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TEMOR DA MORTE – LIVRO DOS ESPÍRITOS
 Determinada reportagem televisiva
nos deu ciência de que, em
enquete realizada junto a
adolescentes de populosa capital
do nosso país, 51% deles revelaram
que seu maior temor é a morte.
Ao ouvirmos o resultado da
pesquisa, de imediato nos pusemos
a pensar acerca do quanto
necessitam de orientação religiosa
os nossos jovens.
Porque o que dá causa ao medo da
morte é o receio da destruição
total, decorrente da noção
equivocada acerca da vida futura.
 Pesquisas sobre o tema revelaram que os motivos pelos quais as
pessoas temem a morte são variados, podendo ser enumeradas dentre
os seguintes:

 1) Falta de informação: somos acostumados a acreditar que existe um
céu e um inferno e torna-se apavorante a ideia de que respondemos
pelos atos da vida através da condenação ou do descanso eterno.

 2) Necessidade de controlar tudo: ninguém pode ter o controle sobre a
morte, pois ela é certa para todos. Querer controlar tudo é atitude
própria de pessoas inseguras, o que gera mais ansiedade e medo.

 3) Materialismo: quanto maior for a prisão aos bens materiais maior é o
medo da morte, pois não se leva riquezas após o desencarne.
 Então questionamos: Qual a
origem deste medo?
 Porque pessoas estudiosas
dos assuntos espirituais
tremem ao saberem que a
sua hora está chegando?
 O que devemos fazer para
eliminarmos ou pelo menos
minimizarmos este medo?
 O medo estaria ligado ao
como morrer ou ao que virá
após o desencarne?
 Joana de Angelis afirma que...
 “...o medo da morte, que é herança ancestral, assim
como resultado das crenças religiosas e superstições que
elaboraram um Deus vingador e punitivo,
 ou do materialismo que reduz a vida após a disjunção
celular ao nada, o fenômeno natural da desencarnação
se apresenta como tragédia, ou constitui um término
infeliz para a existência humana, que sofre a dolorosa
punição de ser extinguida.”
 Desta forma passamos a compreender um pouco mais
sobre este medo visto que somos espíritos milenares
que já vivenciamos vários personagens no palco
terreno e nem sempre fomos espíritas ou
reencarnacionistas.
 – Este temor é um efeito da sabedoria da Providência
e uma conseqüência do instinto de conservação
comum a todos os viventes.
 Ele é necessário enquanto não se está suficientemente
esclarecido sobre as condições da vida futura, como
contrapeso à tendência que, sem esse freio, nos
levaria a deixar prematuramente a vida e a
negligenciar o trabalho terreno que deve servir ao
nosso próprio adiantamento.

 Assim é que, nos povos primitivos, o futuro é uma
vaga intuição, mais tarde tornada simples esperança
e, finalmente, uma certeza apenas atenuada por
secreto apego à vida corporal.
 A partida dos seres para o outro mundo se faz acompanhar de
lamentos dos sobreviventes, como se morrer fosse uma desgraça.
As despedidas são de adeuses eternos. É necessário mudar toda
esse panorama.
Em vez de recordar a destruição do corpo, mostrar a alma se
desembaraçando, radiosa, dos grilhões terrestres.
No lugar das lamentações e dos adeuses, a saudação de quem sabe
que logo mais também realizará a grande viagem.

E, por isso, simplesmente diz: Até breve. Até logo!
 Os homens verdadeiramente sábios não temem a
morte.
Fartos exemplos encontramos em Gandhi, que se
deixou imolar em nome da não violência.
De Francisco de Assis que afirmou continuar a trabalhar
em seu jardim, mesmo se soubesse que algumas horas
após morreria.
O maior exemplo foi o Cristo que nos ensinou a morrer
com dignidade. Na hora final, suas palavras foram: Pai,
emTuas mãos, entrego o Meu Espírito.
 Citamos como exemplo o caso
do Bandeirante – Anhanguera -
que colocou fogo no álcool,
dizendo para os índios que
queimaria os rios.
 E isto aconteceu
aproximadamente há
quinhentos anos.
 Hoje sabemos o que é o álcool e
não ficamos aterrorizados com
uma situação desta, assim será
quando realmente
compreendermos sobre o
processo do desencarne e a
importância das várias
existências para a evolução
espiritual de cada um.
 Para Richard Simonetti :
 “O espírita, em face das informações amplas e precisas
que recebe, certamente aportará com maior segurança
no continente invisível, sem grandes problemas para
identificar a nova situação, embora tais benefícios não
lhe confiram o direito de ingresso em comunidades
venturosas.
 Isso dependerá do que fez e não do que sabe.”
 – A proporção que o homem compreende melhor a vida
futura, o temor da morte diminui;
 A certeza de reencontrar seus amigos depois da morte,
de reatar as relações que tivera naTerra, de não perder
um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se
incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe
paciência para esperar e coragem para suportar as
fadigas transitórias da vida terrestre.
 No Espírito atrasado a vida
material prevalece sobre a
espiritual. Apegando-se às
aparências, o homem não
distingue a vida além do corpo,
esteja embora na alma a vida
real; aniquilado aquele, tudo se
lhe afigura perdido,
desesperador.
 Se, ao contrário, concentrarmos
o pensamento, na alma,
lastimaremos menos a perda do
corpo, antes fonte de misérias e
dores.
 Para isso, porém, necessita o
Espírito de uma força só
adquirível na madureza.
 Outra causa de apego às coisas terrenas, mesmo nos que mais firmemente crêem na
vida futura, é a impressão do ensino que relativamente a ela se lhes há dado desde a
infância. Convenhamos que o quadro pela religião esboçado, sobre o assunto, é nada
sedutor e ainda menos consolatório.
 De um lado, contorções de condenados a expiarem em torturas e chamas eternas os
erros de uma vida efêmera e passageira. Os séculos sucedem-se aos séculos e não há
para tais desgraçados sequer o lenitivo de uma esperança e, o que mais atroz é, não
lhes aproveita o arrependimento.
 De outro lado, as almas combalidas e aflitas do purgatório aguardam a intercessão dos
vivos que orarão ou farão orar por elas, sem nada fazerem de esforço próprio para
progredirem. Estas duas categorias compõem a maioria imensa da população de
além-túmulo.
 Acima delas, paira a limitada classe dos eleitos, gozando, por toda a eternidade, da
beatitude contemplativa. Esta inutilidade eterna, preferível sem dúvida ao nada, não
deixa de ser de uma fastidiosa monotonia.
 É por isso que se vê, nas figuras que retratam os bem-aventurados, figuras angélicas
onde mais transparece o tédio que a verdadeira felicidade. Este estado não satisfaz
nem as aspirações nem a instintiva idéia de progresso, única que se afigura compatível
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 Custa crer que, só por haver recebido o batismo, o selvagem ignorante – de senso
moral obtuso -, esteja ao mesmo nível do homem que atingiu, após longos anos de
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mesmos privilégios somente por força de uma cerimônia na qual a sua vontade não
teve parte alguma. Estes raciocínios não deixam de preocupar os mais fervorosos
crentes, por pouco que meditem. Livro: O Céu e o Inferno
 Por que os espíritas não temem a morte?
 A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do
futuro.
 A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade.
 O estado das almas depois da morte não é mais um sistema,
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 Ergueu-se o véu do mundo espiritual ;
 Os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a
sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual,
em todas as rases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim,
a todas as peripécias da vida de além-túmulo.
 Eis aí por que os espíritas encaram a morte calmamente e se
revestem de serenidade nos seus últimos momentos sobre a
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 Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta;
 Sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em
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 A lembrança dos que nos são caros repousa sobre alguma
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 Além disso, em vez de perdidos nas profundezas do Espaço,
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 Não mais permissível a dúvida sobre o futuro, desaparece o
temor da morte; encara-se a sua aproximação a sangue-frio,
como quem aguarda a libertação pela porta da vida e não do
nada.
 Não nos retires dos ombros o fardo das responsabilidades com o qual
nos ensina a praticar entendimento e cooperação, mas auxilia-nos a
transportá-lo, sob os teus desígnios.
Não nos afastes dos obstáculos com que nos impeles à aquisição da
confiança e não avalias as dimensões da fé, no entanto, ampara-nos
Senhor, para que possamos transpô-los.
Não nos desligues dos problemas com que nos impulsionas para o
caminho da elevação das nossas próprias experiências, contudo, dá-
nos a tua bênção, a fim de que venhamos a resolvê-los com segurança.
Não nos deixes sem o convívio com os irmãos irritadiços ou infelizes,
que se nos fazem enigmas no cotidiano, junto dos quais nos convidas
ao aprendizado da serenidade e da paciência, mas protege-nos os
corações e ilumina-nos a estrada de modo a que nos transformemos
para todos eles em refúgio de apoio e socorro de amor.
Enfim, Senhor, dá-nos, a cada dia, o privilégio de servir, entretanto,
infunde em nossas almas o poder da compreensão e da tolerância, do
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Prece Final - C. Xavier "Estradas e Destinos". ed. CEU

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Temor da morte – Livro dos Espíritos

  • 1. TEMOR DA MORTE – LIVRO DOS ESPÍRITOS
  • 2.  Determinada reportagem televisiva nos deu ciência de que, em enquete realizada junto a adolescentes de populosa capital do nosso país, 51% deles revelaram que seu maior temor é a morte. Ao ouvirmos o resultado da pesquisa, de imediato nos pusemos a pensar acerca do quanto necessitam de orientação religiosa os nossos jovens. Porque o que dá causa ao medo da morte é o receio da destruição total, decorrente da noção equivocada acerca da vida futura.
  • 3.  Pesquisas sobre o tema revelaram que os motivos pelos quais as pessoas temem a morte são variados, podendo ser enumeradas dentre os seguintes:   1) Falta de informação: somos acostumados a acreditar que existe um céu e um inferno e torna-se apavorante a ideia de que respondemos pelos atos da vida através da condenação ou do descanso eterno.   2) Necessidade de controlar tudo: ninguém pode ter o controle sobre a morte, pois ela é certa para todos. Querer controlar tudo é atitude própria de pessoas inseguras, o que gera mais ansiedade e medo.   3) Materialismo: quanto maior for a prisão aos bens materiais maior é o medo da morte, pois não se leva riquezas após o desencarne.
  • 4.  Então questionamos: Qual a origem deste medo?  Porque pessoas estudiosas dos assuntos espirituais tremem ao saberem que a sua hora está chegando?  O que devemos fazer para eliminarmos ou pelo menos minimizarmos este medo?  O medo estaria ligado ao como morrer ou ao que virá após o desencarne?
  • 5.  Joana de Angelis afirma que...  “...o medo da morte, que é herança ancestral, assim como resultado das crenças religiosas e superstições que elaboraram um Deus vingador e punitivo,  ou do materialismo que reduz a vida após a disjunção celular ao nada, o fenômeno natural da desencarnação se apresenta como tragédia, ou constitui um término infeliz para a existência humana, que sofre a dolorosa punição de ser extinguida.”  Desta forma passamos a compreender um pouco mais sobre este medo visto que somos espíritos milenares que já vivenciamos vários personagens no palco terreno e nem sempre fomos espíritas ou reencarnacionistas.
  • 6.  – Este temor é um efeito da sabedoria da Providência e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os viventes.  Ele é necessário enquanto não se está suficientemente esclarecido sobre as condições da vida futura, como contrapeso à tendência que, sem esse freio, nos levaria a deixar prematuramente a vida e a negligenciar o trabalho terreno que deve servir ao nosso próprio adiantamento.   Assim é que, nos povos primitivos, o futuro é uma vaga intuição, mais tarde tornada simples esperança e, finalmente, uma certeza apenas atenuada por secreto apego à vida corporal.
  • 7.  A partida dos seres para o outro mundo se faz acompanhar de lamentos dos sobreviventes, como se morrer fosse uma desgraça. As despedidas são de adeuses eternos. É necessário mudar toda esse panorama. Em vez de recordar a destruição do corpo, mostrar a alma se desembaraçando, radiosa, dos grilhões terrestres. No lugar das lamentações e dos adeuses, a saudação de quem sabe que logo mais também realizará a grande viagem.  E, por isso, simplesmente diz: Até breve. Até logo!
  • 8.  Os homens verdadeiramente sábios não temem a morte. Fartos exemplos encontramos em Gandhi, que se deixou imolar em nome da não violência. De Francisco de Assis que afirmou continuar a trabalhar em seu jardim, mesmo se soubesse que algumas horas após morreria. O maior exemplo foi o Cristo que nos ensinou a morrer com dignidade. Na hora final, suas palavras foram: Pai, emTuas mãos, entrego o Meu Espírito.
  • 9.  Citamos como exemplo o caso do Bandeirante – Anhanguera - que colocou fogo no álcool, dizendo para os índios que queimaria os rios.  E isto aconteceu aproximadamente há quinhentos anos.  Hoje sabemos o que é o álcool e não ficamos aterrorizados com uma situação desta, assim será quando realmente compreendermos sobre o processo do desencarne e a importância das várias existências para a evolução espiritual de cada um.
  • 10.  Para Richard Simonetti :  “O espírita, em face das informações amplas e precisas que recebe, certamente aportará com maior segurança no continente invisível, sem grandes problemas para identificar a nova situação, embora tais benefícios não lhe confiram o direito de ingresso em comunidades venturosas.  Isso dependerá do que fez e não do que sabe.”
  • 11.  – A proporção que o homem compreende melhor a vida futura, o temor da morte diminui;  A certeza de reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera naTerra, de não perder um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrestre.
  • 12.  No Espírito atrasado a vida material prevalece sobre a espiritual. Apegando-se às aparências, o homem não distingue a vida além do corpo, esteja embora na alma a vida real; aniquilado aquele, tudo se lhe afigura perdido, desesperador.  Se, ao contrário, concentrarmos o pensamento, na alma, lastimaremos menos a perda do corpo, antes fonte de misérias e dores.  Para isso, porém, necessita o Espírito de uma força só adquirível na madureza.
  • 13.  Outra causa de apego às coisas terrenas, mesmo nos que mais firmemente crêem na vida futura, é a impressão do ensino que relativamente a ela se lhes há dado desde a infância. Convenhamos que o quadro pela religião esboçado, sobre o assunto, é nada sedutor e ainda menos consolatório.  De um lado, contorções de condenados a expiarem em torturas e chamas eternas os erros de uma vida efêmera e passageira. Os séculos sucedem-se aos séculos e não há para tais desgraçados sequer o lenitivo de uma esperança e, o que mais atroz é, não lhes aproveita o arrependimento.  De outro lado, as almas combalidas e aflitas do purgatório aguardam a intercessão dos vivos que orarão ou farão orar por elas, sem nada fazerem de esforço próprio para progredirem. Estas duas categorias compõem a maioria imensa da população de além-túmulo.  Acima delas, paira a limitada classe dos eleitos, gozando, por toda a eternidade, da beatitude contemplativa. Esta inutilidade eterna, preferível sem dúvida ao nada, não deixa de ser de uma fastidiosa monotonia.  É por isso que se vê, nas figuras que retratam os bem-aventurados, figuras angélicas onde mais transparece o tédio que a verdadeira felicidade. Este estado não satisfaz nem as aspirações nem a instintiva idéia de progresso, única que se afigura compatível com a felicidade absoluta.  Custa crer que, só por haver recebido o batismo, o selvagem ignorante – de senso moral obtuso -, esteja ao mesmo nível do homem que atingiu, após longos anos de trabalho, o mais alto grau de ciência e moralidade práticas. Menos concebível ainda é que a criança falecida em tenra idade, antes de ter consciência de seus atos, goze dos mesmos privilégios somente por força de uma cerimônia na qual a sua vontade não teve parte alguma. Estes raciocínios não deixam de preocupar os mais fervorosos crentes, por pouco que meditem. Livro: O Céu e o Inferno
  • 14.  Por que os espíritas não temem a morte?  A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro.  A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade.  O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação.  Ergueu-se o véu do mundo espiritual ;  Os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as rases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as peripécias da vida de além-túmulo.  Eis aí por que os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de serenidade nos seus últimos momentos sobre a Terra.  Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta;  Sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o despontar do Sol após uma noite de tempestade.
  • 15.  A lembrança dos que nos são caros repousa sobre alguma coisa de real. Não se nos apresentam mais como chamas fugitivas que nada falam ao pensamento, porém sob uma forma concreta que antes no-los mostra como seres viventes.  Além disso, em vez de perdidos nas profundezas do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual identificam-se em perpétuas relações, assistindo- se mutuamente.  Não mais permissível a dúvida sobre o futuro, desaparece o temor da morte; encara-se a sua aproximação a sangue-frio, como quem aguarda a libertação pela porta da vida e não do nada.
  • 16.  Não nos retires dos ombros o fardo das responsabilidades com o qual nos ensina a praticar entendimento e cooperação, mas auxilia-nos a transportá-lo, sob os teus desígnios. Não nos afastes dos obstáculos com que nos impeles à aquisição da confiança e não avalias as dimensões da fé, no entanto, ampara-nos Senhor, para que possamos transpô-los. Não nos desligues dos problemas com que nos impulsionas para o caminho da elevação das nossas próprias experiências, contudo, dá- nos a tua bênção, a fim de que venhamos a resolvê-los com segurança. Não nos deixes sem o convívio com os irmãos irritadiços ou infelizes, que se nos fazem enigmas no cotidiano, junto dos quais nos convidas ao aprendizado da serenidade e da paciência, mas protege-nos os corações e ilumina-nos a estrada de modo a que nos transformemos para todos eles em refúgio de apoio e socorro de amor. Enfim, Senhor, dá-nos, a cada dia, o privilégio de servir, entretanto, infunde em nossas almas o poder da compreensão e da tolerância, do devotamento e da caridade para que possamos estar contigo, tanto quanto permaneces conosco, hoje e sempre. Prece Final - C. Xavier "Estradas e Destinos". ed. CEU