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Tecnologia de Carnes
e Derivados
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia - PPZ 1
Mestrando: Thon Jovita Farias (thonjf@hotmail.com)
Orientadora: Cristiane Leal dos Santos-Cruz
Fatores que
influenciam na taxa
de maturação
Introdução
• Maturação = Resolução do Rigor Mortis = Conversão do
músculo em carne
• Carne Maturada (Processamento)
Introdução
• Fatores que influenciam na qualidade da carne:
Temperatura
Temperatura
Importância
• Reduzir as contaminações de microrganismos
• Acelerar ou desacelerar o processamento em frigoríficos
• Um dos principais fatores para a resolução do Rigor Mortis (Ph,
Glicóse, tempo de estabelecimento)
Abate
• A temperatura da carcaça de animais abatidos pode apresentar
diferentes modificações nas taxas de reações bioquímicas nos
diferentes tecidos musculares.
• Temperatura corporal:
Thaw rigor
• Carnes congeladas rapidamente e estocadas em baixas
temperaturas, desenvolvem, no momento do descongelamento,
um grande encurtamento, que culmina com a redução da maciez.
Thaw rigor
• Encurtamento de até 60% dos sarcômeros.
• Alternativas para evitar:
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• Cold shortening: Ocorre quando temperaturas <10oC são
obtidas na carcaça antes da carne estar com Ph 6,0
• Heat shortening: Ocorre quando a carne entra em rigor com
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Cold and Heat shortening
Cold and Heat shortening
• Fibras brancas (Tipo II) são menos susceptíveis ao
encurtamento pelo frio.
• Gordura subcutânea e de marmoreio na carcaça, serve como
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• Hipótese (Van Moeseke et al.,2001) - Por resfriamento rápido,
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• Alguns estudos mostraram que o ciclo freeze-thaw
refrigeration pode prevenir a alta taxa de encurtamento do
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Maturação
• ACTINA - A actina e α-actinina tem sido estudadas por serem
mais resistentes a degradação em condições normais de
resfriamento, além da calpaína não degradá-las.
• TROPONINA - A degradação de troponina-T tem sido associada
com a diminuição na dureza da carne
• CALPAÍNAS – têm atividade máxima in vitro em temperatura
entre 10 ºC e 25 ºC e pH neutro, motivo pelo qual também são
conhecidas como proteases neutras ativadas por cálcio.
• Abaixo das condições ideais de pH, a m-calpaína perde esta
atividade a 37oC, devido à instabilidade termodinâmica da
enzima.
Maturação
• (Geesink et al. 2000) observaram maiores valores de
temperatura na glicólise pós-morte e como resultado, um
aumento do cálcio intracelular, suficiente para ativar a m-
calpaína no momento do Rigor Mortis.
• Cerca de 50% da mudança total nesses parâmetros, ocorrem
durante as primeiras 12 horas, quando a temperatura cai de
aproximadamente 37ºC para 10ºC, indicando que o aumento
da maciez durante o condicionamento pode acontecer antes
que o pH final seja atingido, especialmente se a temperatura
diminuir de forma lenta.
Força de Cisalhamento
Fonte: Pinto (2010)
Força de Cisalhamento
Temperatura ideal
• De acordo com (Geesink et al. 2000) , a temperatura no início
do rigor, em torno de 15oC, parece ideal, para maximizar a
maciez, pois minimiza o encurtamento durante o rigor, além
de não alterar os efeitos da proteólise pós-morte, durante o
processo de armazenagem da carne.
• Temperatura para transporte:
• O cozimento lento dos bifes do m. Tríceps
brachii e Longissimus resultou em carnes mais macias, que o
processo rápido de cozimento King et al. (2003).
Estimulação Elétrica Harsham&Deatherage(1951)
• País pioneiro: Nova Zelândia (1970)
• Brasil: 5 minutos após o abate, baixa voltagem durante 2
minutos e 13 a 15 milésimos de seg. a cada pulso.
• “Aumenta a maciez da carne – 35%”
Estimular quando?
• Animais com idade mais avançada
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energéticas
• Alguns Bos Indicus
• Não há efeito significativo em animais com elevado grau de
acabamento e uniformidade da gordura subcutânea
• Principalmente: Quando frigoríficos têm pouco tempo para
coloca-las no mercado.
Estimulação Elétrica
• Objetivo: Aumentar a maciez
• Acelerando a glicólise
• Prevenindo o encurtamento pelo frio
• Ativação da proteólise enzimática
• Disfunção física da estrutura da fibra
• Aumentando da solubilidade do colágeno
Estimulação Elétrica
• Judge et al. (1989) afirmaram que o pico de voltagem utilizado
com sucesso para carcaças estimuladas deveria variar de 30 a
3600V ???????????????????
• Necessidade de vários estudos de combinações de voltagem,
amperagem e frequência
• Baixas e altas voltagens.
Estimulação Elétrica
Fonte: Judge et al., 1989
Considerações Finais
• Dentre os fatores, que alteram a qualidade da carne, a
temperatura atua de forma direta em todos os níveis do
processo, desde o armazenamento, até a conservação,
distribuição e cozimento da carne.
• Embora, as condições de processamento possam ser
específicas, tais como, resfriamento correto e o período de
maturação, podem resultar em graus específicos de maciez.
Porém, são necessárias ainda muitas pesquisas nesta área.
Nesse contexto, o grau de encurtamento e a alteração das
enzimas têm influência direta nos processos de maciez da
carne.
Considerações Finais
• A estimulação elétrica reduz o período de alimentação do
animal, o tempo de maturação da carne, preconizando o
desenvolvimento da qualidade da carne e favorecendo a
maciez.
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  • 4. Introdução • Fatores que influenciam na qualidade da carne: Temperatura
  • 6. Importância • Reduzir as contaminações de microrganismos • Acelerar ou desacelerar o processamento em frigoríficos • Um dos principais fatores para a resolução do Rigor Mortis (Ph, Glicóse, tempo de estabelecimento)
  • 7. Abate • A temperatura da carcaça de animais abatidos pode apresentar diferentes modificações nas taxas de reações bioquímicas nos diferentes tecidos musculares. • Temperatura corporal:
  • 8. Thaw rigor • Carnes congeladas rapidamente e estocadas em baixas temperaturas, desenvolvem, no momento do descongelamento, um grande encurtamento, que culmina com a redução da maciez.
  • 9. Thaw rigor • Encurtamento de até 60% dos sarcômeros. • Alternativas para evitar:
  • 10. Cold and Heat shortening Locker&Hagyard (1963) • Cold shortening: Ocorre quando temperaturas <10oC são obtidas na carcaça antes da carne estar com Ph 6,0 • Heat shortening: Ocorre quando a carne entra em rigor com temperaturas entre 20-40oC
  • 11. Cold and Heat shortening
  • 12. Cold and Heat shortening • Fibras brancas (Tipo II) são menos susceptíveis ao encurtamento pelo frio. • Gordura subcutânea e de marmoreio na carcaça, serve como proteção, impedindo a queda brusca da temperatura e evitando o encurtamento pelo frio. • Hipótese (Van Moeseke et al.,2001) - Por resfriamento rápido, levam à considerável liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático.
  • 13. Cold and Heat shortening • Alguns estudos mostraram que o ciclo freeze-thaw refrigeration pode prevenir a alta taxa de encurtamento do sarcômero, levando a uma maior maciez da carne.
  • 14. Maturação • ACTINA - A actina e α-actinina tem sido estudadas por serem mais resistentes a degradação em condições normais de resfriamento, além da calpaína não degradá-las. • TROPONINA - A degradação de troponina-T tem sido associada com a diminuição na dureza da carne • CALPAÍNAS – têm atividade máxima in vitro em temperatura entre 10 ºC e 25 ºC e pH neutro, motivo pelo qual também são conhecidas como proteases neutras ativadas por cálcio. • Abaixo das condições ideais de pH, a m-calpaína perde esta atividade a 37oC, devido à instabilidade termodinâmica da enzima.
  • 15. Maturação • (Geesink et al. 2000) observaram maiores valores de temperatura na glicólise pós-morte e como resultado, um aumento do cálcio intracelular, suficiente para ativar a m- calpaína no momento do Rigor Mortis. • Cerca de 50% da mudança total nesses parâmetros, ocorrem durante as primeiras 12 horas, quando a temperatura cai de aproximadamente 37ºC para 10ºC, indicando que o aumento da maciez durante o condicionamento pode acontecer antes que o pH final seja atingido, especialmente se a temperatura diminuir de forma lenta.
  • 18. Temperatura ideal • De acordo com (Geesink et al. 2000) , a temperatura no início do rigor, em torno de 15oC, parece ideal, para maximizar a maciez, pois minimiza o encurtamento durante o rigor, além de não alterar os efeitos da proteólise pós-morte, durante o processo de armazenagem da carne. • Temperatura para transporte: • O cozimento lento dos bifes do m. Tríceps brachii e Longissimus resultou em carnes mais macias, que o processo rápido de cozimento King et al. (2003).
  • 19. Estimulação Elétrica Harsham&Deatherage(1951) • País pioneiro: Nova Zelândia (1970) • Brasil: 5 minutos após o abate, baixa voltagem durante 2 minutos e 13 a 15 milésimos de seg. a cada pulso. • “Aumenta a maciez da carne – 35%”
  • 20. Estimular quando? • Animais com idade mais avançada • Animais jovens quando não alimentados com dietas energéticas • Alguns Bos Indicus • Não há efeito significativo em animais com elevado grau de acabamento e uniformidade da gordura subcutânea • Principalmente: Quando frigoríficos têm pouco tempo para coloca-las no mercado.
  • 21. Estimulação Elétrica • Objetivo: Aumentar a maciez • Acelerando a glicólise • Prevenindo o encurtamento pelo frio • Ativação da proteólise enzimática • Disfunção física da estrutura da fibra • Aumentando da solubilidade do colágeno
  • 22. Estimulação Elétrica • Judge et al. (1989) afirmaram que o pico de voltagem utilizado com sucesso para carcaças estimuladas deveria variar de 30 a 3600V ??????????????????? • Necessidade de vários estudos de combinações de voltagem, amperagem e frequência • Baixas e altas voltagens.
  • 24. Considerações Finais • Dentre os fatores, que alteram a qualidade da carne, a temperatura atua de forma direta em todos os níveis do processo, desde o armazenamento, até a conservação, distribuição e cozimento da carne. • Embora, as condições de processamento possam ser específicas, tais como, resfriamento correto e o período de maturação, podem resultar em graus específicos de maciez. Porém, são necessárias ainda muitas pesquisas nesta área. Nesse contexto, o grau de encurtamento e a alteração das enzimas têm influência direta nos processos de maciez da carne.
  • 25. Considerações Finais • A estimulação elétrica reduz o período de alimentação do animal, o tempo de maturação da carne, preconizando o desenvolvimento da qualidade da carne e favorecendo a maciez.