2. O QUE É AMÁLGAMA?
Liga metálica com vários elementos processados na forma de finas partículas de pó.
PRATA ZINCO
PÓ
AMÁLGAMAMERCÚRIOESTANHO
LÍQUIDO
COBRE
4. - ↑ Resistência da restauração.
- ↓ Escoamento do amálgama sob forças da mastigação.
- ↑ Expansão de presa.
COMPOSIÇÃO DA LIGA
PRATA (Ag)
5. - Presente em cerca de 25%.
- Facilitar a amalgamação à temperatura ambiente.
- Redução na expansão da Ag.
- Acima de 27%: ↑ Contração e ↓ Resistência/Dureza da liga,
↑ Escoamento
COMPOSIÇÃO DA LIGA
ESTANHO (Sn)
6. - Substitui parcialmente o Ag.
- ↑ resistência.
- ↓ Escoamento e a corrosão.
- Até 6% (ligas convencionais).
- Acima de 6% e até 30% (ligas de alto teor de Cu).
COMPOSIÇÃO DA LIGA
COBRE (Cu)
7. - Agente desoxidante durante a fusão da liga.
- Reduz formação de outros óxidos.
- + de 0,01%: ligas com Zn.
- - de 0,01%; ligas sem Zn.
COMPOSIÇÃO DA LIGA
ZINCO (Zn)
8. Ag3Sn + Hg → Ag3Sn + Ag2Hg3 + Sn7-8Hg
Partículas
originais de
fase gama Y
Mercúrio
Núcleos não
dissolvidos
de fase
gama Y
Núcleos não
dissolvidos
de fase
gama Y
Grãos
formados
de fase
gama 2
Y2
9. Ag3Sn + Hg → Ag3Sn + Ag2Hg3 + Sn7-8Hg
Partículas
originais de
fase gama Y
Mercúrio
Núcleos não
dissolvidos
de fase
gama Y
Núcleos não
dissolvidos
de fase
gama Y
Grãos
formados
de fase
gama 2
Y2
Representa o produto da reação entre a prata (Ag) e o mercúrio (Hg) Gama 2 - γ2 (Sn7-8Hg):
representa o produto da combinação entre o estanho (Sn) e o mercúrio (Hg). Apesar de a
fase gama 1 cristalizar-se primeiro, a velocidade de crescimento é mais rápida e a quantidade
formada destas fases depende da quantidade de mercúrio na reação. As fases de
cristalização gama 1 e gama 2 vão se desenvolvendo e sua formação só termina quando a
quantidade de mercúrio torna-se insuficiente para que a reação possa se processar (Figura 1).
As ligas para amálgama são hoje caracterizadas pela presença na sua composição do
composto Ag3Sn (Sistema prata-estanho - fase γ), juntamente com outros metais
adicionados. Na trituração, quando a liga está sendo misturada com o mercúrio, o
composto Ag3Sn (representando neste caso todos os constituintes da liga) absorve o
mercúrio e com ele reage, produzindo duas fases de cristalização: gama 1(γ1) e gama 2(γ2).
12. FORMA DA PARTÍCULA DA LIGA
PARTÍCULAS IRREGULARES / USINADAS / LIMALHA
Figura 3. Fotomicrografia das partículas esferoidais.
PARTÍCULAS ESFEROIDAIS
Figura 2. Fotomicrografia das partículas de limalha.
13. CONTEÚDO DE COBRE
COM BAIXO CONTEÚDO DE COBRE
COM ALTO CONTEÚDO DE COBRE
< 6% de Cobre em peso
> 6% de Cobre em peso
Ligas de fase dispersa Ligas de composição única
14. CONTEÚDO DE ZINCO
LIGAS SEM ZINCO
LIGAS COM ZINCO
≤0,01% de Zinco em peso
> 0,01% de Zinco em peso
EXPANSÃO TARDIA
15. PROPRIEDADES
PLASTICIDADE E TEMPO DE TRABALHO
• Permite o contato íntimo entre o material e as paredes da cavidade;
ALTERAÇÃO DIMENSIONAL
• Permite o contato íntimo entre o material e as paredes da cavidade;
• Selamento hermético da cavidade;
RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
• Alta resistência a compressão;
• Suporta altas cargas mastigatórias;
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
• Baixa resistência a tração;
• Requer preparos cavitários que minimizem este tipo de esforço;
MÓDULO DE ELASTICIDADE
• Auto-selamento
• Corrosão excessiva= Porosidades. Menor resistência e liberação de íons.
16. VANTAGENS
• Baixo custo
• Longevidade
• Baixo desgaste
• Adaptação às paredes
• Auto selamento marginal
• Resistência à esforços mastigatórios
DESVANTAGENS
• Estética
• Não há adesão
• Condutabilidade térmica
• Possível toxicidade com o Hg
• Valamento do ângulo cavosuperficial
19. PROBLEMAS CLÍNICOS RELACIONADOS
AO PREPARO CAVITÁRIO
FRATURA DE BORDA
FRATURA DE CORPO
FRATURA DE ÍSTMO
DESLOCAMENTO PROXIMAL
FRATURA DA CRISTA MARGINAL
FRATURA DO DENTE
20. • Ângulos internos da cavidade arredondados (diminuir tensão)
• Base maior que o corpo
• Paredes planas
• Espessura mínima de 1,5mm
• Ângulo cavossuperficial reto, bem definido e sem bisel
• Paredes circundantes mesial e distal paralelas e levemente divergentes
• Vestibular e palatina/lingual convergentes para oclusal
• Brocas 245 e 246
• Esmalte sem suporte dentinário deve ser removido
CARACTERÍSTICAS DO PREPARO PARA AMÁLGAMA
MONDELLI, 2003
Ângulo Cavo-Superficial definido
Após finalizar o preparo, limpar a cavidade e
avaliar a necessidade de proteção do complexo dentinho pulpar
21. APLICAÇÃO DO AGENTE SELADOR
- Verniz cavitário
MANIPULAÇÃO DO AMÁLGAMA
- Amalgamador por 10 segundos
- Aplicar amálgama com porta amálgama
CONDENSAÇÃO
- Preenchimento da cavidade, compactação do material na cavidade, requisitos
biomecânicos
- Sempre em excesso
BRUNIDURA PRÉ ESCULTURA
- Definição de sulcos e fissuras
ESCULTURA
- Amálgama com leve resistência, sulcos pouco profundos, em região de fóssulas sempre
mais material
BRUNIDURA PÓS ESCULTURA
- Diminuir a porosidade, melhor adaptação marginal na cavidade
TÉCNICA RESTAURADORA
22. SUPERFÍCIES OCLUSAIS - Brocas multilaminadas (em baixa rotação)
ACABAMENTO E POLIMENTO
APÓS 24H
23. SUPERFÍCIES OCLUSAIS - Brocas multilaminadas (em baixa rotação)
FACES LIVRES – Discos abrasivos
ACABAMENTO E POLIMENTO
APÓS 24H
24. Reestabelecendo os detalhes do dente, não reduzindo tanto a espessura
do material e ameace a integridade estrutural da restauração
SUPERFÍCIES OCLUSAIS - Brocas multilaminadas (em baixa rotação)
FACES LIVRES – Discos abrasivos
FACES PROXIMAIS – Tiras de lixa metálicas
ACABAMENTO E POLIMENTO
APÓS 24H
26. • Corrigir a oclusão quando necessário (as vezes só se consegue
fazer isso com as brocas multilaminadas);
• Refinar escultura;
• Eliminar rugosidades (diminui retenção de placa);
• Regularizar bordas da restauração;
• Aumentar a resistência do amálgama a corrosão em virtude da
remoção da camada superficial que contém mercúrio.
FUNÇÕES DO ACABAMENTO E POLIMENTO
27. 1. ACESSO A LESÃO CARIOSA
2. PREPARO CAVITÁRIO PARA AMÁLGAMA
3. SE NECESSÁRIO, REALIZAR PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR
4. MANIPULAÇÃO DO MATERIAL E INSERÇÃO NA CAVIDADE
5. ACABAMENTO E POLIMENTO
RECAPITULANDO...
PARA RESTAURAÇÃO CLASSE I COM AMÁLGAMA
28. MONDELLI, J – Proteção do Complexo dentinopulpar. 1ª ed, São
Paulo:Artes Médicas: Série EAP – APCD, 1998. 316p.
CRAIG, R.G.; POWERS, J.M. – Materiais Dentários Restauradores. São
Paulo: Santos, 2004. 704p.
Ligas para Restaurações de Amálgama Versão 1.0 de 2003
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS