O documento resume o modelo bioecológico do desenvolvimento humano de Bronfenbrenner, que propõe que o desenvolvimento ocorre através da interação entre vários sistemas de contextos, incluindo o microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema, e que esses sistemas influenciam-se mutuamente de forma dinâmica.
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Fatores Fundamentais da Cognição Social
1. Psicologia B
Resumo
2010/2011 – 2º Período
Jorge Barbosa
2. Factores Fundamentais da
Cognição Social
• A cognição apresenta uma dimensão social,
na medida em que um grande número de
pessoas partilha uma série considerável de
noções comuns.
• A cognição social abarca um conjunto de
processos de conhecimento e relacionamento
com os outros, dos quais se destacam:
– as impressões,
– as expectativas,
– as atitudes e
– as representações.
3. Factores Fundamentais
da Cognição Social
• As impressões sociais são noções:
– criadas no contacto com as pessoas, e que
– nos fornecem um quadro interpretativo para
julgarmos o que elas são e como se
comportam.
• As impressões sociais facilitam a
categorização das pessoas, ou seja,
a sua inclusão em determinadas
classes ou categorias.
4. Factores Fundamentais
da Cognição Social
• O conhecimento das pessoas e a sua
categorização organizam-se em torno
de traços centrais, que constituem
uma espécie de directriz ou padrão de
caracteres que dá sentido a outros que
se lhe subordinam.
5. Factores Fundamentais
da Cognição Social
• As expectativas são atitudes
psicoafectivas que, em face de certos
indícios, conduzem as pessoas a
antecipações de determinadas
ocorrências sociais.
• Asch refere-se ao “efeito de primazia”
para designar o papel das primeiras
impressões que, à semelhança dos
traços centrais, condicionam as
cognições posteriores.
6. Factores Fundamentais
da Cognição Social
• As atitude são predisposições adquiridas e
relativamente estáveis que levam as pessoas
a reagir de modo positivo ou negativo perante
objectos de natureza social.
• As atitudes resultam de uma crença ou
elemento intelectual que, em conjugação
com o elemento emocional, gera um
elemento comportamental que consiste numa
predisposição ou intenção de fazer alguma
coisa.
7. Factores Fundamentais
da Cognição Social
• Festinger designa por dissonância cognitiva
a situação de inconsistência psicológica
verificada nos casos em que o elemento
intelectual colide com o emocional,
determinando um conflito de actuação.
8. Factores Fundamentais
da Cognição Social
• Representações sociais são formas de
conhecimento de objectos e fenómenos
sociais complexos, elaboradas com objectivos
práticos, e que contribuem para a constituição
de uma realidade comum a várias pessoas.
• Designam-se por sociais porque são forjadas
na comunicação ou interacção entre
pessoas, são partilhadas por elas e são uma
espécie de programa de acção para a
comunidade.
9. Processos de influência entre
indivíduos
Os principais processos de influências
interpessoais são
a normalização,
o conformismo e
a obediência.
10. Processos de influência entre
indivíduos
Normas sociais são escalas de
referência que definem os comportamentos
e as atitudes permitidos ou condenáveis
numa determinada comunidade.
A normalização é o estabelecimento de
normas sociais com base na influência
recíproca dos elementos de um grupo social,
hesitantes relativamente a modos de pensar
e agir (sem normas ou com normas
imprecisas).
11. Processos de influência entre
indivíduos
Designa-se por conformismo a tendência das
pessoas para aceitar as normas, isto é, para
aproximarem as suas atitudes e condutas das
dos outros elementos do grupo.
O grau de conformismo de uma pessoa
depende de factores como:
a confiança em si próprio,
a unanimidade de opiniões dos elementos do grupo e
o contacto visual.
12. Processos de influência entre
indivíduos
A obediência é a tendência das pessoas para
se submeterem a ordens ditadas por outrem e
para as cumprir.
Os factores que interferem na obediência
podem relacionar-se com
a pessoa que dá as ordens ou
com aquela que as cumpre.
13. Processos de influência entre
indivíduos
Em relação ao ordenante, a obediência é
facilitada se for uma
pessoa atraente,
merecer credibilidade e
possuir capacidades de liderança e de autoridade.
14. Processos de influência entre
indivíduos
O desejo de agradar e de ser aceite são
factores associados às pessoas que obedecem,
contribuindo para incrementar a tendência a
obedecer.
A autoconfiança da pessoa que se espera que
obedeça contribui para diminuir essa tendência.
15. Processos de influência entre
indivíduos
A organização social assenta numa boa dose de
conformismo e de obediência por parte dos seus
membros constituintes.
Contudo, inconformismo e desobediência não
são necessariamente negativos, sendo tidos como
factores de progresso social, quando alteram
costumes sem sentido ou quando são respostas a
ordens injustas e inexequíveis.
O inconformismo considera-se ainda de modo
positivo quando se reflecte em avanço científico-
tecnológico e revoluciona de modo favorável o
campo das ideias e da arte.
16. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Entre indivíduos e grupos
desenham-se relações sociais de:
atracção,
agressão e
intimidade.
17. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
A atracção entre seres humanos é um processo
que implica um conjunto de sentimentos positivos, que
criam o desejo de aproximação entre eles, facilitados
por:
Proximidade física,
afinidades pessoais e culturais,
boa aparência,
desejo de afiliação e
reciprocidade de sentimentos
18. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Considera-se agressão qualquer comportamento
físico ou verbal realizado por um indivíduo com a
intenção de provocar sofrimento, dor ou prejuízo a
pessoas, a objectos ou a si mesmo.
Além de poder ser desencadeada por outras
situações, a agressividade tem origem
na aprendizagem social,
na frustração e
no efeito cumulativo de contrariedades.
19. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
A intimidade é um estado de proximidade
emocional entre pessoas caracterizado por uma
comunicação estabelecida com autenticidade e sem
qualquer intenção de manipular.
O amor é o caso de intimidade por excelência,
podendo revestir-se de vários cambiantes: maternal,
paternal, filial, fraternal, romântico, apaixonado,
amistoso, amor ao próximo, etc.
20. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Para além da afeição e do respeito, características
próprias do gostar, o amor exige:
vinculação ou apego ao outro,
preocupação e
responsabilização por ele e ainda
intimidade ou comunicação profunda e
empática.
21. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Sternberg apresenta uma classificação de
modelos de amor alargada, dependendo cada um
deles da presença ou ausência dos factores
intimidade,
paixão e
compromisso.
22. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Na relação entre indivíduos e grupos são vulgares
os estereótipos, resultantes da
categorização social,
os preconceitos, derivados da visão
estereotipada da sociedade, e ainda
os fenómenos de discriminação,
manifestações visíveis dos preconceitos.
23. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Os estereótipos são:
crenças rígidas e simplificadas acerca
de
pessoas ou
de grupos,
resultantes de uma generalização abusiva e
muitas vezes inexacta e resistente a nova
informação.
24. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Os estereótipos fixam-se e mantêm-se nos
grupos, dado serem
“verdades” facilmente corroboradas,
possuírem elevado poder cognitivo e
preditivo e
serem uma espécie de hábitos sociais
na coesão do grupo e na integração dos
indivíduos.
25. Processos de relação entre
indivíduos e grupos
Preconceitos são
atitudes em relação a uma pessoa,
atribuindo-lhe caracteres do grupo a que
pertence,
mas sem que se tenha informação
suficiente a seu respeito.
Os preconceitos encontram-se normalmente
carregados de hostilidade, que na prática se traduz
em atitudes discriminatórias lançadas contra
minorias, geradoras de instabilidade e de conflitos
sociais.
27. Contextos de Vida
• HOLISMO
• O holismo é uma teoria segundo a qual a realidade
existente só se compreende como um todo global e
não com um conjunto de aspectos isolados
Bronfenbrenner
Urie Bronfenbrenner propõe uma teoria ecológica
explicativa do desenvolvimento, de inspiração
holística, que pressupõe vários ambientes ou
sistemas e subsistemas, articulados entre si de
modo dinâmico.
28. Contextos de Vida
HOLISMO
• MODELO DE BRONFENBRENNER
MICOSSISTEMA MESOSSSISTEMA EXOSSISTEMA MACROSSISTEMA
O desenvolvimento é perspectivado de forma inédita,
relevando os diversos contextos de que o ser
humano faz parte integrante e as suas interacções: o
micro, o meso, o exo e o macrossistema.
29. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
MICROSSISTEMA
• O primeiro é o microssistema, contexto em que
as interacções com o ser humano se exercem de
modo directo e imediato.
30. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
MESOSSISTEMA
O mesossistema refere-se aos vários
microssistemas em que cada pessoa se insere,
bem como às interacções que entre eles se
estabelecem.
31. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
EXOSSISTEMA
O exossistema compreende os ambientes não
frequentados por um determinado ser humano, mas
que dão apoio às actividades de outras pessoas
que com ele interagem
32. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
MACROSSISTEMA
O macrossistema diz respeito à cultura, com as
cognições, as atitudes, os valores, as normas, os
credos religiosos, os instrumentos e outros recursos
técnicos, plataforma muito geral a interagir e
condicionar todos os outros ambientes.
33. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• Directa ou indirectamente, o ser humano
interage com todos os sistemas, podendo daqui
surgir efeitos positivos, caso incrementem o seu
desenvolvimento, ou negativos, se se lhe opõem
ou o dificultam.
• Em períodos de crise, os suportes ou apoios
sociais, sejam eles de natureza material ou
psicológica, são fundamentais para ajudar a
solucionar os problemas.
34. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• As mudanças próprias do desenvolvimento dão-
se num sistema contínuo de reciprocidades
estabelecidas entre as pessoas e os contextos de
vida.
• Um sistema semelhante de reciprocidade é
desenhado entre os diversos contextos, em que
uns agem sobre os outros.
• A influência de cada microssistema é de
natureza complexa, resultante das interacções que
estabeleceu com outros sistemas.
35. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• Contextos e ser humano formam uma rede ou
configuração de relações e influências que se
exercem entre sistemas que, progressivamente, se
vão integrando em ambientes mais amplos.
• Designa-se por rede social o sistema articulado
de pessoas ou grupos que conjugam esforços para
resolver problemas comunitários.
• Cada ser humano é aquilo que é e comporta-se
da maneira como se comporta em virtude das
múltiplas interacções que se estabelece entre ele e
os contextos e entre os próprios contextos entre si.
36. Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• Contextos como o familiar e o escolar, entre
outros, são determinantes na forma de ser e de se
comportar do ser humano.
• Na teia de relações entre os contextos, o ser
humano não se limita a receber influências
participando activamente também na sua criação.
• Esta criação entende-se como recriação,
resultante do modo como o ser humano interpreta
os contextos com os significados particulares que
lhes atribui.
38. O cérebro é a base fisiológica da mente, mas o
seu conhecimento especializado não é suficiente
para esclarecer os processos que nela ocorrem.
Outrora, a mente era perspectivada como uma
série de componentes cognitivas ou intelectuais,
independentes umas das outras.
Tinha-se uma concepção muito restrita da
mente, associando-a a funções meramente
cognitivas, nada tendo a ver com o corpo, com a
sensibilidade e com as emoções.
39. • As conclusões dos estudos feitos pelos neurocientistas atestam que a
mente é um sistema de interacções organizadas de modo complexo.
• Estas conclusões conduzem também a um conceito mais alargado de
mente, agregando processos intelectuais, afectivos e conativos.
40. COGNIÇÃO
A cognição refere-se aos processos mentais ligados
ao pensamento, ou seja, à compreensão, ao
processamento e à comunicação do saber.
41. EMOÇÃO
A emoção refere-se a aspectos afectivos,
agradáveis ou desagradáveis, que acompanham as
nossas vivências.
42. CONAÇÃO
A conação refere-se à dinamização para a acção,
isto é, aos factores motivacionais e intencionais da
pessoa.
45. Percepção
• A percepção liga-nos ao mundo: é ela que
organiza e interpreta as sensações de
modo a reconhecermos e identificarmos o
que se passa à nossa volta.
• As sensações são os modos apropriados
de os órgãos dos sentidos captarem as
impressões provenientes dos estímulos
exteriores.
• Captar é diferente de interpretar: as
sensações apenas dão conta de que algo
exterior nos impressiona os órgãos dos
sentidos.
46. Percepção
• A percepção, processo cognitivo que
envolve a participação de áreas
específicas do córtex cerebral, é que
interpreta as sensações.
• Não percepcionamos todos os estímulos,
o que nos beneficia, evitando que
possamos cair num estado de confusão
mental.
• A possibilidade de alguns estímulos
atingirem o cérebro e outros não deve-se
a uma espécie de filtro seleccionador
designado por atenção.
47. Percepção
• A atenção é condicionada por vários
factores:
– externos, inerentes aos estímulos do meio:
• Intensidade dos estímulos
• Contraste
• Luminosidade
• Movimento.
– internos, inerentes ao ser humano:
• Motivações,
• Hábitos,
• Expectativas,
• Estatuto social e a profissão.
48. Percepção
• Segundo os psicólogos da gestalt (teoria
da forma), a percepção é sempre de
figuras ou formas salientes ou vivas que
se inscrevem em fundos reentrantes e
neutros.
• A percepção como organização de
estímulos é facilitada pela segregação
processada no campo perceptivo entre a
figura e o fundo.
49. Percepção
• Quando o contraste entre a figura e o
fundo se atenua, torna-se mais difícil
interpretar o que percepcionamos,
havendo casos de:
– indiferenciação figura-fundo,
– reversibilidade figura-fundo e
– ambiguidade da figura.
50. Percepção
• Quando o contraste entre a figura e o
fundo se atenua, torna-se mais difícil
interpretar o que percepcionamos,
havendo casos de:
– indiferenciação figura-fundo,
– reversibilidade figura-fundo e
– ambiguidade da figura.
51. Percepção
• A tendência inata do ser humano é de
organizar os estímulos de modo a
construir boas formas, ou seja, figuras
– simples,
– regulares e
– simétricas.
52. Percepção
• Nesta organização, o ser humano
obedece a leis, designadas por leis da
gestalt ou leis da percepção, que explicam
a estruturação de boas formas:
– o fechamento,
– a continuidade ou bom prolongamento,
– a semelhança e
– a proximidade.
53. Percepção
• Na leitura que fazemos do mundo, temos
tendência a resistir a certas mudanças,
percepcionando as coisas como se estas
se mantivessem constantes.
• A constância perceptiva manifesta-se em
relação
– à grandeza,
– à cor e
– à forma dos objectos,
• e impede-nos de viver num mundo em que
as mudanças verificadas o tornariam
irreconhecível.
54. Percepção
• A percepção é uma construção cerebral de cada
um, pelo que a objectividade do mundo é
interpretada subjectivamente, em função dos
significados que cada um atribui ao que o rodeia.
• Entre os factores de significação, contam-se:
– a idade,
– o sexo,
– as motivações,
– a profissão,
– a experiência anterior,
– as expectativas,
– o estatuto social, etc.
55. Percepção
• O facto de, ao percepcionar, cada sujeito
projectar significações no que o rodeia, faz com
que a percepção, mais do que uma cópia do
mundo, seja uma construção recriada desse
mesmo mundo.
• Há casos em que o campo perceptivo se
organiza de tal modo que, ao interpretar o real, o
ser humano comete erros involuntários.
• Tais erros designam-se por ilusões, e são
provocados por uma espécie de forças
Dinâmicas próprias dos campos perceptivos, e
não dos sujeitos.
57. APRENDIZAGEM
• O comportamental, As mudanças que Conjunto das
vocacionado para o ocorrem devido à alterações processadas
fazer; e maturação fisiológica, pela experiência, pelo
• O cognitivo, ao cansaço, a treino ou pelo estudo, e
vocacionado para o acidentes, a doenças, que incidem no
pensar. ao álcool ou às drogas comportamento ou no
conhecimento.
Dois Modelos da Não se inscrevem no
Designa-se por
Aprendizagem conceito de aprendizagem
aprendizagem
58. APRENDIZAGEM
SCENE
Dois Grandes Modelos Teóricos
Modelo Comportamental Modelo Cognitivo
Considera-se que o sujeito Considera-se que o sujeito pode ter
aprendeu quando dá prova de saber aprendido sem ter oportunidade de
fazer. o mostrar na prática.
Podem incluir-se as aprendizagens Podem incluir-se
pelo condicionamento clássico a aprendizagem por insight e
e a aprendizagem social.
pelo condicionamento operante.
59. APRENDIZAGEM
Condicionamento
Condicionamento Clássico
Condicionamento Condicionamento Operante
Baseia-se na associação de um • Sistematizado por Skinner, é uma
estímulo neutro e de um estímulo aprendizagem dinamizada pela
natural (incondicionado), de modo a obtenção do reforço, tendo na base a
que o indivíduo reaja ao primeiro da sua associação à resposta esperada.
mesma maneira como reage ao • O condicionamento operante assenta
segundo. no princípio de que
• a resposta que conduz a algo de
agradável tende a ser repetida e
• a que conduz a algo
desagradável tende a ser evitada.
60. APRENDIZAGEM
SCEE
Condicionamento
Condicionamento Clássico
Condicionamento Condicionamento Operante
Condicionamento
Dá-se o nome de reforço a um
• Este condicionamento foi estudado estímulo que, surgindo em
por Pavlov, que sistematizou outros consequência de um comportamento,
processos que acompanham a aumenta a probabilidade da sua
aquisição de uma nova conduta, tais ocorrência.
como
• a extinção,
• a recuperação espontânea,
• recondicionamento,
• reextinção,
• generalização do estímulo e
• discriminação.
61. APRENDIZAGEM
SCEE
Condicionamento Operante
Condicionamento Operante
Condicionamento
O reforço pode ser positivo ou negativo:
O reforço positivo é a apresentação de um estímulo
apetecível que faz aumentar a ocorrência do comportamento
desejado;
O reforço negativo é a retirada de um estímulo aversivo que
faz aumentar também a ocorrência do comportamento desejado.
O castigo é um estímulo desagradável que surge em
consequência de um comportamento e que diminui a
probabilidade da sua ocorrência.
62. APRENDIZAGEM
SCEE
Condicionamento
Condicionamento Clássico
Condicionamento Condicionamento Operante
Condicionamento
O condicionamento clássico, no qual O condicionamento operante, no qual
o estímulo precede a resposta, o reforço se sucede à resposta,
caracteriza-se por ser uma reacção caracteriza-se por ser uma reacção
involuntária e específica a uma não específica, da iniciativa do sujeito,
situação também específica. a uma situação constituída por
estímulos não identificados.
63. APRENDIZAGEM
SCEE
Modelo Cognitivo
Aprendizagem por Insight
Insight
A aprendizagem por insight, estudada por Kohler, caracteriza-se
pela compreensão rápida e inesperada de um problema e do modo
de o resolver.
Também designada por intuição, o insight é útil no quotidiano,
na colocação de hipóteses científicas, na criação literária e na
produção artística.
64. APRENDIZAGEM
SCEE
Modelo Cognitivo
Aprendizagem Social
Aprendizagem Social
Estudada por Bandura, a aprendizagem social faz-se com base
na observação e na imitação de outras pessoas.
Designa-se por modelagem ou modelação a aprendizagem
social feita por observação e imitação de modelos, ou seja, de
pessoas significativas.
As pessoas aprendem umas com as outras não só de modo
directo, mas também indirecto ou vicariante.
65. APRENDIZAGEM
SCEE
Modelo Cognitivo
Aprendizagem Social
Aprendizagem Social
As aquisições em que as consequências dos actos recaem no
sujeito que os pratica inscrevem-se na aprendizagem directa.
As aquisições em que os modos de proceder são sugeridos pela
observação do que acontece aos outros inscrevem-se na
aprendizagem indirecta ou vicariante.
67. MEMÓRIA
O suporte da aprendizagem é a memória,
que consiste no processo de recordar conteúdos
previamente aprendidos e armazenados para
futuras utilizações.
Segundo um modelo de inspiração
cibernética, existem quatro etapas na memória:
recepção e codificação de informação;
armazenamento;
recuperação;
esquecimento.
68. MEMÓRIA
SCEE
Podemos falar de três tipos de memória:
sensorial,
a curto prazo e
a longo prazo.
69. MEMÓRIA
SCEE
A memória sensorial regista as impressões
visuais, auditivas, olfactivas ou tácteis sem as
processar e conserva-as aproximadamente
durante um quarto de segundo.
Se não se prestar atenção aos dados da
memória sensorial, eles perdem-se;
Se se lhes prestar atenção, codificam-se e
passam à memória de curto prazo.
70. MEMÓRIA
SCEE
A memória a curto prazo é uma área iluminada, é o centro
consciente por onde passam as lembranças de que nos
servimos em dado momento.
As lembranças são aí visíveis por 20 a 30 segundos.
Se houver repetição estas informações passam para o
tratamento de memória de trabalho já com a duração de
alguns minutos;
Se houver interferências, deterioram-se e desaparecem.
71. MEMÓRIA
SCEE
A memória a curto prazo tem, entre outras, a função de
seleccionar as lembranças, enviando as mais significativas para
a memória a longo prazo.
A memória a longo prazo é o “armazém” de um grande
número de informações, onde ficam retidas por um tempo
indeterminado, até que a memória de trabalho as venha buscar
para serem utilizadas.
72. MEMÓRIA
SCEE
Muito do que se aprende esquece-se, isto é, não é
recuperável como informação consciente: passa por alterações
deturpadoras ou fica inacessível com o passar do tempo.
A deturpação do traço mnésico pode relacionar-se com
falhas na codificação, no armazenamento ou na recuperação.
Um dos factores do esquecimento são as outras
aprendizagens, capazes de interferir nos conteúdos mnésicos,
de forma retro ou proactiva.
73. Processos
Emocionais
A afectividade (isto é, a capacidade
para afectarmos e sermos afectados
pelos outros e pelas situações) faz
parte da essência do ser humano,
naturalmente predisposto para criar
relações vinculativas mais ou menos
fortes com as pessoas e com tudo o
que o rodeia.
74. Processos
Emocionais
Designam-se por afectos as predisposições do ser
humano para reagir de modo agradável ou desagradável nas
relações vinculativas que estabelece.
Os afectos são invisíveis, são simples predisposições que
se podem concretizar em sentimentos ou emoções.
75. Processos
Emocionais
SCEE
Sentimentos são estados afectivos agradáveis ou
desagradáveis, de grande estabilidade, com papel moderador
nas relações que o sujeito estabelece com as pessoas, os
animais e outros elementos.
Os sentimentos são sentimentos de emoções.
76. Processos
Emocionais
SCEE
Emoções são reacções orgânicas agradáveis ou
desagradáveis relativamente a um acontecimento que interfere
na relação que o sujeito estabelece com a realidade.
As emoções podem ser:
primárias, dependentes do sistema nervoso autónomo
e do sistema límbico, e
secundárias, envolvendo a participação do córtex
cerebral, sobretudo do córtex pré-frontal.
77. Processos
Emocionais
SCEE
As primárias apresentam forte componente inata, o que
determina o seu carácter universal e a sua ocorrência nas
crianças de tenra idade.
As secundárias, derivando das primárias e mantendo as
suas características centrais, manifestam-se quando os
indivíduos
já são capazes de avaliar as situações,
o que significa serem influenciadas pela aprendizagem
realizada no meio social e cultural.
78. Processos
Emocionais
SCEE
Outrora, a emoção era encarada como um obstáculo às
tarefas cognitivas.
Os avanços nas neurociências vêm ampliar o conceito de
mente, de forma a incluir as emoções, tidas como elementos
essenciais nas nossas decisões.
António Damásio é um dos investigadores que salienta o
papel das emoções no bom funcionamento da mente e nas
decisões que tomamos ao longo da vida.
79. Processos
Emocionais
SCEE
A concretização de tais decisões é ajudada pelos
marcadores somáticos, uma espécie de alarme que cria
automaticamente em nós uma predisposição de apetência ou
repulsa por coisas ou situações acerca das quais não temos
elementos para decidir racionalmente.
A sobrevivência do ser humano põe em jogo a sua
racionalidade, constituída não apenas pelas capacidades
cognitivas, mas também pelas emoções, modos básicos de se
relacionar com o mundo, em que a orientação lhe é dada pela
procura de prazer e pela fuga ao sofrimento.
80. Processos
Cona:vos
Todos
os
animais
possuem
ac:vidade,
o
que
significa
serem
dotados
de
capacidade
de
intervenção
no
meio.
81. Processos
Cona:vos
• As
formas
de
intervenção
no
meio
são
variadas:
• Formas
directas
e
mecânicas
de
reacção
– São
formas
simples,
involuntárias
e
automá:cas,
como
os
actos
reflexos,
os
hábitos
ou
os
comportamentos
implicados
no
funcionamento
interno
do
organismo.
•
Respostas
individuais,
executadas
por
inicia:va
própria.
– São
complexas,
voluntárias
e
próprias
de
sujeitos
com
consciência
dos
objec:vos
a
a:ngir
e
dos
meios
com
que
pretendem
alcançá-‐los.
82. Processos
Cona:vos
• É
próprio
dos
seres
humanos
agirem
voluntária
e
deliberadamente,
e
a
tendência
que
manifestam
para
gir
desta
maneira
designa-‐se
por
conação,
isto
é:
– As
acções
especificamente
humanas
apresentam
como
caracterís:cas
necessárias
serem
conscientes,
voluntárias
e
intencionais.
– Enquanto
consciente,
a
acção
humana
diz
respeito
a
um
conjunto
de
actos
realizados
por
um
sujeito
que
sabe
aquilo
que
está
a
fazer.
83. Processos
Cona:vos
• Enquanto
voluntária,
reporta-‐se
a
actos
premeditados
por
um
sujeito
que
quer
fazer
aquilo
que
faz
porque
assim
o
decidiu,
de
modo
livre.
• Enquanto
intencional,
encontra-‐se
associada
a
actos
de
um
sujeito
que
sabe
para
que
age,
ou
seja,
sabe
aquilo
que
pretende
a:ngir
com
a
acção
que
se
dispõe
a
realizar.
84. Processos
Cona:vos
• Por
trás
da
acção
humana
há,
portanto,
intenções
ou
mo:vos
que
nos
permitem
compreendê-‐la,
fornecendo-‐nos
as
razões
por
que
foi
realizada,
isto
é,
o
porquê
da
acção.
• A
acção
é
dinamizada
pelas
tendências,
ou
seja,
por
disposições
mo:vacionais
internas
que
nos
impelem
a
agir
85. Processos
Cona:vos
• Enquanto
suporte
ac:vo
das
acções,
as
tendências
manifestam-‐se
segundo
uma
sequência
de
elementos
que
se
definem
reciprocamente
e
da
qual
fazem
parte:
– a
necessidade,
– a
pulsão,
– o
comportamento,
– o
objec:vo
e
– a
saciedade.
86. Processos
Cona:vos
• Necessidade
é
o
estado
de
carência
ou
privação,
gerador
de
um
desequilíbrio
que
nos
impulsiona
a
fazer
qualquer
coisa
para
lhe
pôr
fim.
• Pulsão
é
o
estado
energé:co
que
desencadeia
o
comportamento,
orientando-‐o
num
determinado
sen:do.
• Comportamento
é
a
ac:vidade
movida
pela
pulsão
para
a:ngir
o
fim
em
vista.
• O
objec:vo
é
a
finalidade
ou
meta
que
se
pretende
alcançar
ao
fazer
o
que
se
faz.
• Saciedade
é
a
diminuição
ou
eliminação
da
pulsão,
conseguida
por
meio
da
ac:vidade
que
foi
capaz
de
alcançar
o
objec:vo
visado.
87. Processos
Cona:vos
• As
tendências
são
diversas,
podendo
classificar-‐se
em
– Primárias
e
inatas:
• visam
a
sa:sfação
de
necessidades
básicas
e
são
independentes
da
aprendizagem.
É
o
caso
das
que
se
relacionam
com
a
preservação
do
indivíduo
e
da
espécie.
– Secundárias
e
aprendidas:
• visam
a
sa:sfação
das
necessidades
sociais
e
são
adquiridas
por
aprendizagem.
É
o
caso
da
tendência
para
a
música,
para
o
desenho
ou
para
o
desporto.
88. Processos
Cona:vos
• Abraham
Maslow
dispôs
as
mo:vações
do
ser
humano
numa
escala
hierárquica
que
começa
com
as
necessidades
básicas
e
culmina
com
as
necessidades
de
realização
pessoal.
• Um
dos
pressupostos
de
Maslow
é
a
crença
de
que
as
pessoas
só
sentem
tendências
de
nível
superior,
se
as
carências
de
nível
inferior
es:verem
sa:sfeitas.
• À
medida
que
se
sobe
na
hierarquia,
o
número
de
tendências
comuns
a
homens
e
animais
vai
diminuindo
em
favor
das
que
são
especificamente
humanas.
89. Processos
Cona:vos
• As
tendências
colocadas
na
base
da
pirâmide
são
comuns
a
todos
os
seres
humanos,
enquanto
as
de
cima
vão
surgindo
num
número
cada
vez
mais
reduzido
de
pessoas.
• A
construção
de
si
mesmo
implica
ir
subindo
nos
degraus
da
pirâmide,
em
que
a
dose
de
esforço
e
o
refinamento
de
competências
exigidos
vão
sendo
progressivamente
superiores.
• A
auto-‐realização
exige
tenacidade
do
sujeito,
que
se
esforça
por
agir
em
função
de
objec:vos
ou
fins
que
elegeu
de
modo
voluntário.
• Finalidades
e
mo:vos
são
a
razão
de
agir
dos
seres
humanos,
mas
é
a
sua
vontade
que
os
escolhe
e
os
elege
como
capazes
de
o
dinamizar
no
cumprimento
do
seu
projecto
pessoal
de
vida.