1. Cirurgia Plástica
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da
Santa Casa de Misericórdia de
São José do Rio Preto
Regente : Dr Valdemar Mano Sanches
3. Introdução
O termo anestesia (do grego an, privado de + aísthesis, sensação)
foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel
Holmes.
A palavra, entretanto, já existia na língua grega, tendo sido
empregada no sentido de insensibilidade dolorosa, pela primeira
vez, por Dioscórides, no século I dC.
4. Histórico
• Historicamente, a data de 16 de outubro de 1846 é
considerada como a data em que se realizou a primeira
intervenção cirúrgica com anestesia geral.
• Em Boston, o cirurgião John Collins Warren realizou a
extirpação de um tumor no pescoço de um jovem de 17
anos, chamado Gilbert Abbot.
• O paciente foi anestesiado com éter pelo dentista William
Thomas Green Morton, que utilizou um aparelho inalador
por ele idealizado.
5. Avaliação Pré-anestésica
❖ É o primeiro contato com o anestesiologista e o paciente
❖ Patologias Associadas e o Ponto de Compensação
❖ Orientações sobre o tipo de anestesia, Jejum, tempo de
recuperação anestésica
❖ Avaliação Clínica , Alergias , História Familiar
7. Avaliação Pré-anestésica
❖ Situações Especiais:
HAS: Não interromper a medicação
DM: Maior variação arterial, cuidado com infarto
assintomático ( mulheres), prevenir hipoglicemia.
DM I : Suspender hipoglicemiantes orais 2 d antes
DM II: Usar 1/3 da dose na manhã da cirurgia , usar
SG5% 100ml/h
Tabagismo : interromper 6 semanas antes
9. Anestesia Local
❖ Diz-se que uma anestesia é local quando ocorre infiltração de um
anestésico local (por exemplo a lidocaína ) em uma determinada
área do corpo, sem que ocorra bloqueio de um nervo específico
ou plexo (nome dado a um conjunto de nervos) ou do neuroeixo
(medula espinhal).
❖ A anestesia limita-se à área infiltrada pelo anestésico local.
❖ É largamente utilizada em nosso meio em cirurgia superficial
(exemplo: cirurgias plástica e dermatológica), e em
procedimentos circunscritos a áreas limitadas (extração de corpo
estranho superficial).
10. Histórico
❖ O início do uso dos anestésicos locais remonta à segunda
metade do século XIX.
❖ Por volta de 1860, Albert Niemann isolou um alcalóide na
forma cristalina que seria o primeiro anestésico local utilizado
na prática clínica: a cocaína.
❖ Muito embora sua utilização venha caindo na prática anestésica,
ainda podemos encontrá-la sendo usada em certos colírios
anestésicos em países como os EUA.
11. Histórico
❖ Outras drogas
desenvolvidas no final do
século XIX e início do
século XX, como a
procaína e a lidocaína,
popularizaram as técnicas
de anestesia local e
permitiram o
desenvolvimento da
anestesia regional
12. Anestesia Local
❖ Farmacologia: São bases fracas,
lipossolúveis
Grupo Amida ( Lidocaína ,
bupivacaína, ropivacaína )
Ester ( Procaína)
❖ Ação: Interrompem a condução
do estímulo nervoso por bloquear
os canais de sódio impedindo a
deflagração do potencial de ação
13. Anestesia Local
❖ Bicarbonato de Sódio: deve ser adicionada
imediatamente antes da injeção, senão precipita.
Prolonga a duração e inicia mais rápido : 1mEq de Bic a
cada 10 ml de lidocaína 1,5%
❖ Hialuronidase: Facilita a difusão do anestésico : 7,2UI
por ml de anestésico local com adrenalina 1:100.000
14. Anestesia Local
❖ Vasoconstritor: Adrenalina 1mg/1ml ampola
Diminui os efeitos tóxicos ,reduz a absorção vascular,prolonga a
duração da anestesia,reduz o sangramento cirúrgico
Deve se adicionar imediatamente antes da realização do bloqueio
1mg/1ml = 1:1000 a diluição para uso clínico seria 1:200.000
Vem associada com um estabilizador: bissulfito de sódio
# CONTRA-INDICAÇÕES: Isquemia Coronariana, Arritmias
Cardíacas, HAS não controlada, Hipertireoidismo, usuários de
IMAO e antidepressivos tricíclicos , não usar em teminação
arterial ( dedos , orelha , e pênis)
17. Intoxicação por anestésicos locais
❖ A prevenção é a idéia mais importante quando falamos sobre
intoxicação com anestésicos locais.
❖ Aspirar antes de injetar, injeções lentas e manter o contato
verbal com o paciente, em busca de qualquer sinal ou sintoma
precoces de intoxicação ou injeção intravascular inadvertida,
são condutas chaves na prevenção
18. Intoxicação por anestésicos locais
❖ Quando se trabalha com AL associados a vasoconstritores,
taquicardia pronunciada e/ou hipertensão nos 60 segundos
seguintes ao início da administração são sinais de injeção
intravascular inadvertida até que se prove em contrário.
❖ Desta forma, a monitorização desses parâmetros (pressão arterial
e freqüência cardíaca) são importantes a fim de se evitar quadros
graves de intoxicação.
19. Intoxicação por anestésicos locais
❖ Ao buscarmos sinais de intoxicação por AL, devemos ter
em mente o quadro neurológico precoce e dar atenção a
sinais/sintomas mais específicos, como alterações
gustativas (gosto metálico na boca), alterações auditivas
(tinitus)e visuais (diplopia), normalmente ausentes de
quadros como distúrbios neurovegetativos que podem ser
causados por dor, desconforto, medo e ansiedade.
20. Intoxicação por anestésicos locais
❖ 1) Interrompa a administração da droga;
❖ 2) Ofereça oxigênio a 100% por máscara: O2 aumenta o limiar
convulsivo e previne hipoxemia, melhorando o prognóstico do quadro ;
❖ 3) Coloque o paciente em decúbito dorsal horizontal ou leve
Trendelenburg, a fim de melhorar as perfusões cardíaca e cerebral;
❖ 4) Caso o paciente não tenha acesso venoso estabelecido, providencie
um;
❖ 5) Mantenha monitorização adequada de oxigenação (oximetria de
pulso), ritmo e freqüência cardíaca (eletrocardiografia contínua) e
pressão arterial.
❖ 6) O controle farmacológico das convulsões pode ser obtido com
benzodiazepínicos por via venosa, particularmente com o diazepan (5 a
10 mg) ou com o midazolan (5 a 15 mg)..
22. Anestesia Regional
❖ Anestesia regional é uma denominação que engloba uma série de
técnicas anestésicas distintas tanto na execução quanto na
indicação.
❖ Estas técnicas têm em comum o fato de a anestesia ser produzida
através de um anestésico local e ser circunscrita a uma
determinada área do corpo.
❖ São técnicas de anestesia regional:
Bloqueios Tronculares
Bloqueios de Plexo
Bloqueios espinhais
23. Anestesia Regional
❖ Bloqueios tronculares: um determinado nervo é bloqueado
através da deposição de anestésico local sobre ele.
❖ Algumas anestesias para odontologia são bloqueios
tronculares.
24. Anestesia Regional
❖ Bloqueios de plexo:
bloqueamos um conjunto de
nervos responsáveis pela
sensibilidade de uma
determinada área.
❖ Como exemplo podemos
citar os diferentes bloqueios
do plexo braquial, utilizados
em cirurgias do membro
superior ( ombro, braço,
cotovelo, antebraço e mão).
25. Anestesia Regional
❖ Bloqueios espinhais: neste caso, os anestésicos locais são
utilizados a fim de bloquear a passagem do impulso doloroso pela
medula espinhal.
❖ As técnicas utilizadas são a raquianestesia (ou simplesmente
raqui e a peridural).
❖ Pode ser prolongado indefinidamente com a instalação de
catéteres que permitem que doses adicionais de anestésico sejam
aplicadas.
❖ A utilização de catéteres também constitui artifício para controlar
a dor no período pós-operatório.
26. Bloqueios Periféricos
❖ Se a instalação o
bloqueio do
plexo braquial
não se faz de
maneira
adequada, é
possível a
suplementação
periférica.
27. Bloqueios Periféricos
❖ Bloqueio do
Nervo ulnar: O
nervo ulnar é
abordado com
facilidade na sua
passagem pela
goteira olecraniana
28. Bloqueios Periféricos
❖ Técnica: A sua
identificação por
palpação e a
deposição de 3 a
5ml de anestésico
promovem o
bloqueio sensitivo
da borda ulnar da
mão incluindo 4º e
5º dedos.
29.
30. Bloqueios Periféricos
❖ Bloqueio do Nervo
Mediano: Aborda-
se o nervo mediano
medialmente á
artéria umeral, na
prega do cotovelo.
❖ A introdução da
agulha é feita a este
nível e a melhor
identificação é por
parestesia.
32. Bloqueios Periféricos
❖ No túnel carpeano, ao nível
do punho, a abordagem é
feita entre os tendões do
palmar longo e o flexor
radial do carpo com 5 a
10ml e anestésico
33. Bloqueios Periféricos
❖ Bloqueio do nervo
radial: O nervo radial
pode ser alcançado a
nível do punho ou do
cotovelo.
No cotovelo, seus ramos
sensitivos já estão
dissociados.
Um deles passa
profundamente a altura
da prega do cotovelo, 1,5
a 2cm da borda lateral
do bíceps.
34. Bloqueios Periféricos
❖ Ao nível do punho:
Na região da tabaqueira
anatômica à altura da
cabeça do primeiro
metacarpiano.
Usando 5ml de solução
anestésica.
Ele se divide em 4 ramos
dorsais dos dedos
sensitivos.
35. Bloqueios da Face
❖ O trigêmeo é o nervo
craniano mais calibroso.
Tem origem aparente na
superfície central da
ponte.
❖ As fibras de raiz
sensitiva se originam da
célula do gânglio
trigeminal, também
chamado de semilunar
ou de Gasser
36. Bloqueios da Face
❖ O trigêmeo é o nervo
sensitivo da face e da maior
parte do couro cabeludo, dos
dentes, das cavidades oral/
nasal e orbitária.
❖ É também o nervo motor dos
músculos da mastigação.
37. Bloqueios da Face
❖ A grande raiz
sensitiva do nervo
trigêmeo após
formar o gânglio
trigeminal divide-
se em três ramos
principais:
oftálmico, maxilar
e mandibular.
38. Bloqueios da Face
❖ Bloqueio do Nervo Supra
Orbitário:
Ramo do nervo frontal que é
o maior ramo do nervo
oftálmico.
Passa através do forame
supraorbitário, inervando a
pálpebra superior e sua
conjuntiva, região frontal e
couro cabeludo.
Divide-se em ramo medial e
lateral
39. Bloqueios da Face
❖ Bloqueio do Nervo
Supraorbitário:
Palpa-se o forame na
borda superior da
órbita a 2,5cm da linha
média sobre um plano
vertical que passa pela
pupila injetando 2ml
de solução anestésica.
40. Bloqueios da Face
❖ Bloqueio do Ramo
Supratroclear: é um ramo
medial do nervo frontal.
Inerva parte medial da
pálpebra superior incluindo a
conjuntiva tarsal
❖ Técnica: introduzindo uma
agulha fina abaixo da borda da
órbita no seu ângulo
suprainterno, injetando 2ml de
anestésico
41. Bloqueios da Face
❖ Bloqueio do Nervo
Infraorbitário:
É continuação direta do
nervo maxilar que
ganha a órbita pela
fissura orbitária
inferior.
Divide-se em ramos
palpebral, nasal e
labial.
42. Bloqueios da Face
❖ Inervação: pele da
pálpebra inferior, lábio
superior, ponta nasal e
região zigomática.
O forame infraorbitário
está situado a 1cm da
margem inferior da órbita.
❖ Técnica: Extraoral ( 1cm
da porção media da asa
nasal) e Intra oral (Fossa
Canina)
43. Bloqueios da Face
❖ Bloqueio do Nervo
Mentoniano: ramo do nervo
alveolar inferior (mandibular).
❖ Técnica: Intraoral (entre os
dois pré molares inferiores) e
Extraoral (linha da comissura
labial perpendicular a margem
inferior da mandíbula).