5. 0 livro de Miquéias tem sido
considerado o evangelho da justiça
social
Naquele tempo, os religiosos
cumpriam eficazmente o ritual
levítico, porém, os ritos eram feitos
de forma mecânica, sem vida
6. INJUSTIÇA
Enquanto a liturgia era bem
cumprida, a obediência, a justiça, a
misericórdia e a humildade eram
desprezadas pelo povo
A pesar de praticarem injustiças
sociais, as pessoas se reuniam
regularmente para “adorar ao
Senhor”
Os pobres eram explorados
7. Miqueias foi um homem corajoso
que não teve receio de condenar
tais pecados (Mq. 3.8)
Proveniente da zona rural e de
família humilde, sentiu na pele as
desgraças do povo pobre do
interior que vivia oprimido
8. Como um verdadeiro
arauto da verdade, expôs
o erro e desafiou seus
compatriotas a se
arrependerem praticando
uma religião honesta
diante de Deus e justa
diante dos homens
9. “Quem é semelhante
a Jeová?” (Mq. 7.18).
Ele era “nativo de Moresete”, uma
comunidade rural localizada
no limite de Judá, bem distante do
centro urbano, Jerusalém, de onde se
tomavam as principais decisões
políticas da nação
(Mq. 1.1)
Essa cidade ficava cerca de quarenta quilômetros a sudoeste de Jerusalém
O nome “Miquéias” significa
UM CAMPONÊS SIMPLES
10. Era um homem simples que
representava os camponeses
Miquéias conseguiu ouvir o grito
dos oprimidos e foi para este
público especial que devotou a sua
vida na tentativa de defende-los do
sistema social exploratório que
fincava suas raízes em Judá
Suas ilustrações foram quase todas
tiradas da vida agrícola
(Mq. 3.12; 6.15; 7.1)
11. As muitas alusões contidas no livro
sobre o trabalho pastoril indicam
que provavelmente ele tenha sido
pastor de ovelhas (Mq. 2.2; 3.2,3;
4.6 e 714), portanto, era um homem
simples
Não podemos esquecer que Deus se
faz presente na simplicidade
(Mt. 11.25)
Simplicidade não é sinônimo de
pobreza, mas de pureza de coração
(Mt. 5.8; Sl. 731; Pv. 22.11)
12. Sua profecia foi entregue nos
reinados de Jotão (742 - 735 a.C.),
Acaz (735 - 715 a.C.) e Ezequias
(715 - 687 a.C.), reis de Judá
(Mq. 1.1; Jr 26.18)
Considerando que o livro reflete
uma condição de apostasia em
Judá, em que a corrupção e a
idolatria provocaram um baixo
nível moral e religioso, não é
errado supor que parte de sua
mensagem tenha sido entregue no
reinado do ímpio Acaz
(Mq. 21,2,7; 3 9 1 0 ; 6.10-12)
Ele foi contemporâneo de Isaías
PERÍODO EM QUE PROFETIZOU
13. Porém, a forte ênfase na justiça pessoal
também se encaixa nos dias de Ezequias,
pois de acordo com os estudiosos, as
reformas, nesse período, tiveram
implicações apenas na parte cerimonial e
no culto, mas não trouxeram tanto impacto
sobre a vida pessoal dos habitantes de Judá
(2 Rs. 18.1-4; 2 Cr. 33.1-3)
“Avivamento” que empolga
a nossa liturgia, mas não
transforma a nossa vida é
fogo de palha
14. Israel Judá
Samaria Jerusalém
O Embora fosse oriundo do sul,
Miquéias profetizou para os dois
reinos
Sendo sua mensagem destinada
primariamente às respectivas
capitais
ESTRUTURA E MENSAGEM DO LIVRO
15. Na Bíblia, a utilização das capitais
muitas vezes representa as nações;
desse modo, em muitas ocasiões
Damasco representa a Síria, Nínive a
Assíria, Samaria a Israel e
Jerusalém a Judá.
As residências reais ficavam situadas
nas capitais e nesses centros
governamentais é que se estabelecia
a política e o tom moral que
governava as nações.
Porém, grande parte de sua
mensagem foi entregue a Judá
16. “Ouvi, todos os povos, presta
atenção, ó terra, e tudo o que
nela há; e seja o Senhor DEUS
testemunha contra vós, o Senhor,
desde o seu santo templo”
(Mq. 1.2)
São setes capítulos dispostos
em três partes principais, que
começam com a mesma
fraseologia: “Ouvi”
(Mq. 1.2; 3.1; 6.1)
O verbo no imperativo demonstra
a urgência da mensagem
A expressão “ouvi” envolve tanto a
questão do “escutar com atenção”
quanto destaca “a importância de
obedecer ao que se está escutando”
(Mq. 1.2)
O livro é formado por uma coleção
de profecias concisas
17. A justiça nacional de Judá tinha
entrado em colapso
Sua mensagem era importante e
deveria se escutada com atenção
O juízo se aproximava
18. A riqueza de Jerusalém e Samaria
provocou um êxodo rural em
grande escala
Os ruralistas mudavam para essas
cidades em busca de melhores
condições de vida
Os israelitas foram envenenados
pela ambição, pelo luxo e pelo
materialismo a ponto de ignorarem
os valores morais e espirituais
(Is. 5.18-20)
Morais Espirituais
CORRUPÇÃO E MATERIALISMO
19. Ao chegarem, eram explorados por
uma nova classe de ricos
inescrupulosos Quando não sobrava mais nada, se
vendiam como escravos
Com o tempo perdiam tudo
20. Se um pobre precisasse vender sua
terra para saldar uma dívida, o
acordo só era válido até o ano do
jubileu, quando então, todas as
terras eram devolvidas aos seus
donos originais (Lv. 25.13-17)
Existiam leis estabelecidas por
Deus que protegiam os pobres
A terra era do Senhor
(Lv. 25.2.23)
A possessão era vendida, não a
terra (1 Rs. 21)
21. Chamava-se ano do jubileu aquele que vinha depois
de sete anos sabáticos
No quinquagésimo ano, os pobres tinham o direito à herdade restaurada
Porém, essa lei estava sendo ignorada
22. INJUSTIÇA
As decisões do judiciário
promoviam a injustiça e os profetas
não denunciavam o esquema de
corrupção porque estavam
envolvidos neste suborno cruel
(Mq. 3.9-11)
A ambição e o materialismo podem
nos conduzir à apostasia levando-
nos a desobediência
23. Os homens planejavam o mal
contra o próximo (Mq. 2.1),
cobiçando campos e praticando a
violência (Mq. 2.2; Am. 6.1-3).
Miqueias declarou que os
exploradores sofreriam o juízo: em
vez de andarem com a cabeça
erguida, seriam levados para o
cativeiro com o pescoço amarrado
INJUSTIÇA SOCIAL
24. “Portanto, assim diz o Senhor:
Eis que projeto um mal contra
esta família, do qual não tirareis
os vossos pescoços, e não
andareis tão altivos, porque o
tempo será mau”
(Mq 2.3).
A mesma violência que praticaram
se voltariam contra eles (Mq. 2.3),
pois eles perderiam tudo o que
conquistaram desonestamente
(Mq. 2.4)
Os magistrados civis e príncipes,
responsáveis pela prerrogativa de
manusearem o direito,
encontravam prazer na exploração
(Os. 4.2; Mq. 3.1-3,9)
25. INJUSTIÇA
“Portanto, por causa de vós, Sião
será lavrada como um campo, e
Jerusalém se tornará em
montões de pedras, e o monte
desta casa como os altos de um
bosque”
(Mq. 3.12).
A cidade de Jerusalém estava sendo
edificada com os tijolos da
violência e o cimento da injustiça
(Mq. 3.10)
Por causa dos pecados dos líderes
e sacerdotes, a cidade seria
destruída (Mq. 3.12)
26. A despeito de tantos pecados e
injustiças, os homens
apresentavam-se com o religiosos
Os profetas e sacerdotes
continuavam exercendo suas
funções, porém, eram corruptos
(Mq. 2.11)
OBEDIÊNCIA DE CORAÇÃO
Os cultos e sacrifícios
permaneciam, respaldados pela lei
(Lv. 9.3)
27. A questão crucial não era a falta de
culto ou de religiosidade, mas de
uma verdadeira conversão a Deus
(Mq. 6.6-8)
O que Deus exigia de seu povo era
a obediência de coração
Miqueias nos mostra que é possível
ser religioso sem ser convertido
A evidência de uma religião sincera
é a obediência de coração a Deus
28. “Porque eis que o Senhor
está para sair do seu lugar, e
descerá, e andará sobre as
alturas da terra”
(Mq. 1.3).
Os pecados de Israel e Judá
fizeram Deus sair do seu lugar
santíssimo para instaurar um
tribunal e trazer o juízo sobre a
terra (Mq. 1.3)
De acordo com Miquéias, a
locomoção de Deus não era
motivada por um passeio comum,
Ele saía de sua augusta habitação
para marchar em direção à guerra
A batalha era contra os pecados em
Jerusalém e Samaria
(Mq. 1.1)
O JUÍZO DIVINO
29. A capital nortista se reduziria a um
monte de pedras e os ídolos
construídos seriam despedaçados
(Mq. 1.6,7)
Jerusalém sofreria o cativeiro
babilônico como forma de
purificação (Mq. 4.10-13)
30. O povo de Deus estava no banco
dos réus e seria julgado pelo
Criador (Mq. 6.1,2)
Nossos pecados jamais ficarão
impunes diante de Deus
Prestaremos contas de nossos atos
(Sl. 96.13; Ec. 12.14: Rm. 2.5)
31. Uma religiosidade aparente pode
enganar e convencer pessoas, mas
jamais satisfará o nosso Deus que
tudo vê e tudo sabe
Lembremo-nos que Ele
esquadrinha nossos corações
(Sl. 139.1-6)
32. “Mas nos últimos dias
acontecerá que o monte da casa
do SENHOR será estabelecido
no cume dos montes, e se elevará
sobre os outeiros, e a ele afluirão
os povos”
(Mq. 4.1).
Miquéias não abordou apenas a
questão do pecado e do juízo, mas
também apresentou o futuro de
glória preparado para o povo
do Senhor (Mq. 4.1)
Ele tirou os seus olhos dos sórdidos
abusos cometidos em seu tempo,
para contemplar não mais o
julgamento, mas a restauração dos
justos
O MESSIAS PROMETIDO
33. Das cinzas da destruição, resultado
da injustiça social e pecado contra
Deus, surgiria em Jerusalém um
grande centro de adoração
que tudo vê e tudo sabe
Porém, antes da exaltação, Judá
seria humilhada (Mq. 4.9) e
sofreria com o cativeiro na
Babilônia (Mq. 4.10)
Neste versículo, a imagem que o profeta traz é de uma mulher que sofre
com as dores de parto, mas finda a aflição, saboreia as alegrias da
maternidade (Mq. 4.10)
34. O profeta anunciou a vinda do
“Senhor de Israel” ao mundo,
termo comumente empregado no
AT para se referir a Deus
Ele surgiria em uma cidade de
Judá: Belém (Mq. 5.2)
Seria justo
Diferente dos magistrados de sua
época apascentaria o povo
na “força do Senhor” (Mq. 5.4)
Jerusalém seria como um orvalho
que refrigeraria o mundo
(Mq. 5.7)
35. Ele louva ao Senhor pelo
Seu caráter
Miqueias finalizou seu livro com
um jogo de palavras, um trocadilho
com o significado do seu próprio
nome
O Senhor está sempre pronto a
perdoar o transgressor, pois Seu
prazer está na aplicação da
benevolência (Mq. 7.18)
O perdão de Deus é para sempre e
livra o ofensor da culpa
(Mq. 7.19)
O VERDADEIRO CRISTIANISMO
Divino
“Quem é Deus semelhante a ti,
que perdoa a iniquidade, e que
passa por cima da rebelião do
restante da sua herança? Ele não
retém a sua ira para sempre,
porque tem prazer na sua
benignidade” (Mq. 7.18).
36. Andar humildemente perante Deus
Para Miquéias, o verdadeiro
cristianismo manifesta-se na
prática de três preceitos
(Mq. 6.8)
Praticar a justiça
Amar a beneficência
37. CONCLUSÃO
Miquéias afirma que o
povo deve estar atento as
seguintes questões:
Do egoísmo
Da tirania
Do orgulho
O egoísmo é um pecado contra a
beneficência (caridade), a tirania é
um pecado contra a justiça e o
orgulho é um pecado contra a
humildade.
40. INFORMAÇÕES BÁSICAS
N
A
U
M
Autor: Naum.
Tema: A Destruição Iminente de Nínive.
Palavras-Chave: Mal, Exterminar, “Eis que eu estou contra ti”.
Versículo-chave: Na. 1.1 e 3.7.
Data: Cerca de 630-620 a.C.
41. Naum nos ensina que em sua
infinita sabedoria Deus estipula um
tempo específico para o julgamento
Nínive havia provado da graça de
Deus na pregação de Jonas
Com o arrependimento dos
ninivitas, o Senhor suspendeu o
juízo
42. O tempo passou e após um pouco
mais de um século uma nova
geração preferiu a iniquidade ao
invés da retidão
Suas obras foram cruéis, perversas
e infectadas de malignidade
Tal comportamento acendeu a ira
de Deus, pelo que Naum foi
designado a anunciar o juízo a
cidade de Nínive
Deus estava cheio de furor e não
trataria o culpado como inocente
43. Naum significa “consolador”
“Peso de Nínive. Livro da
visão de Naum, o elcosita”
(Na. 1.1).
CONSOLADOR
Seu nome é mencionado na Bíblia
uma única vez, justamente na
introdução de seu livro (Na. 1.1)
Sua profecia não apresentou
julgamento para Israel, apenas
transmitiu consolação
Ele consolou seus compatriotas ao
profetizar o fim da Assíria, o
grande inimigo oriental do povo
de Deus em sua época
44. Enquanto Jonas testemunhou a
suspensão do juízo para os
ninivitas, Naum previu a
destruição deles
Ele viu e antecipou o que Jonas
gostaria de ter visto
45. Naum tem um único tema
A Destruição Iminente de Nínive
O livro de Naum anunciou a
soberania de Deus sobre todas
as nações e ensinou a Judá que a
nação que os aterrorizava em breve
receberia o juízo divino por suas
obras más e seus atos de
barbarismos entre os povos
46. Diferente de Jonas, ele não agiu
motivado pelo nacionalismo
exacerbado, mas profetizou
impulsionado pela defesa
humanitária
Ele se posicionou contra a tirania e
o militarismo da Assíria
47. As informações históricas de que
dispomos sobre Naum são
insuficientes, portanto, não são
conclusivas em relação a datas
O foco da mensagem não era Judá,
mas a Assíria, uma potência
estrangeira que durante longos
anos oprimiu o povo de Deus
DATA DA PROFECIA
48. Tratava-se de uma cidade pós-diluviana
fundada por Ninrode (Gn 10.8-11) que nos
tempos de Senaqueribe, rei da Assíria,
(705 a 681 a.C.) foi fortificada e atingiu o
seu período de maior glória e poder
O livro foi escrito
provavelmente um pouco
antes da destruição da cidade
de Nínive em 612 a.C
O texto bíblico se refere à Nínive
como uma grande cidade
(Jn. 1.2; 3.2)
49. O profeta chegou a citar o cativeiro
de Tebas (Nô-Amom), a capital do
Egito superior
(Na. 3.8)
Estudiosos acreditam que Naum
estivesse se referindo a tomada da
cidade pelos assírios em 663 a.C.,
comandados por Assurbanipal
Assim sendo, o livro poderia ter
sido escrito de 663 a.C. a 612 a.C.,
em um espaço de
aproximadamente meio século
50. O primeiro capítulo é
composto de
apresentação da
profecia (Na. 1.1),
salmo de louvor sobre a
natureza de Deus (Na.
1.2-8) e anúncio – em
forma poética – do
juízo divino sobre os
ninivitas
(Na. 1.9-15)
O segundo capítulo
minudencia a queda de
Nínive (Na. 2.1), pois
descreve o invasor (Na.
2.3), a forma do ataque
(Na. 2.4,5), e a queda
da cidade (Na 2.6-8).
Os tesouros seriam
saqueados (Na 2.9)
provocando uma
grande desolação
(Na. 2.10-13)
O terceiro capítulo do
livro informa os
motivos que
determinaram a queda
de Nínive
(Na. 3.1-19)
O LIVRO POSSUI TRÊS CAPÍTULOS
ESTRUTURA E MENSAGEM DO LIVRO
51. “O SENHOR é um Deus zeloso e que
toma vingança; o Senhor toma vingan-
ça e é cheio de furor; o SENHOR toma
vingança contra os seus adversários e
guarda a ira contra os seus inimigos”
(Na 1.2).
A mensagem constitui um peso, ou
seja, é uma sentença judicial
austera da parte de Deus (Na. 1.2)
Eles aboliram o arrependimento
original na época do profeta Jonas
e se voltaram para a iniquidade,
por isto, o tempo da retribuição
divina havia chegado
É possível vermos que não há mais
misericórdia sobre os assírios
52. “O SENHOR é um Deus
zeloso e que toma vingança;
o Senhor toma vingança e é
cheio de furor; o SENHOR
toma vingança contra os
seus adversários e guarda a
ira contra os seus inimigos”
(Na. 1.2).
Eles já conheciam a misericórdia
divina, agora provariam da ira de
um Deus vingador (Na. 1.2)
Precisamos entender que o juízo
divino sobre o pecador não é uma
vingança arbitrária, mas o devido
processo da providência moral e da
lei da semeadura
53. A LONGANIMIDADE DE DEUS
Naum louva a Deus por sua natureza
divina (Na. 1.2-8)
Na natureza divina, bondade e ira,
longanimidade e vingança não são
atributos excludentes, mas inter-
relacionáveis
Ele é “zeloso”, “toma a vingança”, é
“cheio de furor”, “guarda a ira
contra os inimigos”, é “tardio em
irar-se”, “grande em força”, é
“bom” e “conhece os que confiam
nele”
54. “Porque do céu se manifesta
a ira de Deus sobre toda a
impiedade e injustiça dos
homens, que detêm a
verdade em injustiça”
(Rm. 1.18).
Quando a Bíblia diz que é “tardio
em irar-se” está afirmando que Ele
se ira, mas antes, por ser
compassivo, concede chances para
o arrependimento
(Rm. 2.4-6; 2 Pe. 3.9)
Todavia, a longanimidade de Deus
não pode ser vista como
impunidade, pois uma hora o fluxo
da misericórdia é interrompido e os
reservatórios da ira são abertos
(Rm. 1.18)
55. “E, se a nossa injustiça for causa
da justiça de Deus, que diremos?
Porventura será Deus injusto,
trazendo ira sobre nós? (Falo
como homem)”
(Rm 3.5).
A despeito de ser misericordioso,
Deus não poupa o ímpio, antes
confere à injustiça o devido
tratamento (Rm. 3.5)
O livro de Naum nos ensina que
Deus além de ser amoroso, também
é vingador.
(Jr. 50.15; Mq. 5.15; Na. 1.2)
DEUS AMOROSO E VINGADOR
56. JUSTIÇA DIVINA
Os assírios pensavam que poderiam
afligir novamente o povo de Deus,
todavia, o Senhor dos Exércitos não
permitiria que isso acontecesse de
novo (Na. 1.9)
O consolo de Judá não se
fundamentava no sofrimento alheio
(da Assíria), mas em
perceber que Deus executa sua
justiça no mundo
Deus prometeu destruir a
Assíria e consolar Judá (Na. 1.12)
57. Judá estava sempre debaixo de
constantes ameaças da parte dos
assírios, tendo a obrigação de pagar
altas somas de dinheiro, todavia essa
opressão findaria e o povo ficaria
livre deste jugo que seria quebrado
por Deus (Na. 1.13)
Muitos concebem, erroneamente,
o amor de Deus como uma bondade
natural permissiva, porém, o amor
de Deus é rigidamente justiça e foi
por esse motivo que Cristo morreu
(Jo. 3.16)
58. O que representa vingança para
uns, simboliza justiça para outros
Na cátedra do julgamento está o
Senhor, o Justo Juiz de toda a terra
(Gn. 18.25; Rm. 9.14)
59. “O Senhor é bom, ele serve de
fortaleza no dia da angústia, e
conhece os que confiam nele”
(Na. 1.7).
A bondade, nesse caso, não está
apenas em contraste com o mal,
mas também contra o mal
O retrato pintado por Naum, do
temor que a natureza nutre de
Deus, poderia a princípio
apresentar uma ideia errada sobre
o Criador (Na. 1.4-6) Se não fosse assim, a bondade
resultaria em omissão e seria falha.
por isso, o profeta tratou de atestar
que “O Senhor é bom” e não pode
ser associado ao atributo oposto
(Na. 1.7)
O SENHOR É BOM
60. Benevolência
A benevolência divina não deixa
Deus vulnerável ou fragilizado na
hora de executar os seus juízos,
pelo contrário, quando necessário,
persegue os seus inimigos com
trevas (Is. 42.13; 66.15)
O juízo sobre Nínive foi comparado
à metáfora da inundação
transbordante que a tudo destrói
(Na. 1.8)
61. JUSTIÇA DIVINA
As ações horríveis da Assíria não
ficariam impunes diante da justiça
divina (Sl. 97.2)
No livro de Naum temos o braço da
vingança judicial de Deus em
favor do seu povo estendido contra
uma nação implacável e
aterrorizante
62. A palavra de Naum era muito dura,
mas operava em conformidade
com os pecados daquele povo
Nínive era uma cidade cheia de
mentiras e roubos
Os acordos e tréguas com as nações
próximas eram quebrados e as
palavras descumpridas
GANÂNCIA E JUSTIÇA
63. Todavia, os gracejos
“aparentemente vantajosos” na
verdade eram ardilosos e, quando
as nações respondiam
favoravelmente aos seus encantos,
eram destruídas por este império
A cidade foi comparada a figura de
uma meretriz que engoda suas
vítimas à ruína mediante exibições
de poder e argumentos persuasivos
(Na. 3.4)
AAssíria praticava o mal pela
força e pela persuasão
64. A mentira servia à injustiça na
consecução da maldade
Na busca pela ganância, muitas
pessoas se apostataram da fé
atraindo maldições sobre si
A nação também estava sendo
condenada pelos pecados da
idolatria e feitiçaria (Na. 3.4; 2 Rs.
16.10; Is. 47-9.12; Ez. 23.5,7,11)
65. A VIOLÊNCIA E A SOBERBA
Ela despojou muitas nações de suas
riquezas e saqueou muitas cidades
em sua busca pelo poder
Nínive era uma cidade sanguinária
que massacrou diversos povos,
derramando sangue em inúmeras
guerras (Na 3.1)
Na profecia de Naum, Nínive (a
cidade), é usada como símbolo da
Assíria (o país)
66. Essa reputação foi conquistada por
todas as crueldades cometidas ao
longo dos anos
Eles decepavam as mãos, os pés,
orelhas e narizes, como também
esfolavam os cativos vivos, além de
muitos outros atos abjetos de
tortura
Os assírios eram mestres do terror
67. Na Bíblia, Deus se contrapõe a
violência combatendo-a com a
justiça e protegendo dela, o justo
que nEle confia
(2 Sm. 22.3,49; Sl. 72.14; Jl. 3.19)
O comportamento cruel daquele
povo era temido por todas as
nações da época
Ai daquele que trata com violência
o próximo!
68. Além da violência, a Assíria tornou-
se altiva por causa de sua elevação
diante das nações
A queda desta nação foi resultado
de sua soberba
(2 Rs 18.28; 19.23; Is 8.7; 36.4)
69. Essa cidade ficava localizada sobre
as duas margens do Rio Nilo e era
cercada pelas águas (Na. 3.8)
O profeta anunciou que Nínive não
era melhor que Nô-Amom
(Tebas), uma cidade de grande
influência no Egito, capital do Egito
Superior
Mesmo com tanto prestígio
e glória, Tebas foi tomada pelos
assírios em 663 a.C. e muitas
atrocidades foram cometidas ali
EGOÍSMO
70. Ao contrário de Nínive, Tebas
possuía alianças políticas com
vários povos e mesmo assim foi
levada cativa (Na. 3.9,10)
Essa cidade ficava localizada sobre
as duas margens do Rio Nilo e era
cercada pelas águas (Na. 3.8)
Naum apresenta um evento
histórico que era de conhecimento
dos assírios para que eles
entendessem a mensagem de juízo
O que diríamos de Nínive que se
alienou e se encastelou em seu
próprio egoísmo?
71. JUSTIÇA DIVINA
A sentença judicial divina já tinha
sido expedida
Naum descreveu a destruição como
um ataque de gafanhotos (Na.
3.15,16) e terminou sua profecia
dizendo que não havia mais cura
para a ferida de Nínive (Na. 3.19)
A mensagem se cumpriu
O egoísmo daquele povo o destruiu
72. Nínive foi destruída em 612 a.C.; e
o exército assírio foi aniquilado
em 605 a.C., na batalha de
Carquemis
A destruição da cidade foi tão
completa - conforme profetizado
por Naum - que a cidade só foi
redescoberta pela arqueologia em
1842, estando completamente em
ruínas
73. O livro de Naum traz um a séria advertência para todos
nós, pois devem os aproveitar as oportunidades que
Deus nos dá. A misericórdia divina deve gerar em nós
quebrantamento e piedade. Não devem os abusar da
paciência de Deus tentando testar o limite de sua
longanimidade. Brincar com a misericórdia é o mesmo
que rejeitá-la , optando pelo pecado. No tempo
estabelecido por Deus, todos aqueles que perseveraram
na prática do mal experimentarão a sua ira.
CONCLUSÃO