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Argumentação e Retórica
A argumentação como processo comunicativo
O nosso quotidiano é marcado por inúmeras situações em que
necessitamos de recorrer às nossas capacidades argumentativas:
. Já fomos certamente confrontados com a necessidade de nos
justificarmos junto dos nossos pais, ou de outras pessoas, por
algumas acções;
. Já tivemos de defender acusações dirigidas por colegas e demais
pessoas;
. Já nos foi pedida a nossa opinião sobre um determinado assunto;
. etc.
Todos estes exemplos têm um aspecto em comum; o facto de em
todos eles, o orador estar a tentar convencer a pessoa com que
está falar, na medida em que esta adira à opinião apresentada pelo
mesmo.
Argumentação
A argumentação, consiste, fundamentalmente, numa tentativa de
persuadir o auditório em relação a uma determinada tese
apresentada, através da apresentação de motivos/razões que
satisfaçam as regras da “razão” e que estejam adaptados à
especificidade do auditório a que essa tese está a ser dirigida.
Deste modo, podem distinguir-se duas dimensões da
argumentação, uma centrada no raciocínio, e a outra na relação de
“convencimento”, sendo estas, indissociáveis.
Toda a argumentação é constituída por quatro variáveis essenciais,
são elas:
. O orador – pessoa que argumenta;
. O auditório – pessoa ou grupo de pessoas a quem está a ser
dirigido o discurso;
. A tese – ideia que o orador permite transmitir para o auditório,
criando o máximo de adesão por parte do mesmo;
. O contexto ou meio em que está inserido o processo
argumentativo;
Características das variáveis essênciais
Ethos – é o tipo de prova centrado no carácter do orador. Este
deve ser virtuoso moralmente e credível para conseguir a confiança
do seu auditório;
Pathos – é o tipo de prova centrado no auditório. Este deve ser
emocionalmente impressionado e seduzido; para tal, não se deve
apresentar arrogante, ou seja, deve estar disposto a aderir a uma
determinada tese que lhe seja apresentada e devidamente
fundamentada;
Logos – é o tipo de prova centrado nos argumentos, no discurso.
O discurso deve estar bem estruturado do ponto de vista lógico-
argumentativo, e deve ser adaptado à especificidade do auditório
para que a tese se imponha com verdadeira.
Argumentação e Retórica
Quando se trata de avançar argumentos para defender teses
meramente prováveis, encontramo-nos do domínio da retórica e da
argumentação. Pode entender-se por retórica a arte de
argumentar, a arte de bem falar, cujo objectivo é persuadir e
convencer um auditório a respeito de determinado assunto que é
apenas passível de ser aceite.
Deste modo, a argumentação e retórica encontram-se ligados já
que na argumentação o objectivo é obter o máximo de adesão do
auditório, e para tal, o orador deve possuir a arte de bem
argumentar (retórica).

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Arg e Ret: Arte de Convencer

  • 1. Argumentação e Retórica A argumentação como processo comunicativo O nosso quotidiano é marcado por inúmeras situações em que necessitamos de recorrer às nossas capacidades argumentativas: . Já fomos certamente confrontados com a necessidade de nos justificarmos junto dos nossos pais, ou de outras pessoas, por algumas acções; . Já tivemos de defender acusações dirigidas por colegas e demais pessoas; . Já nos foi pedida a nossa opinião sobre um determinado assunto; . etc. Todos estes exemplos têm um aspecto em comum; o facto de em todos eles, o orador estar a tentar convencer a pessoa com que está falar, na medida em que esta adira à opinião apresentada pelo mesmo. Argumentação A argumentação, consiste, fundamentalmente, numa tentativa de persuadir o auditório em relação a uma determinada tese apresentada, através da apresentação de motivos/razões que satisfaçam as regras da “razão” e que estejam adaptados à especificidade do auditório a que essa tese está a ser dirigida. Deste modo, podem distinguir-se duas dimensões da argumentação, uma centrada no raciocínio, e a outra na relação de “convencimento”, sendo estas, indissociáveis. Toda a argumentação é constituída por quatro variáveis essenciais, são elas: . O orador – pessoa que argumenta; . O auditório – pessoa ou grupo de pessoas a quem está a ser dirigido o discurso; . A tese – ideia que o orador permite transmitir para o auditório, criando o máximo de adesão por parte do mesmo;
  • 2. . O contexto ou meio em que está inserido o processo argumentativo; Características das variáveis essênciais Ethos – é o tipo de prova centrado no carácter do orador. Este deve ser virtuoso moralmente e credível para conseguir a confiança do seu auditório; Pathos – é o tipo de prova centrado no auditório. Este deve ser emocionalmente impressionado e seduzido; para tal, não se deve apresentar arrogante, ou seja, deve estar disposto a aderir a uma determinada tese que lhe seja apresentada e devidamente fundamentada; Logos – é o tipo de prova centrado nos argumentos, no discurso. O discurso deve estar bem estruturado do ponto de vista lógico- argumentativo, e deve ser adaptado à especificidade do auditório para que a tese se imponha com verdadeira. Argumentação e Retórica Quando se trata de avançar argumentos para defender teses meramente prováveis, encontramo-nos do domínio da retórica e da argumentação. Pode entender-se por retórica a arte de argumentar, a arte de bem falar, cujo objectivo é persuadir e convencer um auditório a respeito de determinado assunto que é apenas passível de ser aceite. Deste modo, a argumentação e retórica encontram-se ligados já que na argumentação o objectivo é obter o máximo de adesão do auditório, e para tal, o orador deve possuir a arte de bem argumentar (retórica).