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AVALIAÇÃO CLÍNICA E TÉCNICAS
INSTRUMENTAIS PARA O EXAME
FÍSICO: MÉTODO CLÍNICO
TÉCNICAS BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO:
INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO e AUSCULTA
• Conjunto integrado e articulado de atividades e ações que visam promover
atenção integral à saúde
• Gestão do Processo Clínico Individual: compilação e organização de dados e
informações clínicas que permitam ter um conhecimento razoável, da situação de
saúde de cada pessoa. Inclui a consulta em si;
• Gestão do Processo Familiar: entende a família como um sistema complexo e aberto,
e aplica conhecimentos e métodos de análise da sua estrutura e dinâmica,
identificando sua história e ciclo de vida, recursos e problemas. Inclui a abordagem
familiar;
• Gestão da Prática Clínica: diz respeito à organização em equipe dos cuidados às
pessoas, famílias e comunidades do território.
RAMOS, 2008.
MÉTODO CLÍNICO
• O papel clínico do enfermeiro é um processo psicossocial resultante da
interação do enfermeiro com o paciente, com o contexto e consigo mesmo.
• Essa prática clínica consiste:
• Assistência sistematizada de enfermagem
• Privativa do enfermeiro
• Operacionalizada nos diferentes níveis de complexidade
• Forma individual ou familiar
• Profissional enfermeiro habilitado para essa modalidade
MENDES, 2010
MÉTODO CLÍNICO
EXAME CLÍNICO
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO
Conjunto de técnicas e manobras utilizadas por diferentes profissionais
de saúde para diagnosticar alguma anormalidade
Visa o diagnóstico de alterações físicas do organismo que possam
interferir no seu bom funcionamento ou a satisfação das necessidades
humanas
➢ Alimentação
➢ Respiração
➢ Locomoção
➢ Higiene, etc.
ETAPAS DO EXAME FÍSICO
Exame físico
Para a realização de cada etapa, o examinador emprega os seus
sentidos, sobretudo a visão, o tato e a audição.
Além destes, o olfato também é um sentido importante para obter
dados que subsidiem o raciocínio clínico de enfermagem.
Hálito
cetônico
(cetoacidose
diabética)
Hálito
alcoólico
Hálito de
maçã
estragada
(coma
hepático)
Halitose (má
higiene ou
infecções)
Odor de suor ou de falta de higienização corporal, odor genital resultante de infecções como tricomonas,
restos de placenta, etc.
ETAPAS DO EXAME FÍSICO
2. Sentido céfalo-caudal
1. Após a anamnese 3. Conhecimento de fisiologia e anatomia
4. Cuidar do ambiente do exame:
• Boa iluminação
• Mínimo possível de ruídos
• Ambiente confortável
5. Preservar a intimidade do cliente
6. Ética e preservação do método clínico
• Sigilo profissional
• Orientação do cliente
7. Preservar regiões dolorosas
INSPEÇÃO
A inspeção é um processo de observação, no qual olhos e nariz são utilizados na
obtenção de dados do paciente.
Ela deve ser tanto panorâmica quanto localizada,
investigando-se as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior.
O enfermeiro deve inspecionar, nos segmentos corporais, a presença de dismorfias,
distúrbios no desenvolvimento, lesões cutâneas, secreções e presença de cateteres e tubos
ou outros dispositivos.
É importante verificar o modo de andar, a postura, o contato visual e a forma de
comunicação verbal e corporal. Esses dados fornecerão “pistas” sobre o estado emocional
e mental do paciente.
INSPEÇÃO
A inspeção pode ser estática, quando se observam apenas os contornos anatômicos, ou
dinâmica, quando o foco da atenção do observador está centrado
nos movimentos próprios do segmento inspecionado.
TIPOS DE INSPEÇÃO
Ângulo e visão no mesmo nível da
estrutura
Investigação:
• Ictus cordis
• Avaliação dos movimentos torácicos
• abaulamentos, retrações,
ondulações.
Fornece maior abrangência do campo
visual
Investigação:
• Postura corporal
• Simetria corporal
• Avaliar marcha
• Equilíbrio estático
• Técnica para identificar possíveis
alterações na superfície da pele ou
na profundidade dos planos
anatômicos;
• Requer sensibilidade tátil;
• Sentido do tato:
• Superficial: temperatura e textura da
pele
• Pressão: vísceras
PALPAÇÃO
O examinador deve preocupar-se em:
• Estar com as mãos lavadas com
água e sabão a cada exame;
• Aquecer as mãos, esfregando-as
uma contra a outra;
• Ter as unhas cortadas e tratadas,
em um tamanho que não
machuque o paciente.
PALPAÇÃO
Palpação com a mão
espalmada
Usando-se toda a palma de
uma mão ou de ambas as
mãos, identifica a
temperatura da pele
Palpação com a mão
sobreposta
Utilizada quando se deseja
evidenciar aumento de
vísceras mais profundas,
como no caso do baço
Digitopressão
Realizada com a polpa do
polegar ou do indicador,
consiste na
compressão de uma área
com o objetivo de pesquisar
dor, detectar edema e/
ou avaliar circulação cutânea
Sinal de cacifo (edemas)
Ictus cordis
Sinal de cacifo
Pinça
Utiliza 2 dedos de uma das
mãos, papel de pinça
Avalia o turgor da pele
Puntipressão
Puntipressão: utiliza-se um
objeto pontiagudo, não
cortante, em um ponto
do corpo, para avaliar
sensibilidade dolorosa
Vitropressão
Pressiona uma lâmina de
vidro sobre a pele
Distingue eritema de
púrpura
➢ Eritema: vermelhidão
desaparece
➢ Púrpura: vermelhidão
permanece
Eritema
Púrpura
Fricção com algodão
Fricção com algodão – com
uma mecha, roçar de leve a
pele, procurando
verificar a sensibilidade tátil
Detecção de sensibilidade
PERCUSSÃO
DIRETA DIGITO-DIGITAL
ABDOMINAL TORAX
TIPOS DE PERCUSSÃO
PUNHO-PERCUSSÃO PIPAROTE
SOM MACIÇO
(presença de massa sólida)
CLARO PULMONAR
(Normalidade)
TIMPÂNICO
(Gases)
Percussão Direta
É realizada golpeando-se
diretamente com as pontas
dos dedos a região-alvo.
Os dedos devem estar
fletidos, imitando a forma de
um martelo, e os movimen-
tos de golpear são feitos
pela articulação do punho
Percussão Digito-digital
Golpeando-se com um dedo
a borda ungueal ou a
superfície dorsal da segunda
falange do dedo médio ou
indicador da outra mão
(maciço, sub-maciço,
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Punho-percussão
A mão deve ser mantida fechada
golpeando-se a área com a borda
cubital
A punho-percussão e a percussão
com a borda da mão são
utilizadas com o
objetivo de verificar sensação
dolorosa nos rins.
Percussão com a Borda da
Mão
Os dedos ficam estendidos e
unidos golpeando-se a
região desejada com a borda
ulnar.
Também verifica sensação
dolorosa nos rins
Percussão por Piparote
Com uma das mãos o
examinador golpeia o
abdome por piparote (golpes
com dedo indicador),
enquanto a outra mão
espalmada na região
contralateral, procura captar
ondas líquidas contra a
parede abdominal
AUSCULTA
A ausculta é realizada com estetoscópio, a partir do qual se obtêm ruídos considerados normais ou
patológicos. Utiliza-se essa técnica no exame de vários órgãos, como pulmões, coração, artérias e intestino.
A ausculta significa ouvir aqueles sons produzidos pelo corpo que são inaudíveis sem o uso de instrumentos.
O estetoscópio pode ser usado também em vasos (artérias ou veias), para verificar a presença de sopros.
Podem-se auscultar as carótidas em busca de sopros.
Nos pulmões, observam-se sons que indicam a passagem do ar pela árvore traqueobrônquica até os
alvéolos, e podem-se auscultar suas anormalidades, denominadas ruídos adventícios, que são roncos,
sibilos, estertores finos e grossos.
No exame do coração, auscultam-se as bulhas consideradas normais e suas alterações, para reconhecer
sopros ou outros ruídos.
Já no abdome, é possível auscultar os ruídos normais dos intestinos, denominados hidroaéreos.
AUSCULTA ESTETOSCÓPIO
Direta: em desuso
Instrumento:
estetoscópio, sonar e
estetoscópio de Pinard
AUSCULTA ESTETOSCÓPIO DE PINARD
SONAR
TIPOS DE AUSCUTA
AUSCUTA
DIRETA
DESUSO
DIAFRAGMA
AURICULAR PINARD BCF
COM
ESTETOSCÓPIO
CAMPÂNULA
ALTA
FREQUÊNCIA
(Agudos)
BAIXA
FREQUÊNCIA
(Graves)
A enfermagem é uma ciência e uma arte, segundo o conceito consagrado por
Horta, tendo o objetivo de:
[...] assistir ao ser humano (indivíduo, família e comunidade) no atendimento
de suas necessidades básicas, de torná-lo independente dessa assistência,
quando possível, pelo ensino do autocuidado; de recuperar, manter e
promover a saúde em colaboração com outros profissionais.
BARROS, ALBL. Anamnese e exame físico: Avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2016.
RAMOS, VA. Consulta em 7 Passos. Lisboa: VFBM Comunicação Ltda., 2008, p. 126.
MENDES, MA. Papel clínico do enfermeiro: desenvolvimento do conceito. 2010. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

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Avaliação clínica: técnicas do exame físico

  • 1. AVALIAÇÃO CLÍNICA E TÉCNICAS INSTRUMENTAIS PARA O EXAME FÍSICO: MÉTODO CLÍNICO TÉCNICAS BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO e AUSCULTA
  • 2. • Conjunto integrado e articulado de atividades e ações que visam promover atenção integral à saúde • Gestão do Processo Clínico Individual: compilação e organização de dados e informações clínicas que permitam ter um conhecimento razoável, da situação de saúde de cada pessoa. Inclui a consulta em si; • Gestão do Processo Familiar: entende a família como um sistema complexo e aberto, e aplica conhecimentos e métodos de análise da sua estrutura e dinâmica, identificando sua história e ciclo de vida, recursos e problemas. Inclui a abordagem familiar; • Gestão da Prática Clínica: diz respeito à organização em equipe dos cuidados às pessoas, famílias e comunidades do território. RAMOS, 2008. MÉTODO CLÍNICO
  • 3. • O papel clínico do enfermeiro é um processo psicossocial resultante da interação do enfermeiro com o paciente, com o contexto e consigo mesmo. • Essa prática clínica consiste: • Assistência sistematizada de enfermagem • Privativa do enfermeiro • Operacionalizada nos diferentes níveis de complexidade • Forma individual ou familiar • Profissional enfermeiro habilitado para essa modalidade MENDES, 2010 MÉTODO CLÍNICO
  • 5. EXAME FÍSICO Conjunto de técnicas e manobras utilizadas por diferentes profissionais de saúde para diagnosticar alguma anormalidade Visa o diagnóstico de alterações físicas do organismo que possam interferir no seu bom funcionamento ou a satisfação das necessidades humanas ➢ Alimentação ➢ Respiração ➢ Locomoção ➢ Higiene, etc.
  • 6. ETAPAS DO EXAME FÍSICO
  • 7. Exame físico Para a realização de cada etapa, o examinador emprega os seus sentidos, sobretudo a visão, o tato e a audição. Além destes, o olfato também é um sentido importante para obter dados que subsidiem o raciocínio clínico de enfermagem. Hálito cetônico (cetoacidose diabética) Hálito alcoólico Hálito de maçã estragada (coma hepático) Halitose (má higiene ou infecções) Odor de suor ou de falta de higienização corporal, odor genital resultante de infecções como tricomonas, restos de placenta, etc.
  • 8. ETAPAS DO EXAME FÍSICO 2. Sentido céfalo-caudal 1. Após a anamnese 3. Conhecimento de fisiologia e anatomia 4. Cuidar do ambiente do exame: • Boa iluminação • Mínimo possível de ruídos • Ambiente confortável 5. Preservar a intimidade do cliente 6. Ética e preservação do método clínico • Sigilo profissional • Orientação do cliente 7. Preservar regiões dolorosas
  • 9. INSPEÇÃO A inspeção é um processo de observação, no qual olhos e nariz são utilizados na obtenção de dados do paciente. Ela deve ser tanto panorâmica quanto localizada, investigando-se as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. O enfermeiro deve inspecionar, nos segmentos corporais, a presença de dismorfias, distúrbios no desenvolvimento, lesões cutâneas, secreções e presença de cateteres e tubos ou outros dispositivos. É importante verificar o modo de andar, a postura, o contato visual e a forma de comunicação verbal e corporal. Esses dados fornecerão “pistas” sobre o estado emocional e mental do paciente.
  • 10. INSPEÇÃO A inspeção pode ser estática, quando se observam apenas os contornos anatômicos, ou dinâmica, quando o foco da atenção do observador está centrado nos movimentos próprios do segmento inspecionado.
  • 11. TIPOS DE INSPEÇÃO Ângulo e visão no mesmo nível da estrutura Investigação: • Ictus cordis • Avaliação dos movimentos torácicos • abaulamentos, retrações, ondulações. Fornece maior abrangência do campo visual Investigação: • Postura corporal • Simetria corporal • Avaliar marcha • Equilíbrio estático
  • 12.
  • 13.
  • 14. • Técnica para identificar possíveis alterações na superfície da pele ou na profundidade dos planos anatômicos; • Requer sensibilidade tátil; • Sentido do tato: • Superficial: temperatura e textura da pele • Pressão: vísceras PALPAÇÃO
  • 15. O examinador deve preocupar-se em: • Estar com as mãos lavadas com água e sabão a cada exame; • Aquecer as mãos, esfregando-as uma contra a outra; • Ter as unhas cortadas e tratadas, em um tamanho que não machuque o paciente. PALPAÇÃO
  • 16. Palpação com a mão espalmada Usando-se toda a palma de uma mão ou de ambas as mãos, identifica a temperatura da pele
  • 17. Palpação com a mão sobreposta Utilizada quando se deseja evidenciar aumento de vísceras mais profundas, como no caso do baço
  • 18. Digitopressão Realizada com a polpa do polegar ou do indicador, consiste na compressão de uma área com o objetivo de pesquisar dor, detectar edema e/ ou avaliar circulação cutânea Sinal de cacifo (edemas) Ictus cordis Sinal de cacifo
  • 19. Pinça Utiliza 2 dedos de uma das mãos, papel de pinça Avalia o turgor da pele
  • 20. Puntipressão Puntipressão: utiliza-se um objeto pontiagudo, não cortante, em um ponto do corpo, para avaliar sensibilidade dolorosa
  • 21. Vitropressão Pressiona uma lâmina de vidro sobre a pele Distingue eritema de púrpura ➢ Eritema: vermelhidão desaparece ➢ Púrpura: vermelhidão permanece Eritema Púrpura
  • 22. Fricção com algodão Fricção com algodão – com uma mecha, roçar de leve a pele, procurando verificar a sensibilidade tátil Detecção de sensibilidade
  • 23.
  • 24. PERCUSSÃO DIRETA DIGITO-DIGITAL ABDOMINAL TORAX TIPOS DE PERCUSSÃO PUNHO-PERCUSSÃO PIPAROTE SOM MACIÇO (presença de massa sólida) CLARO PULMONAR (Normalidade) TIMPÂNICO (Gases)
  • 25.
  • 26. Percussão Direta É realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo. Os dedos devem estar fletidos, imitando a forma de um martelo, e os movimen- tos de golpear são feitos pela articulação do punho
  • 27. Percussão Digito-digital Golpeando-se com um dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão (maciço, sub-maciço, timpânico)
  • 28. Punho-percussão A mão deve ser mantida fechada golpeando-se a área com a borda cubital A punho-percussão e a percussão com a borda da mão são utilizadas com o objetivo de verificar sensação dolorosa nos rins.
  • 29. Percussão com a Borda da Mão Os dedos ficam estendidos e unidos golpeando-se a região desejada com a borda ulnar. Também verifica sensação dolorosa nos rins
  • 30. Percussão por Piparote Com uma das mãos o examinador golpeia o abdome por piparote (golpes com dedo indicador), enquanto a outra mão espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas contra a parede abdominal
  • 31.
  • 32. AUSCULTA A ausculta é realizada com estetoscópio, a partir do qual se obtêm ruídos considerados normais ou patológicos. Utiliza-se essa técnica no exame de vários órgãos, como pulmões, coração, artérias e intestino. A ausculta significa ouvir aqueles sons produzidos pelo corpo que são inaudíveis sem o uso de instrumentos. O estetoscópio pode ser usado também em vasos (artérias ou veias), para verificar a presença de sopros. Podem-se auscultar as carótidas em busca de sopros. Nos pulmões, observam-se sons que indicam a passagem do ar pela árvore traqueobrônquica até os alvéolos, e podem-se auscultar suas anormalidades, denominadas ruídos adventícios, que são roncos, sibilos, estertores finos e grossos. No exame do coração, auscultam-se as bulhas consideradas normais e suas alterações, para reconhecer sopros ou outros ruídos. Já no abdome, é possível auscultar os ruídos normais dos intestinos, denominados hidroaéreos.
  • 33. AUSCULTA ESTETOSCÓPIO Direta: em desuso Instrumento: estetoscópio, sonar e estetoscópio de Pinard
  • 35. TIPOS DE AUSCUTA AUSCUTA DIRETA DESUSO DIAFRAGMA AURICULAR PINARD BCF COM ESTETOSCÓPIO CAMPÂNULA ALTA FREQUÊNCIA (Agudos) BAIXA FREQUÊNCIA (Graves)
  • 36.
  • 37. A enfermagem é uma ciência e uma arte, segundo o conceito consagrado por Horta, tendo o objetivo de: [...] assistir ao ser humano (indivíduo, família e comunidade) no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado; de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais. BARROS, ALBL. Anamnese e exame físico: Avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2016. RAMOS, VA. Consulta em 7 Passos. Lisboa: VFBM Comunicação Ltda., 2008, p. 126. MENDES, MA. Papel clínico do enfermeiro: desenvolvimento do conceito. 2010. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.