Transtornos alimentares e seus aspectos sociológicos
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ – FACISA
Discentes:
Anna Paula Mota
Daiane Pontes Bezerra
Jarson Pedro da Costa Pereira
Luis Henrique Mendes Dantas
Renatha Celiana Da Silva Brito
Thâmara Samara Oliveira
Sociologia Geral
Anne Damásio
Transtornos Alimentares e
seus Aspectos Sociológicos
2. ABORDAGEM SOCIOLÓGICA
A forma como o corpo e a sua imagem são construídos
socialmente, se dá mediante a assimilação de
determinados conceitos e representações culturais. Trata-
se, concretamente, de um interesse pela forma como o
corpo é perspectivado como um objeto, capaz de ser
manipulado e moldado, tendo em vista o avanço dos mais
variados objetivos nos diversos domínios da esfera social,
fator que lhe confere uma importância particular nas
sociedades atuais.
O aspecto físico, mais do que as qualidades intrínsecas dos
indivíduos, assume uma posição de grande importância,
quer nas interações que eles estabelecem, quer nos
processos de integração e aceitação social por quais
passam, e atua enquanto elemento de promoção da sua
inclusão, ou exclusão, no tecido social.
(CARDOSO, 2000)
4. O QUE É VIGOREXIA?
Também conhecida como
Dismorfia Muscular e
Anorexia Nervosa Reversa,
a Vigorexia foi
recentemente descrita
como uma variação da
desordem dismórfica
corporal e enquadra-se
entre os Transtornos
Dismórficos Corporais
(CHUNG et al., 2001).
5. VIGOREXIA: REVISÃO DOS ASPECTOS
ATUAIS DESTE DISTÚRBIO DE IMAGEM
CORPORAL
A sociedade exerce pressão sobre como deve ser a
estrutura corporal dos indivíduos. A auto-percepção
do peso pode estar relacionada com a distorção da
imagem corporal. Nos homens, a preocupação
excessiva com o corpo pode desencadear Transtornos
Alimentares, além de um novo transtorno
comportamental denominado Vigorexia. O objetivo
deste estudo foi realizar revisão bibliográfica da
literatura atual sobre Vigorexia, caracterizada pela
prática excessiva de exercícios físicos, obsessiva
preocupação com o corpo e adoção de práticas
alimentares não convencionais. Indivíduos
acometidos se descrevem com fracos e pequenos,
quando apresentam musculatura desenvolvida em
níveis acima da média.
(CAMARGO; COSTA; UZUNIAN; VIEBIG)
6. A imagem corporal está relacionada com a
autoestima, que significa amor próprio, satisfação
pessoal e, acima de tudo, estar bem consigo
mesmo. Se existe uma insatisfação, esta se
refletirá na auto-imagem. A primeira
manifestação da perda da autoconfiança é
percebida quando o corpo que se tem não está
de acordo com o estereótipo idealizado pela
sociedade.
Um dos principais fatores causais de alterações
da percepção da imagem corporal é a imposição
pela mídia, sociedade e meio esportivo, de um
padrão corporal considerado o ideal, ao qual
associam o sucesso e a felicidade.
(BUCARETCHI, 2003)
(CONTI, FRUTUOSO e GAMBARDELLA, 2005)
7. CAUSAS
As causas da vigorexia são
psicológicas, e possuem
inúmeras influências como:
◦ Produção cultural de
padrões rígidos de corpo
belo e sadio;
◦ Inserção ou não do sujeito
na sociedade e nos grupos
de seu interesse;
◦ Dependência com relação
aos exercícios físicos,
considerado vício.
Acredita-se que possa haver
alguma relação com os
neurotransmissores do
sistema nervoso central.
Aspectos comportamentais
como:
Preocupação exagerada com
o corpo;
Necessidade compulsiva de
manter um plano rigoroso
de exercícios físicos;
Dieta alimentar rígida para
atingir a forma física
considerada perfeita.
SINTOMAS
8. CONSEQUÊNCIA
Danos ao organismo
como:
◦ Insuficiência renal,
hepática;
◦ Problemas de
circulação sanguínea;
◦ Depressão.
Se houver abuso do
uso de anabolizantes:
◦ Doenças
cardiovasculares;
◦ Câncer de próstata;
◦ Diminuição do tecido
testicular.
Psicoterapia: ajuda o
indivíduo a aceitar-se
como realmente é e
aumenta a sua auto-
estima.
Médico: uso de
medicamentos à base de
Serotonina.
Nutricionista:
alimentação equilibrada.
Preparador físico:
acompanhamento nos
exercícios.
TRATAMENTO
9. ORTOREXIA
É um tipo de transtorno alimentar
que se relaciona com a obsessão
pelo padrão dos alimentos que
ingere e focando todos os
pensamentos somente na qualidade
da dieta;
Sua dieta é extremamente rica em
alimentos saudáveis e de boa
qualidade nutricional;
Pessoas com ortorexia acabam se
privando de fazer muitas coisas e na
maioria das vezes se isolam;
Bastante comum em nutricionistas
em formação.
10. SINTOMAS
Preocupação excessiva com
alimentos e com suas
qualidades nutricionais;
Ter uma dieta restritiva;
Perda rápida de peso e de
gordura;
Excessiva preocupação com
o que comeu ou com o que
vai comer;
Incapacidade de comer algo
que não foi preparado por
ela mesma;
Curiosidade em saber as
composições de cada
alimento e como eles foram
feito.
Reeducação
nutricional;
Dependendo do grau
do transtorno, faz-se
necessário visitas ao
psicólogo.
TRATAMENTO
11. BULIMIA
Característica das mulheres jovens e
adolescentes;
Sintoma principal: Compulsão alimentar;
Dieta para emagrecer;
Relacionado a fome;
Gera sentimentos negativos.
A Bulimia inclui:
Aspecto comportamental objetivo
Componente subjetivo escondido (Sentimentos
de vergonha, culpa, desejos de autopunição)
12. Uso inadequado (sem
prescrição médica) de
medicamentos do tipo
laxativo, de diuréticos, de
hormônios tireoidianos, de
agentes anorexígenos e de
enemas
Vômito auto-induzido
Jejuns prolongados
Exercícios físicos exagerados
Mecanismos
utilizados
pelas bulímicas
para controle
do peso após
uma ingestão
exagerada
são:
13. TRATAMENTO
Deve ser conduzido por
uma equipe
multiprofissional;
É extra-hospitalar
(devendo-se tentar um
período inicial de
abordagens como a
psicoterapia cognitivo-
comportamental, o
aconselhamento nutricional
e o uso de psicofármacos,
o que pode conduzir a uma
melhora das pacientes).
14. ANOREXIA
Mais relacionada a adolescentes – embora
as cerca de 45% das crianças de ambos
os sexos em idade escolar quererem ser
mais magras e 37% tentarem perder
peso. Desse percentual, somente uma
pequena proporção delas desenvolvem
um transtorno alimentar.
15. Ocorre
predominantemente
em mulheres jovens;
A influência da
"cultura do corpo" e
da pressão para a
magreza que as
mulheres sofrem nas
sociedades ocidentais
(especialmente as
adolescentes) sugere
estar associada com o
desencadeamento de
comportamentos
anoréticos.
MODELO
MULTIFATORIAL
Fatores biológicos,
psicológicos e sociais;
O início é marcado por
uma restrição dietética
progressiva com a
eliminação de
alimentos considerados
"engordantes“;
Alteração da imagem
corporal.
16. O medo de engordar. Isolamento social.
O padrão alimentar torna-
se mais secreto e muitas
vezes até assumindo
características ritualizadas
e bizarras.
Purgativo e tipo restritivo,
práticas de exercício
físico.
17. CONSEQUÊNCIA
Anemia, alterações
endócrinas, osteoporose e
alterações
hidroeletrolíticas(especialm
ente hipocalemia, que
pode levar a arritmia
cardíaca e morte súbita),
dentre outras.
Transtornos do humor,
isolamento social
transtornos de ansiedade
e/ou transtorno de
personalidade, mesclando
os seus sintomas com os
da condição básica e
complicando a evolução
clínica.
Difícil tratamento;
A integração das
abordagens médica,
psicológica e nutricional
é a base da terapêutica.
A constituição de uma
equipe multiprofissional
é fundamental para o
sucesso terapêutico e
os profissionais
envolvidos devem
trabalhar de forma
integrada.
TRATAMENTO
18. Em todos os casos, deixa-se de fazer uma
alimentação saudável e equilibrada, para
enveredar por comportamentos
alimentares “desviantes”, caracterizados
ou pela abundância extrema, ou pela
perigosa redução da ingestão alimentar.
O excesso de peso, a gordura, a
obesidade, são vistos como defeitos
associados, em especial, à falta de força
de vontade ou de personalidade pelo que,
os indivíduos assim conotados são vistos
como menos capazes de atingir bons
desempenhos. A presença destas imagens
pode atuar como um obstáculo à sua
promoção social. Pelo contrário, o corpo
magro (e atualmente, musculoso), ao ser
identificado como atraente, “normal”,
saudável, abre possibilidades para uma
maior valorização social dos que assim se
apresentam.
(CARDOSO, 2000)
19. Sendo assim, para indivíduos com
transtornos, o corpo transforma-se no
único aspecto das suas vidas sobre o qual
conseguem exercer algum controle, que é
realizado através de alterações
alimentares.
Porém, o corpo não deve ser um lugar da
exclusão, mas o da inclusão, que não seja
mais o que interrompe, distinguindo o
indivíduo e separando-o dos outros, mas
o conector que o une aos outros.
(CARDOSO, 2000)
(LE BRETON, 2006)
20. Referências Bibliográficas
Camargo, Tatiana Pimentel Pires de; Sarah Passos Vieira da; UZUNIAN, Laura
Giron; VIEBIG, Renata Furlan. Vigorexia: revisão dos aspectos atuais
deste distúrbio de imagem corporal. Gonzaga Santos
São Paulo/ SP Brasil 11060481
CARDOSO, Sonia Cristina M.; Para uma Abordagem Sociológica dos
Distúrbios Alimentares. IV Congresso Português de Sociologia. 2000.
Disponível
em: http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR462e08d1de2c3_1.PDF
A sociologia do corpo / David Lê Breton; 2. ed. tradução de Sônia M.S.
Fuhrmann. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
APPOLINARIO, José Carlos and CLAUDINO, Angélica M. Transtornos
alimentares. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2, pp. 28-31.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462000000600008
http://www.tuasaude.com/vigorexia/
http://drauziovarella.com.br/letras/v/vigorexia/
http://www.brasilescola.com/psicologia/vigorexia.htm
http://www.saudemedicina.com/ortorexia/