[1] O documento é um termo de consentimento informado para uma operação das pálpebras.
[2] Ele descreve os riscos e complicações possíveis da cirurgia e anestesia, como hematomas, inchaços, alterações na cicatrização.
[3] Também informa que a operação não corrige completamente os sinais de envelhecimento como pés-de-galinha e não afeta a visão.
Termo de consentimento para operação das pálpebras
1. TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
OPERAÇÃO DAS PÁLPEBRAS
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TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
(LIVRE E ESCLARECIDO)
Operação: PÁLPEBRAS
Paciente:
Locais a serem tratados:
O paciente foi informado de modo claro e ostensivo
(insistente e detalhado) dos riscos/complicações e cuidados pós -
operatórios da operação, como se segue:
A anestesia está a cargo do Médico Anestesiologista e tem seus
riscos inerentes (alergias/reações medicamentosas, choque anafilático, hipertermia
maligna...) indo desde problemas leves até reações mais graves, inclusive, raros
casos, com o óbito (morte). A operação deverá ser feita com anestesia local mais
sedação ou, raramente, com anestesia geral. Cumpre dizer que os riscos
comentados acima, existem independentes da cirurgia proposta, ou seja, são
comuns a qualquer operação.
O paciente foi informado de que a operação das pálpebras superiores
envolve a retirada do excesso de pele e eventualmente da gordura herniada (bolsa
de gordura). Não deve haver retirada de 100% da pele sobrando, sobretudo para
não atrapalhar o fechamento do olho, pois senão poderá ocorrer o seu
ressecamento - atrapalha o piscamento e a distribuição do filme lacrimal. Assim,
é normal e desejável que permaneça sobra discreta de pele. O mesmo ocorre com
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as bolsas de gordura...o objetivo é retirar rigorosamente apenas o que está
“sobrando” ou, se possível, devolver a gordura para dentro do buraco orbital.
Foi informado de que a cicatrização do corte evolui sem qualquer problema, em
praticamente 98% dos casos. É pouco comum a ocorrência de engrossamento
(hipertrofias), ou outros distúrbios da cicatriz – quando ocorre, normalmente é no
canto interno, próximo ao nariz. Assim, poderá ocorrer a necessidade de
massagens com creme de corticóide e/ou outras medidas p/ sua correção (micro–
injeções de corticóide, relativamente dolorosas, compressão apropriada e etc...).
A ocorrência de equimoses (roxos) é relativamente freqüente e sua intensidade e
duração é muito variável de paciente para paciente – normalmente não ultrapassa
5 a 7 dias - todavia, em raros casos poderá durar em torno até de 3 semanas. A
ocorrência de edemas (inchaços) sempre acontece, nem que seja só um pouco.
Sua intensidade e duração é aproximadamente 7 a 10 dias para ceder “o grosso”,
que já não é muito, na maioria dos casos. Inchaço mais fino e sutil, vai sumindo
c/ o correr dos dias até desaparecer. O certo é que, é incomum a presença de
edema notável, após 21 dias e, coisa muito discreta, ainda continuará por
aproximadamente 3 meses. O tamanho da cicatriz poderá ultrapassar o limite
externo, lateral, da pálpebra superior a depender do grau de sobra de pele, o que,
via de regra é indiferente, tendo em vista a boa qualidade da cicatrização do local.
Ainda assim, tudo fazemos para evitar que tal prolongamento ocorra. Foi
informado que hiperemia (vermelhidão), ao longo da linha da cicatriz pode
ocorrer, é normal, e cede ao longo das semanas, até desaparecer. Neste período é
fundamental o uso de óculos escuros e até mesmo de filtro solar apropriado para
evitar o escurecimento da cicatriz. É certo que também vapor quente e calor
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excessivo também deverão ser evitados, especialmente (estes 02 últimos) nos
primeiros 7 dias.
É muito importante salientar que a operação de pálpebras não se
presta a retirada de pés de galinha (vincos laterais aos olhos que ocorrem
principalmente ao sorrir) – são “rugas de expressão”, que são atenuadas ou até
mesmo apagadas com outras medidas (peeling químico / “laser”, botox e
cirurgicamente atenuados com a operação de face – suspensão / lifting facial).
Isto precisa ficar muito claro, para que não ocorram falsas expectativas.
Dentro das raridades excepcionais e indesejáveis, há relatos de
cegueira após a operação de pálpebras, de causa pouco explicada (trombose dos
vasos retinianos – coincidência ??? fatalidade??? O certo é que não há qualquer
contato com o olho em si ou com os vasos sangüíneos que fazem sua nutrição /
escoamento durante a operação... Outra ocorrência absolutamente rara é também
a compressão interna do globo ocular por hematoma, que vai requerer
intervenção imediata e pode acontecer nos primeiros dias do pós-operatório.
Súbitas elevações da pressão arterial e/ou esforços excessivos e/ou distúrbios de
coagulação e/ou soltura de eletrocoagulação podem gerar tal ocorrência, que
causa dor e grande desconforto, que vai piorando com o passar das horas. Seu
tratamento é a descompressão cirúrgica imediata, pelo risco de perda da visão.
A retirada dos pontos é feita no 3º ao 5º dia de pós-operatório quando
usamos ou não, conforme o caso, líquido colante na cicatriz (colódio elástico)
que se descola sozinho em 2 a 5 dias.
A operação das pálpebras inferiores pode ser feita de várias ou
diferentes técnicas. De maneira convencional, utilizamos o retalho miocutâneo
(pele e músculo orbicular) ou utilizamos a técnica subperiostal. A primeira
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procura corrigir os casos mais simples, ou seja, aqueles com menores sobra de
pele e rebaixamento do arco inferior da pálpebra. A técnica subperiostal já é mais
indicada para as maiores sobras de pele e/ou rebaixamento do arco inferior da
pálpebra (nasojugal). Além disso, também serve para dar mais preenchimento a
eventual afundamento da pálpebra inferior e também e secundariamente, como
tentativa de elevar e manter em posição os tecidos da região do 1/3 médio da
face (regiões das maçãs do rosto e do sulco que vai da região da asa do nariz até
a porção lateral do canto da boca – sulco nasogeniano). O fato é que assim, não
se deve esperar nada mais do que cada tipo de operação pode oferecer, ou seja, a
operação da pálpebra convencional é só pálpebra e a blefarosplatia
subperiostal, além de melhorar mais efetivamente a pálpebra mais envelhecida,
que é seu principal mérito, pode ainda promover o rejuvenescimento da região 1/3
médio facial. Por que pode promover mas não é certeza que vai promover? É
por causa basicamente de 03 fatores: 1.º - o peso do retalho descolado
afrouxar/arrebentar os fios na sua fixação ao periósteo ao lado do olho, 2.º - o
periósteo lateral ao olho pode não agüentar o peso do retalho e rasgar, 3.º - o
retalho da face pode rasgar-se no local da fixação ao periósteo, pela sobrecarga
de peso. Todos estes fatores são muito imprevisíveis e variam de paciente a
paciente. Assim, não dá para garantir que não haverá descida ou perda
parcial e até total da elevação da maçã do rosto e do sulco facial de cada
lado (sulco nasogeniano).
O paciente foi informado que em ambas as técnicas, convencional ou
subperiostal, não retiramos toda a sobra de pele das pálpebras inferiores pois
poderá ocasionar o chamado ectrópio (arregalamento c/ “esbeiçamento” da
pálpebra inferior) que, às vezes, cederá c/massagens diárias ao longo de mais ou
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menos 3 meses ou, mais raramente, poderá necessitar correção cirúrgica. Foi
informado de que pode ocorrer ectrópio (esbeiçamento) ou mesmo leve
rebaixamento da linha ciliar, por exclusiva lassidão (fraqueza), não diagnosticada
apesar do exame cuidadoso, dos elementos contensores (que seguram) da
pálpebra. Também pode ocorrer pela queda excessiva da elevação do retalho da
maçã do rosto – ele cairia levando consigo a margem palpebral. Assim, fica claro
que pode acontecer, mesmo com o cirurgião fazendo tudo como deve ser feito,
c/zelo e capricho, ou seja, vai depender do organismo do paciente.
Foi informado de que, em qualquer uma das 02 técnicas da pálpebra
inferior, a incisão é abaixo dos cílios, em 2 a 3 mm e vai, desde o canto do olho
até a sua porção lateral, onde faz angulação para baixo, c/prolongamento de
tamanho variável. O certo é que, quanto maior a flacidez de pele / músculo
orbicular (em volta dos olhos), maior será o prolongamento lateral. Quando a
flacidez for excessiva, especialmente nas blefaroplastias subperiostais, ocorrerá
muito comumente acúmulo de pele (morrinho), de cada lado do olho, ao nível do
prolongamento lateral. Por que? É para não aumentar ainda mais o prolongamento
lateral da cicatriz. Na grande maioria dos pacientes tal “morrinho” irá ceder,
sumir, em 2 a 3 meses. Se, pela pouca elasticidade (flacidez) da pele, ele não
sumir, aí sim, poderemos retirá-lo, sob anestesia local, em procedimento cirúrgico
simples e rápido.
É certo que tudo, absolutamente tudo o que foi explicado para as
pálpebras superiores (bolsas de gordura, cicatrização, rôxos, inchaços, cuidados
pós-operatórios e etc...) vale para as inferiores, com a ressalva de que, inchaços
e roxos são, via de regra, mais intensos e duradouros nas pálpebras inferiores, e
poderão durar 1 semana a mais que nas superiores, a depender de cada caso. É
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certo que, os pés-de-galinha também não são corrigidos na operação das
pálpebras inferiores (convencional ou subperiostal), podendo num primeiro
momento até dar a impressão de que ficaram mais evidentes (notáveis), pela
elevação dos tecidos da região lateral do olho (naturalmente maior na
blefarosplatia subperiostal) – sensação que vai diminuindo com a diminuição do
inchaço e o assentamento do retalho. No geral, a não ser que o paciente não
queira, a operação da pálpebras superiores e inferiores completa-se num plano de
rejuvenescimento facial, que poderá envolver a operação da face junto ou depois,
e eventuais “peelings” químico ou a “laser” para a melhoria da “qualidade” da
pele. Assim, não se deve esperar mais de uma operação de pálpebras do que o
que foi dito aqui, com toda a clareza.
É muito importante salientar que o uso de antiinflamatórios não –
hormonais (tipo Flanax, Inflaren, AAS infantil ou adulto, Voltaren e
tantos outros, que obrigatoriamente deverá informar se for o caso, e
etc...) bem como Proepa deverão ser suspensos 10 dias antes da
operação para não aumentar o risco de sangramento (mesmo com o
exame de coagulação normal).
O paciente foi informado de que a operação das pálpebras não
afeta, nem para mais nem para menos, a acuidade visual, ou seja, se já
tinha, ou não, problemas para enxergar, a situação permanecerá a
mesma, a exceção é claro, da já comentada e raríssima situação da
perda da visão.
Foi informado que deverá fazer tantos retornos quantos eu
indicar, com zelo e atenção a todas as orientações e cuidados de
pós – operatório muitas das quais a serem dadas ao longo do
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tratamento. Desde já, adianto que não dou alta ou liberação
definitiva, sob nenhuma hipótese, antes de 1 ano e meio (dezoito
meses) da operação – deverá fazer retornos e intervalos regulares,
até o fim desse período.
O paciente e/ou seus responsáveis, confirmam que não omitiram
ou esqueceram qualquer informação sobre sua condição de saúde, uso
de medicamentos/drogas ou eventuais reações conhecidas a medicações
ou operações (inclusive a nível familiar). Refere(m) estar sadia, bem
como descartada qualquer possibilidade de estar grávida, mesmo em
fase inicial.
Foi claramente informado, esclarecido e compreendido
que não foi feita qualquer promessa de resultado ou de perfeição, e
sim, que tudo faremos para o melhor resultado possível, dentro das
limitações, das possibilidades e respostas do seu organismo.
Tendo ouvido, lido e entendido “muito claramente” todas as
informações acima e concordado com tudo, autorizo o Dr. Brunno Rosique Lara
e sua equipe, a operar a minha pessoa. Assim, dou ciência e assino abaixo.
Observações importantes:
Dou ciência, concordo e assino abaixo:
Paciente:
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Acompanhante/responsável:
Data: