PENTATEUCO - Aula 07

Prof. Msr. Weverton Costa
wevertontheos@hotmail.com / theologicalamapa@gmail.com

AULA 7
APÊNDICE
16/09/2018 06:34:43 Prof. Weverton Costa 2

AS FESTAS JUDAICAS
Prof. Weverton Costa 316/09/2018 06:34:43

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
As Festas Solenes
 Ofereciam-se sacrifícios especiais segundo o
caráter da festa (Nm 28, 29) e se tocavam as
trombetas enquanto eram apresentados os
sacrifícios de holocausto e de paz.
 Todos os varões israelitas eram obrigados a ir
a Jerusalém anualmente celebrar as três
festas dos peregrinos: Páscoa, Pentecoste e
Tabernáculos.
As Festas Solenes
 Lv 23, 25. os hebreus celebravam várias festas
sagradas no decorrer do ano às quais
denominavam “santas convocações”
(literalmente, “os tempos fixados de reunir-se”)
 As festas ou ocasião assinalada, em regra geral
eram ocasiões de um dia ou mais de duração em
que os israelitas suspendiam seus trabalhos a fim
de reunir-se jubilosamente com o Senhor.

Propósitos
1) As festas davam aos israelitas a oportunidade de
refletir sobre a bondade de Deus.
• Algumas convocações coincidiam com as estações do ano
agrícola e assim lembravam aos hebreus que Deus lhes provia
continuamente seu sustento.
• Tinham a oportunidade de devolver a Deus uma parte do que Ele
lhes havia dado.
2) As festas tinham o papel de conseguir que os
israelitas tivessem a convicção que sendo o povo
de Deus deveriam viver em santidade.
• A palavra “santo” aparece 10x no cap. 23, ressaltando o propósito
das festas. O número sete é especial.16/09/2018 06:34:43 Prof. Weverton Costa 5

O ciclo de Sete:
 O sétimo dia era de descanso.
 O sétimo ano também era de descanso.
 O sétimo ano sabático era seguido do ano de jubileu.
 O sétimo mês era especialmente sagrado, com três dias
de festa.
 Havia sete semanas entre páscoa e pentecoste
 A festa de Páscoa durava sete dias.
 A Festa dos Tabernáculos durava sete dias.

As Festas Solenes
Era celebrada 50 dias depois
da Páscoa. Esta festividade
marcava o fim da colheita do
trigo e se ofereciam a Deus as
primícias do sustento básico
dos israelitas.
Primeira festa do
calendário sagrado. Toda
nação devia observá-lo
estritamente.
16/09/2018 06:34 Prof. Pr. Weverton Costa 8
Celebrava a saída do Egito
e a redenção efetuada com
o cordeiro pascoal. Era uma
das festas mais importantes
do calendário hebraico.

As Festas Solenes
Última festa do ano e durava 8
dias. Comemorava-se o fim da
colheita e a peregrinação no
deserto. Lembrava os hebreus de
que haviam sido estrangeiros e
peregrinos na terra. Os judeus
construíam cabanas para lembrar
que haviam morado em tendas.
Proclama o início de cada mês, o
qual se chamava lua nova. O
primeiro dia do 7º mês do ano
religioso chamava-se festa das
Trombetas. Marcava o fim da
estação da colheita e o primeiro dia
do ano novo no calendário civil.
Dia mais importante do calendário
judeu. Nesse dia, o sumo
sacerdote reunia todos os
pecados de Israel acumulados
durante o ano e os confessava a
Deus pedindo perdão.

As Festas Solenes
Em Canaã os judeus deviam
passar um ano em cada sete sem
semear e nem colher. A terra
devia descansar. Deus daria
colheita abundante no sexto ano
para que não fosse necessário
plantar no ano seguinte.
Perdoava-se os devedores e
libertava-se os escravos.
O ano do jubileu era
celebrado dois anos seguidos
a cada 50 anos. Apregoava-
se liberdade aos escravos
hebreus, devolviam aos donos
originários a terra que haviam
adquirido dele e perdoar as
dívidas dos outros.
Ano
sabático
Ano do
Jubileu

Escatologia
Levítico 23
 As passagens de Lv 23 onde estão as
ordenanças das Festas, são maçantes textos
relacionados a cultura judaica, porém guardam
um maior significado.
 Deus define as festas para serem fixas e como
santas convocações, ou seja, são convocações
para uma assembleia sagrada para seu povo.
 A presença de Cristo é evidente em cada uma
delas.

Nos
SÁBADOS
(Shabbat)
– Jesus é
o nosso
descanso.

Mensagem Escatológica
 O primeiro dia do mês é chamado de Rosh (Chefe)
Hodesh (Lua), nesse dia o shofar (chifre de carneiro) era
soprado e tochas eram acesas para que cada pessoa
soubesse que aquele dia era o primeiro dia do mês.
 Quatro eventos muito importantes aconteceram no
primeiro dia de Nisan:
a) O tabernáculo de Moisés foi dedicado depois de saírem
do Egito;
b) O rei Ezequias purificou o templo;
c) Esdras iniciou sua viagem de retorno para reconstruir o
templo;
d) Artaxerxes publicou o decreto de reconstrução dos
muros de Jerusalém.

Mensagem Escatológica
 O dia 9 de Ab / Av historicamente representa um dia de
tragédias e infortúnios na história de Israel:
a) 10 dos 12 espias retorna com um péssimo relatório sobre Canaã;
b) O templo de Salomão começou a ser destruído pelos babilônios;
c) O segundo templo foi destruído pelos romanos no ano 70 d.C.
Segundo Josefo o fogo nos muros e em parte da cidade começou em
8 de Av;
d) Em 71 d.C. o exército romano lavrou todo o Monte do Templo;
e) Em 1290, a Inglaterra expulsou os judeus do seu país;
f) Em 1492, a Espanha expulsou todos os judeus do seu país;
g) Em 1914, a I Guerra Mundial foi declarada. No leste da Rússia, o
governo começou uma severa campanha de perseguição anti-semita.
h) Em 1942, no campo de extermínio de Treblinka iniciou as primeiras
mortes dos judeus sob as ordens de Hitler.

Mensagem escatológica
Substituição e expiação de
pecados, perdão.
A Páscoa é um memorial
para o povo judeu. 14 de
Abibe. Ex 12; Dt 16; Lv
23.
(1 semana) Jesus é o Cordeiro
pascoal. Celebramos a
Redenção do Calvário pelo
Cordeiro que nos liberta do
jugo do pecado. Sua
mensagem profética já se
cumpriu.

Jesus sem pecado é o único que
nos concede justiça.
Memorial. Ex 13. Pão da
Aflição. Comemorada em
15-22 de Abibe.
Jesus nos oferece uma nova
vida. Festa celebrada uma
semana. Jesus é o Pão da
Vida. Ele não teve fermento.
Foi açoitado, dilacerado,
traspassado e moído por nós.
A igreja foi formada através de
sofrimento e glória.

Jesus Cristo garantiu a
ressurreição dos justos.
Comemorada em 18 de
Abibe. Período de colheita da
Cevada. Tempo de gratidão a
Deus ofertando-lhe os
primeiros frutos da seara.
Cristo foi feito as primícias dos
que dormem. Esta festa deveria
ser celebrada ao seguinte dia do
sábado, no domingo. A festa
das Primícias é a terceira e
última festa que Jesus cumpriu
pessoalmente na terra. Jesus
esteve presente fisicamente na
Páscoa, Pães Asmos e Primícias.

O crente em Jesus torna-se
templo do Espírito Santo por
aderir a Nova Aliança. A Lei de
Deus é escrita em seu coração.
Comemorada 50 dias após
as Primícias. Período de
colheita de trigo e da chuva
temporã. É um Memorial e
festa de gratidão. A Lei é
entregue.
Jesus capacita sua igreja para a
colheita. Esta festa é também
chamada de Festa das Semanas ou
Festa da Colheita. Israel ressuscitou
quando saiu das águas do Mar
Vermelho e 50 dias depois Deus deu-
lhes a Lei. Jesus ressuscitou e 50
dias depois nos concedeu o Ruach
há Kodesh que colhe os primeiros
frutos em Atos 2.

1. Páscoa
Convocação pela morte do Messias.
2. Pães Ázimos
Convocação pelo sepultamento do Messias.
3. Primícias
Convocação pela ressurreição do Messias.
4. Pentecostes
Convocação pela nomeação e delegação de poder
ao povo dado pelo Messias.

Jesus Cristo está para voltar
e o julgamento começará
pelo povo de Deus.
1 de Ethanim. Período de
colheita de frutos e óleo.
Chuva serôdia. Memorial da
libertação e preparo para o
Yom Kippur.
Esta festa aponta para o futuro,
para a volta do Senhor Yeshua, o
arrebatamento da Igreja e o
encerramento do labor da Igreja
aqui na Terra. Suas previsões
precedem o Dia do Julgamento.

O dia 1 de Tshrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom
Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ou ainda o
Rosh Ha‘Shanah (Cabeça do Ano, o dia do som do
Shofar)
 É a única festa que começa com a Lua Nova.
 O shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu.
 Os vigias no oriente de Israel ficavam observando até que surgisse o
primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido
rapidamente de vigia em vigia até chegar no Templo.
 O sacerdote em pé no parapeito a sudeste do Templo soava o shofar
para que fosse ouvido em todo vale ao redor.
 Ao toque do shofar, os tementes a Deus, verdadeiros servos,
interrompiam imediatamente a colheita, deixavam tudo lá mesmo, no
campo. Era o momento sagrado de adoração no Templo para
celebrar o dia de ano novo, a Festa das Trombetas.

Deus trará a juízo as obras.
Somente em Cristo o homem
não será condenado.
Realizado dia 10 de Ethanim
ou Tshrei. Época da chuva
serôdia. Dia de Juízo.
Conhecido também como
“Dia do Perdão”.
A palavra expiação, kipper,
literalmente significa “cobertura
do pecado”. A oferta pelos
pecados oferece o perdão de
Deus ao ofensor, uma expiação
pelo pecado. É o Shabbath dos
Shabbaths. Cristo será juiz e
advogado. A profecia de
Crônicas se cumprirá na Grande
Tribulação.

O sétimo dia da Festa de Sukkot é o
Hosha’Na Rabba, “dia da grande
Hosana”. Durante essa festa nasceu
Jesus Cristo. É a mais importante
festa profética para a Igreja.
Realizada de 15 a 22 de
Ethanim. Memorial e alegria
pela libertação.
Novidade de vida. Sukkot é a
Festa do Senhor e a Festa do
recolhimento da Colheita. É a
última festa de colheita, uma
grande temporada de júbilo e
alegria. Os anjos colherão os
frutos do Arrebatamento.
Aponta para a Nova Jerusalém,
o tabernáculo de Deus para seu
povo e para o Milênio.

A CRÍTICA DA FORMA

A ALTA CRÍTICA
 Surgiu entre os séc. XVIII e XIX, nas
universidades alemãs
 Métodos: investigação e análise
desenvolvidos por historiadores para
reconstruir o passado.
 Objeto de estudo: datação do livro,
autoria, propósito, estilo e linguagem.

A ALTA CRÍTICA
 Indagações: quais são as fontes
originais dos documentos bíblicos?
São dignas de confiança? Qual é o
significado e o fundo histórico de cada
um deles?
 Ao utilizar esses métodos de
investigação deu-se nome de Alta
Crítica.

A BAIXA CRÍTICA
 É a que se ocupa do estudo do texto
em si.
 Observa os manuscritos existentes
para estabelecer qual o texto mais
aproximado do original.
 Suas investigações deixam textos
muito exatos e dignos de confiança.

A CRÍTICA BÍBLICA
 Tanto a textual como a alta, pode lançar muita luz
sobre as Escrituras se aplicada com reverência e
erudição.
 Os Pais da Igreja, os reformadores e os eruditos
evangélicos têm realizado tais estudos com
grande benefício.
 A crítica alemã influenciada pelo racionalismo
da época, chegou a conclusões, que
comprovadas, poderiam destruir toda a confiança
na integridade das Escrituras.

PRECONCEITOS
Rejeitaram todo o elemento milagroso. A Bíblia
não é inspirada por Deus, é um livro como outro
qualquer.
Aceitaram a teoria ideada pelo filósofo Hegel de
que a religião dos hebreus tinha seguido um
processo evolutivo.
Segundo a teoria de Hegel, no princípio Israel
acreditava em muitos espíritos, depois foi
desenvolvendo a crença em um só Deus, e mais
tarde chegou à fase sacerdotal.

A TEORIA RACIONALISTA
 Os teóricos racionalistas ensinam que o
Pentateuco não foi escrito por Moisés,
mas é uma recompilação de documentos
redigidos, em sua parte, no séc. V a.C.
 Jean Astruc (1753), docente de medicina
em Paris, iniciou esta teoria, notando que
se usava o nome “Eloim” (Deus) em
algumas passagens do Gênesis, e
“Jeová” em outras.

A TEORIA RACIONALISTA
 Para Astruc, isto prova de que Moisés havia usado
dois documentos como fontes, cada um com sua
maneira especial de designar a Deus, para
escrever o Gênesis.
 Mais tarde, os estudiosos alemães descobriram o
que lhes pareciam certas repetições, diferenças de
estilo e discordância nas narrativas.
 Conclusão: Moisés não é o autor do Pentateuco,
mais um redator desconhecido que empregou
várias fontes ao escrevê-lo.

HIPÓTESE GRAF-WELLHAUSEN
 Séc. XIX (final)- Julius Wellhausen e
Karl H. Graf.
 Base fundamental da Alta Crítica.
 Usaram a teoria da evolução religiosa
de Israel como um dos meios para
distinguir os supostos documentos que
constituiriam o Pentateuco e para sua
datação.

 Se um documento parecia ter uma
teologia mais abstrata do que outro,
este havia sido redigido em data
posterior, já que a religião ia ficando
cada vez mais complicada.
 Relegaram Gênesis, em sua maior
parte, a uma coleção de mitos
cananeus, adaptados pelos hebreus.

Coloca especial interesse na organização do
tabernáculo, do culto e dos sacrifícios.
Poderia ter adquirido corpo durante o cativeiro
babilônico, e forneceu o plano geral do
Pentateuco
Prefere o nome Jeová. Teria sido redigido
possivelmente no reinado de Salomão e
considerado o mais antigo.
Designa a Deus como nome comum de
Eloim. Teria sido escrito depois do
primeiro documento, por volta do século
VIII a.C.
Compreenderia todo o livro de
Deuteronômio. Teria sido escrito no
reinado de Josias pelos sacerdotes que
usaram esta fraude para promover um
despertamento religioso (2 Re 22.8)

 Consideram que os documentos, com
exceção do “D”, correm paralelamente
através dos primeiros livros do
Pentateuco.
 A obra final teria sido redigida no Séc. V
a.C., provavelmente por Esdras.
 Essa teoria chama-se “A teoria
documental, J.E.D.P.”

REFUTAÇÕES
 Os eruditos conservadores rejeitam de plano a
teoria documental J.E.D.P.
 Dizem que os títulos de Deus não estão distribuídos
no Gênesis de maneira tal que se possa dividir o
livro como sustentam os da teoria documentária.
 Não se encontra o nome Jeová em 17 capítulos,
mas os críticos atribuem porções de cada um
desses capítulos ao documento “Jeovista”.
 Não seria estranho Moisés ter designado a Deus
com mais de um título.

REFUTAÇÕES
 Sobre relatos supostamente duplicados e
contraditórios, os conservadores explicam que
alguns são ampliações, tais como as ordens de que
os animais entrem na arca (6.19 e 7.2) – o primeiro
é uma ordem geral, o segundo dá um detalhe
adicional.
 Gn 1.1 – 2.4a e 2.4b – 2.25: os dois relatos da
criação são suplementares. O primeiro apresenta a
obra geral da criação, e o segundo dá o enfoque do
homem e seu ambiente.

REFUTAÇÕES
 Gordan Wenham, erudito contemporâneo, versado em
Antigo Testamento, diz que as diferenças de estilo,
usadas para distinguir as fontes do Pentateuco, já não
têm significado à luz das antigas convenções literárias.
 Os arqueólogos descobriram muitíssimas evidências
que confirmam a historicidade de grande parte do livro
de Gênesis e por isso já não se pode denominá-lo “uma
coleção de lendas cananeias adaptadas pelos
hebreus”.
 A teoria crítica da forma prefere aceitar as especulações
dos racionalistas em vez de crer na doutrina da
inspiração divina.

REFERÊNCIAS

FIM

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