2. A equipe de enfermagem é
responsável pela montagem da
sala cirúrgica, para que o
procedimento cirúrgico possa
ocorrer com segurança e
tranquilidade, priorizando a saúde
do paciente.
É preciso prever os materiais,
instrumentais e equipamentos
indispensáveis para a realização do
procedimento cirúrgico-anestésico
e prover a sala cirúrgica de todo
esses itens necessários.
São recomendações importantes
que o profissional deve estar
atendo antes de iniciar a
montagem da sala cirúrgica:
3.
4. Verificar no mapa cirúrgico a cirurgia que será realizada;
Checar o nome do paciente, sua idade, horário agendado da
cirurgia, equipe cirúrgica e anestésica responsável e
observações importantes sobre o procedimento cirúrgico;
Verificar se os equipamentos e materiais específicos
solicitados, bem como os de rotina, necessários para realizar
o procedimento cirúrgico;
Lavar as mãos;
Verificar as condições de limpeza da sala cirúrgica antes de
equipá-la com materiais e equipamentos;
Testar o funcionamento dos equipamentos da sala cirúrgica;
Verificar se a mesa cirúrgica oferece a possibilidade de
manter o paciente na posição cirúrgica apropriada para a
realização do procedimento cirúrgico;
5.
6. Verificar a existência de equipamentos acessórios como bancos,
suporte de soro, braçadeiras, arco, mesas para instrumentais, hampers
e extensões elétricas;
Solicitar ou buscar os artigos médicos esterilizados específicos que
serão utilizados na cirurgia;
O circulante e também o instrumentador cirúrgico devem verificar a
integridade dos pacotes cirúrgicos;
Organizar os medicamentos e materiais descartáveis, sempre
observando a validade da esterilização e a integridade das
embalagens;
Prover a sala cirúrgica de diversos artigos para auxiliar a equipe
cirúrgica, tais como talas, ataduras, soluções, adesivos e fitas adesivas;
Abastecer a sala com impressos utilizados para registrar a cirurgia;
Verificar e montar o carro de anestesia;
Dispor em mesas auxiliares os artigos que serão utilizados pelo
anestesista.
7. Circulação na Sala Cirúrgica
A circulação da sala cirúrgica é o procedimento
desenvolvido pela equipe de enfermagem,
durante todo o procedimento cirúrgico, com o
objetivo de garantir condições funcionais e
técnicas para o adequado andamento do
procedimento cirúrgico, oferecendo segurança
ao paciente.
Esta atividade é responsabilidade da equipe de
enfermagem podendo ser realizada pelo
enfermeiro, pelo técnico ou pelo auxiliar de
enfermagem. Geralmente o enfermeiro
responsável pelo centro cirúrgico é quem
designa o profissional responsável por montar
e circular a sala cirúrgica.
O instrumentador pode auxiliar nesta
montagem, pois conhece os materiais e
equipamentos utilizados pela sua equipe
cirúrgica, agilizando e prevendo as
necessidades de cada procedimento cirúrgico.
8. São recomendações importantes para o circulante da sala cirúrgica:
Lavar as mãos;
Receber o paciente, apresentar-se e conferir sua identificação com o
seu prontuário;
Conferir os exames realizados pelo paciente;
Realizar a monitorização do paciente;
Auxiliar o médico anestesista na indução anestésica;
Auxiliar a equipe cirúrgica a paramentar-se;
Ligar os equipamentos cirúrgicos;
Posicionar o foco cirúrgico;
Aproximar o hamper próximo a equipe cirúrgica;
Realizar a contagem do número de compressas utilizadas nos
procedimentos cirúrgicos com abertura da cavidade abdominal;
Manter a sala cirúrgica em ordem;
Estar atento as solicitações da equipe cirúrgica;
Encaminhar o paciente para a sala de recuperação pós-anestésica;
Reorganizar a sala cirúrgica.
9. Desmontagem da Sala Cirúrgica
A desmontagem da sala cirúrgica é responsabilidade da equipe de enfermagem
e se resume a remover os materiais, equipamentos e artigos utilizados na
cirurgia e encaminhá-los ao expurgo.
O instrumentador cirúrgico é responsável por retirar os materiais e
equipamentos da sua equipe cirúrgica e encaminhá-los para higienização. É
importante ressaltar que o instrumentador cirúrgico não deve levar os
instrumentais sujos com matéria orgânica para ser limpo em sua casa, ele deve
realizar esta higienização no próprio hospital.
Lavar as mãos;
Calçar luvas de procedimentos, colocar os óculos de proteção e manter a
máscara facial;
Reunir os campos e instrumentais cirúrgicos não utilizados;
Descartar os materiais perfurocortantes em recipientes próprios;
Reunir e retirar os instrumentais da mesa;
Separar os materiais que foram utilizados pelo anestesiologista;
Retirar as luvas de procedimento;
Informar aos profissionais do serviço de limpeza para limparem a sala cirúrgica.
11. Bisturi Elétrico
É um equipamento cirúrgico que
transforma a corrente elétrica alternada
de baixa frequência em corrente elétrica
de alta frequência. Sua função é coagular,
dissecar e fulgurar.
A coagulação refere-se à oclusão ou
fechamento dos vasos sanguíneos por
meio da solidificação das substâncias
proteicas e de retração os tecidos.
A dissecação é a secção dos tecidos pela
dissolução da estrutura molecular e
celular, desidratando e fundindo as células
próximas ao eletrodo positivo.
A fulguração é a coagulação superficial,
indicada para eliminar pequenas
proliferações celulares cutâneas e
remover manchas.
12. Bisturi Bipolar
Este equipamento consiste
em unidades eletrocirúrgicas
bipolares, usadas com o
objetivo de coagulação.
Com o bisturi bipolar é
permitido à coagulação
bipolar, ou seja, a hemostasia
de vasos sanguíneos da
maioria dos tamanhos.
13. Bisturi Harmônico
O bisturi harmônico Ultrasicion
utiliza-se a energia elétrica para
acionar o sistema de corte e
coagulação de tecidos moles, mas
sem difundir essa corrente elétrica
para o corpo do paciente.
A potência do corte pode ser
ajustada durante o procedimento
cirúrgico, podendo essa potência
ser aumentada ou diminuída, tanto
para o corte ou para coagulação.
14. Bisturi de Argônio
Esse equipamento usa um
feixe de gás de argônio
ionizado, o plasma de
argônio, que passa conduzir
a corrente elétrica. A
fulguração produz faíscas
que atingem o tecido,
formando túneis internos. A
eficiência da coagulação,
quando comparamos com o
eletrocautério, deve-se ao
fluxo contínuo de faíscas e
não a ação do gás.
15. Aspirador Cirúrgico
Equipamento de apoio,
utilizado na absorção de
sangue e fluídos corporais
durante o procedimento
cirúrgico, sendo utilizado
tanto no procedimento
cirúrgico como na aspiração
de secreções orais e traqueais
realizada pelos anestesistas.
16. Foco Cirúrgico de Teto
É um equipamento instalado
no teto da sala operatória
com a finalidade de iluminar o
campo operatório e melhorar
a visualização do médico
cirurgião. Ele pode ter uma ou
duas cúpulas, cada uma com
diversos bulbos.
17. Foco Cirúrgico Portátil
Tem a mesma função do foco
cirúrgico de teto, porém sua
potência é menor. Sua
principal função é servir como
um foco auxiliar ou ser
utilizado em pequenos
procedimentos realizados fora
do centro cirúrgico como, por
exemplo, no centro de terapia
intensiva, hemodinâmica e
unidade coronariana.
18. Aparelho de Anestesia
Equipamento utilizado para
suprir uma mistura de gases
anestésicos e promover a
sustentação da vida do indivíduo
anestesiado com segurança.
Esse sistema não somente libera
os gases anestésicos, vapores e
oxigênio, como também provê o
período transoperatório de um
número de monitorizações
básicas, realizando ainda a
ventilação mecânica do
paciente.
19. Mesa Cirúrgica
É um equipamento destinado a acomodar o paciente
durante o procedimento cirúrgico. Possui diversos
acessórios para ser utilizado em diversos tipos de
procedimentos cirúrgicos. Pode ser elétrica ou manual.
20. Bomba de Infusão
Equipamento destinado a
infusão de drogas,
controlando sua vazão, tempo
e quantidade de líquido
infundido. Deve ser utilizada
principalmente para drogas
vasoativas.
21. Desfibrilador Cardíaco
É um equipamento destinado
a realização da desfibrilação
os cardioversão do coração.
Pode ser utilizado em
cirurgias específicas como,
por exemplo, na cirurgia
cardíaca ou em
intercorrências durante o
procedimento cirúrgico.
22. Monitor Multiparamétrico
É um equipamento destinado
a monitorização de pacientes
com a apresentação dos
seguintes parâmetros:
24. Equipamentos de Videocirurgia
São os equipamentos destinados a realização de cirurgias
por vídeo, como videocolecistectomia, videoapendicectomia,
dentre outras. Citaremos abaixo os principais equipamentos
destinados a este tipo de procedimento cirúrgico.
25. Fonte de Luz
É um equipamento que gera e fornece luminosidade
necessária para a visualização do campo de trabalho do
médico cirurgião, sendo utilizada em endoscópios rígidos ou
flexíveis.
26. Câmeras de vídeo
As micro câmeras como são
chamadas são equipamentos de
vídeo de alta definição, com
dimensões reduzidas, que são
utilizadas para tornar visíveis as
imagens de um procedimento
endoscópico por meio de um
monitor.
É possível com esse
equipamento gravar o
procedimento cirúrgico em foto
e vídeo, podendo disponibilizá-
lo em CD ou DV
27. Insufladores
Este equipamento promove a distensão da região na qual o
procedimento cirúrgico será realizado. Essa distensão pode
ser realizada pelo gás, ou também por líquidos como
manitol, glicina ou soros. O método mais comumente
utilizado pelo gás dióxido de carbono.
28. Pneumoperitônio
O pneumoperitônio é a presença de ar ou gás na cavidade
peritoneal. As cirurgias videolaparoscópicas exigem a
insuflação de dióxido de carbono por meio da agulha de
Verres com a finalidade de facilitar a visualização dos órgãos
abdominais e com isso proporcionar uma maior segurança à
cirurgia.
30. Aspecto geral da montagem de uma sala cirúrgica para a
realização de procedimentos minimamente invasivos em
coluna.
Aparelho gerador de radiofreqüência (1);
o pedal para acionamento do aparelho de raios-X (2);
os equipamentos para medida de pressão arterial e
frequência cardíaca (3);
soro para hidratar o paciente (4),
aparelho de raios-X (5) e
mesas para instrumentais (6 e 7).