instrumentação cirurgica, contexto historico, zonas do centro cirurgico, estrutura fisica, tempos cirurgicos, tratamento cirurgico e suas classificações, terminologias cirurgicas, degermação, tempos cirurgicos e outros.
3. PLANO DE AULA
• Organização da unidade de Centro Cirúrgico
• Rotinas e competências da equipe cc
• Atribuições do Instrumentador
• Legislação vigente
• terminologia cirúrgica
• Posicionamento do paciente para cirurgia
• Conceitos de esterilização e antissepsia
• paramentação
• Instrumental, montagem da mesa cirúrgica
• Tempo cirúrgico
• Preparação da sala de cirurgia, com equipamentos, mesas, medicamentos, material de sutura e anti-sepsia.
• Preparação o instrumental cirúrgico, segundo o tipo de cirurgia.
4. APRESENTAÇÃO
• A Instrumentação Cirúrgica é uma das áreas importantes para o
sucesso de uma cirurgia, pois ela é de fundamental importância para
o êxito de cada tempo cirurgia reduzindo assim o tempo de
internação dos pacientes e diminuindo as possíveis complicações da
cirurgia.
• Os cuidados prestados ao paciente cirúrgico variam de acordo
com o tipo de cirurgia e de paciente para paciente, atendendo suas
necessidades básicas e suas reações psíquicas e físicas manifestadas
durante este período.
5. OBJETIVOS
• Atualizar o profissional de enfermagem, graduandos de enfermagem e técnicos de
enfermagem acerca da instrumentação cirúrgica e dos cuidados prestados ao paciente cirúrgico.
• Possibilitar ao aluno e ao profissional de enfermagem o conhecimento teórico sobre a
instrumentação cirúrgica e a assistência ao paciente no centro cirúrgico.
6. PREMISSAS
• Centro Cirúrgico é definido como um lugar especial dentro do hospital,
convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam
apto à prática da cirurgia.
setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a
resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe
integrada. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do
cliente quanto ao controle de infecção.
A equipe cirúrgica trabalha em conjunto para implementar os padrões de
cuidado profissional, controlar os riscos iatrogênicos e individuais e para
promover resultados de alta qualidade para pacientes.
• Quando o paciente entra na sala de cirurgia, ele pode se sentir relaxado e
preparado ou altamente estressado.
• Os temores do paciente a respeito da perda de controle, do desconhecido,
da dor, morte, alterações na função ou estrutura do corpo e a ruptura do estilo de
vida podem, sem exceção, contribuir para uma ansiedade generalizada.
7. • É uma unidade especializada de um hospital, constituída por mais de uma sala de cirurgia, destinada tanto à
realização de procedimentos de qualquer natureza, que venham requerer intervenção cirúrgica, como à
recuperação pós- anestésica e pós-operatória imediata.
• Localização
A unidade de centro cirúrgico deve ocupar uma área independente da de circulação geral, ficando
livre do trânsito de pessoas e materiais estranhos ao serviço, devendo ser acessível às enfermarias
cirúrgicas.
Portaria MS
400/77 - definição
de C.C.
RDC 50/2002 -
regulamentação
infraestrutura
física
RDC 307/2002 -
50 leitos: 1
SO/ 15 leitos
cirúrgicos: 1SO
RDC 15/2012 –
processamento
de produtos
para saúde CME
8. ZONAS DO CENTRO CIRÚRGICO
• No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.
PROTEÇÃO
• Está em contato direto com
o restante do hospital, dessa
forma, estando mais
propensa à contaminação.
• É composta de vestiário,
área de transparência,
expurgo
9. ZONAS DO CENTRO CIRÚRGICO
• No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.
ZONA
LIMPA
• SEMI RESTRITA-
Secretaria, conforto
médico, recepção dos
pacientes, recuperação
pós- anestésica,
10. ZONAS DO CENTRO CIRÚRGICO
• No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.
ZONA
ESTÉRIL
• É a parte do CC com
menor grau de
contaminação, nela só se
pode transitar utilizando
máscara.
• Corredor de acesso,
lavabo, sala de operação
11. • Características Físicas
Vestiários masculino e feminino: devem ser
localizados na entrada do centrocirúrgico.
Devem conter armários e sanitários anexos
com chuveiros;
Posto de enfermagem;
Copa;
Sala para material de limpeza;
Sala de expurgo;
Sala para estocagem de material esterilizado;
Local para lavabo;
Sala de cirurgia;
Sala de estar para relatórios médicos;
Sala de estar e de repouso para pessoal;
Sala para guarda de aparelhos e equipamentos;
Rouparia;
Sala de reserva de medicamentos e soluções usados no
centro cirúrgico;
Sala de recuperação.
14. EQUIPAMENTOS E MÓVEIS
• Equipamentos e Materiais de uma Sala de Cirurgia
a. – Equipamentos Fixos: armário embutido, balcão, negatoscópio,
foco central, ar condicionado.
b. – Equipamentos Móveis: mesa cirúrgica, mesa auxiliar, mesa para
instrumental, suporte de bacia, suporte de soro, banco giratório, balde
para lixo, hamper, foco auxiliar, escadinha, aspirador, portátil, bisturi
elétrico, esfigmomanometro.
• c – Material Utilizado na Sala de Cirurgia: pacotes de avental,
campo simples ou duplo, impermeável, compressas grandes ou
pequenas, cuba-rim, bacias, sondas e drenos, luvas, caixa de
instrumentos, anestésicos, cabo de bisturi elétrico, equipos de soro,
seringas, agulhas e materiais específicos para cada cirurgia.
15.
16. • Para entendermos como funciona o fluxo do centro cirúrgico e sua importância, podemos
demarcá-lo como o setor mais importante do hospital, que atrai a evidência dos resultados.
Ser o local onde o paciente deposita toda a esperança de cura.
Necessitar de tecnologia de ponta para prestar assistência a clientela.
Ser praticamente o local mais caro do hospital.
Ao grande número de profissionais que ali trabalham, dentre eles cirurgião, anestesiologista,
enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, instrumentador cirúrgico etc.
Ao grande número de alunos que ali estagiam
Aos aspectos específicos, principalmente em sua construção, relacionados ao controle de
infecção.
A utilização racional dos recursos humanos e materiais com vistas à otimização de custos tanto
para o paciente quanto para a instituição.
A necessidade de controle de assepsia para minimizar o risco de infecção da ferida operatória.
17. ATITUDES QUE EVITAM ACIDENTES COM MATERIAIS
PÉRFUROCORTANTES
Algumas normas são de extrema relevância e devem ser plenamente definidas com base nas
normas e métodos de limpeza definido pela empresa de serviços de limpeza FUTURA (2005
apud OLIVEIRA, 2006),
UNIFORMES: obrigatoriamente protegido com avental de mangas longas, fechado na
frente e longo (abaixo dos joelhos).
CABELOS: permanentemente presos na sua totalidade.
SAPATOS: exclusivamente fechados.
JÓIAS E BIJUTERIAS: deve-se usar o mínimo possível.
MAQUIAGEM E PERFUME: a maquiagem é uma grande fonte de partículas na área
hospitalar, partículas estas que significam perigo, como também os perfumes devem ser
evitados em ambientes do centro cirúrgico.
UNHAS: devem ser curtas e bem cuidadas.
ÓCULOS: devem ser usados para todas as áreas as atividades de risco.
MÁSCARAS: devem ser usadas sempre que manipuladas substâncias químicas como alto
teor de evaporação.
LUVAS: obrigatórias na manipulação de qualquer material biológico, e com
determinados produtos químicos.
18. Todo material biológico é por princípio contaminado.
Todo material químico é por princípio prejudicial à saúde;
As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez
ao dia, e sempre após o respingo de qualquer material, sobretudo material
biológico.
O laboratório deve ser mantido limpo e livre de todo e qualquer material não
relacionado às atividades nele executadas.
Sempre após a manipulação de material biológico ou antes de deixar o
laboratório, os técnicos devem lavar as mãos.
Todos os procedimentos devem ser conduzidos com máximo cuidado,
visando evitar a formação de aerossóis.
Todo material biológico, sólido ou líquido, deve ser descontaminado antes
da lavagem ou do descarte. O material deve ser descontaminado fora da área
de atividades do laboratório.
Deverá ser colocado em um recipiente a prova de vazamento e devidamente
fechado antes do seu transporte.
19. TRATAMENTO CIRÚRGICO E SUAS CLASSIFICAÇÕES
• Momento operatório
• Finalidade
• Porte cirúrgico
• Duração
• Potencial de contaminação
21. TRATAMENTO CIRÚRGICO E SUAS CLASSIFICAÇÕES
• Sangramento grave, faf, fab, obstrução vesical ou
intestinal, queimaduras extensas, traumatismo
craniano.
Emergência
• Infecção aguda da vesícula, cálculo renais e
uretrais
Urgência
• Hiperplasia prostática sem obstrução de bexiga,
tumores de pele, catarata
Necessária
• Reparação de cicatrizes, hernia simples,
ninfoplastia
Eletiva
• Lipoplastia, abdominoplastia
Opcional
22. TRATAMENTO CIRÚRGICO E SUAS CLASSIFICAÇÕES
• tecidos estéreis ou passives de descontaminação na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local. Ex: mamoplastia.
Limpa
• Tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa, tecido de
difícil descontaminação na ausência de processo infeccioso e
inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório.
Ex: colecistectomia com colangiografia.
Potencialmente
contaminada
• Tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por
microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou
impossível. Ex: hemicolectomia
Contaminada
• Tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração
local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja.
Ex: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta.
Infectada
23. COMPETÊNCIAS DA EQUIPE
• Equipe Cirúrgica
Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num processo dinâmico e interativo, prestam assistência
sistematizadae global ao paciente durante sua permanência na unidade de centro cirúrgico.
Quatro equipes prestam assistência direta no Centro Cirúrgico. É muito importante os seus membros atuarem
de forma integrada e harmônica, visando à segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico. É importante,
ainda, que as boas relações humanas e o profissionalismo sempre prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis nesse
tipo de trabalho.
equipe de
anestesia
equipe
cirúrgica
A equipe de
limpeza
equipe de
enfermagem
24.
25. • Instrumentação cirúrgica é uma profissão de nível técnico, no
país, em que o profissional tem a função de ajudar o cirurgião no
ato cirúrgico, essas competências abrangem desde a preparação
dos instrumentos até à esterilização dos mesmos, após a cirurgia.
Sendo um profissional fundamental para o êxito da cirurgia e da
manutenção das práticas assepticas no contexto cirúrgico.
• Funções do Instrumentador Cirúrgico: Portanto, dentre as
inerentes funções, sua maior responsabilidade é com os
instrumentos cirúrgicos. Seu objetivo maior, assim como de toda
a equipe cirurgica, é a qualidade e segurança do procedimento
cirurgico,atendendo ao cliente com maior eficácia e eficiência.
26. HISTÓRIA DA INSTRUMENTAÇÃO
• Os relatos mais antigos da utilização de instrumental cirúrgico, ainda que rudimentares, datam de
4000 a.C
• Sabemos que a palavra “cirurgia” significa operação manual, pois deriva do grego kheirourgía (kheir – mão;
érgon – trabalho). Enquanto “Operação” provém do latim operatio-onis, correspondendo a um ato cirúrgico
que requer também instrumentos para aumentar a destreza do operador e possibilitar a realização de
manobras impossíveis de serem executadas apenas com as mãos
27. • São relacionados, Charaka (500 a 600 a.C.), Celsus (1 a.D.), Albucasis, Avicena, Lanfranc (Idade
Média), Ambroise Paré - conhecido como o pai da cirurgia -, no século XVI, Halsted (século
XIX), entre muitos outros que contribuíram e que contribuem para aumentar o arsenal de
instrumentos cirúrgicos que existe na atualidade
28. LEGISLAÇÃO VIGENTE
O Plenário do Senado aprovou em 11/2022 o projeto de lei que regulamenta a profissão de instrumentador cirúrgico
(PLC 75/2014) - profissional que prepara e seleciona o material cirúrgico durante uma operação. A atividade será
exclusiva de quem tem curso preparatório.
Poderão exercer a profissão os instrumentadores que já atuem por pelo menos dois anos. Os demais precisarão do
curso, que pode ser ministrado por escolas oficiais reconhecidas pelo governo federal ou por escolas estrangeiras
com revalidação de diploma no Brasil. A pessoa que trabalhar como instrumentador cirúrgico sem esses requisitos
estará incorrendo em exercício ilegal da profissão.
O projeto lista também os deveres e responsabilidades do profissional e elenca as infrações disciplinares. Entre elas:
abandonar a cirurgia, negar a assistência com os instrumentos, colaborar com intervenções cirúrgicas
desnecessárias, provocar aborto, promover eutanásia e fazer propaganda de medicamentos.
Fonte: Agência Senado
29. • A prática da IC deixou de ser realizada como parte do estágio em Centro Cirúrgico (CC), pela maioria das
escolas de enfermagem, passou a ser uma das preocupações dos enfermeiros de CC, cujo intento seria resgatar a
responsabilidade delegada a agentes de enfermagem ou não, como a maioria dos instrumentadores cirúrgicos,
cujas atividades estão assumindo uma abrangência que engloba tarefas e procedimentos que são próprios da
atuação da equipe de enfermagem.
É uma atividade de enfermagem, não sendo entretanto, ato privativo da mesma, e que o profissional de enfermagem,
atuando como instrumentador cirúrgico, por força de lei, subordina-se exclusivamente, ao responsável técnico pela
unidade. (Resolução nº 214/1998 do COFEN).
A formação do instrumentador cirúrgico no âmbito da enfermagem foi contemplada como sendo uma especialidade
de nível médio na Resolução Cofen nº 418/2011, no Parecer Cofen nº 03/2015 e na Resolução Cofen nº 609/2019.
30. ATRIBUIÇÕES DO INSTRUMENTADOR
• As atribuições do instrumentador iniciam-se ao indicar os instrumentos necessários a cada
operação, bem como todos os materiais a ser utilizado durante a operação.
• Já paramentado, deve escolher o local da sala menos movimentado iniciando
sistematicamente a organização da mesa cirúrgica.
• O instrumentador é responsável pela antisepsia, e é também o elo da equipe cirúrgica com as
enfermeiras, solicitando os materiais de acordo com o tempo operatório (aspirador, fios,
gazes, panos, sondas, etc).
• Não resta outra opção ao jovem cirurgião e ao instrumentador cirúrgico a não ser se
familiarizar com a terminologia, a forma e a indicação para a utilização de um grande
armamentário, composto por bisturis, tesouras, pinças, porta-agulhas e afastadores, dentre
muitos outros.
31. • Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato cirúrgico;
• paramentar-se, de acordo com técnica asséptica, cerca de 15 minutos antes do início da cirurgia;
• Conhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e colocá-los sobre a mesa, de acordo com sua
utilização nos tempos cirúrgicos;
• Preparar agulhas e fios adequados a cada tempo;
• Auxiliar cirurgião e assistentes na paramentação;
• Auxiliar na colocação dos campos operatórios;
• Prever e solicitar material complementar ao circulante de sala;
• Responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação ordenada e metódica dos instrumentais, desde
o início até o fim da operação;
• Entregar o instrumento com presteza, de acordo com sinal manual ou pedido verbal da equipe;
• Sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o assistente;
• Desprezar o material contaminado;
• Observar e controlar para que nenhum material permaneça no campo operatório;
• Auxiliar no curativo e no encaminhamento do paciente à devida unidade;
• Conferir o material após o uso;
• Retirar o material da SO e encaminhá-lo à CME.
32. TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS
Os termos são formados por:
Prefixo que designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia
Sufixo que indica o ato cirúrgico realizado
EX (externo, fora)
CINCUN (ao redor)
CISÃO (separação)
Ex: exoftalmia (projeção acentuada do globo ocular)
Cincuncisão ou postectomia (excisão do prepúcio)
34. PRINCIPAIS PREFIXOS
Prefixo Relativo(a)
masto mama
meningo meningite
nefro rim
oftamo olho
ooforo ovário
orqui testículo
osteo osso
oto ouvido
procto reto
rino nariz
salpingo trompa
traqueo traqueia
35. PRINCIPAIS SUFIXOS
Sufixo Significado
ectomia Remoção total ou parcial
pexia Fixação de um orgão
plastia Alteração de forma ou função
rafia sutura
scopia
Visualização do interior de um corpo em geral por meios de
aparelhos com lentes especiais
stomia Abertura de um órgão ou de uma nova boca
tomia Incisão, abertura de parede ou orgão
37. Cirurgia para remoção de
Pancreatectomia pâncreas
Pneumectomia pulmão
Prostatectomia próstata
Retosigmoidectomia retosigmóide
Salpingectomia trompa
Tireoidectomia tireóide
REMOÇÕES
38. Cirurgia Operações de abertura (tomia)
Artrotomia abertura da articulação
Broncotomia abertura do brônquio
Cardiotomia abertura do cárdia (transição esôfago-gástrica)
Coledocotomia abertura e exploração do colédoco
Duodenotomia abertura do duodeno
Flebotomia dissecção (individualização e cateterismo) de veia
Laparotomia abertura da cavidade abdominal
Papilotomia abertura da papila duodenal
Toracotomia abertura da parede torácica
ABERTURAS
39. STOMIAS
Cirurgia Construção cirúrgica de novas bocas (stomia
Cistostomia abertura da bexiga para drenagem de urina
Colecistostomia abertura e colocação de dreno na vesícula biliar
Coledocostomia colocação de dreno no colédoco para drenagem
Colostomia abertura do colo através da parede abdominal
Enterostomia abertura do intestino através da parede abdominal
Gastrostomia
abertura e colocação de uma sonda no estômago através da
parede abdominal
Ileostomia formação de abertura artificial no íleo
Jejunostomia colocação de sonda no JeJuno para alimentação
Nefrostomia colocação de sonda no rim para drenagem de urina
40. PRINCIPAIS SUFIXOS E PREFIXOS
Cirurgia fixação ou reposicionamento (pexia)
Histeropexia suspensão e fixação do útero
Nefropexia suspensão e fixação do rim
Orquiopexia abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa
Cistopexia Fixação da bexiga geralmente á parede abdominal
41. PRINCIPAIS SUFIXOS E PREFIXOS
Cirurgia Alteração da forma e/ou função (plastia)
Piloroplastia plástica do piloro para aumentar seu diâmetro
Rinoplastia plástica do nariz
Salpingoplastia plástica da trompa para sua recanalização
Toracoplastia plástica da parede torácica
42. PRINCIPAIS SUFIXOS E PREFIXOS
Cirurgia sutura (rafia)
Colporrafia sutura da vagina
Gastrorrafia sutura do estômago
Herniorrafia sutura da hérnia
Perineorrafia sutura do períneo
Tenorrafia sutura de tendão
43. PRINCIPAIS SUFIXOS E PREFIXOS
Cirurgia observação e exploração (scopia)
Broncoscopia exame sob visão direta dos brônquios
Cistoscopia idem para bexiga
Esofagoscopia idem para esôfago
Gastroscopia idem para estômago
Laringoscopia idem para laringe
Laparoscopia idem para cavidade abdominal
Retossigmoidoscopia idem para retossigmóide
44. CONCEITOS NA ESTERILIZAÇÃO
É o processo de destruição de todos os organismos, patogênicos e nãopatogênicos, incluindo os esporos.
a) Microrganismos: organismos vivos, invisíveis a olho nú;
b) Microrganismos patogênicos: os que causam doençasinfecciosas;
c) Esporos: são formas inativas de bactérias;
d) Desinfecção: é o processo de destruição de todos os organismos patogênicosexceto os esporulados;
e) Desinfetante: é uma substância química utilizada para fazer a desinfecção;
f) Antisséptico: é toda substância capaz de impedir a proliferação das bactérias.Inativando-as ou
destruindo-as;
g) Bactericidas: agentes que matam as bactérias.
45. ASSEPSIA
Manobras cujo intuito é manter o doente e o meio ambiente cirúrgico livre de
germes (Goffi):
• Desinfecção
• Esterilização
• Degermação
• Antissepsia
46. DESINFECÇÃO
• Extermínio e inibição da proliferação de micro- organismos por meio de soluções
químicas
• Todos os materiais/objetos necessitam de enxágue após desinfecção (exceto
superfícies)
47. ESTERILIZAÇÃO
• Eliminação total de vida microbiológica, inclusive as esporuladas, aplica-se
especificamente a objetos inanimados
48. DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS
• Eliminar ou reduzir todos os organismos transitórios e residentes da pele, além de
proporcionar efeito residual na pele.
• Antes da 1ª cirurgia do dia escovar por 5 minutos e nas cirurgias subsequentes por 2
minutos
• PVPI 10%, Clorexidina degermante2%
49. ANTISSEPSIA (PINTURA) SÍTIO OPERATÓRIO
• Utilização de produtos (microbiocidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa
com o objetivo de reduzir os microrganismos em sua superfície
• Clorexidina alcoólica 0,5%, PVPI 10%
50. LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
• Os instrumentos cirúrgicos representam um elevado
investimento, se manuseados de maneira inadequada podem ter
sua durabilidade afetada, comprometendo sua vida útil,
causando prejuízos ao comprador.
• Um dos grandes problemas da cirurgia é o risco de infecção,
assim a equipe cirúrgica deve atentar a regras rígidas de
limpeza e esterilização do material envolvido nas operações,
principalmente com a descoberta do vírus da AIDS e outros
agentes patogênicos.
• O processo de limpeza pode ser mecânico manual e/ou por
máquina de lavar, por limpador ultrassônico de instrumentos,
removendo mancha de sangue, gorduras, pus e outras secreções,
e tem padronização adequada para evitar disseminação de
contaminação, e danos ao instrumental.
LAVADORA ULTRASSÔNICA
LAVAGEM MANUAL
51. TÉCNICA PARA MANTER A INTEGRIDADE E DURABILIDADE
DOS INSTRUMENTOS
1- Separar os instrumentos mais delicados e em pequenas quantidades. Colocá-los em cestos furados e nunca devem
estar misturados com instrumentos mais pesados
2- Utilize escova com cerdas naturais e macias para a limpeza de cremalheiras e serrilhas.
3- No processo de lavagem os instrumentos articulados devem ser colocados em posição aberta e os afastadores
desmontáveis devem ser desmontados para efetuar a lavagem e limpeza dos mesmos.
4- Limpe atentamente o encaixe dos instrumentos, são nestes locais que se acumulam as principais sujeiras.
5- Sempre lave e limpe o instrumento imediatamente após a utilização.
6- Lave os instrumentos somente com sabão neutro à 1% ou detergente enzimático neutro (pH 7). Soluções com pH
diferente podem causar manchas e corrosão.
7- Use sempre água destilada ou desmineralizada para enxágue final, seque completamente o instrumento antes de
qualquer procedimento.
8- Lubrifique as partes móveis de pinças hemostáticas, porta-agulhas e tesouras, bem como todas as junções dos
demais instrumentos com lubrificante (não oleoso, não pegajoso e sem silicone).
9- Não lavar os instrumentos com solução fisiológica, pois esta é corrosiva
52. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
• Implementar estratégias eficazes em prol da prevenção de infecção hospitalar é um
tema relevante e que precisa ser abordado nas unidades de saúde, principalmente
pela capacidade desse problema elevar o índice de mortalidade dos pacientes e a
aquisição de doenças decorrentes das atividades laborais por parte da equipe de
colaboradores.
• Esse é um fator ainda mais preocupante por se tratar de um local com bastante
circulação, o que aumenta a presença de microrganismos, tanto nas superfícies
quanto no ar, dificultando ainda mais esse controle.
53. COMO PREVENIR O RISCO DE INFECÇÃO
HOSPITALAR?
1. Lavar as mãos com frequência
2. Usar EPI’s adequados
3. Esterilizar os materiais a cada uso
4. Usar materiais descartáveis durante os cuidados
5. Manter precauções de contato
6. Respeitar os protocolos de limpeza local
54.
55. • A paramentação cirúrgica resume-se em uniformes privativos, propés, toucas,
máscaras cirúrgicas, aventais cirúrgicos, protetores oculares e luvas.
• Os tipos de paramentação são aqueles de tecido de algodão ou descartáveis. O tipo
que você vai utilizar vai depender das especificações e normas técnicas do hospital.
• A ordem correta da paramentação é dividida em três etapas:
• 1ª etapa: o profissional veste o uniforme privativo, propés, touca, máscara e óculos.
• 2ª etapa: é feita a lavagem das mãos, superficial e escovação.
• 3ª etapa: o profissional veste o avental cirúrgico e as luvas estéreis.
56. TÉCNICA DE LAVAGEM/ ANTISSEPSIA DAS MÃOS
A antissepsia cirúrgica das mãos é o procedimento que tem como
objetivo eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a
microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do
profissional.
A adesão da prática da lavagem das mãos pela equipe hospitalar é a
principal forma de prevenção contra microrganismos, sendo este o
método mais eficaz e de menor custo para a prevenção, detecção e
controle da infecção hospitalar.
57.
58.
59.
60. TÉCNICA DE PARAMENTAÇÃO
Pegar o avental com as pontas dos dedos e
depois elevá-lo, trazendo-o para fora da mesa.
A maneira de pegar o avental vai depender do
modo como ele é dobrado, o que varia de uma
região para outra do Brasil.
Qualquer que seja o modo, no entanto, é
imprescindível observar o princípio
fundamental de só tocar a parte interna do
avental e nunca a parte externa;
Abrir o avental com movimentos delicados e
firmes, tendo o cuidado de não tocar sua face
externa;
Segurar o avental afastado do corpo e
introduzir, ao mesmo tempo, os dois braços
nas mangas, com um movimento para cima;
Dar as costas ao circulante de sala para que as
tiras do decote das costas e da cintura sejam
amarradas por ele, afastando-as da cintura para
facilitar a ação.
63. LUVAS ESTÉREIS
• No ambiente hospitalar o risco de infecção é muito
elevado.
• Calçar luvas estéreis requer uma técnica correta.
• Podem ser encontradas em vários tamanhos.
1. lavar as mãos
2. Abrir o pacote em uma superfície limpa
3. Observe abas na parte interna da embalagem, abra-as.
4. Calçar a luva da mão dominante primeiro, Deixe a luva
pendurar com os dedos apontando para baixo. Em seguida,
deslize a mão dominante para dentro da luva, mantendo a
manga dobrada ao nível do punho, com a palma da mão
voltada para cima e os dedos abertos.
5. Coloque a segunda luva. Coloque os dedos da mão
enluvada por dentro da dobra do punho da outra luva e
levante-o.
6. Quando as duas mãos estiverem enluvadas, você poderá
ajustá-las.
64. PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA – MS/2013
Determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e
eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na
realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do
uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da
Saúde – OMS.
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:
I - Antes da indução anestésica;
II - Antes da incisão cirúrgica;
III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia.
65. BUNDLE DE RECOMENDAÇÕES PARA CIRURGIA SEGURA
Antes da indução anestésica:
Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação tenha sido
confirmada.
Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos
Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação
Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento
Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do paciente, dificuldades nas
vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi
concluída.
66. BUNDLE DE RECOMENDAÇÕES PARA CIRURGIA SEGURA
Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função.
A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto
A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as
questões da Lista de Verificação como guia
A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão
cirúrgica.
A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários
67. BUNDLE DE RECOMENDAÇÕES PARA CIRURGIA SEGURA
Antes do paciente sair da sala de cirurgia
A conclusão da contagem de compressas e instrumentais
A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida
A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser
solucionadas
A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pós-operatória e da recuperação
pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia
68.
69. APRESENTANDO O INSTRUMENTAL
• Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função ou uso
principal (pois a maioria deles possui mais de uma utilidade) e também quanto ao
tempo de utilização no ato operatório.
• Importante, sem dúvida, é que os instrumentos estejam em perfeitas condições para
o uso, de tal modo que o bisturi corte (sem dilacerar), as pinças realizem a
compressão (sem esmagar) e as tesouras permitam a secção e dissecção (sem
rasgar).
• Para que isso ocorra, se faz necessária a utilização adequada dos instrumentais
cirúrgicos, já que cada um foi idealizado e projetado para uso particular, devendo
ser empregado somente em sua devida finalidade, uma vez que a utilização
inadequada ocasionará quebra, danificação ou inutilização dos mesmos.
• Os instrumentais cirúrgicos também podem ser classificados por especialidades,
como sendo instrumental básico (materiais utilizados para a realização de
procedimentos cirúrgicos considerados mais simples, como remoção de
neoformaçoes, cirurgias abdominais e orquiectomias), existindo ainda os
instrumentais neurológicos, ortopédicos, oftálmicos, cardiovasculares, dentre outros
70. ORGANIZAÇÃO DA MESA DE
INSTRUMENTAIS
• As mesas auxiliares devem ser protegidas com uma
folha de borracha que, ao mesmo tempo em que
amortece o choque dos instrumentos com o tampo
metálico, impermeabiliza a cobertura da mesa que, se
molhada inadvertidamente por soro ou secreções,
perderia seu poder de barreira antibacteriana, com
possibilidade de contaminação dos objetos sobre ela
colocados.
• A mesa, caso a cirurgião esteja do lado esquerdo do
paciente, deverá ser posicionada do lado direito do
paciente.
• Há muitas formas de se dispor os instrumentos numa
mesa, em função do tipo de mesa, tipo de cirurgia e até
da preferência do instrumentador e/ou equipe cirúrgica.
71. INSTRUMENTAIS
Instrumentos de
diérese
Bisturi de lâmina e
elétrico
Tesoura curva e
reta
Instrumentos
de campo
Pinça de cheron,
backaus
Instrumentos
de hemostasia
Pinças
hemostáticas
curvas e retas
Pinças de mixter
Pinças intestinais
Instrumentos de
síntese
Porta – agulha
Agulhas
Fios
Grampos
grampeadores
Instrumentos
de preensão
Pinça de backaus
Pinça anatômica
Pinça dente de rato
Pinça Allis
Instrumentos
auxiliares
Afastador de
farabeulf
Instrumentos
especiais
Raios laser
Bisturi de
argônio
72. TEMPOS CIRÚRGICOS
DIÉRESE: é o momento de rompimento dos tecidos, por meio de instrumentos
cortantes. Ex: bisturi (frio ou elétrico) e tesouras.
PREENSÃO: manipulação de algumas estruturas abertas pela diérese
HOMEOSTASIA: é o processo através do qual, se detém o sangramento,
ocasionado pela diérese. (compressas, pinças hemostáticas, bisturi elétrico).
EXPOSIÇÃO: facilitadores mecânicos destinados a exposição do campo
operatorio
EXÉRESE ou ESPECIAL: (cirurgia propriamente dita), é o tempo cirúrgico
principal, voltado para o objetivo do procedimento.
SINTESE: é a união dos tecidos,(agulhas e porta-agulhas e fios).
73. INSTRUMENTAIS DE DIÉRESE
• Diérese advém do latim “diaerese” e do grego “diaíresis”, ambos significando divisão, incisão,
secção e separação, punção e divulsão. Com o objetivo de atingir a região sobre a qual se planeja
realizar o procedimento, com preservação dos planos anatômicos e finalidade terapêutica
Bisturis elétricos
• Botão azul coagula e botão amarelo corta
• Também usado para fulguração: coagulação
superficial de pequenas proliferações celulares
cutâneas ou manchas
• OBS: Cuidados com o bisturi elétrico: queimaduras e
choques. A placa deve ser colocada em região de grande
massa muscular como panturrilhas, glúteos e face posterior
da coxa
74. • A tesoura de Metzenbaum é usada para seccionar tecidos, dividir vasos
ligados e são muito usada também para dissecção de tecidos densos. São
bem utilizadas em cavidades, alcançando estruturas mais profundamente
situadas.
• As tesouras de Mayo são utilizadas para desbridar e cortar tecidos mais
densos como fáscia e músculos, por serem mais robustas que as de
Metzenbaum são encontradas retas ou curvas.
• A tesoura cirúrgica ou tesoura de uso geral são geralmente retas, pesadas e
rombas, destinam-se para secção de fios ou outros materiais. Para seccionar
o fio o assistente deve rotacionar as lâminas da tesoura paralelamente ao
plano do tecido, permitindo a visualização da ponta do instrumento
evitando a secção de tecidos adjacentes.
• Tesouras especificas: Baliu (para uso ginecológico, notadamente no colo
uterino) e as de Potts, Dietrich e outras variações (tesouras com angulações
de diversos graus em sua extremidade ativa, para uso em cirurgia vascular
• É utilizado para incisões ou dissecções de estruturas. Caracterizado por um cabo
reto, com uma extremidade mais estreita chamada colo, no qual é acoplada uma
variedade de lâminas descartáveis e removíveis. O tamanho e o formato das
lâminas e dos colos dos cabos dos bisturis são adaptados aos diversos tipos de
incisões, sendo principalmente utilizados os cabos de número 3 e 4.
75. INSTRUMENTAIS DE PREENSÃO
• São basicamente constituídos pelas pinças de preensão, que são destinadas à manipulação e à
apreensão de órgãos, tecidos ou estruturas.
76. 1. Pinça de Adson: A pinça de Adson, por apresentar uma extremidade distal
estreita e dessa forma, uma menor superfície de contato, é utilizada em
cirurgias mais delicadas,como as pediátricas.
• É encontrada em três versões: atraumática, a qual possui ranhuras finas e
transversais na face interna de sua ponta; traumática, com endentações e um
sulco longitudinal na extremidade; e dente-de-rato, com dentes na ponta que
lembram os de um roedor, sendo esta última utilizada para a preensão de
aponeurose, uma vez que é considerada mais traumática que a pinça
anatômica.
1. Pinça anatômica: com ranhuras finas e transversais, possuindo uma
utilização universal.
2. Pinça dente de rato: por apresentar dentes em sua extremidade, é utilizada
na preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular e aponeurose.
• Por serem consideradas instrumentais auxiliares, as pinças de preensão são
geralmente empunhadas com a mão não dominante (tipo lápis), sendo que o
dedo indicador é o responsável pelo movimento de fechamento da pinça,
enquanto que os dedos médios e polegar servem de apoio.
77. INSTRUMENTAIS DE HOMEOSTASIA
• A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia e tem por objetivo prevenir ou corrigir as
hemorragias, evitando, dessa forma, o comprometimento do estado hemodinâmico do paciente, além de
impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos no período pós-operatório, fenômeno este que
predispõe o paciente a infecções.
• Os instrumentais utilizados na hemostasia são as pinças hemostáticas, que se apresentam em vários
modelos e tamanhos. Esses instrumentais são identificados pelo nome de seus idealizadores, como as
pinças de Kelly, Crile, Halstead, Mixter e Kocher.
Homeostasia prévia
Faixa de Esmarch
Hemostasia temporária
•Pinça Bulldog atraumática
(clamps)
78. Hemostasia definitiva
• Pinça hemostática de crile - Possuem ranhuras
transversais conferindo utilidade também no
pinçamento de pedículos, quando a pinça é aplicada
lateralmente, não sendo utilizada a extremidade. Com
14 a 16 cm de comprimento.
• Pinça hemostática de kelly - Apresentam ranhuras
transversais em 2/3 da garra, curvas ou retas, com 13
a 16 cm de comprimento; apresentam pontas menores,
utilizadas para pinçamento de vasos e fios grossos.
• Pinça hemostática de halsted - Serrilhado
transversal delicado em toda sua parte preensora, com
ou sem dentes. E com 11 a 13 cm de comprimento,
utilizadas muitas vezes para pinçamento de vasos de
menor calibre e reparo de fios; sendo também
conhecidas como mini-Halsted, pinças mosquito ou
mosquitinho.
• Pinça hemostática de kocher - Sua parte preensora
apresenta ranhuras transversais e apresentam dentes
de rato nas suas extremidades, aumentando a
capacidade de preensão, tornando-a mais traumática.
79. INSTRUMENTAIS DE EXPOSIÇÃO
• São representados por afastadores, que são elementos mecânicos destinados a facilitar a exposição
do campo operatório, afastando as bordas da ferida operatória e outras estruturas, de forma a
permitir a exposição de planos anatômicos ou órgãos subjacentes, facilitando o ato operatório.
Auto-estáticos: se mantem abertos e na
posiçãopor si só
Gosset: usado na cavidade abdominal
BBalfour: amplia a exposição
cirúrgica doafastador Gosset.
Finochietto: cirurgia de tórax para abrir
espaçosintercostais ou medioesternal.
80. Dinâmicos ou manuais: exigem manuseio contínuo e permitem mudança da
posição a todo momento
Farabeuf: com lâminas em forma de C. É usado
principalmente na pele, subcutâneo e músculos
Doyen: usado em cavidade abdominal
Harrington: uma das extremidades com formato de
coração. É muito usado em cirurgias cardíacas
Espátulas: afastadores flexíveis, de uso diverso. Podem ser em
forma de sola de sapato, laminares,maleáveis ou rígidas.
81. Afastadores dinâmicos: exigem tração manual contínua
• Afastador de Farabeuf: apresenta-se em formato de “C” característico, sendo utilizado no afastamento de pele,
tecido celular subcutâneo e músculos superficiais.
• Afastador de Doyen: por se apresentar em ângulo reto e ter ampla superfície de contato, é utilizado
primordialmente em cirurgias abdominais.
• Afastador de Deaver: por apresentar sua extremidade distal em formato de semilua, análoga ao desenho de
contorno dos pulmões, é amplamente utilizado em cirurgias torácicas, podendo também ser utilizado em cirurgias
abdominais.
• Válvula Maleável: empregada tanto em cirurgias na cavidade torácica, quanto na cavidade abdominal. Por ser
flexível, pode alcançar qualquer tipo de formato ou curvatura, sendo, portanto, adaptável a qualquer eventual
necessidade que venha a surgir durante o ato operatório. Outra importante função é a proteção das vísceras
durante suturas na parede da cavidade abdominal.
Afastadores autoestáticos: são instrumentais que por si só mantém as estruturas afastadas e estáveis
• Afastador de Gosset ou Laparostato: utilizado em cirurgias abdominais. Deve ser manipulado em sua
extremidade proximal, para que se movimente, uma vez que a distal, que entra em contato com as estruturas a
serem afastadas não cede a pressões laterais.
• Afastador de Balfour: uma adaptação do afastador de Gosset, acoplando-se ao mesmo uma Válvula Suprapúbica,
que, quando utilizada isoladamente, consiste em um afastador dinâmico.
• Afastador de Finochietto: utilizado em cirurgias torácicas, possuindo uma manivela para possibilitar o
afastamento da forte musculatura intercostal.
• Afastador de Adson: pode ser utilizado em cirurgias neurológicas, para o afastamento do couro cabeludo, bem
como em cirurgias nos membros ou na coluna, para o afastamento de músculos superficiais.
82. INSTRUMENTAIS ESPECIAIS/ EXÉRESE
• Os instrumentais especiais são aqueles utilizados para finalidades específicas, nos
procedimentos que consistem no objetivo principal da cirurgia. São muitos e variam de
acordo com a especialidade cirúrgica.
83. Pinça de Allis: apresenta endentações em sua extremidade distal, o que a torna consideravelmente traumática,
sendo utilizada, portanto, somente em tecidos grosseiros ou naqueles que irão sofrer a exérese, ou seja, naqueles
que irão ser retirados do organismo.
Pinça de Duval: apresenta extremidade distal semelhante ao formato de uma letra “D”, com ranhuras
longitudinais ao longo da face interna de sua ponta. Por apresentar ampla superfície de contato, é utilizada em
diversas estruturas, a exemplo das alças intestinais.
Clamp Intestinal: apresenta ranhuras longitudinais (sendo este modelo pouco traumático) ou transversais ao
longo da face interna de sua ponta. É utilizado na interrupção do trânsito intestinal, o que o classifica como
instrumental de coprostase.
Fórceps: utilizado em cirurgias obstétricas, apresenta ramos articulados, com grandes aros em sua extremidade,
para o encaixe na cabeça do concepto durante partos em que o mesmo esteja mal posicionado ou com outras
complicações. Quando desarticulado, é utilizado em cesarianas, no auxílio da retirada do neonato.
Saca-bocado: semelhante a um grande alicate, é utilizado na retirada de espículas ósseas em cirurgias
ortopédicas.
Pinça de Backaus: é também denominada de pinça de campo, devido sua função de fixar os campos operatórios
entre si.
Cureta de Siemens: Também chamada de Cureta uterina. É amplamente utilizada em procedimentos obstétricos
para remoção de restos placentários e endometriais da cavidade uterina especialmente após abortos, onde
resquícios do feto podem permanecer na cavidade. Possui uma superfície áspera, a qual realiza a raspagem; e
outra lisa, para que a parede do útero não seja lesionada durante o procedimento.
Pinça de Babcock: Possui argolas e cremalheiras. Na extremidade distal possui uma pequena superfície de
contato o que a torna pouco traumática. Dessa forma, pode ser utilizada na manipulação de alças intestinais.
84. • São instrumentos que foram desenvolvidos para manobras específicas em certos órgãos ou
tecidos. Há diversidade enorme e podemos grosseiramente dividi-los com o tipo de cirurgia que
são utilizados como gastrintestinais, ortopédicas, cardiovasculares, obstetrícia, etc.
85. Intestinais
• Pinças gastrointestinais são pinças longas utilizadas
nas técnicas de ressecção de segmentos do tubo
digestivo para evitar a passagem de secreções para a
área que está sendo manuseada. Adicionalmente,
determinam hemostasia temporária nos vasos da
parede dos órgãos. Podendo ser traumáticas ou
atraumáticas, dentre as traumáticas a mais utilizada
é de Payr – angulada, robusta, com 15 a 35 cm,
utilizada especialmente nas ressecções gástricas
subtotais.
86. Cardiovasculares
• Para hemostasia temporária, utilizam-se
clampes atraumáticos que ocluem a luz dos
vasos, virtualmente sem causarem danos às suas
paredes. O que variam entre elas é a disposição
e formato dos dentes, comprimento e curvatura.
As superfícies das garras dessas pinças
apresentam estrias ou serrilhados apropriados
para não provocar traumatismo aos vasos por
elas manuseados.
87. Ortopédicos
• As Ruginas e Costótomos são destinados ao
deslocamento de periósteos e secção de
costelas, respectivamente, para o acesso da
cavidade torácica. Nas cirurgias são
utilizadas serras elétricas com lâminas
oscilatórias para secção esternal ou serra
manual denominada de serra Gigli, formada
de arame de aço corrugado
88. Ginecológicos
• Nas ovário-histerectomias empregam-se ganchos especiais, sendo
mais utilizados a de Snook ou a de Covault. Ambos têm comprimento
próximo de 20 cm.
• O gancho de Snook tem a haste cilíndrica, achatada na parte onde se
forma a gancho.
• O de Covault é cilíndrico em toda a sua extensão, inclusive a gancho,
que apresenta uma pequena esfera na extremidade. Isto faz do gancho
de Covault um instrumento menos traumático que a de Snook.
• As curetas destinam-se a raspagem de tecido ou outro material de
paredes cavitarias. São utilizadas para se obter enxertos de ossos
esponjosos, debridar e retirar amostras de tecido osseo e remover o
nucleo polposo durante fenestração de disco intervertebral. As curetas
possuem conchas ovais ou redondas de bordas agudas, com variedade
de tanhos
89. INSTRUMENTAIS DE SÍNTESE
• São os responsáveis pelas manobras destinadas à reconstituição anatômica e/ou funcional de um tecido ou órgão e do
fechamento da ferida cirúrgica, através da aplicação de suturas.
• Para isto são utilizadas agulhas e pinças especiais para conduzi-las denominadas Porta-agulhas, para que se processem as
distintas fases da cicatrização a síntese deve atentar para a justaposição das bordas e a escolha do material apropriado.
Fios cirúrgicos – são utilizados para
obtenção de hemostasia (ligadura
vascular) e para aproximação de tecidos.
Surgiram e foram desenvolvidos ao
longo dos séculos em função da
necessidade de controlar hemorragias e
também de favorecer a cicatrização de
ferimentos ou incisões.
90. Agulhas
• As agulhas cirúrgicas são feitas a partir do aço rico
em carbono, tornando a liga de metais mais fortes e
inertes. Existem vários tipos de agulhas de acordo
com seu formato, curvatura e estilo da ponta
caracterizando a agulha como traumática ou
atraumática. São projetadas para penetrar e
transpassar tecidos. Por isso, deve possuir um perfil
adequado para cada tipo, condição e acesso do tecido
a ser suturado e diâmetro compatível ao fio de sutura
para permitir um excelente poder de penetração.
• A agulha curva permite que o cirurgião passe por
baixo da superfície do tecido e recupere a ponta no
local onde ela sai. De modo geral, quanto mais
profundo o tecido na ferida cirúrgica, mais acentuada
deve ser a curvatura, fazendo com que ela gire dentro
do limite do seu raio.
• Existem sete tipos de formato de agulhas a reta, semi-
reta, em “S”, e curvas de ¼, 3/8, ½ e 5/8 (grau
crescente de curvatura)
91. - Fios absorvíveis: são aqueles que, após colocados nos
tecidos, sofrem a ação dos líquidos orgânicos, sendo
absorvidos após algum tempo.
* Catgut simples: são multifilamentares torcidos de origem
animal (colágeno). Mantém a tensão até 5/6 dias. É
completamente absorvido em 2 a 3 semanas. É indicado
para tecidos de rápida cicatrização, como mucosas
* Catgut cromado: é preparado com ácido crômico ou
tânico, demorando mais tempo para ser absorvido (6
meses), e perde a resistência entrea 2 e 3ª semanas.
* Ác. Poliglicólico: sintético, multifilamentar e possui
indicações gerais de cirurgia.
* Vicryl: sintético e multifilamentar trançado. Absorvido
entre 56 e 70 dias. Indicado para sutura de músculos,
aponeuroses e mucosas.
• Polidioxanona (PDS): sintético e monofilamentar. Indicado
para procedimentos pediátricos e cardiovasculares.
• Monocryl: sintético e monofilamentar. É indicado para
suturas intradérmicas. Absorção entre 90 e 120 dias.
- Fios inabsorvíveis
• Seda: origem animal, multifilamentar
trançado e revestido. Indicado para tecidos
em geral.
• Algodão: origem vegetal e multifilamentar.
Indicado para tecidos em geral.
• Nylon: sintético, mono ou multifilamentar
trançado, de baixa maleabilidade e possui
indicações gerais.
• Aço inox: sintético e monofilamentar.
Indicado para áreas de lata tensão e
cicatrização lenta, como esterno e tendões.
• Prolene: sintético e monofilamentar.
Indicado para suturas vasculares.
92. • Porta-agulhas de Mayo-Hegar: é estruturalmente semelhante às
tesouras e pinças hemostáticas, apresentando argolas, para a
empunhadura, e cremalheira, para o fechamento autoestático. É mais
utilizado para síntese em cavidades, sendo empunhado da mesma
forma descrita para os instrumentais argolados ou de forma
empalmada. Porta-agulha de Mayo-Hegar.
• Porta-agulhas de Mathieu: possui hastes curvas, semelhante a um
alicate, com cremalheira pequena. É utilizado em suturas de tecidos
superficiais, especialmente na pele em cirurgias plásticas ou ainda
em cirurgias odontológicas. Esse modelo de porta- agulha é
empunhado sempre de forma empalmada. Porta-agulha de Mathieu.
Empunhadura da porta-agulha de Mathieu.
93. Grampeadores Cirúrgicos
• A sutura mecânica tem seus primeiros registros no início do
século, quando o objetivo dos cirurgiões era o de encontrar
alternativas aos maus resultados das enterossínteses manuais.
• Os grampeadores mecânicos são aparelhos acionados pelo
cirurgião para aplicação de grampos metálicos. Atualmente as
técnicas de suturas se complementam para um melhor
resultado e estão amplamente sendo utilizadas em cirurgia
vascular, torácica, ginecológica e síntese de vísceras
parenquimatosas como fígado, baço e pâncreas, incluindo
instrumentos para ligar vasos e aproximar feridas, bem como
seccionar, aproximar e fazer a anastomose de tecidos.
• Podemos dividi-los em alguns tipos básicos:
• Grampeadores simples – cutâneos, de hemostasia ou de
fixação;
• Grampeadores que suturam apenas;
• Grampeadores que suturam e cortam – anastomoses
94. SINALIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
Cada instrumento de uso corrente possui um sinal manual que facilita as
manobras realizadas durante os procedimentos cirúrgicos, desta forma o
cirurgião transmite a informação de qual material precisa, para realizar a
manobra proposta, de maneira silenciosa e eficiente, reduzindo o tempo
total da cirurgia.
95. Maneira de solicitar o bisturi
• Para pedir o bisturi o cirurgião manterá os dedos
da mão direita semiflectidos e reunidos pelas
pontas e descrever com a mão um arco de círculo
dirigido de fora para dentro.
Maneira de solicitar a tesoura
• Para solicitar a tesoura o cirurgião manterá
estendidos o dedo indicador e o medio, enquanto
os demais estão flectidos sobre a palma da mão.
Os dois dedos aproximam-se e afastam-se
alternadamente, imitando o movimento das
lâminas da tesoura.
96. Maneira de solicitar a pinça hemostática
• Para solicitar a pinça Hemostática o anular e o
mínimo são mantidos flectidos contra a palma
da mão, enquanto que o polegar, o indicar e o
médio são dispostos estendidos e mais ou
menos paralelos.
Maneira de solicitar a pinça anatômica ou de
dissecação
• Para solicitar a pinça Anatômica ou de
Dissecação o polegar e o indicador, estendids,
se aproximam e se afastam
97. Maneira de solicitar o afastador de farabeuf
• Para solicitar o afastador de Farabeuf posiciona-se o
indicador semiflectido e os demais dedos completamente
flectidos sobre a palma da mão, realizar um pequeno
movimento de aproximaçao da mão.
Maneira de solicitar o afastador de gosset
• Para solicitar o afastador de Gosset, o indicador e o médio
de ambas as mãos são semiflectidos e os demais dedos são
completamente fletidos sobre a palma da mão, realiza-se
então um movimento de afastamento imitando os ramos
do afastador de Gosset.
Maneira de solicitar uma compressa
• Para solicitar uma compressa o operador apresenta a mão
espalmada, com os dedos juntos e a face palmar voltada
para cima.
98. Maneira de solicitar um porta-agulha
• Para solicitar um porta-agulha o cirurgião sinaliza com os
quatro últimos dedos mantidos juntos e em semiflexão, e
o polegar semiflectido do lado oposto, e então executa
pequenos movimentos de pronação e supinação.
Maneira de solicitar uma pinça de bachaus
Com os dedos indicador, médio e anelar flectidos, e o
polegar interpondo os dedos indicador e médio
99. ARRUMAÇÃO DA MESA DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
A montagem da mesa de instrumental
fica a critério do instrumentador, porém
este é apenas um padrão.
100. • Segue-se, então, com o setor de exposição, com os afastadores. O setor especial apresenta instrumentais que
variam de acordo com o tipo de cirurgia. O sexto e último setor corresponde ao tempo de síntese, abrigando,
portanto, materiais como agulhas e os fios e os porta-agulhas.
• Deve ser feita de forma padronizada, de acordo com a ordem de utilização dos instrumentais no ato
operatório, a fim de se facilitar o acesso aos mesmos.
• Durante a arrumação da mesa, é necessário imaginá-la dividida em 6 setores, correspondentes aos 6 tempos
operatórios, que iniciam a partir da diérese, que é representada pelos bisturis e pelas tesouras.
• Em seguida, apresenta-se o setor de preensão, com as pinças de preensão, seguidas do setor de hemostasia,
que abriga materiais como gazes, compressas e fios para ligadura, bem como as pinças hemostáticas.
• É necessário ressaltar que, de forma geral na arrumação da mesa de instrumentação, os instrumentais menos
traumáticos devem preceder os mais traumáticos, a exemplo da pinça anatômica que deve preceder as pinças
dente de rato e adson em sua versão dente de rato. Bem como os curvos devem vir antes dos retos e os
afastadores dinâmicos antes dos autoestáticos, a exemplo do afastador de Farabeuf que deve preceder o
afastador de Gosset
101. • Os instrumentais devem ser arrumados com suas curvaturas voltadas para cima e suas extremidades distais voltadas para o
instrumentador, a menos que estes se encontrem ainda desmontados, como o cabo de bisturi ainda não acoplado a sua lâmina, e o
porta-agulha sem a agulha, para evitar que instrumentais desmontados sejam repassados parao cirurgião.
• O sentido de arrumação da mesa varia de acordo com os tipos de cirurgia. Nos casos de cirurgia supraumbilicais, em que o
cirurgião deve estar à direita do paciente, tendo o primeiro auxiliar a sua frente e o instrumentador ao lado deste, a mesa deve
ser organizada em sentido horário. Há cirurgiões que optam pela mesa de Mayo, uma mesa de instrumentação auxiliar, com
suporte lateral colocada sobre as pernas do paciente.
102.
103. POSICIONAMENTO CIRÚRGICO
• Responsabilidade da equipe multiprofissional de enfermagem, anestesiologia e cirurgia.
• Posição adequada – procedimento cirúrgico bem sucedido.
• Segurança do paciente
• A posição adequada do paciente é essencial para que os procedimentos cirúrgicos sejam bem-sucedidos e
realizados com segurança.
• É necessário conhecimentos relacionados com a anatomia, fisiologia e patologia humana.
• Eventos adversos devido ao posicionamento inadequado. (Indicadores de Saúde).
• A posição adequada deve ser a que propicie as melhores condições de exposição da área operatória,
facilitando o trabalho dos cirurgiões e o maior conforto possível ao paciente.
104. DECÚBITO DORSAL OU SUPINA
• O dorso do paciente e a coluna vertebral ficam repousados na superfície do
colchão da mesa cirúrgica
• A cabeça fica apoiada em travesseiro, retificandoa coluna cervical
• Os braços ficam ao longo do corpo ou abduzidos em apoios laterais, tipo
braçadeiras
Exemplo: Cesariana
105. DECÚBITO VENTRAL OU PRONA
• O paciente fica deitado de abdome em contato com a superfície do colchão da
mesa cirúrgica
• Permite a abordagem da coluna cervical, área retal e das extremidades inferiores
• Os braços devem ficar estendidos para frente e apoiados em talas
• O sistema respiratório fica mais vulnerável
Exemplos: cirurgias de coluna (hérnia de disco
106. DECÚBITO LATERAL
• O paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito
• Oferece acesso à parte superior do tórax e região renal
Exemplo: cirurgias torácicas
107. POSIÇÃO DE LITOTOMIA OU GINECOLÓGICA
• O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em
perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados
Exemplo: Histerectomia vaginal
108. POSIÇÃO TRENDELENBURG REVERSO OU PROCLIVE
• Mantém as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal
• Reduz a pressão sanguínea cerebral
Exemplo: cirurgias de abdome superior e cranianas
109. POSIÇÃO TRENDELENBURG
• Variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e
os pés são elevados
• Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal
Exemplo: Cirurgias pélvicas, laparatomia de abdome inferior
110. POSIÇÃO FOWLER OU SENTADA
• O paciente é colocado em posição supina e o dorso da mesa é elevado, permanecendo semi-
sentado na mesa de operação
• Posição utilizada para conforto do paciente quando há dispneia
Exemplos: cirurgia de ombro
111. POSIÇÃO DE CANIVETE (KRASKE)
• O paciente é colocado em decúbito ventral, em seguida, com o abdome em contato com o colchão
da mesa cirúrgica, flexiona-se o corpo na região do quadril, de modo que o tórax, os
membros superiores e os membros inferiores fiquem em posição mais baixa do que a região a ser
operada
• As regiões do quadril e do glúteo ficam em um plano mais elevado, em ângulo de
aproximadamente 90°
Exemplo: procedimentos proctológicos