3. Mas o que é, de fato, a gestalt?
Palavra alemã que significa algo como:
“dar forma ao que esta diante dos nossos olhos”
O exato seria dizer Gestaltung, palavra que indica uma ação
prevista, em curso ou acabada, que implica um processo de
dar forma, uma “formação”.
Ela trouxe a ideia de que o todo é maior e diferente do que a
soma das partes
Ex.: quando alguém olha para um automóvel, vê um carro, e
não quatro rodas, portas de metal, um motor, poltronas etc...
As coisas ganham sentido pela forma como estão
organizadas e pelo contexto em que estão.
Para compreender um comportamento é preciso ter uma
visão sintética, percebe-lo no conjunto mais amplo do
contexto global.
Solane
4. A terapia: unidade, saúde,
santidade
• Para a GT os objetivos terapêuticos estão ligados à
definição atual de saúde dada pela OMS
(Organização Mundial da Saúde), onde a saúde
deixa de ser a ausência de doenças e passa a ser um
estado de completo bem-estar físico, mental e
social. Nesta perspectiva mais global, a terapia
passa a visar o desenvolvimento do bem estar
harmonioso, e não a cura, ou a reparação de
alguma doença a partir de um referencial de
normalidade estatística. A GT valoriza a saúde como
um estado de harmonia, equilíbrio, crescimento
pessoal por meio da integração de polaridades,
onde o direito à diferença, a originalidade,
singularidade e individualidade são valorizadas,
diferenciando-se muito das visões normalizadoras,
centradas na adaptação social.
Solane
5. A quem então se destina a Gestalt?
• A Gestalt é hoje praticada em contextos e com objetivos
muito diferentes: em psicoterapia individual face a face,
em terapia de casais, em terapia familiar, em grupos
contínuos de terapia, mas também em grupos de
desenvolvimento pessoal do potencial individual, assim
como em instituições ou ainda em empresas do setor
industrial ou comercial.
Trabalha distúrbios físicos, psicossomáticos ou
psíquicos, dificuldade com problemas existenciais
Solane
6. História e Geografia da gestalt
• Inicialmente europeia, foi introduzida na
Alemanha a partir de 1962 e ensinada
desde 1972
• Difundiu se rapidamente nos países
germânicos e anglo-saxões e hoje penetra
em todos os continentes
• Teve o ponto de partida com o trabalho do
psicoterapeuta e psiquiatra alemão
Friedrich Salomon Perls
• 1968 movimento da “contracultura” –
revalorizar o ser em relação ao ter,
emancipar o saber em relação ao poder
Dayane
7. História e Geografia da gestalt
• Uma arte de viver, síntese coerente de várias
correntes filosóficas, metodológicas e
terapêuticas no qual o todo é diferente da soma
de suas partes.
• Se situa na interseção entre a psicanalise, as
terapias psicocorporais de inspiração reichiana, o
psicodrama, o sonho-desperto, os grupos de
encontro, as abordagens fenomenológica e
existencial, as filosofias orientais.
Dayane
8. História e Geografia da gestalt
• Dá ênfase à tomada de consciência da
experiência atual, “o aqui e agora” e reabilita a
percepção emocional e corporal
• Perspectiva unificadora do ser humano
• Favorece um contato autêntico com os outros e
consigo mesmo
• Desmascara nossas evitações
• Não objetiva simplesmente explicar as origens de
nossas dificuldades, mas experimentar pistas
para soluções novas
Dayane
9. História e Geografia da gestalt
• Cada um é responsável por suas escolhas e suas
evitações
• O trabalho é geralmente individualizado
• Busca favorecer a tomada de consciência global
da forma como funcionamos e de nossos
processos:
De ajustamento criador ao meio
De integração da experiência presente de nossas evitações e de
nossos mecanismos de defesa ou resistência
o Busca a coerência interna do estar-no-mundo
global para descobrir e elaborar o próprio estilo
de vida
Dayane
10. História e Geografia da gestalt
• Incita a se conhecer melhore a aceitar se tal
como é.
“Ser o que sou, antes de ser de outra maneira: é a “teoria paradoxal da
mudança”...É no momento em que me aceito como sou, que me torno capaz de
mudar”(Beisser, 1970)
• O essencial da Gestalt não esta em suas técnicas,
mas no espirito geral do qual ela procede e que
as justificam
• É preciso dar-se conta do que acontece consigo,
podendo assim reencontrar o seu equilíbrio.
Dayane
11. Algumas Técnicas
• Awareness (do inglês, “estar ciente)
• O que ocorre quando o paciente combina as
informações levantadas durante a terapia e
percebe o que esta acontecendo com ele, um
passo decisivo para mudar sentimentos e
atitudes para reduzir o sofrimento
• O exercício de awareness costuma ser usado como
aquecimento, favorecendo, se for o caso, a partir do
que sinto no momento, a emergência de uma
“situação inacabada” anterior
• Responde a quatro questões chave:
• O que você esta fazendo agora?
• O que você sente neste momento?
• O que você esta evitando?
• O que você quer, o que espera de mim?
Gabi/Katia
12. Algumas Técnicas
• O hot seat
– Cadeira reservada ao lado da do terapeuta para o
cliente que desejar trabalhar sentar voluntariamente.
• Cadeira vazia
– Local para projetar um personagem imaginário com o
qual deseja se relacionar
• Dramatização
– Ênfase que favorece a conscientização, a awareness,
propondo uma ação visível e tangível, que mobiliza o
corpo e a emoção e permite assim que o cliente viva a
situação intensamente.
Gabi/Katia
13. Algumas Técnicas
• O Monodrama
– Variante do psicodrama, onde o próprio protagonista
desempenha, alternadamente os diferentes papéis da
situação evocada por ele.
• As polaridades
– Com o monodrama podemos explorar as polaridades
opostas de uma relação (amor e ódio)
• A amplificação
– Tornar mais explicito o que esta implícito, projetar na
cena exterior o que ocorre na cena interior
Gabi/Katia
14. Algumas Técnicas
• Interpelação direta (falar com... E não falar
de...)
– Evitamos falar de alguém (presente ou ausente):
dirigimos a palavra diretamente à pessoa,
permitindo passar de uma reflexão interna de
ordem intelectual, a um contato relacional de
ordem emocional.
• Trabalho com sonho
– O sonho é abordado por uma descrição, seguida
da “dramatização” sucessiva dos diversos
elementos do sonho, com os quais o cliente é
convidado a se identificar sucessivamente – em
palavras e gestos – sendo cada um desses
elementos considerado uma Gestalt inacabada ou
uma expressão parcial do próprio sonhador.
Gabi/Katia
15. Algumas Técnicas
• A expressão metafórica
– É utilizado técnicas de expressão artística:
desenho ou pintura, modelagem ou escultura,
produção musical, dança e outros.
Gabi/Katia
16. A árvore genealógica da gestalt
• A árvore Genealógica da Gestalt-terapia se
estende por inúmeras raízes, nutridas por
diversas correntes filosóficas e terapêuticas
provenientes tanto da Europa quanto das
Américas e do Oriente que fizeram parte do
arsenal cultural de seu fundador, o judeu
alemão Fritz Perls
Marco
17. O que reteve das correntes
• Da fenomenologia:
– Que é mais importante descrever do que explicar;
– Que o essencial é a vivencia imediata;
– Que nossa percepção do mundo e do que nos
rodeia é dominada por fatores subjetivos
irracionais, que lhe conferem um sentido diferente
para cada um;
Marco
18. O que reteve das correntes
• Do existencialismo:
– os princípios e pressupostos do existencialismo nos
ajudam a fazer a transposição para a Gestalt já que
para ambos a existência é a grande interrogação;
– A singularidade de cada existência humana e a noção
de responsabilidade de cada pessoa que participa
ativamente da construção de seu projeto existencial e
confere um sentido original ao que acontece e ao
mundo que a rodeia, criando sua relativa liberdade.
Marco
19. O que reteve das correntes
• A Gestalt ratifica a premissa em que cada ser humano é
visto como sendo o único responsável pelas suas
escolhas, e esse modo de pensar influencia de modo
relevante as intervenções do terapeuta na prática
clínica. Existe uma outra importante contribuição do
existencialismo que é o viver a experiência no aqui-e-
agora.
• Noel Salathe considera a Gestalt como um canal
terapêutico do existencialismo, que aborda cinco
proposições existenciais fundamentais: a finitude, a
responsabilidade, a solidão, a imperfeição e o absurdo.
Marco
20. Batismo agitado de uma criança
bastarda
• Gestalt terapia é uma abordagem
fenomenológica e existencialista de origem
essencialmente europeia.
• A escolha da denominação gerou controvérsia
entre os criadores que temiam ser confundidos
com a Psicologia da Gestalt, surgiram sugestões:
– Psicanálise existencial
– Terapia integrativa
– Terapia da concentração
– Terapia existencial
Karol
21. A psicologia da gestalt ou teoria da
gestalt
• Surge na Alemanha por entre 1910-1920
MAX WERTHEIMER
(1880 – 1943)
Bibliografia mais
conhecida:
Pensamento Produtivo
KURT KOFFKA (1886
– 1941)
Percepção: uma
Introdução a
Teoria da Gestalt
WOLFGANG KÖHLER
(1887 – 1967)
Porta Voz do movimento
insight
Karol
22. A psicologia da gestalt ou teoria da
gestalt
• Desenvolvida por Chrinstiam von Ehrenfels, filósofo e
psicólogo, a Psicologia da Gestalt estuda as sensações
(dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o
dado físico).
• As bases dessa teoria psicológica foram estruturadas a
partir desses estudos, que estabeleciam a forma e sua
percepção, por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e
Kurt Koffka.
• A Teoria da Gestalt estuda a percepção e a sensação do
movimento, os processos psicológicos envolvidos
diante de um estímulo e como este é percebido pelo
sujeito.
Karol
23. A polissemia das formas
• Percepção personalizada da realidade
• É a visão subjetiva que confere um forma
simbólica
• É um conjunto significativo, não necessariamente
por si mesmo, mas sobre tudo para mim
• Qualquer fenômeno observado nunca é uma
realidade objetiva em si, mas uma inter-relação
global entre o próprio fenômeno e o seu meio
momentâneo
Brenna