1) O documento discute vários aspectos da avaliação, planificação e competências profissionais necessárias para a transição pós-escolar de estudantes. 2) Inclui informações sobre avaliação formativa e centrada no aluno, desenvolvimento do currículo individualizado, autodeterminação, qualidade de vida e envolvimento da família. 3) Também fornece detalhes sobre competências acadêmicas, sociais, profissionais necessárias para a transição bem-sucedida para a vida adulta.
TRANSIÇÃO PARA AVIDA PÓS ESCOLAR PRÁTICAS REFLEXIVAS E PARTILHAS CRÍTICAS
1. j o a q u i m . c o l o a @ g m a i l . c o m
Joaquim Colôa
Encontro de Professores e Educadores
do Concelho de Torres Novas
OS DIAS DA ESCOLA
6 de Setembro de 2016
Torres Novas
2. Competência Profissional – AVALIAÇÃO
(Donna Couture, Steve Bigaj, Betsy Street; Sheila Mahon; Joanne Malloy; Dawn Breault; Deb Merchant, 2015)
Área Taxonómica: Avaliação formativa e centrada no aluno
Competência:
utiliza informações advindas de diversas fontes e utilizando
diversos instrumentos de forma a informar / planificar o
processo de transição centrado no aluno e no
desenvolvimento de percursos pessoais, académicos e
profissionais.
3. Avaliar com Base em Eco Mapas
FOCO
NO
FUTURO
IDENTIFICAR
IMAGENS
DESEJÁDAS
Perfil
Pessoal
QUEM
SOU EU?
Lugares
Escolha e
Preferências
Condições
e
tendências
do
ambiente
Oportunidades
Estratégias de
resolução de
problemas
Necessidades
de mudança
4. Continuemos com a Avaliação
Formal
• É padronizada
• É referenciada à norma
• É referenciada a critérios
Informal
• Análise de informações anteriores
constantes no processo.
• Entrevistas (familiares e outros)
• Baseada no Currículo Individual (PEI)
• Observação de episódios/incidentes
• Inventários de interesse de vida /
carreira
• Avaliações alternativas
(Morningstar e Pearson, s/d)
5. Transição Pós Escolar e Avaliação
Necessidades Presentes
Numa perspetiva de futuro
Recolha de
dados
indiciadores
das forças
da pessoa,
das
preferências
e dos
interesses.
Definição
de metas
e
serviços
a serem
incluídos
no PEI
Processo contínuo
Ambientes
Pessoais e
Sociais
Ambientes
Educativos
Ambientes
de
Trabalho
A Pessoa – A Família – Os
Profissionais
13. Competência Profissional - COLABORAÇÃO
Área Taxonómica: Colaboração entre profissionais e entre serviços
Competência:
colabora com os diversos agentes implicados de modo a assegurar
e aumentar a eficácia dos serviços de transição, das atividades, do
apoio e dos resultados.
Área Taxonómica: Envolvimento da família
Competência:
envolve ativamente todas as famílias durante todo o processo de
tomada de decisão e implementação do processo de transição,
sendo empático com aspetos culturais, linguísticos, culturais e
sócio económicos.
(Donna Couture, Steve Bigaj, Betsy Street; Sheila Mahon; Joanne Malloy; Dawn Breault; Deb Merchant, 2015)
14. A Importância dos Contextos
– Inventários ecológicos
– Identificação de serviços da apoio na
comunidade
– Identificação de serviços de integração
profissional e desenvolvimento de estágios
(Morningstar e Pearson, s/d)
16. Competência Profissional – DESENVOLVIMENTO
Área Taxonómica: Desenvolvimento do aluno
Competência:
Desenho do currículo centrado no aluno, ensino /
instrução, avaliações, atividades e as necessárias
acomodações que irão facilitar o atingir de metas e
aquisição de competências identificadas.
(Donna Couture, Steve Bigaj, Betsy Street; Sheila Mahon; Joanne Malloy; Dawn Breault; Deb Merchant, 2015)
18. Autoconhecimento
O significado do que dizemos e do que
ouvimos, em última análise do que
somos, muda consoante as referências
sócio culturais que temos, as histórias
de vida de cada um e os contextos
específicos em que nos situamos, sejam
psicológicos e/ou físicos.
(Colôa, 2014)
19. Autoconhecimento
(Colôa, 2014)
A pessoa deve aprender a identificar e a
gerir os seus estados psicológicos,
preferências bem como a (re)conhecer as
suas capacidades e limitações.
20. Autoconhecimento
(Colôa, 2014)
A construção identitária, este
autoconhecimento, organizado numa
constante dialética entre o que a pessoa é
em determinada comunidade específica,
que cria condições de participação e
acessibilidade
21. Autodeterminação
Competências e oportunidades para, de
forma autónoma e responsável,
orientarmos a vida de modo a que as
nossas opções contribuam para a
satisfação pessoal.
(Tennessee Department of Education – A Guide for Tennessee Educators, s/d))
22. Autodeterminação
É uma construção psicológica que se
refere ao ”auto” - (vs. outros-) o eu que dá
origem à ação e à relação e que
voluntariamente age com base na própria
vontade.
(Loman; Vatland; Horner e Walker, 2010)
23. Autodeterminação
(Loman; Vatland; Horner e Walker, 2010)
É a capacidade de escolha consciente, a
tomada de decisão intencional. A
possibilidade de ser agente na sua própria
vida, fazendo as coisas acontecerem
através da ação intencional ou através da
ação de outros escolhidos pelo próprio.
25. Competências de Autodeterminação
1 - Fazer escolhas
2 - Tomar decisões
3- Resolver problemas
4 - Viver independentemente (assunção de riscos e competências de
defesa)
5 - Estabelecer metas e realizá-las
6 - Auto observação, avaliação e reforço
7 - Autoaprendizagem, auto compreensão, autodefesa, e liderança
8 - Auto eficácia positiva e avaliação dos resultados considerando as
expetativas
9 - Auto conhecimento
(Wehmeyer, Agran e Hughes, 1998)
27. Qualidade de Vida
Macro conceito multidimensional que
integra componentes e condições diversas
cuja importância varia em função de
parâmetros pessoais (idade e sexo) ou
sociais (condições socioeconómicas e
educativas).
28. Competência Profissional – PLANIFICAÇÃO
Área Taxonómica: Planificação Centrada no Aluno
Competência:
desenvolve o processo de transição centrado no
aluno, elaborando o PEI de modo a assegurar
objetivos, processos e resultados que resultem de
decisões do aluno.
(Donna Couture, Steve Bigaj, Betsy Street; Sheila Mahon; Joanne Malloy; Dawn Breault; Deb Merchant, 2015)
29. A Planificação
(Morningstar e Pearson, s/d)
Centrada
na
Pessoa
- Elaboração de MAPAS de vida.
– Projeção e planificação de futuros
pessoais.
– Elaboração de caminhos e rumos
pessoais.
- Histórias / relatos de vida
30. A Planificação
Competências Académicas
• Leitura e escrita (nem que sejam competências básicas de
ortografia e caligrafia e palavras chave, utilização de TIC, etc.)
• Matemática (nem que sejam competências básicas de operações,
reconhecer o valor do dinheiro, medição, peso, TIC, etc.)
• Resolução de problema
• Compreensão auditiva
• Falar
• Computador / TIC
• Expressões
• Língua estrangeira
(Edward M. Levinson ; Eric J. Palmer, 2015)
31. A Planificação
Competências de Comunicação
• Seguir e dar direções com precisão
• Comunicar informações
• Compreensão e processamento informações
• Solicitar ou oferecer ajuda
(Edward M. Levinson ; Eric J. Palmer, 2015)
32. A Planificação
Competências Sociais e Interpessoais
• Atender o telefone e receber uma mensagem
• Fazer chamadas de telefone necessárias para
empregadores e outros profissionais
como parte de uma exigência de trabalho bem como para amigos e
familiares
• Comportamentos apropriados no local de trabalho e outros locais
sociais
• Conhecer tópicos apropriados para discussão no local de trabalho
• Saber quando e quando não socializar no trabalho
• Aprender a proteger –se de vitimização
• Resolução de problemas sociais e de aprendizagem
(Edward M. Levinson ; Eric J. Palmer, 2015)
33. A Planificação
Competências Profissionais e Vocacionais
• Usar sistemas de controlo de entrada e relógio de pulso
• Cumprir horários
• Ligar quando doente
• Solicitar o tempo de férias
• Usar o tom e volume de voz adequado
• Aceitar instruções e correções
• Saber adequar comportamentos de interação com
colegas de trabalho (ou seja, fazer-se entender socialmente,
resolver de problemas; fazer amigos sabendo reconhecer aspetos
pessoais e aspetos profissionais bem como limites afetivos e
sexuais)
(Edward M. Levinson ; Eric J. Palmer, 2015)
34. A Planificação
Outras Competências
• Saber procurar emprego (anúncios
no jornal e on-line, serviços de emprego, serrviços de apoio, etc.)
• Preenchimento de pedidos de emprego
• Escrever cartas e currículos
• Obtenção de identificação necessária
(CC, foto, certidão de nascimento)
• Preencher papeis
• Mostrar competências em entrevistas
(Edward M. Levinson ; Eric J. Palmer, 2015)
35. A Planificação Com Base na Transição
• Ensino superior,
• Formação profissional
• Interação em emprego
• Emprego protegido
• Serviços ocupacionais,
• Vida independente
ou supervisionada,
• Participação na
comunidade
• Lazer
• Competências
sociais,
• Literacia financeira,
• Competências de
autodeterminação
• Competências de
literacia e
numeracia
• Exploração de
possíveis carreiras,
• Experiências de
trabalho na
comunidade,
• Atividades que
proporcionem
conhecimentos e
responsabilidades
sobre hábitos de
trabalho
Atividades Objetivos
Caminhos /
áreas
Profissionais
Caminhos /
áreas
pessoais
37. Transição Pós Escolar
PROCESSO
no sentido do trabalho prévio requerido e do período de tempo
necessário para a transição.
TRANSFER
na passagem de um nível educacional ou de um estadio de vida
para outro.
MUDANÇA
em termos das situações pessoal e social
(Soriano, 2002)
39. Transição Pós Escolar
FAMILIA FAMILIA CRIANÇA JOVEM
INTERVENÇÃO
PRECOCE
Orientado para a
família
Conjunto
Qualidade de vida da
família
TRANSIÇÃO
Orientado para a
criança e família
Equilíbrio
Qualidade de vida
da criança e da
família
VIDA ADULTA
Orientado para o
jovem
Individualizado
Qualidade de vida
do jovem
(Kim e Turnbull, 2004)
40. Transição Pós Escolar
É a denominação de um processo essencialmente
direcionado para alunos com condição de deficiência que se
centra na necessidade de prever experienciais de vida após
a escolaridade obrigatória. Idealmente devia perspetivar-se,
gradualmente, ao longo de toda a escolaridade do aluno, no
entanto normalmente inicia-se três anos antes do términus
da escolaridade obrigatória.
O aluno deve participar, o mais possível na planificação. O
PEI deve conter metas apropriadas ao aluno e mensuráveis
e que se relacionem com a idade, sexo, interesses, formação
e emprego e com competências de vida independente.
(Resource Guide for Use with GEAR UP School Staff, 2014)
41. Competência Profissional – INVESTIGAÇÃO
Área Taxonómica: Tipo de programas e organização
de serviços
Competência:
Conhece programas e organização de serviços que
usam práticas teoricamente sustentadas e
baseadas em evidências de modo a implementar
serviços eficazes e eficientes.
(Donna Couture, Steve Bigaj, Betsy Street; Sheila Mahon; Joanne Malloy; Dawn Breault; Deb Merchant, 2015)
42. Trabalho Para Casa
Que serviço
queremos e
podemos
implementar?
Quem podemos
e necessitamos
mobilizar dentro
da escola?
Que alunos
temos?
Quem e que
serviços
necessitamos e
podemos mobilizar
fora da escola?
43. Referências Biliográficas
Colôa, J. (2014). A Vida Pós Escolar: Necessita-se Livre Trânsito. In Para uma Educação Inclusiva, dos Conceitos às Práticas, Vol.
III, Isabel Sanches (Org.), pp 63-84. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas.
Couture, D.; Bigaj, S.; Betsy Street, B.; Mahon S.; Malloy, J.; Breault, D.; Merchant, D., (2015). Transition Competencies for
Preservice Special Education Programs [consult. 2016-08-16]. Disponível na Internet: http://nextsteps-nh.org/wp-
content/uploads/NSNH-Transition-Competencies-for-Preservice-Special-Education-programs-1-30-15-FINAL.pdf
Kim, Kyeong-Hwa ; Turnbull, A. (2004). Transition to Adulthood for Students With Severe Intellectual Disabilities: Shifting Toward
Person-Family Interdependent Planning. Research & Practice for Persons with Severe Disabilities, Vol. 29, Nº. 1, 53-57
Levinson , E. M.; Palmer, E. J. (2005). Preparing Students With Disabilities for School-to-Work Transition and Postschool Life
[consult. 2016-08-16]. Disponível na Internet:
https://www.nasponline.org/Documents/Resources%20and%20Publications/Handouts/Families%20and%20Educators/Transition%2
0Planning%20WEB.pdf,
Morningstar, M. E.; Pearson, M. (s/d). Assessing Students with Significant Disabilities for Supported Adulthood: Exploring
Appropriate Transition Assessments [consult. 2016-08-16]. Disponível na Internet:
https://www.seattleu.edu/media/ccts/ccts/assessing_students_with_significant_disabiliites_for_supported_adulthood-(2).pdf
Project Support & Include at Vanderbilt University (s/d) Promoting Self-Determination Among Students With Disabilities: A Guide for
Tennessee Educators [consult. 2016-08-16]. Disponível na Internet: http://vkc.mc.vanderbilt.edu/RTI2B/wp-
content/uploads/2013/09/Self-DeterminationBrief-vs2.pdf
Resource Guide for Use with GEAR UP School Staff (2014). Preparing Students with Disabilities for Postsecondary Education.
Washington: Washington Student Achievement Council.
Soriano, V. (Ed.). (2002). Transição da Escola para o Emprego: Principais problemas, questões e opções enfrentadas pelos alunos
com necessidades educativas especiais em 16 países Europeus. Middelfart: European Agency for Development in Special Needs
Education
Wehmeyer, M. L.; Agran, M.; Hughes, C. (1998). Teaching Self-Determination to Students with Disabilities: Basic Skills for
Successful Transition. Baltimore, MD: Brookes.
Wood, W. M.; Karvonen, M.; Test, D. W.; Browder, D.; Algozzine, B. (2004) Promoting Student Self-Determination Skills in IEP
Planning. In Teaching Exceptional Children, Vol. 36, No. 3, pp. 8-16.
44. j o a q u i m . c o l o a @ g m a i l . c o m
Joaquim Colôa