Lição 10 - A Ceia do Senhor - A Segunda Ordenança da Igreja(COM ANIMAÇÃO).pptx
Aula 6 - Classificação Mediúnica - Mediunidade de transporte
1. Mocidade Espírita Chico Xavier
Mediunidade de Transporte
23-05-2014
Facilitadoras:
Scheila Fássio Lima de Paiva
Tânia Mara Lima Dias
Endereço:
Rua Silviano Brandão, 419 – Centro
Machado – MG
2. O Que é o Fenômeno de Transporte
É o fenômeno mediúnico que consiste em trazer para o local onde está o médium,objetos que
se encontram em outro lugar.De modo geral os objetos trazidos são flôres,frutos, joias,enfeites
e outros objetos de pequeno porte.Médiuns de transporte podem servir de auxiliares aos
espíritos para o transporte de objetos materiais.Trata-se de manifestação mediúnica de efeitos
físicos que para sua realização,exige a presença de médiuns dotados de faculdades de
expansão e penetrabilidade,de modo a permitir a doação de fluído animalizado.É necessária
certa afinidade entre o espírito e o médium de quem vai se servir, possibilitando que a parte
expansível do fluído perispirítico encarnado se una com o desencarnado,tornando-se uma
força única.
Trazer um objeto do exterior para o ambiente (“apport”)
Levá-lo para fora do local da experimentação (“transporte”).
3. Fenômenos de Transporte nos dias Atuais
No inicio da Codificação, foi necessário que ocorressem para testar a incredulidade dos
homens, comprovar a comunicabilidade dos espíritos, e da influência dos espíritos sobre a
matéria. Estes são fenômenos que atualmente tornaram-se raros.
Tais experimentações na atualidade não se faz mais necessário para comprovação de fatos da
influência dos espíritos sobre a matéria, pois com a codificação da doutrina dos espíritos por
Allan Kardec, em suas obras conseguimos compreender tais fenômenos que antes eram
considerados sobrenaturais e milagres, através de estudos do pentateuco kardequicano, de
forma séria, eles são capazes de nos trazer a lógica e a razão dos fatos e o discernimento,
explicando que sobrenatural não existe.
4. Uma breve explicação sobre sonambulismo
O que é o sonambulismo:
O sonambulismo natural é um estado de independência da alma, mais completo que no sonho;
então as faculdades adquirem maior desenvolvimento. A alma tem percepções que não atinge
no sonho, que é um estado de sonambulismo imperfeito.
5. Como se Processa os Fenômenos de Transporte
.
Ainda se debate a respeito de como o fenômeno de transporte se processa:
Erasto (LM): envolvimento fluídico do objeto, tornando-o invisível por algum tempo, até sua
reapresentação no momento e local oportuno.
Bozzano (Fenômeno de Transporte) desintegração e reintegração do objeto transportado.
Observação:
Talvez que, conforme o caso, se use um ou outro desses processos mas o fenômeno é
indiscutível.
6. No livro dos médiuns,é abordado o fenômeno de transporte,segue o relato:
Dois espíritos fazem uma dissertação, explicando a Allan kardec como se processa o
fenômeno, e quais os requisitos que o médium necessita ter para ser intermediário deste
fenômeno. As perguntas que se seguem foram dirigidas ao Espírito que os operara, mas as
respostas se ressentem por vezes da deficiência dos seus conhecimentos. Submetemo-las ao
Espírito Erasto, muito mais instruído do ponto de vista teórico, e ele as completou, aditando-
lhes notas muito judiciosas. Um é o artista, o outro o sábio, constituindo a própria
comparação dessas inteligências um estudo instrutivo, porquanto prova que não basta ser
Espírito para tudo saber.
7. Segue algumas perguntas do livro dos médiuns:
1ª Dize-nos, peço, por que os transportes que acabaste de executar só se produzem estando
o médium em estado sonambúlico?
R= “Isto se prende à natureza do médium. Os fatos que produzo, quando o meu está
adormecido poderia, produzi-los igualmente com outro médium em estado de vigília.”
2ª Por que fazes demorar tanto a trazida dos objetos e por que é que avivas a cobiça do
médium, excitando-lhe o desejo de obter o objeto prometido?
R= “O tempo me é necessário a preparar os fluidos que servem para o transporte”.
Quanto à excitação, essa só tem por fim, as mais das vezes, divertir as pessoas presentes e o
“Sonâmbulo.”
Nota de Erasto: O Espírito que responde não sabe mais do que isso; não percebe o motivo
dessa cobiça, que ele instintivamente aguça, sem lhe compreender o efeito. Julga
proporcionar um divertimento, enquanto que, na realidade, provoca, sem o suspeitar, uma
emissão maior de fluido. É uma consequência da dificuldade que o fenômeno apresenta
dificuldade sempre maior quando ele não é espontâneo, sobretudo com certos médiuns.
3ª Onde foste buscar as flores e os confeitos que trouxeste para aqui?
R= “As flores, tomo-as aos jardins, onde bem me parece.”.
4ª E os confeitos? Devem ter feito falta ao respectivo negociante.
R= “Tomo-os onde me apraz. O negociante nada absolutamente percebeu, porque pus outros
no lugar dos que tirei.”.
8. 5ª Mas, os anéis têm valor. Onde os foste buscar? Não terás com isso causado prejuízo
àquele de quem os tiraste?
R= “Tirei-os de lugares que todos desconhecem e fi-lo por maneira que daí não resultará
prejuízo para ninguém.”.
Nota de Erasto: Creio que o fato foi explicado de modo incompleto, em virtude da
deficiência da capacidade do Espírito que respondeu. Sim, de fato, pode resultar prejuízo
real; mas, o Espírito não quis passar por haver desviado o que quer que fosse. Um objeto só
pode ser substituído por outro objeto idêntico, da mesma forma, do mesmo valor.
Conseguintemente, se um Espírito tivesse a faculdade de substituir, por outro objeto igual,
um de que se apodera, já não teria razão para se apossar deste, visto que poderia dar o de
que se iria servir para substituir o objeto retirado.
6ª Será possível trazer flores de outro planeta?
R= “Não; a mim não me é possível.”.
Nota de Erasto: Teriam outros Espíritos esse poder?
“Não, isso não é possível, em virtude da diferença dos meios ambientes.”
7ª Poderias trazer-nos flores de outro hemisfério; dos trópicos, por exemplo?
R= “Desde que seja da Terra, posso.”.
9. 8ª Poderias fazer que os objetos trazidos nos desaparecessem da vista e levá-los
novamente?
R= “Assim como os trouxe aqui, posso levá-los, à minha vontade.”.
9ª Quais são as dificuldades que encontras?
R= “Nenhuma outra, além das más disposições fluídicas, que nos podem ser contrárias.”
10ª Trazes com a mesma facilidade um objeto de peso considerável, de 50 quilos, por
exemplo?
R= “O peso nada é para nós. Trazemos flores, porque agrada mais do que um volume
pesado.”.
Nota de Erasto: É exato. Pode trazer objetos de cem ou duzentos quilos, por isso que a
gravidade, existente para vós, é anulada para os Espíritos. Mas, ainda aqui, ele não percebe
bem o que se passa. A massa dos fluidos combinados é proporcional à dos objetos. Numa
palavra, a força deve estar em proporção com a resistência; donde se segue que, se o Espírito
apenas traz uma flor ou um objeto leve, é muitas vezes porque não encontra no médium, ou
em si mesmo, os elementos necessários para um esforço mais considerável.
Fonte: Capitulo V, Das manifestações físicas espontâneas, dissertação de um espírito sobre os
transportes, do livro dos médiuns e dos doutrinadores , Allan Kardec, FEB.
10. Diferença entre mediunidade de transporte , desdobramento e levitação
Transporte: Fenômeno mediúnico que consiste em trazer para o local onde está o
médium,objetos que se encontram em outro lugar.
Desdobramento: Fenômeno a que Kardec denominou de "bicorporeidade". É um fenômeno
anímico e não mediúnico, ou seja, é um fenômeno da alma, do espírito encarnado. Dá-se
quando um espírito,deixa o corpo físico dormindo e aparece, tangível, em outro local.
Levitação:Fenômeno psíquico, anímico ou mediúnico, no qual pessoa ou coisa ergue-se
acima do solo sem uma razão visível, apenas devido à força mental, de um encarnado ou
desencarnado, que movimenta fluidos ectoplasmáticos capazes de produzir uma alavanca
psíquica suficientemente forte para vencer a força da gravidade. É um fenômeno de efeito
físico. Elevação de um corpo no espaço, sem contato aparente, ficando suspenso, como se
estivesse subtraído à ação da gravidade.
11. Relato de fatos com a médium Agnes Nichol Guppy (1850-1917)
Consta que ela era possuidora de temperamento vingativo, a tal ponto que muitos pesquisadores se
negaram a a pesquisar seus incríveis dons mediúnicos. A descoberta e a educação da mediunidade
de Agnes foram realizadas na presença Alfred R Wallace, o pesquisador a conheceu quando foi
visitar uma Irmã. Naquela época , em 1865, ele estava iniciando suas experimentações.
Nas primeiras reuniões com a médium ele observou o movimento de objetos sem contato, mas isto
era apenas o começo. Um dos fatos curiosos apontados pelo investigador foi que Agnes, apesar de
possuir proporções avantajadas levitava com frequência. Em algumas oportunidades foram ouvidos
sons musicais sem a presença de instrumentos.
Mas a surpresa ainda viria quando a médium desenvolveu a capacidade de transportar. Para melhor
ilustramos tomamos a liberdade de relatar os seguintes acontecimentos extraídos do livro
“Mulheres Médiuns”, de Carlos Bernardo Loureiro, esclarecemos que as reuniões eram realizadas
em recinto fechado:
“Por vezes incontáveis, grande quantidade de flores e frutos cuja origem se desconhecia
totalmente, era lançada em cima da mesa de reuniões. Além da abundância, ela atendia aos
pedidos específicos. As irmãs da médium solicitavam o fenômeno e eram atendidas quase
sempre”. “Quando um amigo do Dr. Wallace pediu um girassol, uma espécime de 72 centímetros de
caule, com terra ao redor das suas raízes, caiu sobre a mesa.”
12. A Duquesa de Aprino, que também estava presente, desejou receber areia de praia.
Imediatamente, espalhou-se pelo ambiente, não só a areia solicitada, como água salgada e
estrela do mar ainda vivas. O espantoso desse fenômeno é que o mar estava a cerca de 3.600
metros do local da casa onde se realizavam as sessões. Tais fenômenos, porém, não eram
raros. Frequentemente, enguias vivas e lagostas eram trazidas para a câmara escura das
sessões. “Caso curioso no chão das folhagens aportadas é que elas chegaram queimadas e
tostadas. Explicou o dirigente espiritual da médium que isso era devido a Eletricity was the
potent nipper (A potente tesoura usada fora à eletricidade).”
Mas não nos determos apenas nestes episódios, mais surpresas vieram, e, para aumentar a
credibilidade, a médium passou a atuar na presença da luz, apenas necessidade de um local
escurecido para onde eram transportados os objetos solicitados: “Em certa ocasião, durante a
sessão com a Sra. Guppy na casa da Sra. Berry, um gato branco e um cão maltês que
pertenciam à médium, foram transportados para a sala de reuniões. Além desses, três patos
já preparados para entrarem no forno foram trazidos pelo grupo. A seguir, uma enxurrada de
borboletas caiu do teto sobre os presentes.”
13. “Certa vez, na casa de Sargeant Cox, uma grande quantidade de flores de estufas foram
lançadas”. Estava presente, na ocasião, a Princesa Margarida de Nápoles que desejou receber
amostras de cactos espinhentos. Seu estranho pedido foi atendido prontamente e vários
cactos caíram sobre a mesa. Os espinhos tiveram de ser colhidos com pinça. Acompanharam a
solicitação de urtigas picantes e flores alvas bastante malcheirosas que tiveram que ser
queimadas posteriormente.
“Numa outra sessão, uma chuva de penas de pato caiu formando um monte de vários
centímetros.”
“Todavia, o acontecimento mais impressionante da sua carreira de médium foi o seu próprio
transporte (Desdobramento)da sua casa em Highbury para a Rua Lamb’s Candui, nº 61.
Encontravam-se a uma distância uma da outra, mais de 4.800 metros. Tal fato ocorreu devido
a um pedido inconsequente e quase por brincadeira de um senhor chamado Harrison. A Sra.
Guppy se encontrava em sua casa em Londres, organizando a contabilidade doméstica e, foi
transportada, subitamente, em estado de transe profundo, meio despida e sem sapatos, e
colocada sobre a mesa da sala de reuniões. Estavam presentes, além dos seus protegidos,
Frank Heme e Charles Willian, oito participantes. E ela apareceu segurando o livro-caixa e de
camisola”.
Fonte: Capitulo VIII – Transportes Extraordinários, A mediunidade na história humana:
surgimento do espiritismo e os pesquisadores da mediunidade I( volume 3), Licurgo S de
Lacerda, Araguari MG, Minas Editora, 2005.
14. Reflexão
“ O espírita precisa,ainda,conhecer um pouco de História,afim de poder dar expansão ás
inspirações que descerão do invisível ajudando nos trabalhos a realizar,para divulgação de sua
crença, pois em todas as civilizações deste mundo existiram o rastro da comunicação dos espíritos e
dos princípios divinos”
Yvone do Amaral Pereira
Pelos Caminhos da Mediunidade Serena pag:92
Fonte:Site História do Espiritísmo Luciano Dudu
FIM