O documento discute conceitos e perspectivas de avaliação da aprendizagem, propondo uma avaliação inclusiva, contínua e participativa que identifique barreiras e apoie o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação deve considerar o aluno, o contexto educacional e a família, utilizando diversos instrumentos de forma processual antes, durante e após a aprendizagem.
2. AVALIAÇÃO é um termo bastante amplo. Avaliamos a todo instante:
O dia estará quente?
Que roupa usar?
Irá chover?
A decisão de ontem foi a mais acertada?
Devo levar adiante aquele projeto?
Assumo este novo compromisso?
4. TRADICIONALMENTE
Nossas experiências em avaliação são marcadas por uma
concepção que CLASSIFICA AS APRENDIZAGENS em certas ou
erradas e, dessa forma, termina por separar aqueles
estudantes que aprenderam os conteúdos programados para
o ano em que se encontram daqueles que não aprenderam.
Essa perspectiva de avaliação CLASSIFICATÓRIA e SELETIVA,
muitas vezes, torna-se um fator de EXCLUSÃO ESCOLAR.
5.
6. FAZ PARTE DO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM:
como se esta fosse apenas o final de um processo
Dessa forma, rompe-se com a falsa dicotomia entre ensino e avaliação,
Não ensinamos sem avaliar, não aprendemos sem avaliar.
7. Conceitos de Avaliação da
aprendizagem
• A avaliação, segundo Sacristán (1998), é o meio pelo qual alguma ou várias
características do aluno, de um grupo de estudantes, de um ambiente, ou dos
materiais educativos, professores, programas, são analisadas por alguém, na
perspectiva de conhecer suas características e condições, seus limites e
potencialidades [….].
• De acordo com Hoffmann (2011) é necessária a tomada de consciência para que
a nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o
autoritarismo que contestam pelo discurso tradicional. Temos de desvelar
contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo e “ressignificando”
para avaliação e desmitificando-a de fantasmas de um passado ainda muito em
voga.
8. Conceitos
• Para Michel Barlow (2003) afirma que não se pode dizer que julgar é a
mesma coisa que avaliar, porém é possível dizer que quem avalia
também julga, também atribui sentido, também valora algo de algum modo.
• Sob a ótica de Sant’anna (1998) avaliação é um processo pelo qual se procura
identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do
comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema,
confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico
(mental) ou prático.
9. Conceitos
• Para Luckesi (2010) a avaliação não tem a finalidade de comparar,
selecionar, julgar ou classificar os alunos. Avaliar é o ato de
diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir
o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória, nem seletiva,
ao contrário, é diagnóstica e inclusiva
10. Se a ESCOLA É O LUGAR DA CONSTRUÇÃO da
autonomia e da cidadania, a avaliação dos
processos, sejam eles das aprendizagens, da
dinâmica escolar ou da própria instituição,
NÃO DEVE FICAR SOB A RESPONSABILIDADE
APENAS DE UM ou de outro profissional, é
uma RESPONSABILIDADE TANTO DA
COLETIVIDADE, como de cada um, em
particular.
11. PERSPECTIVA DE AVALIAÇÃO
• Entretanto, é possível concebermos uma perspectiva de avaliação cuja
vivência seja marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da
autonomia, da mediação, da participação, da construção da
responsabilidade com o coletivo.
• Tal perspectiva de avaliação alinha-se com a proposta de uma escola mais
democrática, INCLUSIVA, que considera as infindáveis possibilidades de
realização de aprendizagens por parte dos estudantes. Essa concepção de
avaliação parte do princípio de que todas as pessoas são capazes de
aprender e de que as ações educativas, as estratégias de ensino, os
conteúdos das disciplinas devem ser planejados a partir dessas INFINITAS
POSSIBILIDADES de aprender dos estudantes.
14. ALUNO(a) AVALIADOR(a) ASPECTOS A
SEREM AVALIADOS
Possibilidades;
Impedimentos;
Condição econômica;
Cultura
Prof. da sala comum;
Professor da SRM;
Gestor Educacional;
Necessidades dos
alunos;
Aprendizagem de
conteúdos;
Eficácia de estratégias
pedagógicas e políticas
16. Identificar Barreiras:
Intrínsecas
Extrínsecas
Tomada de decisões:
Reorientar o processo ensino-
aprendizagem;
Garantir formação continuada;
Encaminhamento dos(as)
alunos(as) ao atendimento
especializado...
17. • O contexto educacional;
• O(a) aluno (a);
• A família.
O QUÊ?
• Instrumentos
padronizados;
• Observação;
• Produção escolar dos(as)
alunos(as);
• Análise de documentos;
• Entrevistas...
COMO?
• Antes;
• Durante;
• Depois
QUANDO?
18. O quê avaliar:
• Instituição educacional
escolar e;
• A ação pedagógica.
Contexto
educacional
• Nível de
desenvolvimento e;
• Condições pessoais.
Aluno(a)
• As características do
ambiente familiar e;
• O convívio familiar.
Família
19. Como avaliar:
Cadernos;
Folhas de exercícios;
Desenhos;
Outros trabalhos
realizados em sala e
fora dela.
Produção Escolar dos
Alunos(as)
Projeto Pedagógico;
Orientações
normativas;
Livros;
Artigos.
Análise de documentos
Outros professores;
Gestores escolar;
Outros funcionários
de escola;
Familiares.
Entrevistas
26. Atribuições do AEE
Na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, o AEE se constitui de
professores de Sala de Recursos e de Itinerância que precisam atuar
de forma colaborativa com o professor da classe comum para a
definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do
aluno ao currículo (ALVES, 2006, p 17).
ALVES, D. O. Sala de recursos multifuncionais: espaços para atendimento
educaional especializado. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da
Educação Especial, 2006.
TAVEIRA,Cristina Correia
27. Estratégia de parceria entre AEE e Coordenadores
Pedagógicos
Professores de Salas de Recursos
Opção de organizar reuniões periódicas,
bimestrais, com os coordenadores pedagógicos,
em Sala de Recursos (SR);
O objetivo das reuniões é a troca de informações
entre o apoio de AEE e as Unidades Escolares
visando estratégias pedagógicas que favoreçam
o acesso do aluno ao currículo.
TAVEIRA,Cristina Correia
29. Colaboração dos alunos: um elemento essencial para a
elaboração de currículos no Século XXI
Muitos dos nossos problemas mais críticos não estão no mundo das coisas,
mas no mundo das pessoas. Nosso maior fracasso como seres humanos
tem sido a incapacidade de assegurar a cooperação e o entendimento com
os outros (HERSEY & BLANCHARD, 1977, p.1).
VILLA, R. A. & THOUSAND, J. S. Colaboração dos alunos: um elemento essencial para a elaboração de currículos
no Século XXI In: STAINBACK, S & STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 1999. p. 200-222
TAVEIRA,Cristina Correia
30. Cultura Colaborativa
• Conforme Fontes(2009, p. 255):
• “A cultura colaborativa parece ser a chave
para a mudança na cultura escolar e,
consequentemente, de novos valores e novos
saberes que transformem a escola num
espaço, de fato, inclusivo”
31. • A proposta é não pensarmos em uma avaliação que seja
especifica para alunos com deficiência, mas problematizar
de que maneira podemos possibilitar a construção do
processo de aprendizagem e transformação do processo de
ensino. Devemos pensar a avaliação como uma concepção
de pratica educativa que produza, crie estratégias
pedagógicas para cada um e para todos possam aprender.
(CHRIATFARI; BAPTISTA, 2012)
Não generalização das necessidades por deficiência - a cada
caso podemos necessitar de uma estratégia de avaliação
diferenciada, desse modo, o professor de Educação especial
poderá propor um trabalho que leve em consideração reduzir
a porcentagem do aproveitamento em prova
32.
33. • Quando os ventos de mudança sopram, umas
pessoas levantam barreiras, outras constroem
moinhos de vento.
• Érico Veríssimo