4. INFORMAÇÕES BÁSICAS
E
Z
E
Q
U
I
E
L
Autor: Ezequiel (Jeová Fortalece)
Tema: O Juízo e a Glória de Deus
Palavras-Chave: Julgamento. Bênção. Responsabilidade e
Moral Individual
Versículo-chave: Ez 36.24-28
Data: 590-570 a.C.
5. PROFETA EZEQUIEL
O contexto histórico do livro de Ezequiel é a Babilônia durante os
primeiros anos do exílio babilônico (593-571 a.C.). Nabucodonosor levou
cativos os judeus de Jerusalém para a Babilônia em três etapas:
Em 605 a.C.. jovens judeus escolhidos foram deportados para
Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos;
Em 597 a.C.. 10.000 cativos foram levados à Babilônia, estando
Ezequiel entre eles;
Em 586 a.C. as forças de Nabucodonosor destruíram totalmente a
cidade e o templo, e a maioria dos sobreviventes foi transportada para
a Babilônia.
6. PROFETA EZEQUIEL
O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante a hora mais
tenebrosa da história do AT:
Os sete anos que precederam a destruição, em 586 a.C. (593-586
a.C.), e os quinze anos seguintes (586-571 a.C.).
O livro provavelmente completou-se cerca de 570 a.C.
Ezequiel, cujo nome significa “Deus fortalece”, era de família
sacerdotal:
“Veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o
sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele
a mão do SENHOR” (Ez 1.3)
Passou os vinte e cinco primeiros anos da sua vida em Jerusalém.
7. PROFETA EZEQUIEL
Estava se preparando para o trabalho sacerdotal do templo quando foi
levado prisioneiro à Babilônia em 597 a.C.
Uns cinco anos mais tarde, aos trinta anos (Ez 1.2,3), Ezequiel recebeu
sua chamada profética da parte de Deus, e a partir daí ministrou
fielmente durante vinte e dois anos, pelo menos:
“E sucedeu que, no ano vinte e sete, no mês primeiro, no primeiro dia do
mês, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo.”(Ez 29.17).
Ezequiel tinha uns dezessete anos quando Daniel foi deportado e,
portanto, os dois eram praticamente da mesma idade.
8. PROFETA EZEQUIEL
Ezequiel e Daniel foram contemporâneos de Jeremias, porém mais
jovens que ele:
Provavelmente, foram por ele influenciados, por ser profeta mais velho
em Jerusalém (cf. Dn 9.2).
Quando Ezequiel chegou à Babilônia, Daniel já era bem conhecido
como homem de elevada sabedoria profética;
Ezequiel refere-se a ele três vezes no seu livro (Ez 14.14,20; 28.3).
Ao contrário de Daniel, Ezequiel era casado (Ez 24.15-18), e vivia como
um cidadão comum entre os exilados judeus, junto ao rio Quebar
(Ez 1.1; 3.15,24; cf. SI 137.1).
O livro de Ezequiel está bem organizado, e seus quarenta e oito
capítulos dividem-se naturalmente em quatro seções principais:
9. A SEÇÃO INTRODUTÓRIA (EZ 1-3)
Descreve a poderosa visão que Ezequiel teve da glória e do trono
de Deus (capítulo 1) e o encargo divino que o profeta recebeu
para seu ministério profético (capítulos 2 e 3).
10. A SEGUNDA SEÇÃO (EZ 4-24)
Contém a mensagem contundente de Ezequiel sobre o juízo vindouro e
inevitável de Judá e Jerusalém, devido as suas obstinadas rebeldias e
apostasias.
Durante os últimos sete anos de Jerusalém (593-586 a.C.), Ezequiel
advertiu os judeus de Jerusalém e os cativos em Babilônia, que não
deviam alimentar a falsa esperança de que Jerusalém sobreviveria ao
julgamento.
Os pecados passados e presentes de Jerusalém provocavam a sua
segura ruína.
Ezequiel trombeteia sua mensagem profética de juízo através de várias
visões, parábolas e atos simbólicos.
Os capítulos 8-11 descrevem como Deus levou Ezequiel a Jerusalém
numa visão para profetizar contra a cidade.
No capítulo 24, a morte da querida esposa do profeta serviu de
parábola e sinal da destruição de Jerusalém.
11. A TERCEIRA SEÇÃO (EZ 25-32)
Contém profecias de juízo contra sete nações estrangeiras que
se alegravam da calamidade de Judá.
Na profecia sobremaneira longa contra Tiro, aparece uma
descrição mascarada de Satanás (Ez 28.11-19) como o
verdadeiro agente por trás do rei de Tiro.
12. A SEÇÃO FINAL DO LIVRO (EZ 33-48)
Assinala uma transição na mensagem do profeta, que mudou do
terrível juízo para o consolo e a esperança futuros (cf. Is 40-66).
Depois da queda de Jerusalém, Ezequiel profetiza a respeito do
avivamento e restauração futuros, quando, então, Deus será o
verdadeiro pastor do seu povo (Ez 34) e dará aos seus um “novo
coração” e um “novo espírito” (Ez 36).
Neste contexto surge a famosa visão de Ezequiel, de um exército de
ossos secos que ressuscitam mediante a mensagem profética (Ez 37).
O livro termina com a descrição da restauração escatológica do templo
santo, da cidade santa de Jerusalém, e da terra santa de Israel
(Ez 40- 48).
13. O PROPÓSITO
O propósito das profecias de Ezequiel foi duplo:
1. Entregar a mensagem divina do juízo ao povo apóstata de Judá e
Jerusalém (Ez 1-24) e às sete nações estrangeiras ao seu redor
(Ez 25-32);
2. Conservar a fé do remanescente fiel a Deus no exílio, concernente à
restauração de seu povo segundo o concerto e à glória final do reino
de Deus (Ez 33-48).
O profeta também ressaltava a responsabilidade pessoal de cada
indivíduo diante de Deus, ao invés de somente culpar os antepassados e
seus pecados como a causa do exílio como julgamento (Ez 18.1-32;
33.10-20).
14. AUTOR
O livro claramente atribui suas profecias a Ezequiel (Ez 1.3; 24.24).
O uso do pronome pessoal “eu” através do livro, juntamente com a
harmonia estilística e a linguagem, indicam a autoria exclusiva de Ezequiel.
As profecias de Ezequiel têm datas exatas por causa de sua organização em
datá-las (cf. Ez 1.1,2; 8.1; 20.1; 24.1; 26.1; 29.1,17; 30.20; 31.1; 32.1,17;
33.21; 40.1).
Seu ministério começou em 593 a.C. e continuou, pelo menos, até a última
profecia registrada em 571 a.C.
Ao mesmo tempo em que Jeremias pregava em Jerusalém. Ezequiel
ministrou durante vinte e sete anos, pelo menos na Babilônia.
Sua missão era expor a razão do cativeiro, predizer a queda de Jerusalém,
levar o povo exilado de volta a Deus e avivar a esperança dos exilados
mediante a promessa divina de sua restauração.
15. DATA
O chamado de Ezequiel veio a ele em 593 a.C., o quinto ano do reinado de
Joaquim. Quatro anos depois de chegar em Babilônia.
A última data dada por um oráculo (Ez 29.17) é, provavelmente, 571 a.C.,
fazendo de seu ministério cerca de vinte anos de duração.
A morte de sua esposa ocorreu ao mesmo tempo da destruição de Jerusalém,
em 587 a.C. (Ez 24.1, 15-18).
Exilado por ocasião do segundo cerco de Jerusalém, ele escreveu para
aqueles ainda em Jerusalém, por volta de sua iminente e completa
destruição, incluindo a partida da presença de Deus.
Partes foram também, aparentemente, escritas após a destruição de
Jerusalém.
16. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
Sete características principais do livro:
1. Contém um grande número de visões surpreendentes, de parábolas
arrojadas e de ações simbólicas e excêntricas, como um meio de
expressão da revelação profética de Deus;
2. Seu conteúdo é organizado e datado com cuidado: registra mais datas
do que qualquer outro livro profético do Antigo Testamento;
3. Duas frases características ocorrem do começo ao fim do livro:
“Então saberão que eu sou o Senhor” (sessenta e cinco ocorrências
com suas variantes);
“À glória do Senhor” (dezenove ocorrências com suas variantes).
17. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
Sete características principais do livro:
4. Ezequiel recebe de Deus, de modo peculiar, os nomes de “filho do homem” e
“atalaia”;
5. Este livro registra duas grandiosas visões do templo: uma delas mostra-o
profanado e à beira da destruição (Ez 8-11), e a outra, purificado e
perfeitamente restaurado (Ez 40-48);
6. Mais do que qualquer outro profeta, Ezequiel recebeu ordens de Deus para
identificar-se pessoalmente com a palavra profética, expressando-a através
do simbolismo profético;
7. Ezequiel salienta a responsabilidade pessoal do indivíduo e sua
responsabilidade diante de Deus.
18. O LIVRO DE EZEQUIELANTE O NOVO TESTAMENTO
A mensagem dos capítulos 33-48 concerne, em síntese, à futura obra
redentora de Deus conforme revelada no Novo Testamento.
Fala não somente da restauração física de Israel à sua terra, como
também da sua restauração final futura, isto é, sua plena realização
reservada por Deus, como o Israel espiritual, junto às nações como
resultado de missões.
Profecias importantes em Ezequiel a respeito do Messias do Novo
Testamento:
Ezequiel 17.22-24; 21.26,27; 34.23,24; 36.16-38 e 37.1-28.
19. O LIVRO DE EZEQUIELANTE O NOVO TESTAMENTO
Livro que contém mensagens de Deus dirigidas aos judeus que estavam
na Babilônia e também aos que moravam em Jerusalém.
Nele há pregações, visões e atos simbólicos.
Ezequiel ensinou que cada pessoa é responsável pelos seus próprios
pecados e que todos devem se renovar no seu íntimo, no seu coração.
Ele esperava que a nação de Israel começasse a viver uma vida nova
diante de Deus.
Sendo ao mesmo tempo profeta e sacerdote, Ezequiel mostrou interesse
pelo Templo de Jerusalém e ensinou que Deus exige de seus adoradores
uma vida dedicada a Ele.
20. A VISÃO DA GLÓRIA DE DEUS
Ezequiel recebe uma visão da glória e da santidade de Deus (v. 28).
As “Visões de Deus” (v. 1) eram fundamentais a fim de prepará-lo
para a obra a quem o chamava.
Recebeu sua visão junto ao rio Quebar (v. 3), que era um canal
navegável derivado do Eufrates acima da Babilônia, que
desaguava no Tigre.
(Ez 1.1-28)
21. A VISÃO DA GLÓRIA DE DEUS
“QUATRO ANIMAIS” (V. 5).
Estes seres viventes se identificam muito com os “Querubins”
(Ez 10.20).
Portavam-se cada um deles no meio de cada lado de um quadrilátero;
suas asas estendidas tocavam os ângulos desse quadrilátero.
Cada querubim tinha quatro rostos (v. 10).
Os rostos de homem, leão, boi e águia representam a criação por Deus,
dos seres viventes (cf. Ap 4.7).
(Ez 1.1-28)
22. A VISÃO DA GLÓRIA DE DEUS
O ESPÍRITO (V. 12). Os querubins são dirigidos pelo Espírito que sem
dúvida se refere ao Espírito de Deus (cf. v. 20).
BRASAS DE FOGO ARDENTES (V.13).
Falam da santidade de Deus (Êx 3.14,15).
O fogo que se movimenta simboliza a energia e o poder do Espírito
Santo, o qual está sempre em oração e jamais descansa.
O ASPECTO DAS RODAS (V. 16-25).
Ezequiel vê uma espécie de carro trono em movimento constante.
Deus é manifesto num trono móvel que nunca para, e que vai para
onde o Espírito ordena.
A linguagem figurada simboliza a sabedoria de Deus sobre todas as
coisas e a sua presença em todas as coisas e a sua presença em todas
as esferas da sua criação.
(Ez 1.1-28)
23. A VISÃO DA GLÓRIA DE DEUS
SEMELHANÇA DE UM HOMEM (V. 26).
Ezequiel vê Deus sentado num trono, na semelhança de um homem.
Esta mostra que quando Deus resolveu revelar-se plenamente Ele o
fez forma humana mediante Jesus Cristo (Fp 2.5-7; Cl 2.9).
DA GLÓRIA DO SENHOR (V. 28).
O aparecimento da glória de Deus a Ezequiel indicava que Ele já
saíra do templo de Jerusalém (l Rs 8.11; SI 26.8; 63.2), e que agora
estava sendo manifesta aos exilados.
Ezequiel profetizou posteriormente que a glória de Deus voltaria a
Canaã e a Jerusalém (Ez 43.2).
(Ez 1.1-28)
24. O MINISTÉRIO DA PALAVRA PROFÉTICA
FILHO DO HOMEM (V. 1).
Deus se refere a Ezequiel mais de noventa vezes como “filho do homem”.
Este título ressalta a humanidade e a fragilidade do profeta, lembrando
da sua dependência do poder do Espírito Santo para capacita-lo. Jesus
comumente aplicou a si (Lc 5.24; 3.13).
Ezequiel ficou revestido do poder quando o Espírito de Deus entrou nele
(v. 2), para proclamar a mensagem de Deus.
Logo no princípio é avisado de que está sendo chamado a uma vida de
aspereza e perseguição.
A mensagem lhe é entregue da parte de Deus sob a forma de um livro,
que ele recebe ordem de comer, como aconteceu com João (Ap 10.9).
(EZ 2.1 -3.27)
25. O MINISTÉRIO DA PALAVRA PROFÉTICA
FILHO DO HOMEM (V. 1).
Em sua boca o livro é doce, o que significava ter ele achado alegria em
ser mensageiro de Deus, embora a mensagem contivesse anúncio de
aflições.
Como o livro, literalmente, fosse só em visão, significava inteiramente
seu conteúdo, de modo que a mensagem se tornava parte de sua
personalidade.
Em 3.17-21, Deus parece coloca sobre Ezequiel a responsabilidade pela
condenação de seu povo, da qual só se poderá se eximir por uma fiel
declaração de mensagem divina.
É avisado de que Deus, às vezes, lhe imporá silêncio (Ez 3.26; 24.17;
33.22), sendo uma advertência para que fale somente o que Deus lhe
ordenar.
(EZ 2.1 -3.27)
26. SINAIS PROFÉTICOS DO JUÍZO VINDOURO
Deus ordenou que Ezequiel simbolizasse o cerco de Jerusalém e o exílio
subsequente. Retratou os eventos com uma miniatura de cerco da cidade.
A assadeira (v. 3) representa as forças existentes dos babilônicos. Mediante a
este ato figurativo, Ezequiel gravou na mente dos exilados o fato de que o
próprio Deus iria enviar os babilônicos contra Jerusalém.
Cada dia que Ezequiel ficava deitado sobre o seu lado (v. 4) representava um
ano de pecado da nação hebreia como um todo. Ele não ficava o dia inteiro
deitado, pois tinha outras tarefas (vv. 9- 17).
O número de dias determinado a Ezequiel ficar deitado sobre seu lado
correspondia aos anos de pecados de Israel e de Judá.
Os 390 anos parecem abranger o período de monarquia de Salomão e queda
de Jerusalém. Os quarenta anos a mais foram atribuídos a Judá (v.6), podem
representar o reinado de Manassés, que influenciou Judá pelo resto da
história (2Rs 21.11-15).
O propósito da pouca comida e água simbolizava a escassez de provisões em
Jerusalém durante o cerco (vv. 16,17). A fome seria severa.
(Ez 4.1 - 5.17)
27. SINAIS PROFÉTICOS DO JUÍZO VINDOURO
Ezequiel raspou a cabeça e a barba e dividiu seu cabelo em três porções
para assim simbolizar o destino dos habitantes de Jerusalém.
A terça parte do cabelo queimado representava os que morreriam de
peste ou de fome; a terça parte morreriam pela espada e a última terça
parte disperso no exílio.
Uma das razões principais da ira de Deus contra Jerusalém foi porque
ela profanou o templo com a adoração de ídolos (Ez 8-11).
O apóstolo Paulo declara que “Se alguém destruir o templo de Deus,
Deus o destruirá” (ICo 3.17).
O livro de Ezequiel declara cerca de sessenta vezes que Deus executará
Juízo contra Judá.
Não se deve entender que Deus não castiga a quem profana a sua
Igreja, ou a quem rejeita os seus caminhos.
(Ez 4.1 - 5.17)
28. MENSAGENS PROFÉTICAS DO JUÍZO VINDOURO
VOSSOS ÍDOLOS (v. 4). O principal pecado dos israelitas contra o
Senhor era o da idolatria. Ao invés de confiar somente em Deus como
esperança da sua vida, buscava o socorro no presente século.
TERÃO NOJO DE SI MESMO (v. 9). O castigo divino levaria alguns a
reconhecerem a gravidade do seu pecado.
CHEGADO É O DIA DA TRIBUTAÇÃO (Ez 7.7). O dia da ira e da
destruição estava bem próximo dos israelitas, sua rebelião contra Deus
terminaria (abruptamente) (vv. 2,3,6), porém, a Bíblia nos assegura
repetidas vezes que o dia do Senhor está perto (Am 5.18-20).
VEM A DESTRUIÇÃO (v. 25). No início, o pecado talvez pareça
agradável, mas concluída a sua trajetória, fica seu rastro de destruição,
angústia e desespero.
(Ez 6.1 - 7.27)
29. VISÕES PROFÉTICAS DO JUÍZO VINDOURO
Ezequiel foi transportado em êxtase
a Jerusalém, onde Deus lhe mostrou
as execráveis idolatrias praticadas
no Templo.
A “imagem dos ciúmes” (Ez 8.3),
provavelmente era Astarote (a Vênus
da Síria).
O culto secreto de animais (Ez 8.10),
provavelmente um culto egípcio,
dirigido por Jazanias (Ez 8.11).,
(Ez 8.1 - 11.25)
30. VISÕES PROFÉTICAS DO JUÍZO VINDOURO
SEIS HOMENS (EZ 9.2).
São anjos designados por Deus para executarem o seu julgamento contra a
cidade. Cada um deles portava uma arma (v. 1), com a qual mataria todos os
iníquos (vv. 5,6).
O julgamento divino começa com o próprio povo de Deus (l Pe 4.17),
principalmente os líderes espirituais culpados.
No capítulo 10 a reaparição dos querubins do capítulo 1, espalhando brasas
acesas, representava o julgamento e a destruição.
O enfoque dos capítulos 10 e 11 é a retirada da glória e da presença de Deus
do Templo e da cidade. E põe-se no Monte das Oliveiras (v. 23).
Mais tarde Ezequiel teve uma visão do retorno da glória divina, quando o
Senhor estabelecer o seu reino eterno (Ez 43.1-4).
(Ez 8.1 - 11.25)
31. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
Ezequiel faz mudança com sua bagagem. Outro ato simbólico, para
enfatizar mais o cativeiro iminente de Jerusalém.
Contém uma surpreendente e minuciosa profecia da sorte de
Zedequias, sua fuga secreta, captura e remoção para a Babilônia, sem
nada ver (Ez 12.10-13).
Cinco anos mais tarde aconteceu exatamente como Ezequiel dissera.
Zedequias tentou escapar às ocultas, foi preso, seus olhos foram
vazados e ele levado a Babilônia (Jr 52.7-11).
(Ez 12.1 - 24.27)
32. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 13:
Os falsos profetas eram muito numerosos, tanto em Jerusalém como nos
meios dos cativos (ver Jr 23 e 29), a enganar o povo com falsas esperanças,
como se construir uma parede, sem argamassa.
Os “invólucros cozidos” (almofadas, v. 18) e “véus” (mantas v. 21), deviam
ser usados em algumas espécies de rito mágico.
CAPÍTULO 14:
Inquiridores hipócritas: a uma delegação de apreciadores de ídolos a
resposta de Deus não consiste em palavras, mas na destruição rápida e
terrível de Israel, idólatra.
Pode ser que por influência de Ezequiel, capítulo 14, Nabucodonosor tivesse
até aí poupado Jerusalém.
(Ez 12.1 - 24.27)
33. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 15:
A madeira inútil da videira, só serviria para combustível.
Assim, Jerusalém para nada mais prestava, senão para o fogo.
CAPÍTULO 16:
A alegria da esposa infiel. Este capítulo é um retrato vivido da idolatria de
Israel, sob a figura de uma esposa, amada do seu marido, que dela fez
rainha, e acumulou-a de sedas e peles e todas as coisas belas, a qual se fez
meretriz de todo homem que passava, envergonhando a própria Sodoma e
Gomorra.
(Ez 12.1 - 24.27)
34. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 17:
A parábola das duas águias. A primeira águia (v. 3), era o rei de Babilônia.
A “ponta mais alta dos ramos” (v. 4) foi Joaquim que foi levado para aquele
país, 2Reis 24.11-16, seis anos antes que esta parábola fosse proferida.
A “muda da Terra” (v. 5) que se plantou foi Zedequias, 2Reis 24.17.
A outra águia (v. 7) era o rei do Egito, em quem Zedequias confiava.
Por sua traição, este será levado à Babilônia, para ser castigado e aí morrer
(Ez 13.21).
Isto aconteceu 5 anos mais tarde (2Rs 25.6,7) uma repetição do que Ezequiel
antes havia profetizado (Ez 12.10-16).
O “renovo mais tenro” (Ez 17.22,24), que Deus plantaria mais adiante, na
família real restaurada de Davi, teve seu cumprimento no Messias.
(Ez 12.1 - 24.27)
35. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 18:
A idéia central deste capítulo é que Deus julga cada pessoa à vista da
sua conduta individual e pessoal (v. 21-24).
É um apelo vibrante aos ímpios para que se arrependam (v. 30-32).
CAPÍTULO 19:
O primeiro leãozinho (v. 3) foi Joacaz (Salum), que foi levado para o
Egito, (2Rs 23.31-34).
O segundo leãozinho (v.5) foi Joaquim ou Zedequias, os quais foram
levados para a Babilônia (2Rs 24.8; 25.7).
(Ez 12.1 - 24.27)
36. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 20:
Este capítulo expressa a triste verdade que a história de Israel foi de
constante idolatria e fracasso moral.
Ezequiel disse aos anciãos, seus contemporâneos, que eles ainda mantinham
em seus corações o amor aos ídolos.
Portanto, também eram culpados diante de Deus.
CAPÍTULO 21:
Prestes a desembainhar a espada contra Jerusalém e Amom, “o Sul”
(Ez 20.46) era a terra de Judá, Nabucodonosor apresenta-se excitante sobre
se deve atacar primeiro Jerusalém, ou Amom (Ez 21.21).
Decidiu-se por Jerusalém. “Até que venha aquele a quem ele pertence de
direito” (Ez 21.27), a derrocada do trono de Zedequias (vv. 25,27), o fim do
Reino de Davi até a vinda do Messias (Ez 34.23-24; 37.24; Jr 23.5-6).
(Ez 12.1 - 24.27)
37. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 22:
Repetida e claramente Ezequiel nomeia os pecados de Jerusalém.
1. Contamina-se com ídolos,
2. Derrama sangue,
3. Devora almas,
4. Oprime o órfão e a viúva,
5. Despreza pai e mãe,
6. Profana o sábado,
7. Dá-se à usura,
8. A calúnia,
9. Ao roubo,
10. Ao adultério indiscriminado,
11. Os príncipes, sacerdotes e profetas correm atrás de lucros desonestos.
(Ez 12.1 - 24.27)
38. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 23:
Aolá e Aolibá, duas irmãs, insaciáveis em sua devassidão.
É uma parábola da idolatria de Israel.
Aolá, Samaria, Aolibá, Jerusalém.
Ambas bem desenvolvidas em seu adultério.
Muitas e muitas vezes a relação entre o marido e mulher se usa para
representar a relação entre Deus e seu povo. Ver sobre no capítulo 16.
(Ez 12.1 - 24.27)
39. SINAIS E MENSAGENS PROFÉTICAS JUÍZO VINDOURO
CAPÍTULO 24:
A parábola da panela. Símbolo da destruição de Jerusalém, agora próxima.
A carne retirada da panela representava os cativos.
A ferrugem representava o derrame de sangue e a imoralidade da cidade. A
panela vazia, levada de volta ao fogo, é o incêndio da cidade.
Capítulo 24.15-24:
A morte da mulher de Ezequiel foi isto no dia em que começou o cerco de
Jerusalém (2Rs 25.1), sinal aflitivo para os exilados, de que sua Jerusalém
amada, orgulho e glória de sua nação, ia ser agora tomada.
Foi imposto silêncio a Ezequiel até que viesse notícia da queda da cidade,
três anos mais tarde (v. 27; 33.21,22).
(Ez 12.1 - 24.27)
41. AMOM (25.1-7). Os amonitas eram um povo que vivia a leste de Israel,
povo este que Deus castigou por se alegrar grandemente com a queda
de Jerusalém e na destruição do Templo.
MOABE (25.8-11). Ezequiel profetizou que Moabe seria castigado pelo
fato dos moabitas crerem que o Deus de Israel não era maior do que os
deuses pagãos das outras nações (v. 11).
EDOM (25.12-14). A profecia de Ezequiel contra Edom, deu-se pelo
fato desta nação ter agido vingativamente contra a casa de Judá,
fazendo-se assim culpados diante de Deus.
FILISTIA (25.15-17). Os filisteus foram castigados por que se
vingaram de coração e inimizade perpétua (v. 15).
As nações acima eram vizinhas mais próximas de Judá, que se
regozijaram com sua destruição pela Babilônia. Ezequiel prediz aqui para
elas a mesma sorte, como Jeremias também fizera (Jr 27.1-7).
Nabucodonosor submeteu os filisteus, quando capturou Judá, e
quatro anos depois invadiu Amom, Moabe e Edom.
42. TIRO (26.1 - 28.19). Tiro alegrou-se com a queda de Jerusalém, porque
seu povo projetou lucro financeiro através de um movimento
comercial, agora livre da concorrência de Israel, a custo de prejuízo do
próximo, isso provocou o castigo divino (Is 23). A cidade foi subjugada
por “muitas nações” (Ez 26.3), a começar pelos babilônicos e depois os
persas e os gregos.
A LAMENTAÇÃO SOBRE TIRO (27.1-36). Tiro possuía uma grande
frota de navios mercantes. Este capítulo retrata Tiro como um belo
navio, que leva mercadorias e tesouros para muitas nações. Não
obstante Deus no seu julgamento destruirá o navio e muitos
lamentarão semelhante rumo. Compara-se este capítulo com
Apocalipse 18, onde o julgamento divino destrói o centro comercial do
mundo.
43. O pecado maior do rei de Tiro era o orgulho, que o levou a exaltar-se,
qual divindade.
Por isso, ele sofreria o julgamento divino e desceria à cova como todos
os mortais (v.8).
No devido contexto, a profecia de Ezequiel contra o rei de Tiro parece
conter uma referência velada à Satanás como o verdadeiro governante
de Tiro e como o deus deste mundo (2Co 4.4; l Jo 5.19).
O rei descrito como um visitante que estava no jardim do Éden (v. 13),
que fora um anjo, “querubim ungido” (v. 14), é uma criatura perfeita
em todos os seus caminhos até que nela se achou iniquidade (v. 15).
Por causa do seu orgulho pecaminoso (v. 17), foi precipitado do “Monte
de Deus”, (vv. 16,17 cf. Is 13-15).
CAPÍTULO 28
44. SIDOM (28.20-26). A derrota de Sidom, 32 km ao norte de Tiro, foi
tomada por Nabucodonosor, quando da captura de Tiro.
EGITO (29.1 - 32.32). Predizendo a invasão do Egito por parte de
Nabucodonosor, e a redução do Egito a uma posição de importância
menor para todo o tempo futuro. Nabucodonosor invadiu c despojou o
Egito em 572 e 568 a.C.
O Egito nunca obteve de volta a sua glória anterior, cumprindo num
sentido real a profecia de Ezequiel de que se tornaria “o mais
humilde dos reinos” (Ez 29.15).
Sua ruína prenuncia o iminente “Dia do Senhor” (Ez 30.3), quando
então Deus submeteria a juízo todas as nações ímpias do mundo.
CAPÍTULO 28
45. Ezequiel compara a situação do Egito à Assíria (Ez 31.3), nos seus
dias de glória, seguida de queda.
A Assíria, antes potência mundial, foi destruída pela Babilônia a
mesma que derrotaria o Egito.
Em Ezequiel 32.2, esta lamentação zomba de Faraó, que se julgava
tão forte como um- leão, ou um grande monstro marinho.
Ele, porém, teria que prestar contas ao Senhor Deus, assim como
todos os líderes mundiais um dia terá de fazer.
O Egito se junta aqui às demais nações ímpias, no mundo inferior
dos perdidos sob castigo por sua crueldade e injustiça (v. 27).
Outros líderes poderosos, já mortos, falariam ali sobre o Egito
(v. 21).
CAPÍTULO 28
46. O ATALAIA DA RESTAURAÇÃO
(33.1-33).
O atalaia que visse a destruição iminente e não advertisse o povo,
seria culpado do sangue de quem morresse.
Ezequiel recebeu a notícia em Babilônia, de que Jerusalém caíra.
Isto deu cumprimento às suas profecias e vindicou a sua mensagem
diante do povo.
O ministério de Ezequiel mudou a partir daqui. Suas profecias
passam a tratar da redenção e restauração de Judá, num futuro
distante.
A MENSAGEM PROFÉTICA DE RESTAURAÇÃO DE ISRAEL
(Ez 33.1 - 48.35)
47. CAPÍTULO 34.
Ezequiel profetiza contra os líderes de Israel, isto é, seus reis,
sacerdotes, profetas.
Com sua cobiça, corrupção e egoísmo deixaram de guiar o povo de
Deus no caminho em que Ele os queria.
Estavam a explorar o povo (v. 3); e manipular os cidadãos para
obterem lucro pessoal, ao invés de lhes dar assistência espiritual (v. 4).
Esses líderes, portanto, eram culpados do cativeiro de Judá, e Deus
enviará um Pastor segundo Seu próprio coração, isto é o Messias, que
realmente cuidará do povo.
Então ao invés de ser explorado e manipulado terá “chuvas de
benção” (v. 26).
A PROMESSA DA RESTAURAÇÃO
(Ez 34.1 - 39.29)
48. CAPÍTULO 35.
Ezequiel profetiza contra a Iduméia ou Edom (Monte Seir; cf. v. 15),
descendentes de Esaú.
Eram inimigos perpétuos de Israel (v. 9), depois da queda de Israel e
Judá, eles pretendiam possuir a terra prometida (v. 10).
Mas todas as suas tentativas de conquistar a terra fracassariam porque
Deus os derrubaria (vv. 10-15).
Não conseguiram impedir que Deus consumasse o seu plano de
restaurar Israel.
A PROMESSA DA RESTAURAÇÃO
(Ez 34.1 - 39.29)
49. CAPÍTULO 36.
Neste capítulo, Deus personifica a terra prometida e lhe fala
diretamente.
Ele promete a terra devastada, e fará dela um lugar de bênçãos (vv.
13,14).
Deus promete que restaurará Israel, não só no sentido material, mas
também espiritualmente.
Essa restauração incluiu um novo e sensível coração nos israelitas, de
modo a obedecerem a Palavra de Deus.
A PROMESSA DA RESTAURAÇÃO
(Ez 34.1 - 39.29)
50. CAPÍTULO 37.
Por meio do Espírito Santo, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de
ossos secos.
Os ossos representam “toda a casa de Israel” (v. II), tanto Israel como
Judá, no exílio.
Deus mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6).
Os ossos então, reviveram em duas etapas.
Uma restauração nacional, ligado a terra (vv. 7-8);
Uma restauração espiritual, ligado à fé (vv. 9- 10).
Deus agora promete que os dois reinos serão reunidos num só reino
com um só rei sobre eles (vv. 16-23).
A PROMESSA DA RESTAURAÇÃO
(Ez 34.1 - 39.29)
51. CAPÍTULO 38.
Gogue é o rei de Magogue e o principal governante de Meseque e
Tubal.
Em Gênesis 10.2 Magogue, Meseque e Tubal são nomes dos filhos de
Jafé.
Gogue também pode ser um nome representativo da iniquidade e da
oposição de Deus (Ap 20.7-9).
Em Ezequiel 2743, Meseque e Tubal são mencionados como vendedores
de escravos à cidade de Tiro.
Ezequiel declara que habitavam nas “bandas do norte” (Ez 38.6,15;
39.2), e não pode haver dúvida de que ele queria significar nações além
do Cáucaso; hoje conhecido como Rússia.
A PROMESSA DA RESTAURAÇÃO
(Ez 34.1 - 39.29)
52. Ezequiel teve a visão do templo em 573 a.C. (Ez 40.1; 43.27), vinte e
cinco anos depois de ter começado o seu exílio (v. 1).
O propósito da visão foi despertar a fé dos israelitas mediante a
promessa de uma restauração da glória de Deus no futuro, que
resultará numa unção e bênção que durarão para sempre.
Somente o príncipe pode entrar pela porta oriental do templo (Ez 44.3).
Sua função parece ser a de dirigir a congregação na adoração
(Ez 45.17).
A identidade do príncipe não é revelada, mas não pode ser o Messias,
pois aquele oferece holocausto em seu próprio favor (Ez 45.22) e tem
filho no sentido natural (Ez 46.16).
A VISÃO DA RESTAURAÇÃO
(Ez 40.1 - 48.35)
53. Ezequiel vê na sua visão um rio vivificador que sai do Templo
(Ez 47.1-2).
À medida que o rio avança, vai aumentando em profundidade e
largura (vv. 2-5).
Levando vida e progresso por onde passa (vv. 9- 12).
O rio deságua no Mar Morto e lhe dá vida em lugar de morte (vv. 8-9).
O propósito do rio é anunciar vida abundante da parte de Deus, à terra
e aos seus habitantes (vv. 12, cf. Zc 14.8).
Estes capítulos finais de Ezequiel continuam delimitando as fronteiras
da Terra Restaurada e a localização das tribos (Ez 47.13 - 48.29).
O livro de Ezequiel termina com a grande promessa de que um dia,
Deus habitará eternamente com seu povo; promessa repetida em
Apocalipse 21.3.
A VISÃO DA RESTAURAÇÃO
(Ez 40.1 - 48.35)