmente por agentes humanos, orientados pelo seu Espírito.  Da mesma forma como o espírito do homem representa o seu caráter, determina seus motivos, e expressa as atividades e energias da sua vida:  Assim também o Espírito do Senhor expressa a sua disposição ética, especialmente quando se refere aos propósitos de Deus na escolha do povo de Israel.
  • 34.  Por último, podemos dizer que Yahweh era o nome especial de Israel para seu Deus.  Ao revelar o seu nome a Moisés e, por sua vez, a Israel, Deus escolheu ser descrito como  O definível,  O distintivo,  O indivíduo.  Desse modo, a fé de Israel contrapõe-se radicalmente ao conceito abstrato de divindade e também vai de encontro a uma “base de existência” sem nome.  Portanto, assim como os equívocos intelectualistas de Deus, os místicos também são rejeitados.
  • 35. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS: 1. O que significa o vocábulo yāda‘? D. Conhecer pessoalmente, conhecer por experiência, ganhar conhecimento, conhecer o caráter de uma pessoa, ter relações amistosas com alguém. 2. O que vem a ser ’Ělōhîm e Yahweh? A. São utilizados pelos escritores bíblicos para expressar o nome de Deus. O primeiro é utilizado na Bíblia Hebraica para expressar o conceito de divindade. Usa-se ’Ělōhîm como o nome do Criador de todas as coisas. 3. O que sabemos sobre o ruach-Yahweh? C. O ruach-Yahweh inspira e controla os profetas. QUESTIONÁRIO Pg. 45
  • 36. Marque C para CERTO e E para ERRADO: 4. O vocábulo ruach é utilizado no sentido de poder, da vida e do Espírito de Deus. 5. Podemos dizer que Yahweh era o nome especial de Israel para seu Deus. QUESTIONÁRIO Pg. 46 C C
  • 37. A ESSÊNCIA E OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS
  • 38.  Antes de tudo é preciso enfatizar que não encontramos no AT qualquer declaração que defina a essência de Deus.  Contudo, o NT nos ensina diretamente que Deus é Espírito.  No AT a espiritualidade de Deus é subentendida, é verdade básica, em todas as experiências dos hebreus com Ele (Is 31.3, por exemplo).  Lembremos que em Êxodo 20.4 representação do Senhor por qualquer imagem material é proibida.  Na própria narrativa da criação do homem em Gênesis 2.7, encontramos a declaração de que o seu corpo foi formado da terra, mas que a sua vida espiritual veio de Deus.
  • 39.  O escritor compreendeu assim que o Deus espiritual é a fonte da vida.  A presença do Espírito de Deus é a presença dele mesmo (Sl. 139.7-10).  Tudo que Deus é, e tudo que possa significar para o homem, é representado pelo ministério do seu Espírito que é vida e poder.  É justamente o Espírito de Deus operando no espírito do homem piedoso do AT que produz a vida de:  justiça,  retidão,  felicidade  paz.
  • 41.  Para iniciarmos nosso estudo a respeito do caráter de Deus é preciso partir de sua santidade.  Não há outra palavra que, em seu sentido bíblico pleno, descreva mais perfeitamente a natureza de Deus do que o termo santidade.  É a tradução da palavra hebraica qōdesh, que tem uma longa e complicada história, e que tem sido usada em vários outros sentidos, mas exclusivamente para expressar ideias religiosas.  Santidade é um vocábulo intimamente divino.  Podemos mesmo afirmar que é a qualidade mais típica da fé em Deus no AT.
  • 42.  Tanto pela frequência quanto pela ênfase especial com que se usa o atributo de santidade ressalta entre todas as qualidades que se aplicam ao ser de Deus.  A importância dessa forma de definir o ser divino se compreende facilmente ao se pensar que toda a religião veterotestamentária pode ser caracterizada como a “religião da santidade”.  As raízes empregadas nas mais diferentes línguas para designar esse âmbito, enquanto se podem extrair etimologicamente, fazem aparecer o santo como o separado, o apartado, o subtraído do uso normal.  Observe, por exemplo, o grego temenos de temein, o latim sactus de sacire, o tabu polinésio de tapa, “designar e, por conseguinte, distinguir, diferenciar”.
  • 43.  Conforme esses dados a etimologia pouco clara de qdš se deve colocá-la ao lado de qd, “separar”, que com o conhecido em árabe e etíope qd ou qdw, “ser puro, limpo”.  Deus é chamado “santo” três vezes em dois lugares do AT (Is. 6.3; Sl. 99.3, 5, 9).  O profeta Oséias destaca a ideia de que a santidade de Deus é exatamente o que o distingue das pessoas (Os. 11.9).  A expressão “O Santo de Israel” ocorre trinta vezes no livro do profeta Isaías em referência ao Deus de Israel.  Podemos afirmar com absoluta certeza que santidade no Antigo Testamento significa a essência da divindade.
  • 44.  A santidade divina diz respeito a tudo sobre Deus que o separa da sua criação:  Seu poder misterioso  A atração que Ele exerce sobre os adoradores.  Em um segundo sentido afirmamos que a santidade diz respeito ao chamado de Deus e à exigência de que as pessoas sejam:  Santas como ele é santo, no sentido de que sejam puras;  Limpas  Justas  Compassivas
  • 46.  Uma das diversas manifestações da fidelidade amorosa de Deus à sua aliança é a justiça.  Assim como no homem a hesed (misericórdia) de Deus participa e leva consigo aquele que pratica a justiça, por que respeitar o direito dos demais não é mais que um aspecto importante da misericórdia que inspira a comunhão, assim também em Deus se demonstra sua benevolência realizando o direito e a justiça.  A justiça (mishpat) e a retidão (tsědāqâ) de Deus frequentemente estão relacionadas com o seu papel de juiz.  Esses termos muitas vezes são utilizados juntos.  Por vezes fica até difícil distinguir o sentido de cada palavra, mas o conceito geral por trás de ambas está claro e é extremamente importante.
  • 47.  Von Rad afirma que não existe nenhum conceito no AT com um significado tão central para todos os relacionamentos da vida humana como o de tsědāqâ (“retidão” ou “justiça”).  Ele é o padrão para o relacionamento com Deus e para o relacionamento das pessoas entre si, incluindo até os animais e o ambiente natural.  Segundo Von Rad, tsědāqâ pode ser descrito como o valor supremo da vida e o fundamento em que repousa toda a existência, se estiverem em ordem.  Desde os tempos mais antigos, Israel celebrou Yahweh como aquele que propicia a seu povo o dom universal da sua justiça.  E essa justiça outorgada a Israel é sempre um dom salvífico.
  • 48. O AMOR DE DEUS
  • 49.  Um estudo cuidadoso do amor de Deus no AT, baseado no conhecimento do hebraico, deixa qualquer estudioso impressionado pela profundeza deste ensino bíblico.  É um ensino que nos nova a entender melhor a plena revelação deste amor na pessoa a nos ensinos de Cristo.  O vocábulo hebraico ’āhab é o mais traduzido por “amor” no AT.  No geral o vocábulo e utilizado mais de 200 vezes no AT.  É usado trinta e duas vezes expressando o amor de Deus:  Duas vezes o seu amor a Jerusalém,  Sete vezes o seu amor à justiça  Vinte e três vezes o seu amor a Israel, ou a pessoas em particular.
  • 50.  O segundo termo hebraico relacionado com o amor de Deus é hesed.  Trata-se de um vocábulo de etimologia incerta.  Nas versões da Bíblia em língua portuguesa é traduzido por:  Bondade  Beleza  Glória  Benevolência  Beneficência  Benignidade  Amorável benignidade  Misericórdia  Compaixão.
  • 51.  Quando o termo hesed é utilizado referindo-se à relação de Deus com o povo da aliança, tem o sentido cada vez mais perto de graça.  Quando o plural do substantivo hassidim é usado referindo-se aos homens fiéis, especialmente nos Salmos (30.4; 37.28) é traduzido em português por santos.  Há quem sugira “ímpeto”, “zelo ardente” como sentido primário da raiz.  O que se percebe é que hesed contém dois elementos básicos:  Um é a ideia de força, lealdade, fidelidade.  O outro elemento é a ideia de bondade, piedade, misericórdia e graça.  Por vezes podemos dizer que “dedicação” capte os dois elementos da palavra.
  • 52.  O AT menciona com muita frequência a “abundância” ou “grandiosidade” do hesed de Deus (Êx. 34.6; Nm. 14.19; Ne. 9.17; 13.22; Sl. 5.7; Lm. 3.32; Jl. 2.13.  Uma das passagens mais famosas que contém o vocábulo é Lamentações 3.22-24, onde podemos ler que:  “As misericórdias (hesed) do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade.  A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.  A confissão de que o hesed de Deus se renova a cada manhã é realizada novamente em Salmos 59.16; 90.14; 92.2; 143.8.  Em Lamentações 3.22, hesed está mesmo no plural, dando a entender que as “misericórdias” de Deus são muitas ações de graça.
  • 53.  Mais ainda falta verificarmos o vocábulo hānan.  Este vocábulo traz a ideia de “graça” ou “amor ou favor imerecido”.  A diferença básica entre hānan e hesed é que o hesed se refere primordialmente o “amor por escolha”.  Isto significa que um vínculo ou relacionamento entre duas partes em aliança faz com que se esperem “atos de amor” entre eles.  Por outro lado, hānan indica o amor imerecido de alguém superior por alguém inferior.  A época de encontro com o helenismo, que colocou uma vez mais o judaísmo no contexto do processo da história universal, deu a suas expressões sobre o amor divino maior amplitude.
  • 54.  Com nova alegria a situação privilegiada de Israel entre as nações, por estar em posse da revelação divina, é cantada como dom do amor de seu Deus que o tomou objeto de sua eleição.  O Deus de Israel ama a sua criatura mais do que possa amá- la qualquer homem, e concretamente, ama a Israel.  E neste sentido a doação da Toráh é a melhor mostra de amor.  A delicadeza e a fidelidade desse amor expõem-se com grandiosidade, por exemplo:  Quando o Cântico dos Cânticos exalta a Deus como o amado sempre próximo e pronto a ajudar  Quando se utiliza a imagem do rei que acolhe novamente em sua graça à esposa repudiada.
  • 55.  Tanto no que foi dito, quanto no fato de que os tradutores da LXX prefiram o grego agape e abandonem o eros se manifesta uma clara consciência da diferença que separa o amor divino de todo erotismo místico,  Essa fidelidade de amor que não alforria aos seus o sofrimento nem sequer o martírio tende a uma comunhão de vontades levada até o extremo.  Mas, às vezes, presenteia ao que guarda fidelidade com toda a felicidade de uma bem-aventurança, a sua, que supera qualquer bem da terra.
  • 56.  Essa íntima relação com o Deus de amor até na piedade individual encontra sua expressão num uso mais acentuado do nome “pai” na oração do indivíduo.  Este amor, mais duradouro do que o amor materno (Is. 49.15), nunca poderia abandonar o povo;  mas Israel tinha que cumprir as condições da aliança, embora com o espírito que Deus mesmo tinha que implantar seu coração.
  • 58.  É interessante notar que de acordo com a fonte e a forma literária no AT o significado de “bênção” muda.  Pode-se dizer que o conceito mais amplo está na narrativa da primeira criação (Gn. 1.1 – 2.3).  Ali encontramos o Deus Criador concedendo a toda a raça humana e a cada criatura vivente a bênção da:  Fertilidade (Gn. 1.22, 28);  Do espaço, podiam encher as águas, o ar e a terra (Gn. 1.22, 28);  Do alimento (Gn. 1.29-30).  O ser humano recebeu a bênção especial de domínio (Gn. 1.28).  A “bênção” é algo que Deus dá as pessoas.
  • 59.  Muitas vezes a ideia de bênção aparece juntamente com sua ideia oposta, a “maldição”.  No trecho de Gênesis 1 – 11 o vocábulo “bênção” ocorre cinco vezes (1.22, 28; 2.3; 5.1; 9.1) e “maldição” ocorre seis vezes.  O Senhor Deus pronuncia uma maldição contra a serpente por tentar a mulher (3.14),  Contra Caim por matar o próprio irmão (4.11)  E até mesmo contra a terra (3.17; 5.29).
  • 60.  Noé também amaldiçoa o seu filho mais novo enquanto abençoa Sem e Jafé (9.25).  Contudo, em 8.21, Deus promete que jamais voltará a amaldiçoar a terra por causa da humanidade.  Somente em Gênesis 12.1-3 o vocábulo bārak, “bênção”, ocorre cinco vezes.  Yahweh é quem a pronuncia, e a bênção torna-se parte da promessa aparentemente incondicional.  Essa bênção implica um grande nome e uma grande nação para Abraão.
  • 61. A IRA DE DEUS
  • 62.  Da mesma forma que o amor, a ira é um sentimento espontâneo que enche a alma com uma força fulminante e se aprópria de suas reações.  Como manifestação da vida da pessoa que se defende dos ataques do que lhe cerca, quando se predica da divindade, expressa de modo enfático seu caráter pessoal.  Tanto a variedade dos termos que o AT emprega quanto sua frequência manifestam a enorme influência dessa ideia na concepção de Deus:  Haron e hêmā descrevem a ira como um ardor interior;  Rūah e ‘aph, como um espumar ou borbulhar;  ‘Ebrah, za’am e za’ap, como a ruptura de algo que estava reprimido ou sob pressão.
  • 63.  Observa-se que a maioria dos termos com a ideia de ira é emprestada de expressões concretas, fisiológicas, como:  “Ficar quente” ou “queimar” (Is. 65.5; Jr. 15.14; 17.4);  “Irromper” ou “transbordar” (Ez. 13.13; 38.22);  O “poder destrutivo da tempestade” (Sl. 83.15; Is. 30.30; Jr. 23.19-20), dentre outros.  Outras duas palavras relacionadas à ira no AT são:  Ciúme  Vingança
  • 64.  O ciúme de Deus significa que ele não tolerará nenhum outro deus (Êx. 20.5; 34.14; Dt. 4.24).  Este ciúme divino tem relação com:  Sua santidade,  Sua singularidade,  Sua inacessibilidade.  Outro vocábulo hebraico próximo a ira é nāqam, geralmente traduzido por “vingança” ou “desforra”.  Contudo, há quem diga que “vingança” seja uma tradução pobre para nāqam.  Parece que o melhor seria “exercer poder legítimo”, razão pela qual devemos traduzi-lo por “a soberania é minha”.
  • 65.  É preciso ressaltar, no entanto, a razão da ira de Deus.  Caso contrário seria difícil conciliar um Deus de amor com um Deus que se ira.  A razão aparente para a ira de Deus é o pecado.  Morris afirma que a ira de Deus é provocada única e inevitavelmente pelo pecado.  Apesar de tudo, algo que deve ficar claro para o estudante é que fica como marca característica da antiga atitude israelita o ver a ira de Deus atuando principalmente em atos de castigo individualizados.  Trata-se, além disso, de algo passageiro, enquanto a misericórdia e a justiça divinas representam o verdadeiramente permanente.  É por isso que vamos ver agora o aspecto do Deus que perdoa e do Deus que salva.
  • 66. O PERDÃO DE DEUS
  • 67.  É possível afirmar com tranquilidade que a experiência de ser perdoado pode ser uma das mais alegres, humilhantes e terapêuticas da vida.  As exclamações mais líricas de poesia e doxologia no AT foram compostas por aqueles que comemoram o perdão (Mq. 7.18; Sl. 32.1-2, 5, 7).  É evidente a necessidade do perdão, uma vez que todos nós pecamos e carecemos da glória de Deus (Is. 53.6).  Somente Deus pode perdoar pecados (Is. 53.4-5).
  • 68.  Dois vocábulos hebraicos traduzem o conceito básico de “perdoar” no AT: sālah e nāśā’.  De acordo com Jacob A raiz do primeiro (sālah) pode ter vindo de um contexto de culto e poderia ter sido usado com o sentido de “aspergir” e depois “perdoar”.  Se for assim, o perdão é um processo de purificação espiritual e mental que resulta o relacionamento entre Deus e o ser humano e entre as pessoas.
  • 69.  A raiz do segundo vocábulo (nāśā’) tem o sentido literal de “levantar”, “carregar”.  Observamos ainda que expressões como “ser gracioso”, “esconder-se da ira de Deus” e “que Deus se arrependa ou se desvie da sua ira” podem indicar o perdão de Deus.  De acordo com o pensamento veterotestamentário, o maior problema da raça humana é o pecado.  Somente Deus pode lidar com ele eficientemente; isso ele fez, e faz, em Cristo.
  • 70. A SAVAÇÃO VEM DE DEUS
  • 71.  No AT o termo salvação abrange todas as qualidades de socorro que os israelitas recebem do seu Deus, o Senhor Yahweh.  Os vocábulos “salvar”, “salvador” e “salvação” estão relacionados com a raiz hebraica ysh‘ cujo significado básico é “ser amplo”, “tornar-se espaçoso”, “ter muito espaço”.  Salvação é um termo com vasta gama de significados. Conforme mencionado acima, diz respeito a todas as qualidades de socorro.  Neste sentido, é usado com referência as pessoas, como qualidade delas, isto é, pessoas que salvam, mas no AT a referência mais frequente é a Deus.
  • 72.  O vocábulo é utilizado com relação a livramentos passados, presentes e futuros.  Utiliza-se principalmente em relação à salvação de Israel, mas pode referir-se também à salvação da raça humana ou mesmo de um indivíduo.  O AT proclama que a salvação é “do Senhor” (Sl. 3.8; Jn. 2.9).  O AT é basicamente uma história da salvação.  A salvação do pecado é uma doutrina central nas Escrituras.  Por isso, voltaremos a tratar do tema quando tratarmos da redenção do ser humano mais a frente.
  • 73. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS: 6. Qual é a qualidade mais típica da fé em Deus no Antigo Testamento? C. Santidade. 7. A que estão relacionadas a justiça (mishpat) e a retidão (tsědāqâ) de Deus? A. A justiça (mishpat) e a retidão (tsědāqâ) de Deus frequentemente estão relacionadas com o seu papel de juiz. 8. Quais são as outras duas palavras relacionadas à ira no Antigo Testamento? B. “ciúme” e “vingança”. QUESTIONÁRIO Pg. 57
  • 74. Marque C para CERTO e E para ERRADO: 9. No Antigo Testamento o termo salvação sempre diz respeito à salvação eterna. 10. No Antigo Testamento o termo salvação abrange todas as qualidades de socorro que os israelitas recebem do seu Deus, o Senhor Yahweh. QUESTIONÁRIO Pg. 58 E C