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A filosofia do diálogo de Martin Buber
Prof. Dr. Felipe Pinho
www.felipepinho.com
As Filosofias
existenciais
• Existência – ex – sistencia –
ek-sistencia = poder-ser =
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substância.
• Projetando para além
daquilo que estamos sendo a
cada instante as nossas
possibilidades existenciais =
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As Filosofias
existenciais
• “Ek-sistência, a essência ou o modo próprio de ser do homem, enquanto
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fazer-se visível ou mostrar-se, ou seja, o desvelar-se ou desencobrir-se.
Ser ek-sistência, ek-sistir, é ser no ek, no ex, isto é, no fora, melhor, no
aberto ou ex-posto, portanto, ser na ex-posição a... o ser, que é ser
exposto ou no aberto (revelado, mostrado) de ser e isto perfaz ou
constitui o sentido de ser. Isto é ser no sentido de ser. O homem é este
modo de existir (isso é o ek-sistir) ou de viver”.
• A existência constitui para o ser humano a sua diferença ontológica,
aquilo que o diferencia de todos os outros entes. Pois só o ser humano,
de fato, tem existência.
FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo". In: SANTORO, Fernando
et al. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Hexis; Fundação Biblioteca Nacional,
2010, pp. 166-7. (Coleção Pensamento no Brasil, vol. 1)
Influências
• Judaísmo – Hassidismo
✓“Deus pode ser contemplado em
cada coisa, e atingido em cada
ação pura. “O ensinamento
hassídico é essencialmente uma
orientação para uma vida de
fervor, em alegria entusiástica.”
• Filosofia da vida (Kierkegaard,
Nietzsche, Bergson).
• Fenomenologia
• Ontologia
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RELAÇÃO A UMA
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HUMANO
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• A compreensão da alteridade
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relação.
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• Não há EU em si, mas apenas o EU da
palavra-princípio EU-TU e o EU da palavra-
princípio EU-ISSO. (Buber).
• “Buber efetua uma verdadeira
fenomenologia da relação, cujo princípio
ontológico é a manifestação do ser ao
homem que o intui imediatamente pela
contemplação”.
• “A palavra, como portadora de ser, é o
lugar onde o ser se instaura como
revelação”.
(NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
O fato primitivo para
Buber é a relação
As palavras-princípio são proferidas pelo ser.
Se se diz TU profere-se também o EU da
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A palavra-princípio EU-TU só pode ser
proferida pelo ser na sua totalidade.
A palavra-princípio EU-ISSO não pode jamais
ser proferida pelo ser em sua totalidade.
(Buber)
O fato
primitivo para
Buber é a
relação
• “A reflexão inicial de EU E TU apresenta a
palavra como sendo dialógica. A categoria
primordial da dialogicidade da palavra é o
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• “A palavra é princípio, fundamento da
existência humana. A palavra-princípio alia-se
à categoria ontológica do “entre”
(“zwischen”) objetivando instaurar o evento
dia-pessoal da relação. A palavra como dia-
logo é o fundamento ontológico do inter-
humano”.
(NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
Eu – Tu e Eu - Isso
• As atitudes se traduzem pela palavra-
princípio EU-TU e pela palavra-princípio EU-
ISSO.
• EU-TU – TU-EU é um ato essencial do
homem, atitude de encontro entre dois
parceiros na reciprocidade e na confirmação
mútua. Atitude ontológica.
• EU-ISSO é a experiência e a utilização, atitude
objetivante, atitude cognoscitiva.
(NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
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• A totalidade presente no EU-TU não é simplesmente a soma das sensações
internas do EU psicológico.
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• EU-ISSO é proferido pelo EU como sujeito de experiência e utilização de
alguma coisa.
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conhecimento conceitual que analisa um dado ou um objeto é posterior à
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• As duas palavras-princípio fundam duas
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EU-ISSO instaura o mundo do ISSO, o lugar e o
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8. Circularização ou reconhecimento do Nós - gestalt relacional (Eu-Nós)
9. Inversão de papéis – reciprocidade – Tele.
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Referências
BUBER, Martin. Eu e Tu. Tradução do alemão, introdução e notas
por Newton Aquiles Von Zuben. 10. ed. São Paulo: Centauro,
2001.
FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo". In:
SANTORO, Fernando et al. Emanuel Carneiro Leão. Rio de
Janeiro: Hexis; Fundação Biblioteca Nacional, 2010, pp. 166-7.
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A filosofia do diálogo de Martin Buber

  • 1. A filosofia do diálogo de Martin Buber Prof. Dr. Felipe Pinho www.felipepinho.com
  • 2.
  • 3. As Filosofias existenciais • Existência – ex – sistencia – ek-sistencia = poder-ser = projeta-ser = não somos substância. • Projetando para além daquilo que estamos sendo a cada instante as nossas possibilidades existenciais = liberdade
  • 4. As Filosofias existenciais • “Ek-sistência, a essência ou o modo próprio de ser do homem, enquanto o lugar (o Da de Da-sein) ou a clareira do ser, fala do aberto ou do exposto (disposto, pré-disposto ou apto) do homem ao aparecer, ao fazer-se visível ou mostrar-se, ou seja, o desvelar-se ou desencobrir-se. Ser ek-sistência, ek-sistir, é ser no ek, no ex, isto é, no fora, melhor, no aberto ou ex-posto, portanto, ser na ex-posição a... o ser, que é ser exposto ou no aberto (revelado, mostrado) de ser e isto perfaz ou constitui o sentido de ser. Isto é ser no sentido de ser. O homem é este modo de existir (isso é o ek-sistir) ou de viver”. • A existência constitui para o ser humano a sua diferença ontológica, aquilo que o diferencia de todos os outros entes. Pois só o ser humano, de fato, tem existência. FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo". In: SANTORO, Fernando et al. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Hexis; Fundação Biblioteca Nacional, 2010, pp. 166-7. (Coleção Pensamento no Brasil, vol. 1)
  • 5. Influências • Judaísmo – Hassidismo ✓“Deus pode ser contemplado em cada coisa, e atingido em cada ação pura. “O ensinamento hassídico é essencialmente uma orientação para uma vida de fervor, em alegria entusiástica.” • Filosofia da vida (Kierkegaard, Nietzsche, Bergson). • Fenomenologia • Ontologia
  • 6. Buber e Moreno – Moreno e Buber
  • 7. EU E TU, DE UMA ONTOLOGIA DA RELAÇÃO A UMA ANTROPOLOGIA DO INTER- HUMANO • A crítica ao solipsismo ✓Buber – Lévinas – Ricoeur – Heidegger • A compreensão da alteridade • A ontologia da relação • Não há EU em si, independente; em outros termos o si-mesmo não é substância mas relação. • O EU se torna EU em virtude do Tu.
  • 8.
  • 9. O fato primitivo para Buber é a relação • Não há EU em si, mas apenas o EU da palavra-princípio EU-TU e o EU da palavra- princípio EU-ISSO. (Buber). • “Buber efetua uma verdadeira fenomenologia da relação, cujo princípio ontológico é a manifestação do ser ao homem que o intui imediatamente pela contemplação”. • “A palavra, como portadora de ser, é o lugar onde o ser se instaura como revelação”. (NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
  • 10. O fato primitivo para Buber é a relação As palavras-princípio são proferidas pelo ser. Se se diz TU profere-se também o EU da palavra-princípio EU-TU. Se se diz ISSO profere-se também o EU da palavra-princípio EU-ISSO. A palavra-princípio EU-TU só pode ser proferida pelo ser na sua totalidade. A palavra-princípio EU-ISSO não pode jamais ser proferida pelo ser em sua totalidade. (Buber)
  • 11. O fato primitivo para Buber é a relação • “A reflexão inicial de EU E TU apresenta a palavra como sendo dialógica. A categoria primordial da dialogicidade da palavra é o “entre””. • “A palavra é princípio, fundamento da existência humana. A palavra-princípio alia-se à categoria ontológica do “entre” (“zwischen”) objetivando instaurar o evento dia-pessoal da relação. A palavra como dia- logo é o fundamento ontológico do inter- humano”. (NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
  • 12. Eu – Tu e Eu - Isso • As atitudes se traduzem pela palavra- princípio EU-TU e pela palavra-princípio EU- ISSO. • EU-TU – TU-EU é um ato essencial do homem, atitude de encontro entre dois parceiros na reciprocidade e na confirmação mútua. Atitude ontológica. • EU-ISSO é a experiência e a utilização, atitude objetivante, atitude cognoscitiva. (NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
  • 13. Eu – Tu e Eu - Isso • A totalidade presente no EU-TU não é simplesmente a soma das sensações internas do EU psicológico. • A totalidade precede ontologicamente a separação. • A palavra EU-TU precede a palavra EU-ISSO. • EU-ISSO é proferido pelo EU como sujeito de experiência e utilização de alguma coisa. • A “contemplação” é anterior ao conhecimento. A inteligência, o conhecimento conceitual que analisa um dado ou um objeto é posterior à intuição do ser. • EU-ISSO é posterior ao EU-TU. (NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
  • 14. Eu – Tu e Eu - Isso • As duas palavras-princípio fundam duas possibilidades do homem realizar sua existência. • A palavra EU-TU é o esteio para a vida dialógica, e EU-ISSO instaura o mundo do ISSO, o lugar e o suporte da experiência, do conhecimento, da utilização. (NEWTON AQUILES VON ZUBEN)
  • 15. Contribuições de Fonseca à Matriz de Identidade de Moreno A matriz de identidade descreve o processo de aprendizagem relacional da criança. Representa o berço da consciência de quem somos e de quanto valemos nas relações (conceito autovalorativo).
  • 16. Fases da Matriz de Identidade (Fonseca) 1. Indiferenciação – cosmos 2. Simbiose 3. Reconhecimento do Eu ou fase do espelho - (Eu – Tu) 4. Reconhecimento do Tu - (Eu – Tu) 5. Relações em corredor – (Eu – Tu - Eu – Tu - Eu – Tu) 6. Pré-inversão de papéis ou assumir o papel do outro 7. Triangulação ou reconhecimento do Ele – (Eu-Tu, Tu-Ele, Eu-Ele) 8. Circularização ou reconhecimento do Nós - gestalt relacional (Eu-Nós) 9. Inversão de papéis – reciprocidade – Tele. 10. Encontro - ápice télico
  • 17. Referências BUBER, Martin. Eu e Tu. Tradução do alemão, introdução e notas por Newton Aquiles Von Zuben. 10. ed. São Paulo: Centauro, 2001. FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo". In: SANTORO, Fernando et al. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Hexis; Fundação Biblioteca Nacional, 2010, pp. 166-7. (Coleção Pensamento no Brasil, vol. 1)