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Professor Eliseu Alves Waldman
Disciplina de Epidemiologia I - 2007
Faculdade de Saúde Pública da USP
Epidemiologia
Objetivos
• Conceituar Epidemiologia
• Apontar os Principais Objetivos da Epidemiologia
•Apontar os Principais Aplicações da Epidemiologia
• Entender as Etapas do Raciocínio Epidemiológico
• Apontar as Bases da Epidemiologia Descritiva
• Como Organizar Dados Segundo Características da Pessoa,
Lugar e Tempo
• Como Elaborar Hipóteses
ASPECTOS CONCEITUAIS
• A epidemiologia é uma disciplina básica da
saúde pública voltada à compreensão do
processo saúde/doença no âmbito de
populações
• Como ciência a epidemiologia fundamenta-se no
raciocínio causal, como disciplina da saúde
pública, preocupa-se com o desenvolvimento de
estratégias para as ações voltadas à proteção e
promoção da saúde da comunidade
Incluem doenças,
causas de óbito,
comportamento como
o uso do tabaco,
adesão a condutas
preventivas e ao uso
de serviços de saúde
Inclui a vigilância,
observação,
elaboração e teste
de hipóteses,
estudos
observacionais e
experimentais
ASPECTOS CONCEITUAIS
Diz respeito à análise
segundo
características do
tempo, espaço e
classes de pessoas
afetadas
“Epidemiologia é o estudo da
freqüência, da distribuição e dos
determinantes dos
estados ou eventos relacionados à saúde
em específicas populações e a aplicação
desses estudos no controle dos problemas de
saúde”.(Last J, 2001)
São aquelas com características identificáveis como
associadas a determinados estados e eventos relacionados à
saúde
O trecho final da definição torna explícito os objetivos da
epidemiologia, ou seja, a aplicação desses estudos
na prevenção e controle dos problemas de saúde
ESPECÍFICAS POPULAÇÕES
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
•Identificação, quantificação e caracterização de danos à saúde da
população
•Identificação de fatores de risco e fatores prognósticos para determinado
agravo
•Ampliação da informação s obre a história natural de um agravo
•Estimativa da validade e confiabilidade de procedimentos de
diagnóstico e intervenção
•Avaliação da eficácia/efetividade de um procedimento terapêutico
ou profilático
•Avaliação do impacto potencial da eliminação de um fator de risco
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
• Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural;
• Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e
necessidades das populações;
• Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de
intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos
serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos de saúde
na comunidade
Vigilância em saúde pública
Indicadores de
Desempenho de Programas
Dados Administrativos
Análise da Situação de Saúde
Resposta rápida
a
Epidemias
Ações de
Controle
Alocação de
Recursos
Políticas de
Saúde
Inteligência Epidemiológica
Monitoramento do
Sistema de Saúde
Monitoramento de indicadores de Saúde,
Demográficos, econômicos e sociais
Avaliação epidemiológica de
serviços
Epidemiologia Aplicada a Serviços de Saúde
Diferentes Objetivos, Diferentes Dados, Diferentes Metodos
•Análise da Situação de Saúde
“É a análise epidemiológica de indicadores demográficos,
sociais e de saúde com o objetivo de elaborar diagnósticos
das condições de vida de uma comunidade que sirvam de
subsídios para o estabelecimento de políticas públicas no
setor saúde .
APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
•Identificação de perfis e fatores de risco
Identificação de fatores de risco e de grupos da
população mais vulneráveis (grupos de risco) a
determinados agravos à saúde com a finalidade de
oferecer fundamentos técnicos para a elaboração de
programas de saúde
APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
•Avaliação epidemiológica de serviços
A avaliação de serviços de saúde, geralmente, leva em
conta:
•Acesso da população aos serviços
• Cobertura oferecida (exemplos: proporção de crianças vacinadas;
proporção de indivíduos atingidos por determinada doença que são
tratados e acompanhados, proporção de gestantes inscritas e
acompanhadas pelo programa, etc.)
APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
•Vigilância em saúde pública
“vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências
da incidência de doenças mediante a coleta sistemática,
consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade,
assim como de outros dados relevantes e a regular disseminação
dessas informações a todos que necessitam conhecê-la"
Langmuir (1963)
APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Em síntese a epidemiologia pode ser entendida
como fundamentada em dois pressupostos:
1) A doença humana não ocorre aleatoriamente na
população;
2) A doença humana tem fatores causais, prognósticos e
preventivos que podem ser identificados por meio de
investigações sistemáticas de diferentes populações ou
subgrupos de populações em diferentes pontos no tempo
e/ou no espaço
(Hennekens & Buring, 1987).
1) A partir da observação clínica, de pesquisas de laboratório ou
mesmo de especulações teóricas pode surgir uma hipótese a
respeito de uma possível associação entre um fator e a
ocorrência da doença.
2) O teste dessa hipótese é efetuado mediante estudos
epidemiológicos que incluem um grupo apropriado de
comparação .
3) O estudo é efetuado mediante a coleta sistemática de dados e a
análise correspondente com o objetivo de determinar a existência
ou não de associação entre a exposição e o desfecho de
interesse.
Etapas do Raciocínio Epidemiológico
4) Em seguida é necessário avaliar a validade das possíveis
associações estatísticas observadas, excluindo o acaso, o erro
sistemático na coleta ou interpretação dos dados (viés) ou o efeito
de outras variáveis que podem ser responsáveis pela associação
observada, efeito conhecido como fator de confusão.
5) Finalmente, o julgamento focaliza a existência de uma associação de
causa e efeito levando-se em consideração critérios de avaliação da
associação causal, entre eles: força da associação, consistência
dos resultados obtidos, efeito dose resposta, plausibilidade
biológica, entre outros.
(Hennekens & Buring, 1987).
Etapas do Raciocínio Epidemiológico
Epidemiologia Descritiva
• Descrever a magnitude da doença na população
• Examinar a distribuição da doença na população usando
dados da estatística vital
• Analisar o comportamento das doenças segundo
características
das pessoas, do tempo e lugar
OBJETIVOS
Causa Número (%)
Doença Isquêmica do coração
Doença Cerebrovascular
Inf. Respirat. Agudas
HIV/AIDS
D. Crônica Obstrutiva Pulmonar
Diarréias
Condições perinatais
Tuberculose
Câncer do Ap. Respiratório
Acidentes de Trânsito
7.375
5.106
3.452
2.285
2.249
2.219
2.155
1.498
1.244
1.171
13,7
9,5
6,4
4,2
4,2
4,1
4,0
2,8
2,3
2,2
Principais Causas de Morte no Mundo
2000
Indicadores
1980 2000
População Urbana (%)
Taxa de Fecundidade
Crescimento Populac. Anual (%)
Pop. de < 5 anos (em milhões)
Pop. Analfabeta >= 10 anos
% de Domicílios Urbanos com Água
Mort. Inf. Proporc. P/ Diarréias (%)
Desnutrição em < de 5 anos (%)
Mort. Proporc p/ Doenças Infec.
PIB "per capta" (em R$)
% de Idosos (60 anos e +) na Pop
Razão de Dependência
Renda Familiar "per capita" (em R$)
67,5 %
4,3
2,5 (1970/1980)
16,4
25,3 %
53,3 %
24,5
18,4
9,3
3510 (1985 - 1989)
6,1 % (1985 - 1989)
0,73
276 (1985 - 1989)
78,4%
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1,4 (1991/2000)
15,6
12,2 %
84,3 %
7,7
5,9
4,5
3460 (1992-1996)
7,4 % (1992-1996)
0,58
195 (1992 - 1996)
John Snow
Como Organizar os dados
QUEM FOI AFETADO?
PESSOA
ONDE FORAM AFETADOS?
LUGAR
QUANDO FORAM AFETADOS?
TEMPO
• Idade
• Sexo
• Raça/Etnia
• Estado conjugal e familiar
• Ocupação
• Educação
• Hábitos e Costumes
• Atividades de lazer
• Descrever os casos em detalhes
• Identificar fatores comuns aos casos
• Obter denominadores para calcular taxas
• Comparar grupos
Taxa de mortalidade por causas selecionadas, por sexo, Epilândia, 2004
Causa Taxa de mortalidade*
Total Homens Mulheres Razão das taxas
segundo o sexo
Masc/Fem
Câncer respiratório
Homicídio
Sífilis
Tuberculose
Úlcera péptica
Acidentes de trânsito
Suicídio
Câncer urinário
Acidentes (menos por veículos)
Doença arteriosclerótica do coração
Cirrose hepática
Câncer digestivo
Enfermidades vasculares do sistema
nervoso central
Enfermidade cardíaca hipertensiva
Diabetes mellitus
Câncer genital
29.2
6.8
1.2
3.5
4.9
26.8
10.8
7.4
30.5
289.2
14.0
48.0
102.2
25.2
17.7
20.4
53.6
10.7
1.9
5.6
7.7
40.2
16.2
11.1
42.7
395.9
19.2
58.2
110.3
24.9
16.4
20.5
9.0
3.1
0.6
1.8
2.7
14.4
5.9
4.5
18.8
200.5
9.4
39.8
95.6
25.2
18.6
21.5
6.0
3.5
3.2
3.1
2.9
2.8
2.7
2.5
2.3
2.0
2.0
1.5
1.2
1.0
0.9
__
Por 100.000 habitantes, padronizado por idade
Fonte: Estatísticas vitais de Epilândia
Características das Pessoas
Taxas de mortalidade* por causas selecionadas, por etnia, Epilândia, 2004
Etnia
Causa Branca Não
Branca
Razão da taxa
de não
brancos e
brancos
Todas as causas
Homicídio
Tuberculose
Enfermidade cardíaca
hipertensiva
Sífilis
Diabetes mellitus
Câncer genital
Pneumonia
Acidentes (exceto por veículos)
Enfermidades vasculares do
sistema nervoso central
Cirrose hepática
Câncer do aparelho digestivo
Acidentes por veículos
Câncer do aparelho respiratório
Úlcera gastroduodenal
Câncer do aparelho urinário
Enfermidade arteriosclerótica do
coração
Leucemia
Suicídio
904.1
3.5
2.5
21.1
1.0
16.6
19.2
26.0
28.6
97.7
13.2
47.0
26.5
28.9
4.9
7.4
292.9
7.4
11.3
1.192.7
32.3
9.6
68.6
3.0
28.9
32.4
42.4
43.9
150.1
19.9
58.2
29.8
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1.3
9.2
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1.7
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1.5
1.5
1.2
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1.0
1.0
0.8
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Por 100.000 habitantes, padronizadas por idade
Fonte: Estatísticas vitais de Epilândia
Características das Pessoas
Taxas de mortalidade por sexo e idade. Epilândia, 2004
Taxas de mortalidade*
Grupos etários
(anos) Total Homens Mulheres
Razão entre a
taxa masculina e
feminina
Total 
Menor de 1
1-4
5-14
15-39
40-64
65 e mais
9.0
19.6
0.8
0.4
1.3
8.9
60.5
11.5
22.4
0.8
0.5
1.8
12.3
75.0
6.9
16.7
0.7
0.3
0.8
5.9
49.6
1.7
1.3
1.1
1.7
2.3
2.1
1.5
*Taxas anuais por 1.000 habitantes
Fonte: Estatísticas Vitais de Epilândia
Características das Pessoas
A ocorrência das doenças varia no tempo
Variações Regulares
- Tendência secular
- Variação sazonal
- Variação cíclica
Variações Irregulares
- Epidemias
Caracteres Epidemiológicos Relativos ao
Tempo
Variações Regulares
- Tendência secular
Caracteres Epidemiológicos Relativos ao
Tempo
Variações Regulares
- Variação sazonal
Caracteres Epidemiológicos Relativos ao
Tempo
Variações Regulares: - Variação cíclica
Variações Irregulares: - Epidemias
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93
0
2
4
6
8
10
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Coef. por 100.000 hab.
Fonte: Secr. de Saúde de S. Paulo: Museu E. Ribas; Centro de Vig.”Alexandre Vranjak”
Epidemia
Epidemia
Epidemia
Epidemia
Epidemia
Incidência mês a mês do sarampo no Município de São Paulo. 1950 -1993
• País
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Epidemia de Cólera em Londres 1849
1 caso
Distribuição Geográfica de Casos de Salmonela por Local
de Residência, Palmeira. Janeiro, 2003
Caracteres Epidemiológicos Relativos ao
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Espaço e ao Tempo
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Introdução à Epidemiologia

  • 1. Professor Eliseu Alves Waldman Disciplina de Epidemiologia I - 2007 Faculdade de Saúde Pública da USP Epidemiologia
  • 2. Objetivos • Conceituar Epidemiologia • Apontar os Principais Objetivos da Epidemiologia •Apontar os Principais Aplicações da Epidemiologia • Entender as Etapas do Raciocínio Epidemiológico • Apontar as Bases da Epidemiologia Descritiva • Como Organizar Dados Segundo Características da Pessoa, Lugar e Tempo • Como Elaborar Hipóteses
  • 3. ASPECTOS CONCEITUAIS • A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada à compreensão do processo saúde/doença no âmbito de populações • Como ciência a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal, como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas à proteção e promoção da saúde da comunidade
  • 4. Incluem doenças, causas de óbito, comportamento como o uso do tabaco, adesão a condutas preventivas e ao uso de serviços de saúde Inclui a vigilância, observação, elaboração e teste de hipóteses, estudos observacionais e experimentais ASPECTOS CONCEITUAIS Diz respeito à análise segundo características do tempo, espaço e classes de pessoas afetadas “Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde”.(Last J, 2001)
  • 5. São aquelas com características identificáveis como associadas a determinados estados e eventos relacionados à saúde O trecho final da definição torna explícito os objetivos da epidemiologia, ou seja, a aplicação desses estudos na prevenção e controle dos problemas de saúde ESPECÍFICAS POPULAÇÕES
  • 6. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA •Identificação, quantificação e caracterização de danos à saúde da população •Identificação de fatores de risco e fatores prognósticos para determinado agravo •Ampliação da informação s obre a história natural de um agravo •Estimativa da validade e confiabilidade de procedimentos de diagnóstico e intervenção •Avaliação da eficácia/efetividade de um procedimento terapêutico ou profilático •Avaliação do impacto potencial da eliminação de um fator de risco
  • 7. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA • Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural; • Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das populações; • Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos de saúde na comunidade
  • 8. Vigilância em saúde pública Indicadores de Desempenho de Programas Dados Administrativos Análise da Situação de Saúde Resposta rápida a Epidemias Ações de Controle Alocação de Recursos Políticas de Saúde Inteligência Epidemiológica Monitoramento do Sistema de Saúde Monitoramento de indicadores de Saúde, Demográficos, econômicos e sociais Avaliação epidemiológica de serviços Epidemiologia Aplicada a Serviços de Saúde Diferentes Objetivos, Diferentes Dados, Diferentes Metodos
  • 9. •Análise da Situação de Saúde “É a análise epidemiológica de indicadores demográficos, sociais e de saúde com o objetivo de elaborar diagnósticos das condições de vida de uma comunidade que sirvam de subsídios para o estabelecimento de políticas públicas no setor saúde . APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
  • 10. •Identificação de perfis e fatores de risco Identificação de fatores de risco e de grupos da população mais vulneráveis (grupos de risco) a determinados agravos à saúde com a finalidade de oferecer fundamentos técnicos para a elaboração de programas de saúde APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
  • 11. •Avaliação epidemiológica de serviços A avaliação de serviços de saúde, geralmente, leva em conta: •Acesso da população aos serviços • Cobertura oferecida (exemplos: proporção de crianças vacinadas; proporção de indivíduos atingidos por determinada doença que são tratados e acompanhados, proporção de gestantes inscritas e acompanhadas pelo programa, etc.) APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
  • 12. •Vigilância em saúde pública “vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes e a regular disseminação dessas informações a todos que necessitam conhecê-la" Langmuir (1963) APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
  • 13. Em síntese a epidemiologia pode ser entendida como fundamentada em dois pressupostos: 1) A doença humana não ocorre aleatoriamente na população; 2) A doença humana tem fatores causais, prognósticos e preventivos que podem ser identificados por meio de investigações sistemáticas de diferentes populações ou subgrupos de populações em diferentes pontos no tempo e/ou no espaço (Hennekens & Buring, 1987).
  • 14. 1) A partir da observação clínica, de pesquisas de laboratório ou mesmo de especulações teóricas pode surgir uma hipótese a respeito de uma possível associação entre um fator e a ocorrência da doença. 2) O teste dessa hipótese é efetuado mediante estudos epidemiológicos que incluem um grupo apropriado de comparação . 3) O estudo é efetuado mediante a coleta sistemática de dados e a análise correspondente com o objetivo de determinar a existência ou não de associação entre a exposição e o desfecho de interesse. Etapas do Raciocínio Epidemiológico
  • 15. 4) Em seguida é necessário avaliar a validade das possíveis associações estatísticas observadas, excluindo o acaso, o erro sistemático na coleta ou interpretação dos dados (viés) ou o efeito de outras variáveis que podem ser responsáveis pela associação observada, efeito conhecido como fator de confusão. 5) Finalmente, o julgamento focaliza a existência de uma associação de causa e efeito levando-se em consideração critérios de avaliação da associação causal, entre eles: força da associação, consistência dos resultados obtidos, efeito dose resposta, plausibilidade biológica, entre outros. (Hennekens & Buring, 1987). Etapas do Raciocínio Epidemiológico
  • 16. Epidemiologia Descritiva • Descrever a magnitude da doença na população • Examinar a distribuição da doença na população usando dados da estatística vital • Analisar o comportamento das doenças segundo características das pessoas, do tempo e lugar OBJETIVOS
  • 17. Causa Número (%) Doença Isquêmica do coração Doença Cerebrovascular Inf. Respirat. Agudas HIV/AIDS D. Crônica Obstrutiva Pulmonar Diarréias Condições perinatais Tuberculose Câncer do Ap. Respiratório Acidentes de Trânsito 7.375 5.106 3.452 2.285 2.249 2.219 2.155 1.498 1.244 1.171 13,7 9,5 6,4 4,2 4,2 4,1 4,0 2,8 2,3 2,2 Principais Causas de Morte no Mundo 2000
  • 18.
  • 19. Indicadores 1980 2000 População Urbana (%) Taxa de Fecundidade Crescimento Populac. Anual (%) Pop. de < 5 anos (em milhões) Pop. Analfabeta >= 10 anos % de Domicílios Urbanos com Água Mort. Inf. Proporc. P/ Diarréias (%) Desnutrição em < de 5 anos (%) Mort. Proporc p/ Doenças Infec. PIB "per capta" (em R$) % de Idosos (60 anos e +) na Pop Razão de Dependência Renda Familiar "per capita" (em R$) 67,5 % 4,3 2,5 (1970/1980) 16,4 25,3 % 53,3 % 24,5 18,4 9,3 3510 (1985 - 1989) 6,1 % (1985 - 1989) 0,73 276 (1985 - 1989) 78,4% 2,3 1,4 (1991/2000) 15,6 12,2 % 84,3 % 7,7 5,9 4,5 3460 (1992-1996) 7,4 % (1992-1996) 0,58 195 (1992 - 1996)
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. John Snow Como Organizar os dados QUEM FOI AFETADO? PESSOA ONDE FORAM AFETADOS? LUGAR QUANDO FORAM AFETADOS? TEMPO
  • 24. • Idade • Sexo • Raça/Etnia • Estado conjugal e familiar • Ocupação • Educação • Hábitos e Costumes • Atividades de lazer
  • 25. • Descrever os casos em detalhes • Identificar fatores comuns aos casos • Obter denominadores para calcular taxas • Comparar grupos
  • 26. Taxa de mortalidade por causas selecionadas, por sexo, Epilândia, 2004 Causa Taxa de mortalidade* Total Homens Mulheres Razão das taxas segundo o sexo Masc/Fem Câncer respiratório Homicídio Sífilis Tuberculose Úlcera péptica Acidentes de trânsito Suicídio Câncer urinário Acidentes (menos por veículos) Doença arteriosclerótica do coração Cirrose hepática Câncer digestivo Enfermidades vasculares do sistema nervoso central Enfermidade cardíaca hipertensiva Diabetes mellitus Câncer genital 29.2 6.8 1.2 3.5 4.9 26.8 10.8 7.4 30.5 289.2 14.0 48.0 102.2 25.2 17.7 20.4 53.6 10.7 1.9 5.6 7.7 40.2 16.2 11.1 42.7 395.9 19.2 58.2 110.3 24.9 16.4 20.5 9.0 3.1 0.6 1.8 2.7 14.4 5.9 4.5 18.8 200.5 9.4 39.8 95.6 25.2 18.6 21.5 6.0 3.5 3.2 3.1 2.9 2.8 2.7 2.5 2.3 2.0 2.0 1.5 1.2 1.0 0.9 __ Por 100.000 habitantes, padronizado por idade Fonte: Estatísticas vitais de Epilândia Características das Pessoas
  • 27. Taxas de mortalidade* por causas selecionadas, por etnia, Epilândia, 2004 Etnia Causa Branca Não Branca Razão da taxa de não brancos e brancos Todas as causas Homicídio Tuberculose Enfermidade cardíaca hipertensiva Sífilis Diabetes mellitus Câncer genital Pneumonia Acidentes (exceto por veículos) Enfermidades vasculares do sistema nervoso central Cirrose hepática Câncer do aparelho digestivo Acidentes por veículos Câncer do aparelho respiratório Úlcera gastroduodenal Câncer do aparelho urinário Enfermidade arteriosclerótica do coração Leucemia Suicídio 904.1 3.5 2.5 21.1 1.0 16.6 19.2 26.0 28.6 97.7 13.2 47.0 26.5 28.9 4.9 7.4 292.9 7.4 11.3 1.192.7 32.3 9.6 68.6 3.0 28.9 32.4 42.4 43.9 150.1 19.9 58.2 29.8 32.2 4.9 7.1 247.1 5.5 5.7 1.3 9.2 3.8 3.3 3.0 1.7 1.7 1.6 1.5 1.5 1.5 1.2 1.1 1.1 1.0 1.0 0.8 0.7 0.5 Por 100.000 habitantes, padronizadas por idade Fonte: Estatísticas vitais de Epilândia Características das Pessoas
  • 28. Taxas de mortalidade por sexo e idade. Epilândia, 2004 Taxas de mortalidade* Grupos etários (anos) Total Homens Mulheres Razão entre a taxa masculina e feminina Total  Menor de 1 1-4 5-14 15-39 40-64 65 e mais 9.0 19.6 0.8 0.4 1.3 8.9 60.5 11.5 22.4 0.8 0.5 1.8 12.3 75.0 6.9 16.7 0.7 0.3 0.8 5.9 49.6 1.7 1.3 1.1 1.7 2.3 2.1 1.5 *Taxas anuais por 1.000 habitantes Fonte: Estatísticas Vitais de Epilândia Características das Pessoas
  • 29. A ocorrência das doenças varia no tempo Variações Regulares - Tendência secular - Variação sazonal - Variação cíclica Variações Irregulares - Epidemias
  • 30. Caracteres Epidemiológicos Relativos ao Tempo Variações Regulares - Tendência secular
  • 31. Caracteres Epidemiológicos Relativos ao Tempo Variações Regulares - Variação sazonal
  • 32. Caracteres Epidemiológicos Relativos ao Tempo Variações Regulares: - Variação cíclica Variações Irregulares: - Epidemias 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Coef. por 100.000 hab. Fonte: Secr. de Saúde de S. Paulo: Museu E. Ribas; Centro de Vig.”Alexandre Vranjak” Epidemia Epidemia Epidemia Epidemia Epidemia Incidência mês a mês do sarampo no Município de São Paulo. 1950 -1993
  • 33.
  • 34.
  • 35. • País • Estado • Cidade • Bairro • Endereço de residência • Local de nascimento • Endereço de emprego • Distrito escolar • Unidade hospitalar
  • 36. Epidemia de Cólera em Londres 1849
  • 37. 1 caso Distribuição Geográfica de Casos de Salmonela por Local de Residência, Palmeira. Janeiro, 2003 Caracteres Epidemiológicos Relativos ao Espaço
  • 38. Caracteres Epidemiológicos Relativos ao Espaço e ao Tempo
  • 39. Fundamenta-se: 1. Análise das Diferenças 2. Análise das Semelhanças 3. Por Analogia