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Friedrich Nietzsche
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Como filosofar com um martelo
• A filosofia da suspeita
• A transvaloração de todos os valores
VALORES
VALORES
VIDA
VIDA
Por que sou tão
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A morte de Deus
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• “De fato nós, filósofos e ‘espíritos livres’, ante a notícia de que o velho
Deus morreu nos sentimos como iluminados por uma nova aurora;
nosso coração transborda de gratidão, espanto, pressentimento,
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A origem da decadência do homem
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✓Sócrates e o fim da Filosofia
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A metafísica da vontade de poder
• A vontade de poder é a essência mais íntima do ser. É o caráter
fundamental do ente enquanto tal.
• Ser para Nietzsche é viver.
• Vontade de poder é querer superar-se a si mesmo.
• É o comandar, “é ser senhor próprio ao dispor das possibilidades”. (N,
p. 647).
• “(...) a vontade de poder é “a essência mais intrínseca do ser”. “O ser”
visa aqui, segundo os padrões linguísticos da metafísica: o ente na
totalidade”. (Heidegger, ASND, pp. 497).
A metafísica da vontade de poder
• “Na medida, porém, em que comandar é um obedecer a si mesmo, a
vontade, correspondendo à essência do poder, pode ser igualmente
concebida como vontade de vontade.” (N, p. 648).
• “Todo vivente é vontade de poder. ‘Ter e querer ter mais, dito em
uma palavra crescimento – é isto que é a própria vida’ (Nietzsche, A
vontade de poder). Toda mera conservação de poder já é decadência
da vida. Poder é comando para o mais-poder”. (N, p. 648).
• Vida significa aqui a vontade de vontade. “Vivente”: isso já significa
‘avaliar’”.
"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua
mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu
vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e
ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada
dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há
de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te
retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo
modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo
modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da
existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha
da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e
amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste
alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías:
"Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse
pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te
transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e
de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?"
pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou,
então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a
vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna
confirmação e chancela?"
O peso mais
pesado:
o absurdo da
existência
O eterno retorno
• Interpretação cosmológica
• Interpretação ética ou estética da existência como afirmação
VONTADE DE PODER
AMOR FATI
• Meu ensinamento diz: viver de tal modo que tenhas de desejar viver
outra vez, é a tarefa, - pois assim será em todo caso! Quem encontra
no esforço o mais alto sentimento, que se esforce; quem encontra no
repouso o mais alto sentimento, que repouse; quem encontra em
subordinar-se, seguir, obedecer, o mais alto sentimento, que
obedeça. Mas que tome consciência do que é que lhe dá o mais alto
sentimento, e não receio nenhum meio! Isso vale a eternidade! [§27
da primavera-outono de 1881] (NIETZSCHE, 1978b, p. 390).
“(...) a substância do homem não é o
espírito, como síntese de alma e corpo,
mas sim a existência”.
(Heidegger. Ser e Tempo).
O Nada existencial e o desamparo essencial
“Nem que se eu bebesse o mar, eu
encheria o que tenho de fundo”.
(Djavan)
Ecce Homo
• Eis o homem, eis a vida!
• Segurança cotidiana e angústia
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Indicação de leitura
• Um encontro com Friedrich Nietzsche. José Reinaldo Felipe Martins
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  • 2.
  • 3. Como filosofar com um martelo • A filosofia da suspeita • A transvaloração de todos os valores VALORES VALORES VIDA VIDA
  • 4. Por que sou tão sábio?
  • 5.
  • 6. A morte de Deus • Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: “Procuro Deus! Procuro Deus!”? (...) “Para onde foi Deus?”, gritou ele, “já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos assassinos! (...) Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! Como nos consolar, a nós, assassinos entre os assassinos? (Nietzsche, A Gaia Ciencia : 125)
  • 7. Se Deus não existe tudo é permitido? (Dostoiévski - Os irmãos Karamazov)
  • 8. A sentença “Deus está morto” • “De fato nós, filósofos e ‘espíritos livres’, ante a notícia de que o velho Deus morreu nos sentimos como iluminados por uma nova aurora; nosso coração transborda de gratidão, espanto, pressentimento, expectativa [...] o mar, o nosso mar, está novamente aberto e provavelmente nunca houve tanto ‘mar aberto’ ” (Nietzsche, A Gaia Ciência : 343)
  • 9. A origem da decadência do homem • A origem da tragédia: ✓Sócrates e o fim da Filosofia ✓A moral como decadência ✓O espírito apolíneo ✓ O espirito dionosíaco
  • 10. A moral decadente • O homem moral como decadente • A moral dos fracos • ressentimento
  • 11. A metafísica da vontade de poder • A vontade de poder é a essência mais íntima do ser. É o caráter fundamental do ente enquanto tal. • Ser para Nietzsche é viver. • Vontade de poder é querer superar-se a si mesmo. • É o comandar, “é ser senhor próprio ao dispor das possibilidades”. (N, p. 647). • “(...) a vontade de poder é “a essência mais intrínseca do ser”. “O ser” visa aqui, segundo os padrões linguísticos da metafísica: o ente na totalidade”. (Heidegger, ASND, pp. 497).
  • 12. A metafísica da vontade de poder • “Na medida, porém, em que comandar é um obedecer a si mesmo, a vontade, correspondendo à essência do poder, pode ser igualmente concebida como vontade de vontade.” (N, p. 648). • “Todo vivente é vontade de poder. ‘Ter e querer ter mais, dito em uma palavra crescimento – é isto que é a própria vida’ (Nietzsche, A vontade de poder). Toda mera conservação de poder já é decadência da vida. Poder é comando para o mais-poder”. (N, p. 648). • Vida significa aqui a vontade de vontade. “Vivente”: isso já significa ‘avaliar’”.
  • 13. "E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"
  • 14. O peso mais pesado: o absurdo da existência
  • 15. O eterno retorno • Interpretação cosmológica • Interpretação ética ou estética da existência como afirmação VONTADE DE PODER AMOR FATI
  • 16. • Meu ensinamento diz: viver de tal modo que tenhas de desejar viver outra vez, é a tarefa, - pois assim será em todo caso! Quem encontra no esforço o mais alto sentimento, que se esforce; quem encontra no repouso o mais alto sentimento, que repouse; quem encontra em subordinar-se, seguir, obedecer, o mais alto sentimento, que obedeça. Mas que tome consciência do que é que lhe dá o mais alto sentimento, e não receio nenhum meio! Isso vale a eternidade! [§27 da primavera-outono de 1881] (NIETZSCHE, 1978b, p. 390).
  • 17. “(...) a substância do homem não é o espírito, como síntese de alma e corpo, mas sim a existência”. (Heidegger. Ser e Tempo).
  • 18. O Nada existencial e o desamparo essencial “Nem que se eu bebesse o mar, eu encheria o que tenho de fundo”. (Djavan)
  • 19. Ecce Homo • Eis o homem, eis a vida! • Segurança cotidiana e angústia • Ser si-mesmo
  • 20. Indicação de leitura • Um encontro com Friedrich Nietzsche. José Reinaldo Felipe Martins Filho. Maria da Conceição Rodrigues dos Santos. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0548.pdf