O documento discute a história da anestesia e suas técnicas. Começa com os primeiros usos de anestesia geral em 1846 e descreve brevemente métodos antigos como a esponja soporífera. Também aborda a avaliação pré-operatória, reações a drogas anestésicas, e patologias que devem ser consideradas na escolha da técnica anestésica.
3. ANALGESIA : Grego: analgēsíā :
Falta ou supressão de toda sensação dolorosa sem perda dos
restantes modos da sensibilidade.
Definição
O termo anestesia (do grego an, privado de + aísthesis,
sensação) foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano
Oliver Wendel Holmes.
A palavra, entretanto, já existia na língua grega, tendo sido
empregada no sentido de insensibilidade dolorosa, pela
primeira vez, por Dioscórides, no século I dC.
4. Introdução
• Apesar de cirurgia e anestesia caminharem juntas é
inegável que esta última gera, em alguns pacientes, um
temor que, por vezes, o impedem de aceitar o
tratamento cirúrgico.
• Esta crença fatalista, que cerca sobretudo a anestesia
geral (AG), incutiu a noção errônea de que existe um
risco aumentado em função da anestesia.
• A morbiletalidade que cerca qualquer ato anestésico é
função da condição clínica pré-operatória.
5. Introdução
• Evidentemente quando a anestesia escolhida
não respeita as peculiaridades que cercam a
cirurgia e não acata as limitações impostas
pelo estado físico do paciente, estaremos
contribuindo para o surgimento de
complicações e perpetuando idéias falsas
6. Histórico
• Historicamente, a data de 16
de outubro de 1846 é
considerada como a data em
que se realizou a primeira
intervenção cirúrgica com
anestesia geral.
• Em Boston, o cirurgião John
Collins Warren realizou a
extirpação de um tumor no
pescoço de um jovem de 17
anos, chamado Gilbert Abbot.
O paciente foi anestesiado
com éter pelo dentista William
Thomas Green Morton, que
utilizou um aparelho inalador
por ele idealizado.
7. Histórico
• À exceção da China, onde se usava a milenar
acupuntura, os recursos utilizados para amenizar a dor
no ato cirúrgico consistiam de extratos de plantas
dotadas de ação sedativa e analgésica, além da hipnose e
bebidas alcoólicas, o que não dispensava,
evidentemente, a contenção do paciente.
8. Histórico
• Na Idade Média empregava-se um método originário da
Escola de Alexandria, cuja fórmula foi encontrada no
mosteiro de Monte Casino.
• Trata-se da esponja soporífera, que se preparava com os
seguintes componentes: ópio, suco de amoras amargas,
suco de eufórbia, suco de meimendro, suco de mandrágora,
suco de hera, sementes de bardana, sementes de alface e
sementes de cicuta
9. Avaliação Pré-operatória
• Uma avaliação clínica pré-operatória não deve ser
confundida com abundância de exames.
• O risco cirúrgico, ou o parecer do clínico, não
desobrigam o anestesista do contato prévio e da sua
própria avaliação.
• Cabe a ele esclarecer quanto à técnica, elucidar
dúvidas e afastar temores.
10. Reações
• Esse levantamento não se limita a uma investigação dos
eventos anestésicos pessoais mas também familiares que
permitem suspeitar de hipertermia maligna, doença
fármaco-genética que desencadeia graves complicações
per-operatórias (temperaturas acima de 40 C, rigidez
muscular, hipercapnia e acidose crescente) com elevada
mortalidade.
• Pseudocolinesterase atípica, patologia determinada por
um gene autossômico recessivo, que prolonga a ação dos
relaxantes musculares (succnil-colina e mivacúrio) cujo
metabolismo depende da pseudocolinesterase plasmática.
11. • Anestesias anteriores podem informar quanto a reações de
hipersensibilidade a drogas (principalmente relaxantes musculares),
respostas inesperadas a alguns fármacos (agitação psicomotora com
metoclopramida ou resposta paradoxal com benzodiazepínicos),
tendência para emese pós operatória e dificuldades para a realização
de bloqueios ou entubação.
• Dificuldades no manuseio das vias aéreas representam o maior
determinante da morbimortalidade ligada a anestesia.
• Uma história de dificuldade de entubação e/ou a presença de
alterações anatômicas sugestivas – obesidade, pescoço curto, pequena
abertura de boca, retrognatismo ou diminuição da mobilidade cervical
– impõem cuidados preventivos para que não se exponha o paciente a
maiores riscos.
• Nessas condições é importante a ajuda de um segundo profissional
experiente que auxilie nas manobras necessárias.
12. Patologias Pré-existentes
• As doenças cardiovasculares se associam a eventos de
maior morbidade no per e pós-operatório imediatos.
• A hipertensão arterial deve estar controlada , com níveis
pressóricos abaixo de 180 mmHg de pressão sistólica e de
110 mmHg de diastólica sendo que as medicações
antihipertensivas não devem ser suspensas.
• O uso de anestésicos locais (AL) com adrenalina podem
causar crises hipertensivas graves na sala de cirurgia.
• É fundamental saber sobre transfusões prévias e a
coexistência de doenças transmissíveis, como a SIDA ou
a Hepatite B e/ou C, que exigem todo cuidado com
secreções e sangue para evitar o contágio.
13. • Os inibidores da monoaminooxidase (IMAO),
cumarínicos e os antiadesivos plaquetários devem ser
suspensos com antecedência de 15 dias para os 2
primeiros e de uma semana para o último.
O consumo de substâncias ilícitas, sobretudo cocaína, é
crescente e deve ser questionado direta ou veladamente,
para garantir a segurança do ato anestésico-cirúrgico
Medicações em uso
14. Medicações
• A ingesta de moderadores do apetite, na sua essência
anfetaminas, libera catecolaminas e produz uma
hiperestimulação simpática com conseqüências sobre o
aparelho cardiovascular semelhantes às descritas com o
uso de cocaína.