1. O documento discute os atributos de Deus, que são as qualidades e características próprias de Deus.
2. São listados e explicados vários atributos divinos, como amor, eternidade, imutabilidade, liberdade e santidade.
3. Os atributos descrevem a essência de Deus e servem como padrão para a vida dos cristãos.
2. DEFINIÇÃO DE DEUS
Deus não pode ser definido por uma
palavra ou por uma frase. Portanto, é
necessário que tentemos, mesmo que
de forma limitada, descrever as
“qualidades de Deus”, ou seus
“atributos”.
Essa descrição é limitada, pois Deus é
incompreensível a nós. Por isso, o
descrevemos com base apenas no que
Ele nos revelou a seu respeito. Tais
descrições apontam igualmente para o
Pai, o Filho e o Espírito Santo.
4. O QUE SÃO ATRIBUTOS:
Atributos são as particularidades,
qualidades e características que são
próprias de alguém ou algo. Por
norma, os atributos estão
relacionados com aspectos
positivos.
Os atributos costumam ser
características exclusivas de
determinada pessoa, grupo ou coisa.
Exemplo: “A comunicação escrita é
um atributo dos seres humanos”.
6. A) ATRIBUTOS NATURAIS E MORAIS
De modo apenas didático, os atributos naturais
de Deus envolvem sua essência (ex.: eternidade,
imutabilidade) e os atributos morais, sua vontade
(ex.: santidade, justiça).
B) ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS E COMUNICÁVEIS
Os atributos incomunicáveis são aqueles
exclusivos de Deus, como a eternidade e a
onipotência. Apenas Ele tem essas qualidades e elas
não foram transmitidas (comunicadas) a nenhum ser
criado. Deus não compartilhou tais atributos com o
homem. Os atributos comunicáveis, por sua vez,
foram impressos na humanidade na criação: são a
inteligência, a vontade e a moralidade, entre outros.
8. A) AMOR
O amor envolve afeição, mas também envolve
atitude de entrega, cuidado e correção. O amor
busca o bem do ser amado e paga o preço pela
promoção desse bem.
A Bíblia declara que “Deus é amor” (1Jo 4.8). Em
relação ao homem, esse amor se revela no fato de
Deus se permitir amar os pecadores. Isso é graça (Ef
2.4-8). O amor foi derramado no coração do cristão
(Rm 5.5) e quando Deus corrige, demonstra amor
pelos seus filhos (Hb 12.6,7).
Algumas características ligadas intimamente ao
amor, até mesmo fazendo parte dele, são: bondade,
misericórdia, longanimidade e graça.
9. 1. A bondade divina pode ser definida
como a preocupação benevolente com
suas criaturas (At 14.17).
2. · A misericórdia é o aspecto da bondade
que faz Deus demonstrar piedade e
compaixão (Ef 2.4,5).
3. · A longanimidade fala sobre o controle
diante das provocações (1Pe 3.20).
4. · Graça é o favor imerecido de Deus
demonstrado primariamente pela pessoa
e obra de Jesus Cristo (2Tm 1.9).
10. “O fato de Deus ser amor não é
base para o “universalismo”, ou
seja, que, no final, ele acabará
salvando todas as pessoas. O amor
não anula outros atributos de Deus
como santidade e justiça. Tal
heresia é totalmente contraditória
ao ensino bíblico (Mc 9.45-48)”.
11. B) ETERNIDADE
O atributo da eternidade significa que Deus
não tem começo nem fim. Sua existência é
eterna, tanto no passado como no futuro, sem
interrupções ou limitações causadas por uma
sucessão de eventos.
A autoexistência de Deus está intimamente
ligada com sua eternidade, pois, por não ter
começo, ele não foi criado por outro, existindo
por si só.
A Bíblia fala da eternidade de Deus (Sl 90.2;
Gn 21.33).
Uma das implicações da eternidade de Deus
é que ela nos dá muito conforto, visto que ele
nunca deixará de existir e que seu controle
sustentador e providencial de todas as coisas e
eventos está assegurado.
12. C) IMUTABILIDADE
Significa que Deus não muda. Não quer dizer que ele
esteja imóvel ou inativo, mas que não se altera, cresce
ou se desenvolve. (Hb 13.8)
A Bíblia ensina sobre a imutabilidade de Deus (Ml 3.6; Tg
1.17).
Um problema levantado dentro desse assunto é: “Deus
se arrepende?” (Gn 6.6). Na verdade, tal linguagem não
corresponde ao que, como homens, vivenciamos no
arrependimento. Tanto a imutabilidade como a
sabedoria e onisciência de Deus tornam vazias as ideias
de que ele muda seus planos eternos ou que se
arrepende de algo que fez. Nesse caso, o
arrependimento é mais uma linguagem antropomórfica
(ver Gn 6.6 no que fala do “coração” de Deus).
13. D) LIBERDADE
Deus independe das suas criaturas e da sua
criação. Não há qualquer criatura que impeça
Deus ou que o obrigue a algo.
Isaías expõe a liberdade e a independência de
Deus com uma pergunta retórica (Is 40.13,14).
Jesus mostrou que Deus exerce sua liberdade ao
executar livremente sua vontade (Mt 11.26).
Isso significa que Deus é livre para tudo? Na
verdade, Ele é limitado apenas pela sua própria
natureza. Assim, a santidade dele o impede de
pecar e a eternidade dele o impede de morrer.
14. E) SANTIDADE
Significa que Deus é separado de tudo
que é indigno ou impuro e que, ao mesmo
tempo, é completamente puro e distinto de
todos os outros.
A santidade foi muito enfatizada por
Deus no tempo do AT (Lv 11.44; Is 40.25; Hc
1.12). No NT, a santidade é uma qualidade
marcante de Deus (Jo 17.11; 1Pe 1.15,16;
Ap 4.8).
A santidade divina deve fazer o cristão
ser sensível ao seu pecado (Is 6.3,5; Lc 5.8).
A santidade dele o torna padrão para nossa
vida e conduta (1Jo 1.7).