O documento discute como os sistemas de saúde são complexos e como abordar a segurança do paciente de forma sistêmica é melhor do que culpabilizar indivíduos. Ele explica que os erros médicos geralmente têm múltiplas causas relacionadas a pacientes, profissionais, equipamentos e processos, e que aprender com organizações de alta confiabilidade pode melhorar a segurança.
A compreensão dos sistemas e do efeito da complexidade nos cuidados ao paciente - Tópico 3_Guia Curricular da OMS
1. Tópico 3
A compreensão dos sistemas e do
efeito da complexidade nos cuidados ao paciente
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Segurança do Paciente
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Objetivos pedagógicos
Compreender como os sistemas podem melhorar os
cuidados em saúde e minimizar os eventos adversos aos
pacientes.
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Conhecimentos necessários
Explicar os termos sistema e sistema complexo e como
eles se relacionam com os cuidados em saúde.
Explicar por que uma abordagem sistêmica para a
segurança do paciente é superior à abordagem
tradicional.
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Um “sistema”
Um conjunto de duas ou mais partes que
interagem entre si, ou
“Um grupo independente de itens que formam
um todo unificado.”
National Patient Safety Education Framework. Canberra, Commonwealth of Australia, 2005.(p.202)
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Um “sistema complexo”
Muitas partes que interagem entre si
Difícil se não impossível prever o comportamento
do sistema baseado no conhecimento de cada um
de seus componentes.
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Os serviços de saúde são um “sistema complexo”
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Complexidade = maior chance
de algo dar errado !
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Duas escolas de pensamento sobre
lesão por iatrogenia
Abordagem tradicional ou pessoal
A cultura “antiga”
“Simplesmente se empenhe mais”
Abordagem sistêmica:
O “novo olhar”
Você pode encontrar um pouco de ambas no seu trabalho.
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Abordagem pessoal
Encara os erros como falta de cuidado
As medidas corretivas se dirigem principalmente à
pessoa que cometeu o erro.
Nomear
Culpar
Humilhar
Retreinar
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Uma falha individual?
Não funciona!
As pessoas não têm a intenção de cometer erros ...
... apenas um número muito reduzido de casos são de
violações deliberadas
Não vai resolver o problema. Isso só vai piorar a situação
Medidas corretivas criam uma falsa sensação de segurança ...
“nós ´corrigimos´ o problema”
Profissionais de saúde vão omitir os erros
Pode destruir muitos profissionais de saúde, inadvertidamente
- “a segunda vítima”
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Por que investigar?
Quanto mais compreendemos como e por que essas
coisas acontecem, mais podemos introduzir esquemas
de verificação para reduzir a recorrência
As estratégias são:
Educação
Novos protocolos
Novos sistemas
Responsabilização
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A nova abordagem
Múltiplos fatores relativos a/ao:
Paciente
Provedor
Tarefas
Tecnologia e equipamentos
Equipe
Ambiente
Organização
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O modelo do “Queijo suíço”
de Reason da causa do erro
Alguns buracos
são devidos a
falhas ativas
Outros buracos são
devidos a condições
latentes
Perigo
Perdas
Camadas sucessivas de defesas, barreiras e salvaguardas Sistemas de defesas
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Defesas de Reason
Eventos
Adversos
Potenciais
Paciente
Políticas escritas,
capacitação
Padronização e
simplificação
Automação Melhoria de
equipamentos e
estrutura
Fonte: Veteran Affairs (US) National Center for Patient Safety
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Características das Organizações de Alta
Confiabilidade (OAC)
Preocupação com falhas
Compromisso com a resiliência
Sensibilidade a operações
Uma cultura de segurança
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Princípios-chave das teorias de OACs
Manter uma cultura da segurança forte e uniforme
Usar estruturas e procedimentos ideais
Fornecer treinamento intensivo e contínuo a
indivíduos e equipes
Implementar aprendizagem organizacional abrangente
e gestão da segurança
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Fonte:
O porta-aviões:
O protótipo da OAC
Ambiente quase
isento de falhas,
apesar de diversos
perigos
Fonte: Gaba
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Profissionais de saúde podem
aprender com as OACs
Embora os cuidados à saúde sejam diferentes de outras
organizações (i.e. pessoas não são aeronaves), podemos
aprender:
Com sua experiência de êxito:
Que fatores contribuem para que funcionem
tão bem?
Com suas falhas:
Como os desastres ocorrem mesmo nas
condições de alta confiabilidade?
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Resumo
Prestação de cuidados à saúde é complexa
Quando as coisas vão mal, adotar um enfoque
sistêmico é mais produtivo para a segurança do
paciente do que uma abordagem pessoal.
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