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Faculdade Estácio Atual
Professora: Rosilda
GarciadaSilva
Grandes pensadores
> Formação
> Pensadores de Educação
Platão, o primeiro pedagogo
O filósofo grego previu um sistema de ensino que mobilizava toda a
sociedade para formar sábios e encontrar a virtude.
Platão
Na história das ideias, o grego
Platão (427-347 a.C.) foi o primeiro
pedagogo, não só por ter
concebido um sistema educacional
para o seu tempo mas,
principalmente, por tê-lo integrado
a uma dimensão ética e política. O
objetivo final da educação, para o
filósofo, era a formação do homem
moral, vivendo em um Estado justo.
Platão foi o segundo da tríade dos grandes filósofos
clássicos, sucedendo Sócrates (469-399 a.C.) e
precedendo Aristóteles (384-322 a.C.), seu
discípulo. Como Sócrates, Platão rejeitava a
educação que se praticava na Grécia em sua época
e que estava a cargo dos sofistas, incumbidos de
transmitir conhecimentos técnicos - sobretudo a
oratória - aos jovens da elite, para torná-los aptos a
ocupar as funções públicas. "Os sofistas afirmavam
que podiam defender igualmente teses contrárias,
dependendo dos interesses em jogo", diz Sérgio
Augusto Sardi, professor da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul. "Platão, ao contrário,
pensava em termos de uma busca continuada da
virtude, da justiça e da verdade."
Para Platão, "toda virtude é
conhecimento". Ao homem
virtuoso, segundo ele, é dado
conhecer o bem e o belo. A busca
da virtude deve prosseguir pela vida
inteira - portanto, a educação não pode se
restringir aos anos de juventude. Educar é
tão importante para uma ordem política
baseada na justiça - como Platão
preconizava - que deveria ser tarefa de
toda a sociedade.
O ideal da escola pública
Baseado na ideia de que os
cidadãos que têm o espírito
cultivado fortalecem o Estado e
que os melhores entre eles serão
os governantes, o filósofo defendia
que toda educação era de
responsabilidade estatal - um
princípio que só se difundiria no
Ocidente muitos séculos depois.
Igualmente avançada, quase
visionária, era a defesa da mesma
instrução para meninos e meninas
e do acesso universal ao ensino.
O aprendizado como
reminiscência
Mosaico de Pompéia recria a Academia de
Platão: ambiente de aprendizado
Platão defendia a ideia de que a alma precede
o corpo e que, antes de encarnar, tem acesso
ao conhecimento.
Dessa forma, todo aprendizado não passaria
de um esforço de reminiscência - um dos
princípios centrais do pensamento do filósofo
não é possível ou desejável transmitir
conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los
a procurar respostas, eles mesmos, a suas
inquietações.
filósofo rejeitava métodos de ensino
autoritários.
Ele acreditava que se deveria deixar os
estudantes, sobretudo as crianças, à vontade
para que pudessem se desenvolver livremente
Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima de
sua filosofia, em que a busca da verdade é mais
importante do que dogmas incontestáveis.
O processo dialético platônico - pelo qual, ao longo do debate
de ideias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais -
também se relaciona com a procura de respostas durante o
aprendizado.
"Platão é do mais alto interesse para todos
que compreendem a educação como uma
exigência de que cada um, professor ou
aluno, pense sobre o próprio pensar", diz o
professor Sardi.
Estudo permanente
A educação, segundo a concepção platônica
visava a testar as aptidões dos alunos para que apenas os
mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação
completa para ser governantes.
visava a testar as aptidões dos alunos para que apenas os
mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação
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Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo
filósofo, que pregava a renúncia do indivíduo em favor da
comunidade.
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O processo deveria ser longo, porque Platão acreditava que o
talento e o gênio só se revelam aos poucos.
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A formação dos cidadãos
começaria antes mesmo do
nascimento, pelo planejamento
eugênico da procriação. As
crianças deveriam ser tiradas
dos pais e enviadas para o
campo, uma vez que Platão
considerava corruptora a
influência dos mais velhos. Até
os 10 anos, a educação seria
predominantemente física e
constituída de brincadeiras e
esporte.
Aos 20 anos, os jovens seriam submetidos a um
teste para saber que carreira deveriam abraçar.
Os aprovados receberiam, então, mais dez anos
de instrução e treinamento para o corpo, a mente
e o caráter. No teste que se seguiria, os
reprovados se encaminhariam para a carreira
militar e os aprovados para a filosofia - neste
caso, os objetivos dos estudos seriam pensar
com clareza e governar com sabedoria.
Para pensar
Platão acreditava que, por meio do conhecimento,
seria possível controlar os instintos, a ganância e a
violência. O acesso aos valores da civilização,
portanto, funcionaria como antídoto para todo o mal
cometido pelos seres humanos contra seus
semelhantes. Hoje poucos concordam com isso; a
causa principal foram as atrocidades cometidas
pelos regimes totalitários do século 20, que
prosperaram até em países cultos e desenvolvidos,
como a Alemanha.
Por outro lado, não há educação consistente sem
valores éticos. Você já refletiu sobre essas
questões?
Até que ponto considera a educação um instrumento
para a formação de homens sábios e virtuosos?
Auguste Comte, o homem que quis dar
ordem ao mundo
Um dos fundamentos do positivismo é a ideia de que
tudo o que se refere ao saber humano pode ser
sistematizado segundo os princípios adotados como
critério de verdade para as ciências exatas e
biológicas.
Pai do positivismo, ele acreditava que era possível planejar o
desenvolvimento da sociedade e do indivíduo com critérios das ciências
exatas e biológicas
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O funcionamento da sociedade, para Comte, obedeceria a diretrizes
predeterminadas para promover o bem-estar do maior número possível
de indivíduos
Comte formulou uma lei histórica de três estágios
o pensamento humano partiu de um estágio
teológico, quando recorria às ideias de deuses
e espíritos para explicar os fenômenos naturais
Estágio metafísico, caracterizado por
fundamentar o conhecimento em abstrações -
como essências, causas finais ou concepções
idealizadas da natureza
O estado teológico
O estado metafísico
O estado positivo
De acordo com Comte, a humanidade só
alcançaria plenitude intelectual ao chegar
ao estágio positivo, que pressupõe a
admissão das limitações do entendimento
humano. Para ele, a razão não é capaz de
operar a não ser pela via da experiência
concreta. Todo esforço da ciência e da
filosofia deveria se restringir, portanto, a
encontrar as leis que regem os fenômenos
observáveis.
Comenius, o pai da didática
moderna
Quando se fala de uma
escola em que as
crianças são respeitadas
como seres humanos
dotados de inteligência,
aptidões, sentimentos e
limites, logo pensamos
em concepções modernas
de ensino
O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo
para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os
sentimentos da criança
prática escolar, para ele, deveria imitar os
processos da natureza. Nas relações entre
professor e aluno, seriam consideradas as
possibilidades e os interesses da criança.
O professor passaria a ser visto como um
profissional, não um missionário, e seria
bem remunerado por isso. E a organização
do tempo e do currículo levaria em conta os
limites do corpo e a necessidade, tanto dos
alunos quanto dos professores, de ter
outras atividades.
Ruptura com a escolástica
ousou em ser o principal teórico
de um modelo de escola que
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deficiência mental e as
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GravuradopróprioComênioparaumde
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Salvação da alma
Para ele, a criatura humana correspondia ao
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Os Grandes Pensadores da Educação: Platão, o Primeiro Pedagogo

  • 1. Faculdade Estácio Atual Professora: Rosilda GarciadaSilva
  • 2. Grandes pensadores > Formação > Pensadores de Educação Platão, o primeiro pedagogo O filósofo grego previu um sistema de ensino que mobilizava toda a sociedade para formar sábios e encontrar a virtude. Platão Na história das ideias, o grego Platão (427-347 a.C.) foi o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo.
  • 3. Platão foi o segundo da tríade dos grandes filósofos clássicos, sucedendo Sócrates (469-399 a.C.) e precedendo Aristóteles (384-322 a.C.), seu discípulo. Como Sócrates, Platão rejeitava a educação que se praticava na Grécia em sua época e que estava a cargo dos sofistas, incumbidos de transmitir conhecimentos técnicos - sobretudo a oratória - aos jovens da elite, para torná-los aptos a ocupar as funções públicas. "Os sofistas afirmavam que podiam defender igualmente teses contrárias, dependendo dos interesses em jogo", diz Sérgio Augusto Sardi, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. "Platão, ao contrário, pensava em termos de uma busca continuada da virtude, da justiça e da verdade."
  • 4. Para Platão, "toda virtude é conhecimento". Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado conhecer o bem e o belo. A busca da virtude deve prosseguir pela vida inteira - portanto, a educação não pode se restringir aos anos de juventude. Educar é tão importante para uma ordem política baseada na justiça - como Platão preconizava - que deveria ser tarefa de toda a sociedade.
  • 5. O ideal da escola pública Baseado na ideia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal - um princípio que só se difundiria no Ocidente muitos séculos depois. Igualmente avançada, quase visionária, era a defesa da mesma instrução para meninos e meninas e do acesso universal ao ensino.
  • 6. O aprendizado como reminiscência Mosaico de Pompéia recria a Academia de Platão: ambiente de aprendizado Platão defendia a ideia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de reminiscência - um dos princípios centrais do pensamento do filósofo não é possível ou desejável transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a suas inquietações. filósofo rejeitava métodos de ensino autoritários. Ele acreditava que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à vontade para que pudessem se desenvolver livremente
  • 7. Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima de sua filosofia, em que a busca da verdade é mais importante do que dogmas incontestáveis. O processo dialético platônico - pelo qual, ao longo do debate de ideias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais - também se relaciona com a procura de respostas durante o aprendizado. "Platão é do mais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada um, professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar", diz o professor Sardi.
  • 8. Estudo permanente A educação, segundo a concepção platônica visava a testar as aptidões dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação completa para ser governantes. visava a testar as aptidões dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação completa para ser governantes. Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que pregava a renúncia do indivíduo em favor da comunidade. Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que pregava a renúncia do indivíduo em favor da comunidade. O processo deveria ser longo, porque Platão acreditava que o talento e o gênio só se revelam aos poucos. O processo deveria ser longo, porque Platão acreditava que o talento e o gênio só se revelam aos poucos.
  • 9. A formação dos cidadãos começaria antes mesmo do nascimento, pelo planejamento eugênico da procriação. As crianças deveriam ser tiradas dos pais e enviadas para o campo, uma vez que Platão considerava corruptora a influência dos mais velhos. Até os 10 anos, a educação seria predominantemente física e constituída de brincadeiras e esporte.
  • 10. Aos 20 anos, os jovens seriam submetidos a um teste para saber que carreira deveriam abraçar. Os aprovados receberiam, então, mais dez anos de instrução e treinamento para o corpo, a mente e o caráter. No teste que se seguiria, os reprovados se encaminhariam para a carreira militar e os aprovados para a filosofia - neste caso, os objetivos dos estudos seriam pensar com clareza e governar com sabedoria.
  • 11. Para pensar Platão acreditava que, por meio do conhecimento, seria possível controlar os instintos, a ganância e a violência. O acesso aos valores da civilização, portanto, funcionaria como antídoto para todo o mal cometido pelos seres humanos contra seus semelhantes. Hoje poucos concordam com isso; a causa principal foram as atrocidades cometidas pelos regimes totalitários do século 20, que prosperaram até em países cultos e desenvolvidos, como a Alemanha. Por outro lado, não há educação consistente sem valores éticos. Você já refletiu sobre essas questões? Até que ponto considera a educação um instrumento para a formação de homens sábios e virtuosos?
  • 12. Auguste Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo Um dos fundamentos do positivismo é a ideia de que tudo o que se refere ao saber humano pode ser sistematizado segundo os princípios adotados como critério de verdade para as ciências exatas e biológicas. Pai do positivismo, ele acreditava que era possível planejar o desenvolvimento da sociedade e do indivíduo com critérios das ciências exatas e biológicas
  • 13. Planejamento social traria o bem- estar O funcionamento da sociedade, para Comte, obedeceria a diretrizes predeterminadas para promover o bem-estar do maior número possível de indivíduos Comte formulou uma lei histórica de três estágios o pensamento humano partiu de um estágio teológico, quando recorria às ideias de deuses e espíritos para explicar os fenômenos naturais Estágio metafísico, caracterizado por fundamentar o conhecimento em abstrações - como essências, causas finais ou concepções idealizadas da natureza O estado teológico O estado metafísico O estado positivo
  • 14. De acordo com Comte, a humanidade só alcançaria plenitude intelectual ao chegar ao estágio positivo, que pressupõe a admissão das limitações do entendimento humano. Para ele, a razão não é capaz de operar a não ser pela via da experiência concreta. Todo esforço da ciência e da filosofia deveria se restringir, portanto, a encontrar as leis que regem os fenômenos observáveis.
  • 15. Comenius, o pai da didática moderna Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança
  • 16. prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades.
  • 17. Ruptura com a escolástica ousou em ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar "tudo a todos", aí incluídos os portadores de deficiência mental e as meninas, na época alijados da educação. GravuradopróprioComênioparaumde seuslivrosdetexto:aprenderbrincando.
  • 18. Salvação da alma Para ele, a criatura humana correspondia ao ideal de perfeição. Comenio acreditava que, por ser dotado de razão, o homem pode entender a si e a todas as coisas. Portanto, deve se dedicar a aprender e a ensinar. Seguindo esse pensamento, Comenio conclui que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação, o "fazer".
  • 19. A Educação do Homem Segundo Platão, Evilázio F. Borges Teixeira, 144 págs., Ed. Paulus, tel. (11) 5087-3700, 23,50 reais A República, Platão, 288 págs., Ed. Rideel, tel. (11) 2238-5100, 29,90 reais Paidéia - A Formação do Homem Grego, Werner Jaeger, 1413 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3241-3677, 92 reais