A PALAVRA FILOSOFIA
• Filosofia (do grego Φιλοσοφία: philos - amor, amizade +
sophia - sabedoria) modernamente é uma disciplina, ou
uma área de estudos, que envolve a investigação,
análise, discussão, formação e reflexão de idéias (ou
visões de mundo) em uma situação geral, abstrata ou
fundamental.
• Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria,
amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a
sabedoria tem amizade pelo saber, deseja saber.
A PALAVRA FILOSOFIA
• A filosofia originou-se da inquietação gerada pela
curiosidade humana em compreender e questionar os
valores e as interpretações comumente aceitas sobre a
sua própria realidade. Ao longo dos anos os filósofos
buscam encontrar respostas e verdades e por mais difícil
que seja encontrá-las nunca se deve desistir ou pensar
que não existam.
A PALAVRA FILOSOFIA
• Hoje em dia também devemos procurar nossas
respostas, mas é importante também conhecermos o
que foi dito em outras épocas para que possamos formar
uma opinião própria, porem isso exige esforço e
dedicação, pois nem sempre é fácil pensar, já que
estamos acostumados a receber tudo pronto sem
questionar nada.
O NASCIMENTO DA FILOSOFIA
O que perguntavam os primeiros filósofos
• Por que os seres nascem e morrem? Por que os
semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma
árvore nasce outra árvore, de um cão nasce outro cão,
de uma mulher nasce uma criança? Por que os diferentes
também parecem fazer surgir os diferentes: o dia parece
fazer nascer à noite, o inverno parece fazer surgir à
primavera, um objeto escuro clareia com o passar do
tempo, um objeto claro escurece com o passar do
tempo?
O NASCIMENTO DA FILOSOFIA
Por que tudo muda? A criança se torna adulta, amadurece,
envelhece e desaparece. A paisagem, cheia de flores na
primavera, vai perdendo o verde e as cores no outono, até
ressecar-se e retorcer-se no inverno. Por que um dia
luminoso e ensolarado, de céu azul e brisa suave,
repentinamente, se torna sombrio, coberto de nuvens,
varrido por ventos furiosos, tomado pela tempestade,
pelos raios e trovões?
O NASCIMENTO DA FILOSOFIA
• Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a
força? Por que o alimento que antes me agradava, agora,
que estou doente, me causa repugnância? Por que o som
da música que antes me embalava, agora, que estou
doente, parece um ruído insuportável?
A ORIGEM DA FILOSOFIA
• Os historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e
local de nascimento: final do século VII e início do século
VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor
(particularmente as que formavam uma região
denominada Jônia), na cidade de Mileto. E o primeiro
filósofo foi Tales de Mileto.
• Além de possuir data e local de nascimento e de possuir
seu primeiro autor, a Filosofia também possui um
conteúdo preciso ao nascer: é uma cosmologia. A palavra
cosmologia é composta de duas outras: cosmos, que
significa mundo ordenado e organizado, e logia, que vem
da palavra logos, que significa pensamento racional,
discurso racional, conhecimento.
A ORIGEM DA FILOSOFIA
• Assim, a Filosofia nasce como conhecimento racional da
ordem do mundo ou da Natureza, donde, cosmologia.
Ela nasce em oposição ao pensamento mitológico, já que
este não fornecia respostas satisfatórias sobre a origem
de tudo que existente. Mas o que é o mito?
MITO E FILOSOFIA
• Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa
(origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas,
dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do
mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos
de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.).
• A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois
verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma
coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar,
anunciar, nomear, designar). O mito narra à origem do
mundo e de tudo o que nele existe?
MITO E FILOSOFIA
• O mito tenta encontrando o pai e a mãe das coisas e dos
seres, isto é, tudo o que existe decorre de relações
sexuais entre forças divinas pessoais. Essas relações
geram os demais deuses: os titãs (seres semi-humanos e
semidivinos), os heróis (filhos de um deus com uma
humana ou de uma deusa com um humano), os
humanos, os metais, as plantas, os animais, as
qualidades, como quente-frio, seco-úmido, claro-escuro,
bom-mau, justo-injusto, belo-feio, certo-errado, etc.
PARA QUE A FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO?
• Ora, muitos fazem uma outra pergunta: afinal, para que
Filosofia da educação?
• É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos
ninguém perguntar, por exemplo, para que matemática
ou física? Para que geografia ou geologia? Para que
história ou sociologia? Para que biologia ou psicologia?
Para que astronomia ou química? Para que pintura,
literatura, música ou dança? Mas todo mundo acha
muito natural perguntar: Para que Filosofia?
PARA QUE A FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO?
• Em geral, essa pergunta costuma receber uma resposta
irônica, conhecida dos estudantes de Filosofia: “A
Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo
permanece tal e qual”. Ou seja, a Filosofia não serve para
nada. Por isso, se costuma chamar de “filósofo” alguém
sempre distraído, com a cabeça no mundo da lua,
pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que
são perfeitamente inúteis.
• Parece, porém, que o senso comum não enxerga algo
que os cientistas sabem muito bem. As ciências
pretendem ser conhecimentos verdadeiros, obtidos
graças a procedimentos rigorosos de pensamento;
pretendem agir sobre a realidade, através de
instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer
progressos nos conhecimentos, corrigindo-os e
aumentando-os.
PARA QUE A FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO?
• Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem
que elas acreditam na existência da verdade, de
procedimentos corretos para bem usar o pensamento,
na tecnologia como aplicação prática de teorias, na
racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser
corrigidos e aperfeiçoados.
• Todas a ciências surgem dos questionamentos feitos pela
Filosofia, ou seja, a partir das perguntas elaboradas pela
filosofia nascem todas as ciências existentes.
PARA QUE A FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO?
• Verdade, pensamento, procedimentos especiais para
conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e
acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são
questões filosóficas. O cientista parte delas como
questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as
formula e busca respostas para elas.
PARA QUE A FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO?
• Para quem pensa dessa forma, o principal para a Filosofia
não seriam os conhecimentos (que ficam por conta da
ciência), nem as aplicações de teorias (que ficam por
conta da tecnologia), mas o ensinamento moral ou ético.
A Filosofia seria a arte do bem viver. Estudando as
paixões e os vícios humanos, a liberdade e a vontade,
analisando a capacidade de nossa razão para impor
limites aos nossos desejos e paixões, ensinando-nos a
viver de modo honesto e justo na companhia dos outros
seres humanos, a Filosofia teria como finalidade ensinarnos a virtude, que é o princípio do bem-viver.
A REFLEXÃO FILOSOFICA
• Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou
movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o
movimento pelo qual o pensamento volta-se para si
mesmo, interrogando a si mesmo.
• A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de
volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a
si mesmo, para indagar como é possível o próprio
pensamento.
A REFLEXÃO FILOSOFICA
• Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos
também seres que agem no mundo, que se relacionam
com os outros seres humanos, com os animais, as
plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e
exprimimos essas relações tanto por meio da linguagem
quanto por meio de gestos e ações.
• A reflexão filosófica também se volta para essas relações
que mantemos com a realidade circundante, para o que
dizemos e para as ações que realizamos nessas relações.
A REFLEXÃO FILOSOFICA
• A reflexão filosófica indaga: Por quê?, O quê?, Para quê?
Dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato
da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e a
finalidade humanas para conhecer e agir. Essas
indagações fundamentais não se realizam ao acaso,
segundo preferências e opiniões de cada um de nós. A
Filosofia não é um “eu acho que” ou um “eu gosto de”.
Não é pesquisa de opinião à maneira dos meios de
comunicação de massa. Não é pesquisa de mercado para
conhecer preferências dos consumidores e montar uma
propaganda.
PLATÃO DE ATENAS
• Platão,(428/27 a.C. — 347 a.C.) foi um filósofo grego.
Discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre
de Aristóteles. Acredita-se que seu nome verdadeiro
tenha sido Aristócles; Platão era um apelido que,
provavelmente, fazia referência à sua caracteristica física,
tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a
sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes
temas. Sua filosofia é de grande importância e influência.
Platão ocupou-se com vários temas, entre eles ética,
política, metafísica e teoria do conhecimento.
PLATÃO DE ATENAS
• Platão por volta dos 20 anos, encontrou o filósofo
Sócrates e tornou-se seu discípulo até a morte deste.
Pouco depois de 399 a.C., funda a Academia. A
instituição logo adquire prestígio e a ela acorriam
inúmeros jovens em busca de instrução e até mesmo
homens ilustres a fim de debater ideias. Platão
permaneceu na direção da Academia até sua morte, em
347 a.C.
PLATÃO DE ATENAS
• Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o
homem está em contato permanente com dois tipos de
realidade: a inteligível e a sensível. A primeira, é a
realidade, mais concreta, permanente, imutável, igual a
si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam
os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são
imagens das realidades inteligíveis um de seus textos
mais conhecidos, onde ele trata destas duas realidades é
o mito da caverna que veremos abaixo.
PAULO FREIRE
• Pedagogia da Libertação
•
Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação,
intimamente relacionada com a
visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas
classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e
conscientizá-las politicamente. As suas maiores
contribuições foram no campo da educação popular
para a alfabetização e a conscientização política de
jovens e adultos operários, chegando a influenciar em
movimentos como os das Comunidades Eclesiais de
Base (CEB).
Pedagogia da Liberdade
• No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses
campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo
menos para a tradição de educação marxista, que
incorpora o conceito básico de que não existe educação
neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é
um ato político.
ERASMO DE ROTERDAM
• A produtividade literária de Erasmo começou
relativamente tarde na sua vida. Apenas quando ele
dominou o Latim é que começou a escrever sobre
grandes temas contemporâneos em Literatura e
em Religião.
• A sua revolta contra as formas de vida da igreja não
resultou tanto de dúvidas quanto à verdade da doutrina
tradicional, nem de alguma hostilidade para com a
organização da Igreja. Sentiu antes a necessidade de
aplicar os seus conhecimentos na purificação da doutrina
e na liberalização das instituições do cristianismo.
ERASMO DE ROTERDAM
• Como acadêmico, tentou libertar os métodos
da Escolástica da rigidez e do formalismo das
tradições medievais, mas não ficou satisfeito. Ele
viu-se como o pregador da retidão. A sua
convicção em toda a vida foi que o que era
necessário para regenerar a Europa era uma
aprendizagem sã, aplicada liberalmente e sem
receios pela administração de assuntos públicos
da Igreja e do Estado.
ERASMO DE ROTERDAM
• Esta convicção confere unidade e consistência a uma vida
que, de outra forma, pode parecer plena de contradições.
• Ele se correspondeu com mais de quinhentos homens da
maior importância no mundo da política e do pensamento,
e o seu conselho em vários assuntos era procurado
avidamente, se bem que nem sempre seguido.
ERASMO DE ROTERDAM
• Aquando da sua estadia em Paris, Erasmo iniciou
o exame sistemático dos manuscritos do Novo
Testamento, por forma a preparar uma nova
edição e uma tradução para Latim. Esta edição
foi publicada por Froben de Basileia em 1516 e
foi a base da maioria dos estudos científicos
da Bíblia durante o período da Reforma. Erasmo
também escreveu sobre o guerreiro frísio ,
embora com muito mais críticas do que elogios
aos feitos dele, chamando-o de "bruto estúpido
que preferia a força à sabedoria".
ERASMO DE ROTERDAM
• Ele publicou uma edição crítica do Novo Testamento
Grengo em 1516 - Novum Instrumentum omne, diligenter
ab Erasmo Rot. Recognitum et Emendatum. A edição
incluiu uma tradução em Latim e anotações. Baseou-se
também em manuscritos adicionais recentemente
descobertos.
ERASMO DE ROTERDAM
• Na segunda edição, o termo mais familiar
"Testamentum" foi usado em vez de "Instrumentum".
Esta edição foi usada pelos tradutores da versão
da Bíblia do Rei Jaime I de Inglaterra. O texto ficou
conhecido mais tarde como o textus receptus. Erasmo
publicou mais três edições - 1522, 1527 e 1535. Foi a
primeira tentativa por parte de um académico
competente e liberal de averiguar aquilo que os
escritores do Novo Testamento tinham efetivamente dito.
ERASMO DE ROTERDAM
• Erasmo dedicou o seu trabalho ao Papa leão X, como
patrono da aprendizagem, e considerou o seu trabalho
como o seu principal serviço à causa do Cristianismo.
Imediatamente depois, começou a publicação das suas
paráfrases do Novo Testamento, uma apresentação
popular do conteúdo de vários livros. Este, como todos
os seus livros, foi publicado em Latim, mas as suas
obras eram imediatamente traduzidas noutras línguas,
com o seu encorajamento.
JEAN PIAGET
Educação: uma nova Filosofia
• Na educação, Piaget utiliza sua “teoria dos “estágios”
para contrapor o ensino tradicional, autoritário, herdado
do século XIX. A Escola Nova critica, sobretudo no início
do século XX, o ensino onde “o professor dita e o aluno
copia e repete” – Paulo Freire chama-o de “educação
bancária”. Na medida em que critica essa educação
tradicional, Piaget é interpretado equivocadamente como
um não “diretivista”, um “espontaneísta”. A ideia
piagetiana de interação não foi aceita nos moldes da
escola tradicional.
JEAN PIAGET
• A partir da trilogia: O nascimento da inteligência na
criança; A construção do real na criança; A formação do
símbolo na criança - Piaget relata seus estudos sobre o
desenvolvimento cognitivo para demonstrar que "a
capacidade cognitiva humana nasce e se desenvolve, não
vem pronta". Dessa forma, marca oposição
ao behaviorismo por um lado, e à Gestalt por outro, quando
afirma que o conhecimento tem origem na interação
"sujeito-objeto". A ideia piagetiana de capacidade cognitiva,
então, propõe que o conhecimento não nasce no sujeito,
nem no objeto, mas origina-se da interação "sujeito-objeto".
JEAN PIAGET
• Objeto de Estudo e principais contribuições Piaget
desenvolveu em suas pesquisas a teoria da construção do
conhecimento, mais conhecida como Epistemologia
genética, seu foco principal foi o sujeito Epistemológico o
qual foi estudado pelo método clínico desenvolvido pelo
próprio Piaget.
JEAN PIAGET
• A teoria explica como o conhecimento é adquirido e
montado em nossa psiquê, desde a primeira infância até a
maturescência humana. A obra deste estudioso é
reconhecida em todo mundo, pois contribui para
compreensão da formação e construção do intelecto.
JEAN PIAGET
• Através desta teoria, diversas propostas de educação,
diferenciadas para crianças em cada uma das fases, surgiram,
todas com a pretensão de melhorar a educação através das
características específicas de cada uma destas fases observadas,
por Piaget, em seus estudos. Ao entender como acontece o
processo de construção do conhecimento pode-se desenvolver
métodos pedagógicos mais eficientes afim de aperfeiçoar ou
substituir os sistemas de ensino já existentes.
JEAN PIAGET
• Como exemplo, um de seus alunos, Reuven Feuerstein,
desenvolveu a Teoria da modificabilidade cognitiva
estrutural. Esta afirma que a inteligência humana pode ser
estimulada e que qualquer indivíduo, independente de
idade e mesmo considerado inapto, pode adquirir a
capacidade de aprender.
Vygotsky
A Linguagem, a Aprendizagem e os Instrumentos
Psicológicos
• Para Vygotsky, os signos, a linguagem simbólica
desenvolvida pela espécie humana, têm um papel similar
ao dos instrumentos: tanto os instrumentos de trabalho
quanto os signos são construções da mente humana, que
estabelecem uma relação de mediação entre o homem e
a realidade.
Vygotsky
• Por esta similaridade, Vygotsky denominava os signos
de instrumentos simbólicos, com especial atenção
à linguagem, que para ele configurava-se um sistema
simbólico fundamental em todos os grupos humanos e
elaborado no curso da evolução da espécie e história social.
Vygotsky
• Um de seus derradeiros trabalhos (escritos entre 1930 –
1931), “História do desenvolvimento das funções nervosas
superiores”, publicado em 1960, estuda os remanescentes
de antigas formas de comportamento que o homem
moderno conservou incluindo-as no sistema de outras
formas (superiores) de comportamento.
Vygotsky
A Linguagem
• A linguagem é uma espécie de cabo de vassoura muito
especial, capaz de transformar decisivamente os rumos
de nossa atividade. Quando aprendemos a linguagem
específica do nosso meio sociocultural, transformamos
radicalmente os rumos de nosso próprio
desenvolvimento. Assim, podemos ver como a visão de
Vygotsky dá importância à dimensão social, interpessoal,
na construção do sujeito psicológico.
Vygotsky
• As suas pesquisas sobre aprendizagem tiveram na sua maior
parte enfoque na Pedagogia. Os processos de
desenvolvimento chamaram a atenção de Vygotsky, que
sempre procurou o aparecimento de novas formas de
organização psicológica, ao invés de reduzir a estrutura de
aprendizagem a elementos constitutivos.
Vygotsky
• Na área educacional, a influência de Vygotsky também vem
crescendo cada vez mais, dando origem a experiências mais
diversas. Não existe um método Vygotsky. Como Piaget, o
psicólogo bielo-russo é mais uma fonte de inspiração do
que um guia para os pedagogos.
Vygotsky
Aprendizagem
• As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se
tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento
da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o
de Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona
com a diferença entre o que a criança consegue realizar
sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar sozinha,
é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa
mais experiente (adulto, criança mais velha ou com maior
facilidade de aprendizado, etc.).
Vygotsky
• A Zona de Desenvolvimento Proximal é, portanto, tudo o
que a criança pode adquirir em termos intelectuais quando
lhe é dado o suporte educacional devido. Este conceito
será, posteriormente desenvolvido por Jerome Bruner,
sendo hoje vulgarmente designado por etapa de
desenvolvimento.
Vygotsky
• Outra contribuição vygotskiana de relevo foi a relação
que estabelece entre pensamento e linguagem,
desenvolvida no seu livro "Pensamento e Linguagem".
Entre suas contribuições a esse tema destacam a
formação de conceitos, ao qual dedica dois capítulos do
referido livro, e a compreensão das funções mentais
enquanto sistemas funcionais, sem localização específica
no cérebro de grande plasticidade e dinâmica variando
ao longo da história da humanidade e do
desenvolvimento individual. Concepção essa que foi
posteriormente bem desenvolvida e demonstrada do
ponto de vista neuropsicológico por seu discípulo e
colaborador A. R. Luria.
Vygotsky
• Como bom marxista que domina os princípios
da lógica e dialética pós Hegel (1770-1831), o conceito
de síntese também pode ser encontrado largamente na
sua obra. O autor define a síntese não apenas como a
soma ou a justaposição de dois ou mais elementos, e sim
como a emergência de um produto totalmente novo
gerado a partir da interação entre elementos anteriores.
Vygotsky
• Vygotsky particulariza o processo de ensino e aprendizagem
na expressão obuchenie, uma expressão própria da língua
russa que coloca aquele que aprende e aquele que ensina
numa relação interligada. A ênfase em situar quem aprende
e, aquele que ensina como partícipes de um mesmo
processo corrobora com outro conceito chave na teoria de
Vygotsky, a mediação, como um pressuposto da relação euoutro social.
Vygotsky
• A relação mediatizada não se dá necessariamente pelo
outro corpóreo, mas pela possibilidade de interação com
signos, símbolos culturais e objetos. Um dos pressupostos
básicos desse autor é que o ser humano constitui-se
enquanto tal na sua relação com o outro. Para Vygotsky a
aprendizagem relaciona-se ao desenvolvimento desde o
nascimento, sendo a principal causa para o desabrochar do
desenvolvimento do ser.