3. • Os LIVROS POÉTICOS aparecem no Cânon
sagrado como um divisor de águas.
Entre os livros que contam a história das
infidelidades e desventuras dos reis de Israel e Judá
E os livros que contam a saga dos profetas, que
falavam em nome de Deus ao povo e aos reis
condenando o pecado e advertindo sobre o castigo
iminente.
O ENQUADRAMENTO
4. • INTENÇÃO DA POSIÇÃO. Amenizar a dureza da
narratória das calamidades do povo hebreu
• Desprezando o ritmo e a rima, a poesia hebraica foi
escrita para transpor barreiras literárias e atravessar
gerações sem perder a forma, o encanto e a
mensagem enquanto traduzida.
O ENQUADRAMENTO
5. A LINGUAGEM DOS POÉTICOS
• A sabedoria do Espírito Santo, inspirador de toda
Escritura, usando a linguagem internacional do
sentimento para transmitir a Palavra de Deus.
Não há coração duro, guerreiro, como o de
Davi, que não seja capaz de derreter a alma e
ser inebriado pelos versos da poesia.
6. INTRODUÇÃO
• Os Poéticos, devido à dificuldade de
interpretação e, por conseguinte, de
aplicação, têm sido deixados de lado nos
altares da maioria das igrejas;
• Todavia, os Livros Poéticos trazem uma
mensagem linda, profunda e de cunho
teológico tremendamente espiritual!
7. I – FALANDO DE POESIA
“O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta”. Sl 23.1
¼ da Bíblia foi escrito em forma de poesia. Os poemas
bíblicos vão da simples e singela adoração até às
imprecações contra os ímpios e profecias acerca do
Messias, nosso Adonai Yeshua Há Maschiasch
8. • Torna-se necessário o entendimento acerca da arte
poética. Não a arte poética de nossa literatura, mas a
poesia hebraica, em especial.
• A interpretação das poesias, independente de onde se
está ou em qual cultura se está inserido, a alma do
poeta não muda – ele escreve sentimentos. O que
muda são as características de tempo, idioma, cultura e
etc...
I – FALANDO DE POESIA
9. 1) OS HÍNICOS
• Livros que apresentam cânticos
• Salmos e Cantares
2) OS SAPIENCIAIS
• Tratam do ensino acerca da vida
• Jó, Provérbios e Eclesiastes
A forma mais antiga e mais simples desta literatura é o
“MASHAL”... Que chamamos de provérbios.
II – CLASSIFICAÇÃO DOS POÉTICOS
10. A. O Que é Poesia?
• Nos tempos mais remotos a poesia já era usada para
transmitir regras da moral, história e a doutrina
como meio de impressionar a alma;
• A poesia era escrita na forma rudimentar; a rima
pertence a um período posterior ao da história
hebréia, o período primitivo de poética expressão.
11. A. O Que é Poesia?
• A poesia não está na forma, mas na SENSIBILIDADE
do poeta (Luft, 1995)
• Há outras formas de textos em poesia, e outros
textos em prosa.
• Poesia é, em linhas gerais, a expressão de um
sentimento por meio de palavras.
12. A. O Que é Poesia?
• O ritmo é “a regularidade do movimento em
composição literária, desenvolvida pela recorrência
da batida, pausa e acento”. É também conhecido
como métrica.
• Exemplo: o poema “Trem de Ferro” de Manuel
Bandeira.
“Trem de Ferro
Café com pão, Café com pão, Café com pão,
Virgem Maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão [...]”
13. • A principal característica da poesia hebraica é o
paralelismo.
• No paralelismo hebraico (e cultura oriental) enfatiza-
se o “ritmo da ideia”, que preza mais pela ideia do
que pelos artifícios da literatura.
• A primeira linha é paralela à segunda ou às
seguintes. Isto é, elas combinam.
B. A Poesia Hebraica
14. O paralelismo dá a
facilidade à tradução
para outros idiomas, sem
que se perca a ideia
central do texto.
Nas poesias atuais isso
não ocorre, por isso
perde-se – ou a rima, ou
o ritmo, ou a ideia.
B. A Poesia Hebraica
15. • Sinônimo: a segunda linha repete ou reproduz o
que está dito na primeira:
“Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem
poderá morar no teu santo monte?”. (Sl 15.1)
• Antitético: antítese, contrário. Na segunda linha, a
ideia é oposta à primeira linha:
“Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o
caminho dos ímpios perecerá”. (Sl 1.6)
B. A Poesia Hebraica
16. • Sintético: na segunda linha completa-se ou
amplifica-se a ideia da primeira:
“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o
testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos
símplices”. (Sl 19.7)
• Conclusivo: determina uma verdade:
“Eu, porém, constitui o meu rei sobre o meu santo
monte Sião” (Sl 2.6)
B. A Poesia Hebraica
17. • Comparativo: a segunda linha fundamenta a
primeira:
“Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar em
príncipes”. (Sl 118.9)
• Razão: é uma expressão lógico-racional:
“Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no
caminho; porque dentro em pouco lhe inflamará a
ira...” (Sl 2.12)
B. A Poesia Hebraica
18. C. Figuras de Linguagem
As figuras de
pensamento, ou de
linguagem são, em
primeiro lugar, uma
outra forma de
expressão. Mas
também visam desafiar
o leitor à interpretação
Uma figura de linguagem
ocorre quando utilizamos
uma palavra com um
sentido secundário
“Os céus se
espreguiçam”
19. Atividade 1
Abaixo estão outros paralelismos menos
importantes. Conceitue-os dando três
exemplos de cada um.
1. O analítico
2. O climático (clímax)
3. O emblemático
4. O quiasmo
20. III – GRUPOS DA POESIA HEBRAICA
1) SAPIENCIAIS: Jó, Provérbios, Eclesiastes
– Se preocupam com a arte do bem viver, no sentido amplo
do termo. Essa sabedoria, em última análise, é o temor a
Deus, que se expressa na piedade.
2) POÉTICOS: Salmos e Cântico dos Cânticos
– Os Salmos: hinos de arrependimento, de súplica, de ações
de graças ou de rememoração de acontecimentos
sagrados;
– Cânticos tem a interpretação mais polêmica: o amor.
21. IV – CLASSES DA POESIA HEBRAICA
Versos Líricos. Poemas cujo intuito é serem cantados.
SALMOS: odes, intercessões, monólogos, visões e rituais
Drama Poético. JÓ – Cenas apresentadas em verso
Didáticos. Poemas destinados a ensinar.
PROVÉRBIOS (didático prático) / ECLESIASTES (didático filosófico)
Idílios Poéticos.
CÂNTICOS – Cenas campestres ou pastoris, em forma de verso.
LAMENTAÇÕES – poemas de pesar ou lamentações (Elegia poética)
22. Cinco Grandes Questões enfrentadas pela
humanidade em todos os tempos:
- O sofrimento;
- O relacionamento com Deus;
- O Nosso comportamento geral;
- O verdadeiro objetivo da vida;
- O amor conjugal.
V – TEMÁTICA DOS POÉTICOS
23. Curiosidades!
• O hino que Jesus e seus discípulos entoaram (Mt 26.30),
era o grandioso Hallel (Aleluia, Sl 113 – 118).
• O apóstolo Paulo recomenda o uso dos hinos (Ef 5.19; Cl
3.16).
• O Dr. Lucas dá-nos três hinos cristãos: O Magnificat (Lc
1.46-55), o Benedictus (Lc 1.68-79) e o Nunc Dimittis (Lc
2.14).
• As passagens de Ef 5.14 e I Tm 3.16 podem ser fragmentos
de hinos cristãos.
24. Curiosidades!
• Na Tanakh:
– Os Poéticos estão no grupo Kethubhim – “Escritos”
(Hagiographa).
• No Texto Massorético:
– Os Poéticos compõe-se de: Salmos, Jó e Provérbios.
– O Megilloth (os cinco rolos): Rute, Cânticos, Eclesiastes,
Lamentações e Ester
25. Curiosidades!
• Uso do Megilloth:
– Cânticos na Páscoa,
– Rute no Pentecostes,
– Lamentações em 09 de Abibe (aniversário da destruição
de Jerusalém),
– Eclesiastes na Festa dos Tabernáculos, e
– Ester na Festa de Purim