O O documento resume as principais características das Epístolas Paulinas, incluindo sua autoria, gênero literário, propósito e divisões. Treze das 21 epístolas do Novo Testamento são atribuídas a Paulo. Elas foram escritas para instruir doutrinariamente, exortar moralmente e dar recomendações éticas às igrejas e indivíduos. A Epístola aos Romanos é destacada como a mais importante, abordando o plano de salvação e a justificação pela fé.
2. INTRODUÇÃO
• Das 21 epístolas do Novo Testamento:
• 13 são consideradas de autoria do apóstolo
Paulo. Mas, há controvérsias...
• 08 são denominadas de Gerais (Hebreus,
Tiago, 1ª e 2ª de Pedro, 1ª,2ª,3ª de João e
Judas).
• Uma forma de repassar as doutrinas
e confortar a igreja, que geralmente,
estava passando por perseguição e
sofrimento.
3. Cerca de 1/3 do N.T. É constituído por
cartas.
Toda a literatura de Atos em diante,
exceto Apocalipse, é composto desse
gênero.
Foram escritas para atender a
necessidades reais, contendo
explicações doutrinárias, exortações
morais práticas, instruções ministeriais
e recomendações éticas.
São endereçadas as igrejas, a ministros
do evangelho e a pessoas em
particular.
4. ORomanos
OI e II Coríntios
OGálatas
OEfésios
OFilipenses
OColossenses
OI e II Tessalonicenses
OI e II Timóteo
OTito
OFilemon
9. Autoria e Data
OA autoria do apóstolo Paulo é
praticamente unanimidade.
OA carta, provavelmente, foi escrita na
visita de Paulo à Corinto (2 Co 13:1), que
durou 03 meses (At 20:3) e ficou
hospedado na casa de Gaio (Rm 16;23;
1 Co 1:14).
OPouco antes da partida de Paulo à
Judeia e completar a sua 3ª viagem
missionária.
10. • Teve o auxílio de Tércio para
escrever a carta (Rm 16:22) – prática
comum.
• Portanto, a data provável é 57 d.C..
• Na última visita à Corinto, aproveitou a
ida da irmã Febe à Roma, para
enviar a Carta (Rm 16:1-2).
• Em breve, pretendia visitar os
romanos.
11. Propósito
• Defender sua mensagem e
teologia, questionada por alguns
(Rm 3:8; 6:1,2,15).
• Corrigir certos problemas na
igreja causados pro atitudes erradas
dos judeus para com os gentios (Rm
2:1-29; 3:1,9) e dos gentios para
com os judeus (Rm 11:11-32).
13. Títulos
• Alguns títulos dados à carta:
• Evangelho segundo Paulo.
• Evangelho de Cristo Ressurreto.
• Tratado Teológico Paulino.
• Mais Puro Evangelho.
• Principal das Epístolas Paulinas.
• A Catedral da Doutrina Cristã.
14. ORomanos
OEnviada aos Cristãos Romanos
OTema principal: O Plano da
Salvação
OTema secundário: A importância
de levar esse Plano aos Gentios
OPode ser dividida em:
O Doutrinária cap. 1 – 11
O Prática cap. 12 – 16
15. ONa primeira parte, Paulo prova
que:
1. Todo ser humano possui a
culpabilidade universal – 1.18-3.20
2. Todo ser humano possui
tendências pecaminosas – 7.15-24
3. Tudo que existe, tanto em nosso
universo, quanto em outro plano,
está debaixo da Soberania de
Deus. – 9.7-18
16. ORomanos
1. Culpabilidade X Justificação pela Fé –
5.1
2. Tendência Pecaminosa X Regeneração
– 8.1-4
3. Eleição Soberana X Oportunidade
Universal – 10.13
17. o A igreja provavelmente não estava
organizada, mas dispersa com
reuniões de casa em casa
(destinatários).
o Provavelmente formada a partir da
conversão no evento do
pentecostes, registrado em At 2.10.
o Não era um campo específico de
outro apóstolo (Rm 15.20). Pedro
não saiu de Jerusalém antes de 49
d.C. (Gl 2.7-9).
18. Quando o cristianismo chegou à
Roma?
o Áquila e Priscila entre os judeus
expulsos por Cláudio em 49 d.C.;
o Afirmação de Agostinho que havia
chegado durante o governo do imperador
Calígula (37 a 41 d.C.).
O apóstolo demonstra uma vontade
ardente de visitar os irmãos de
Roma, o que até então não havia
conseguido (Rm 1.8-15; 15.22-32; At
19.21).
19. o Inicia a carta afirmando que é um
apóstolo separado para o Evangelho
de Deus.
o O tema central é a justiça de Deus
(Rm 1.16-17).
o Ponto central da parte doutrinária
(Rm 3.21 – 4.25) afirma que tantos
judeus e gentios são justificados
somente mediante a fé em Jesus.
o A certeza da salvação adquirida por
meio da graça de Deus (Rm 5).
20. • O crente justificado deve “morrer”
com Cristo para o pecado (Rm 6-7).
• Adoção como filhos de Deus que
conduz à glorificação (Rm 8).
• Plano de redenção para os judeus
(Rm 9-11).
• Vida cristã (social, civil e moral) na
prática (Rm 12-14).
• Planos pessoais, saudações e
admoestação (Rm 15-16).
21. O Plano da Salvação Rm 1 -
4O Jó perguntou: “Como se justificaria o
homem para com Deus?” (Jó 9.1). “Que é
necessário que eu faça para me salvar?”
perguntou o carcereiro de Filipos (At
16.30).
O Esses dois homens deram expressão a
uma das mais importantes perguntas que
se pode fazer: como o homem pode ficar
de bem com Deus e ter a certeza da sua
aprovação?
O Romanos é uma resposta lógica, detalhada
e inspirada a essa pergunta.
22. OO Evangelho é o poder de Deus para a
salvação dos homens, porque
demonstra como a posição e a
condição dos pecadores pode ser
alterada de tal modo que fiquem
reconciliados com Deus.
OPela “Justiça aceitável de Deus” o
homem é considerado justo diante de
Deus. Justiça essa que resulta da fé em
Cristo.
23. ODoutrina Declarada
O 1. Sua natureza: Paulo demonstra que todos
os homens precisam da justiça de Deus,
porque a raça inteira pecou.
O Conheciam a Deus havia tempos – 1.19,20
O Negligenciaram a adoração e o servir – 1.21,22
O Cegueira espiritual levou-os à idolatria – v.23
O A idolatria à corrupção moral (vv.24-31)
O São indesculpáveis porque existe para eles uma
revelação de Deus na natureza e a própria
consciência (juízo moral) – 1.19,20; 2.14,15
O Justiça de Deus – o homem justo está com sua
vida alinhada à lei de Deus
24. O2. Relacionamento com a Lei: Paulo
declarou que ninguém é justificado
mediante as obras da lei. Ela é perfeita e
santa
O Seu propósito não é tornar “justos” os
homens, e sim oferecer um padrão de
perfeita retidão.
O É uma fita métrica que indica a comprimento
de algo se porém aumentá-lo. “porque pela lei
vem o conhecimento do pecado”.
O A lei não criou o pecado, foi dada para
revelar a sua presença, natureza e
culpabilidade, e o seu remédio é receitado
25. O 3. Sua Revelação: “Mas, agora, se manifestou,
sem a lei, a justiça de Deus” – 3.21
O “Agora” – para Paulo o tempo se divide em dois
períodos: “então” e “agora”
O Os homens aprenderam a impossibilidade de
vencer seus próprios pecados;
O Todavia, Deus revela um novo caminho aberto
O Devia existir uma justiça independente de obras e
esforços humanos. O anelo da redenção e da
graça. Deus revela a justiça advinda da graça.
O “tendo o testemunho da lei [Gn. 3.15; Gl 3.6-8] e
dos Profetas [ Jr 23.6; 31.31-34]”. A lei foi dada
para o homem sentir o quanto necessita da
Redenção
26. O4.Sua Apropriação. A única esperança
é a “justiça sem a Lei” (uma mudança
de posição e condição produzida à
parte da Lei) – 3.22
O Seu método – uma justiça divina que é uma
dádiva. O homem não pode desenvolvê-la
e nem operá-la. Somente aceitá-la.
O Como? Pela fé em Jesus Cristo. A fé é a
mão que humildemente aceita o que Deus
oferece.
27. O5. Seu Escopo: essa justiça é
“para todos e sobre todos os que
creem; porque não há diferença” –
3.22
OTodos fracassaram ao serem
medidos segundo o caráter de Deus
OA “glória de Deus” é o fim para o qual
a vida humana foi designada
OA salvação nos coloca no trilho que
diretamente nos leva a esse destino.
28. O6. Sua Concessão: a expressão
“justificar” é uma expressão
jurídica que significa pronunciar
inocente, justo. – 3.24
ONo NT vai além do sentido de
remover a condenação; coloca o
culpado na posição de um homem
justo.
ODeus lançou nossos pecados nas
profundezas do mar e deles não se
lembra mais.
29. O 7. Sua Origem: “Gratuitamente pela Sua
Graça” – 3.24
O Inacessível aos homens pela sua própria
justiça
O Inalteráveis a justiça e a equidade de Deus
diante do pecado
O Graça: favor divino mostrado aos que não
merecem
O 8. Sua Base: o pecador é justo e bom através
da “redenção que há em Cristo Jesus”. – 3.24
O Redenção é o resultado do preço pago:
libertação da penalidade do pecado; do poder
do pecado e da presença do pecado.
30. O 9. Seu Método: “ao qual Deus propôs para
propiciação pela fé no seu sangue” – 3.25
O A propiciação é um sacrifício ou uma dádiva que
afasta a ira de Deus, fazendo-o misericordioso e
favorável ao pecador
O Cristo morreu a fim de nos salvar da justa ira
divina
O 10. Sua Vindicação: “Para demonstrar a sua
justiça pela remissão dos pecados dantes
cometidos, sob a paciência de Deus” – 3.25
O Deus não tomou conhecimento do pecado? A
crucificação é a resposta de Deus para a
hediondez do pecado: e qual o preço para o
perdão
31. ODoutrina Ilustrada – Rm 4.1-8
O ABRAÃO: exemplo de um homem justo
O Qual a base da sua justificação? Sua fé – 4.3
O DAVI: caráter manchado e duplo crime (2 Sm
12), leia Pv 28.13 e Sl 32.
O Em Abraão Deus imputa a justiça ao que crê
O Em Davi Deus deixa de imputar pecado àquele
que justificou.
O “imputar” – colocar algo na conta a crédito de
alguém.
O No processo da justificação, os pecados dos
homens são debitados e a justiça de Cristo é
lançada a créditos
32. OEnsinamentos Práticos
O1. A justiça imputada e operada: o
pecador é justo quanto à sua posição e
é justo quanto ao seu caráter. A fé viva e
forte produz boas obras (Gl 5.6)
O2. justificação para os ímpios: Paulo
dá certeza de que Deus justifica os
ímpios. Esse é o milagre produzido pelo
Evangelho.
33. O3. Não há diferença:
O a) No fato do pecado. O NT não ensina
diferentes graus de pecado nas ações de um
justo ou ímpio
O b) Não há distinção quanto ao fato do amor
de Deus para conosco. Deus ama os homens
não pelo são e sim por causa daquilo que Ele é.
O A sua natureza é o Amor.
O c) Não há distinção na eficácia da morte de
Cristo para todos. Cristo morreu em prol de
todos.
O d) Não há distinção quanto à maneira da
apropriação. A Salvação é para todos brancos,
negros, ricos e pobres, baixos e altos, etc.
34. Vivendo Para Deus Rm 5
e 6
OVamos considerar o outro aspecto da
justificação, que providencia uma
mudança na condição do homem.
OAnteriormente vimos a mudança na
posição do homem.
OAntes, a questão do pecado;
OAgora, a questão da graça.
35. ORefutação de Um Erro – Rm 6.1,2
OViver segundo a graça divina não é
motivo de descuido espiritual.
ONessa doutrina da fé não se promove o
pecado
ONão se pode continuar no pecado para
se obter mais graça.
O“onde abundou o pecado superabundou
a graça”.
36. ODoutrina Ilustrada – Rm 6.2-5
O“nós que estamos mortos pelo
pecado, como viveremos ainda
nele?”:
OContinuar é impossível para um homem
realmente justificado, por causa da sua
união com Cristo na morte e na vida –
Mt. 6.24
OO batismo nas águas ilustra essa
experiência
OJesus morreu em prol dos nossos
pecados para que morrêssemos para o
pecado
37. OUm Fato Declarado – Rm 6.6-9
OAqui o “velho homem” refere-se ao
antigo eu, à vida não regenerada, cheia
de pecado.
OO “corpo do pecado” não é expressão
que significa que o pecado tem sua
origem no corpo, mas que este é o
instrumento usado para a prática do
pecado.
Oa alma que peca; mediante o corpo que
a alma o expressa
38. ONosso Dever – Rm 6.9-14
O1. Viver uma vida digna da fé:
mediante a nossa fé em Cristo, somos
mortos para o pecado e vivos para a
justiça.
O2. A operação da fé: “não reine,
portanto, o pecado em vosso corpo
mortal, para lhe obedecerdes em suas
concupiscências”. Nossos membros
devem ser instrumentos de justiça
O3. O encorajamento da fé: não
estamos mais debaixo da lei, mas
debaixo da graça
39. OEnsinamentos Práticos
O1. Um viver Santificado: precisamos do
viver em santidade, uma vida prática
OVida vitoriosa – resultado da pratica do
amor
OPureza – podemos resistir as tentações
do mundo
OFé – a descrença é a raiz de outros
pecados, a fé é a raiz da força moral.
40. O2.Inteira Consagração: existem
pessoas que são verdadeiramente
cristãs sem serem inteiramente
cristãs.
OVocê pode receber a salvação, sem
porém, entregar tudo a Deus.
O3. Recebendo a Vitória: A morte
de Cristo é um fato consumado. “Já
foi feito”
41. A Restauração de Israel
Rm 9 – 11
OOs capítulos 9, 10 e 11 de Romanos
parecem adotar uma linha de
pensamento diferente do que se
apresenta nos capítulos anteriores.
OPaulo estava tratando do indivíduo, e
agora passa a debater o destino de uma
nação.
OEstava tratando da Igreja, e agora
começa a falar acerca de Israel.
42. O1. A Lição de Israel– Rm 9
O Objeção dos judeus: Se, ao rejeitar Jesus,
a nação judaica inteira rejeitou o Messias,
cuja vinda aguardavam e em prol de cuja
vinda existiam, então fracassou o plano que
Deus fizera para Israel.
O Paulo responde: O plano de Deus não
fracassou, porque não é o mero
nascimento que faz um israelita (cf.
2.28,29; G1 6.16). Os que Deus aceita são
os espiritualmente israelitas, e o
“remanescente espiritual” aceitaram a
Jesus, cumprindo assim o plano de Deus.
Esses receberam a salvação, e aqueles
foram rejeitados.
43. O2. A Rejeição de Israel– Rm 10
OObjeção dos judeus: Como foi possível
que Deus tenha nos permitido cometer a
tragédia dos séculos ao matarmos seu
Cristo e rejeitarmos seu plano para nós?
OPaulo responde: É a culpa exclusiva de
Israel.
OOs israelitas queriam a salvação
mediante a Lei ao invés de confiar no
Senhor e no seu Cristo.
44. O3. A Restauração de Israel– Rm
11
OObjeção dos judeus: Deus quebrou
suas promessas solenes e
incondicionais feitas à nação?
OPaulo responde: não. A rejeição de
Israel é apenas temporária; após
completar seu plano para a presente
era, Deus mais uma vez se voltará para
o seu povo e cumprirá sua promessa de
restauração nacional.
45. OA Restauração de Israel – Rm
11.11-15; 25-29
O Pergunta-se se Deus cancelou suas
promessas e negou sua própria Palavra com
respeito aos judeus. “Porventura, rejeitou
Deus o seu povo?”
O Paulo responde com ênfase: “De modo
nenhum”, e passa a demonstrar que a queda
de Israel não é total (vv. 1-11), nem
permanente (vv. 11-32);
O Não é total, porque um remanescente de
judeus, como Paulo, aceitou a Cristo; não é
permanente, porque Deus ainda cumprirá as
promessas nacionais feitas ao seu povo.
46. A Queda de Israel
1. Não é permanente
2. Foi transformada em bênção. “Mas
pela sua queda, veio a salvação aos
gentios”
3. Trará bênçãos abundantes. “E, se a
sua queda é a riqueza do mundo, e a sua
diminuição [mediante a rejeição] a riqueza
dos gentios, quanto mais a sua plenitude
[restauração a todos os privilégios]!”
47. A Queda de Israel
4. Deve ser entendida.
O Suprema importância: “não ignoreis este
segredo”. Algo revelado por Deus
O Uma característica especial: o “segredo”: O
Evangelho (Mt. 13.11); a união de judeus e
gentios num só corpo (Ef 3.6); a união de
Cristo com a igreja (Ef 5), a ressurreição do
corpo (I Co 15); a revelação do Anticristo (I Ts
2.7), e a futura conversão de Israel.
O Uma consumação gloriosa: “e assim todo o
Israel será salvo” . Aqui se trata do destino
nacional e não da salvação individual.