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Introdução
O presente trabalho tem como tema Comportamento Humano e Moral, Biologia do Moral e
Amoral, pois visa desenvolver aspectos comportamentais humanas ligadas a moral e
amoralidade. Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da
interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura,
expectativas, papéis sociais e experiências, e tem como objetivo ajudar a entender as ações
realizadas pelas pessoas em determinadas situações, bem como os motivos que condicionam tais
ações, e todas as possíveis alterações que o meio e as relações sociais, ao longo da vida,
proporcionam a cada indivíduo.
A moral, sendo uma das formas de consciência social, é o reflexo das condições da vida material
da sociedade, sob determinadas normas de conduta dos homens. Ao mudar a infraestrutura da
sociedade, mudam, também, as formas e o conteúdo da moral. Os conceitos de bem e de mal são
culturais. Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para
este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, não leva em consideração preceitos morais.
Objectivos1
Geral:
 Estudar o comportamento e humano e moral.
Específicos:
 Definir o comportamento humano e moral;
 Identificar as características fundamentais do comportamento;
 Relacionar a biologia com moral e amoral.
Metodologia do trabalho
Para a materialização do trabalho, o grupo recorreu a pesquisa bibliográfica, que consistiu na
leitura de manuais de biologia, sociologia e a internet.
2
Comportamento humano e Moral
Comportamento humano
Na Psicologia (homem), o comportamento define-se como uma actividade que organizada de
uma forma, coloca o organismo numa relação mutua com o seu meio. Na biologia do
comportamento somos obrigados a largar o conceito, comportamento para abarcar um leque
ainda maior de aspectos biológicos e evolutivos. Assim, definimos o comportamento como
sendo: “ a interação organísmica com o ambiente na base de uma troca de informações ao
serviço do Fitness individual, ecológico, e reprodutivo” (PIRES,2010:18-21).
Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação de
diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura,
expectativas, papéis sociais e experiências, e tem como objetivo ajudar a entender as ações
realizadas pelas pessoas em determinadas situações, bem como os motivos que condicionam tais
ações, e todas as possíveis alterações que o meio e as relações sociais, ao longo da vida,
proporcionam a cada indivíduo.
O psicólogo americano John Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do
comportamentalismo ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um behaviorista" que
declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais,
com a finalidade de prever e controlar o comportamento. Watson era um defensor da importância
do meio ambiente na determinação de todo o comportamento humano (oposto à hereditariedade)
e acreditava que toda a aprendizagem era o resultado daquilo que ele designava por hábitos.
Os métodos de tratamento utilizados em terapia comportamental provêm dos sistemas de
condicionamento (clássico e operante) e da aprendizagem social de Albert Bandura (1977)
defendendo este que, em situações sociais, aprendemos essencialmente através da imitação,
observação e reprodução dos comportamentos dos outros. Deste modo, para Bandura, é possível
apreender uma variedade de comportamentos, desde os mais simples aos mais complexos, sem
que os tenhamos de experimentar.
Uma das maiores críticas à corrente behaviorista assentou no facto de eles excluírem os fatores
genéticos como determinantes do comportamento humano.
O termo terapêutica do comportamento foi introduzido por Arnold Lazarus (1958) e designa um
conjunto de princípios terapêuticos, com origem na teoria da aprendizagem (que se dedica à
3
formulação de leis e condições em que a aprendizagem ocorre) e que têm por objetivo modificar
os comportamentos inadequados.
Esta terapêutica está principalmente associada à psicologia clínica sendo praticada,
predominantemente, em instituições hospitalares ou nos consultórios de consulta privada.
Características comportamentais
Enquanto o psicólogo dedica-se a observação, análise e estudo de teorias (comportamentais,
sistêmicas, cognitivas e outras) que motivam ou influenciam determinado comportamento ou
atitude humana, o psiquiatra cursa medicina e especializa-se no diagnóstico biológico do
adoecimento. Outra importante diferença é que o psicólogo aplica técnicas que permitam ao
indivíduo combater comportamentos e ações considerados inadequados ou indesejados. O
psiquiatra por sua vez, após ter diagnosticado o problema, realiza diretamente a intervenção de
medicamentos.
A avaliação comportamental praticada pelos psicólogos do comportamento, possui quatro
características fundamentais:
 A primeira baseia-se nos acontecimentos observáveis, isto é, para o terapeuta interessa
saber especificamente o que o paciente faz, como e quando o faz. O comportamento deve
ser identificado, observado e definido e finalmente analisado quanto à forma, frequência
e intensidade.
 Uma segunda característica da avaliação comportamental consiste em encarar o
comportamento como uma amostra. Ele é uma amostra que pode ser representativa do
funcionamento global do indivíduo.
 A terceira característica baseia-se nas relações funcionais, ou seja, para o terapeuta o
comportamento dos indivíduos varia em função dos estímulos externos que o rodeiam e,
deste modo, tem-se que recolher informação acerca das relações entre o meio ambiente e
o comportamento.
 Por último, temos a ligação entre a avaliação e o tratamento, ou seja, após o terapeuta
obter a informação da avaliação comportamental, mencionada nas características atrás
citadas, está-se em condições de elaborar a estratégia terapêutica adequada ao indivíduo e
acompanhar devidamente os efeitos do tratamento.
4
Pode-se considerar que três grandes grupos são responsáveis por determinar a percepção de um
indivíduo:
1- Valores: é o conjunto de todas as crenças do indivíduo no que se refere à relação com
outras pessoas e o ambiente. É o grande responsável pela interface do indivíduo com a
sociedade
2- Modelos Mentais: podem ser estórias ou imagens que existem na mente do indivíduo no
seu mais íntimo e que o mesmo carrega consigo no que diz respeito a sua própria
existência. É como se fosse o “retrato” que ele enxerga da sua própria realidade, da
realidade alheia e o seu conceito de mundo ideal.
3- Motivos: é interessante utilizar como base o conceito de Eric Maslow da teoria das
necessidades para entender em que estágio de necessidade o indivíduo encontra-se e
assim entender o seu grau de percepção em relação aos fatos.
Moral
A Moral, por sua vez, é o conjunto de normas, regras e princípios historicamente variáveis que
regulam o comportamento de um indivíduo para com outro e de ambos para com a sociedade,
(DIMOULIS, 2003:97).
Moral: conjunto de regras de conduta admitidas em determinada época ou por um determinado
grupo social.
A moral, sendo uma das formas de consciência social, é o reflexo das condições da vida material
da sociedade, sob determinadas normas de conduta dos homens. Ao mudar a infraestrutura da
sociedade, mudam, também, as formas e o conteúdo da moral. Os conceitos de bem e de mal são
culturais. Para Engels (1978), tais conceitos divergem de povo para povo, de geração para
geração, podendo, muitas vezes, serem contraditórios. Consciente ou inconscientemente, os
homens sempre são o fruto das condições da vida material de uma sociedade, isto é, dos seus
conceitos do justo e do injusto, da honra e do dever, do bem e do mal.
Caracteres da moral
A moral abarca três caracteres nomeadamente: caracter histórico, caracter social, e caracter
pessoal ou individual.
5
Caracter individual ou pessoal da moral
Além de receber os valores herdados a pessoa pode, também, criticar estes valores; E mesmo
efetuando esta crítica pode escolher e aceitar estes valores internamente; Moral constituinte: ela é
fundamentada pela própria escolha do individuo.
Caracter histórico e social da moral
Herança cultural que define os padrões de comportamento. A lei ou interdição é característica do
ser humano produzida pela cultura; A moral é constituída exterior e anteriormente ao indivíduo.
Caracter social e pessoal da moral
Se acentuamos o caráter social da moral caímos no dogmatismo e no “legalismo; Se acentuamos
o questionamento individual que duvida absolutamente da regra caímos no individualismo; Este
gera a ausência da moral o que é complicado já que não vivemos isolados; Vivemos, então, numa
relação dialética entre o determinismo e a liberdade;
Estrutura do acto moral
Para a existência do mundo moral é preciso que exista uma forma própria de consciência:
 A Consciência moral ou crítica: conjunto de exigências e prescrições que reconhecemos
como validas para orientar a nossa escolha;
 É a consciência que discerne o valor moral dos nossos atos;
 Ato moral e imorais são assim chamados caso estejam de acordo ou não com a norma
vigente;
 Amoral: é aquele ato realizado à margem de qualquer consideração a respeito das
normas. É a negação do normativo em deterimento do factual;
 Não -moral: Quando usamos outros critérios que não da moral. Um exemplo disto é o
crítico de arte que observa uma obra como arte;
Desejo e vontade
Ato voluntário: Um ato de vontade que decide pela busca de um fim proposto. Quando nos
antecipamos diante do resultado a ser alcançado.
Desejo é diferente de vontade. O desejo não resulta da escolha, ele surge em nós com toda a sua
força e exigência de realização. Seguir o impulso do desejo, sempre que ele se manifesta é a
negação da moral e da possibilidade da vida em sociedade.
6
Responsabilidade, Dever e liberdade
O ato moral é complexo na medida em que provoca efeitos não só na pessoa que age, mas
naqueles que o cercam e na própria sociedade que como um todo.
Ato responsável: Um ato moral deve ser livre, consciente, intencional, mas também é preciso que
não seja um ato solitário e sim solidário. Responsável é aquele que “ Responde por seus atos.”
Dever e liberdade: O comportamento moral é também obrigatório cria um dever. Obedecemos a
uma decisão que livremente escolhemos.
Heteronomia: A aceitação da norma que não é nossa. Exemplo: A criança.
Autonomia: Não nega a influência externa e os determinismos, mas recoloca no homem a
capacidade de refletir sobre as limitações que lhe são impostas, a partir das quais orienta a sua
ação para superar os condicionamentos. Autonomia é autodeterminação (ARANHA &
MARTINS,2002:12).
Biologia do Moral e do Amoral
Biologia do Moral
As pessoas de um modo geral, se comportam no dia-a-dia de uma forma padronizada, com base
no processo de socialização no qual elas aprenderam como deve ser a interacção entre os
indivíduos em uma determinada sociedade.
Nossa conduta é governada quotidianamente por normas sociais aprendidas ao longo do processo
de socialização que estão tão interiorizadas em nós e mal as percebemos. No entanto, dentro
dessa normalidade surgem muitas situações na vida social e não são estruturadas ou o são de
forma imprecisa (é quando somos levados a desenvolver comportamentos colectivos que nos
fazem agir de forma diferente daquela a que estamos acostumados e consideramos norma).
O comportamento colectivo compreende muitas formas de interacção humana. Podemos incluir
nesse campo de estudo as seguintes formas:
 A formação de opinião de cada um sobre determinado assunto público;
 A presença em uma manifestação pública e o comportamento das pessoas em uma festa;
 Em teatro, cinema ou jogo de futebol.
A dinâmica do comportamento humano em cada caso é o produto do grau da intensidade
emocional que desperta a situação e a existência ou não de um clima social estruturado (DIAS,
2010:336).
7
É verdade que todos aceitam que o processo de evolução cultural foi acompanhado de uma
diminuição do papel da evolução biológica; no entanto, é também aceito que a possibilidade de
desenvolvimento da atividade cultural está assentada no processo evolutivo biológico da espécie
e que, embora haja ruptura, ela não é total (CHEDIAK, 2008).
Entre as hipóteses defendidas entre os filósofos da biologia, podemos encontrar duas concepções
que procuram explicar a origem dos valores morais:
 Eles estão estritamente ligado à biologia e depende dela para modificar-se;
 Eles têm origem na biologia, mas sua transformação não depende exclusivamente dela.
A primeira concepção é acusada de determinista, pois não deixa espaço para alterações externas
aos fatores biológicos. O conceito de natureza implicado nesta concepção é do reino do imutável
e do necessário. Assim, esse deve ser o pressuposto que conduz todas as investigações sobre os
seres vivos.
A noção determinista da natureza deixa como alternativa a aceitação dessa condição, de maneira
irrestrita a todos os seres, inclusive ao homem, ou a concepção de outro operador, que se
encontre fora do determinismo natural. Ao pensarmos nesse operador, vemos surgir o conceito
de liberdade. A liberdade existe somente na esfera humana e não está em contradição com a
natureza, embora distancie-se radicalmente dela.
A partir do momento em que a evolução da inteligência ultrapassou certo limite, surgiram fatores
que propiciaram a criação da moral. Basicamente esses fatores são três, e se encontram no limiar
entre biologia e cultura:
 Capacidade de raciocínio instrumental, capaz de antecipar as consequências para as
ações, vinculando fins aos meios;
 Habilidade de avaliação;
 Escolha entre alternativas possíveis, com base na projeção das consequências.
Um exemplo de como a evolução moral não tem relação estrita com a evolução biológica é o
fato de que nem todas as normas morais favorecem a reprodução ou a conservação. Os valores
que criamos para nortear relações de cooperação em grupo, nem sempre são eficientes para
manter o grupo coeso, podendo prejudicar os operadores evolutivos básicos.
Quando falamos em moral, estamos falando em sistemas de valores complexos, positivos ou
velados, manifestos nos hábitos, comportamentos, tradições, leis, crenças, conhecimento.
8
Assim, considerando estreita a ligação entre biologia e cultura ou atribuindo preponderância
maior à cultura, o fundamento que se autoafirma em ambos os casos é a própria vida. Não há
evolução sem vida, seja ela biológica ou cultural.
Biologia do Amoral
O comportamento é imprevisível, eventual e irracional. Ele pode ser considerado imprevisível
porque não se pode ter certeza antecipadamente de como um grupo não estruturado e não
organizado de pessoas respondera a um estímulo. Não ocorre com regularidade, tratando-se de
manifestação esporádica motivada por algum acontecimento, e sua irracionalidade advêm do
facto de que sua base é emocional e não lógica, pois aqueles que manifestam esse tipo de
comportamento não avaliam as consequências de seus actos, nem para os outros nem para si
(DIAS, 2010:336).
Imoral e amoral
Imoral e amoral são termos que se referem à moral, no entanto a relação que eles expressam são
diferentes. Ultimamente, imoral e amoral tem sido aplicado para designar um mesmo
significado: aquele que não tem moral, ética. É verdade, os dois termos referem-se à questão
moral, no entanto, têm relações diferentes.
Primeiramente, o que é moral? É o que está de acordo com os bons costumes e regras de
conduta; conjunto de regras de conduta proposto por uma determinada doutrina ou inerente a
uma determinada condição.
No dicionário, moral também é classificada como o conjunto dos princípios da honestidade e do
pudor.
Imoral é tudo aquilo que contraria o que foi exposto acima a respeito da moral. Quando há falta
de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade.
Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este
indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, não leva em consideração preceitos morais. É o
caso, por exemplo, dos índios no tempo do descobrimento ou de uma sociedade, como a chinesa,
que não vê o fato de matar meninas, a fim de controlar a natalidade, como algo mórbido e triste.
Outro exemplo: Um bebê se perde dos pais durante uma excursão e vive mais de dez anos na
selva, sendo criada no meio de chimpanzés. Um dia, o adolescente é encontrado por um grupo de
biólogos que o levam para a cidade. Quando ele regressa, consegue fugir de uma instituição, e
anda pelas ruas sem roupa, roubando para comer e fazendo as suas necessidades em qualquer
9
lugar. Para uma pessoa que foi criada naquela sociedade, este comportamento pode ser
considerado imoral, mas na realidade a criança é amoral, porque não conhece as regras da
moralidade e não sabia que o que estava fazendo era considerado errado naquele contexto.
10
Conclusão
Apos termos realizado o trabalho sobre comportamento humano e moral, o grupo concluiu que
as pessoas de um modo geral, se comportam no dia-a-dia de uma forma padronizada, com base
no processo de socialização no qual elas aprenderam como deve ser a interacção entre os
indivíduos em uma determinada sociedade. Nossa conduta é governada quotidianamente por
normas sociais aprendidas ao longo do processo de socialização que estão tão interiorizadas em
nós e mal as percebemos. No entanto, dentro dessa normalidade surgem muitas situações na vida
social e não são estruturadas ou o são de forma imprecisa (é quando somos levados a
desenvolver comportamentos colectivos que n os fazem agir de forma diferente daquela a que
estamos acostumados e consideramos norma).
11
Bibliografia
1. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Helena Pires. Filosofando. Introdução
à Filosofia 2ª ed. São Paulo, 2002.
2. DIMOULIS, Dimitri. Manual de introdução ao estudo do direito. São Paulo, 2003.
3. DIAS, Renaldo, Introducao a Sociologia, São Paula, 2010.
4. CHEDIAK, Karla. Filosofia da Biologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
5. NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
6. PIRES, Cristiano. Biologia do Comportamento, Maputo 2010.

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  • 1. 1 Introdução O presente trabalho tem como tema Comportamento Humano e Moral, Biologia do Moral e Amoral, pois visa desenvolver aspectos comportamentais humanas ligadas a moral e amoralidade. Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura, expectativas, papéis sociais e experiências, e tem como objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações, bem como os motivos que condicionam tais ações, e todas as possíveis alterações que o meio e as relações sociais, ao longo da vida, proporcionam a cada indivíduo. A moral, sendo uma das formas de consciência social, é o reflexo das condições da vida material da sociedade, sob determinadas normas de conduta dos homens. Ao mudar a infraestrutura da sociedade, mudam, também, as formas e o conteúdo da moral. Os conceitos de bem e de mal são culturais. Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, não leva em consideração preceitos morais. Objectivos1 Geral:  Estudar o comportamento e humano e moral. Específicos:  Definir o comportamento humano e moral;  Identificar as características fundamentais do comportamento;  Relacionar a biologia com moral e amoral. Metodologia do trabalho Para a materialização do trabalho, o grupo recorreu a pesquisa bibliográfica, que consistiu na leitura de manuais de biologia, sociologia e a internet.
  • 2. 2 Comportamento humano e Moral Comportamento humano Na Psicologia (homem), o comportamento define-se como uma actividade que organizada de uma forma, coloca o organismo numa relação mutua com o seu meio. Na biologia do comportamento somos obrigados a largar o conceito, comportamento para abarcar um leque ainda maior de aspectos biológicos e evolutivos. Assim, definimos o comportamento como sendo: “ a interação organísmica com o ambiente na base de uma troca de informações ao serviço do Fitness individual, ecológico, e reprodutivo” (PIRES,2010:18-21). Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura, expectativas, papéis sociais e experiências, e tem como objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações, bem como os motivos que condicionam tais ações, e todas as possíveis alterações que o meio e as relações sociais, ao longo da vida, proporcionam a cada indivíduo. O psicólogo americano John Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do comportamentalismo ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um behaviorista" que declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais, com a finalidade de prever e controlar o comportamento. Watson era um defensor da importância do meio ambiente na determinação de todo o comportamento humano (oposto à hereditariedade) e acreditava que toda a aprendizagem era o resultado daquilo que ele designava por hábitos. Os métodos de tratamento utilizados em terapia comportamental provêm dos sistemas de condicionamento (clássico e operante) e da aprendizagem social de Albert Bandura (1977) defendendo este que, em situações sociais, aprendemos essencialmente através da imitação, observação e reprodução dos comportamentos dos outros. Deste modo, para Bandura, é possível apreender uma variedade de comportamentos, desde os mais simples aos mais complexos, sem que os tenhamos de experimentar. Uma das maiores críticas à corrente behaviorista assentou no facto de eles excluírem os fatores genéticos como determinantes do comportamento humano. O termo terapêutica do comportamento foi introduzido por Arnold Lazarus (1958) e designa um conjunto de princípios terapêuticos, com origem na teoria da aprendizagem (que se dedica à
  • 3. 3 formulação de leis e condições em que a aprendizagem ocorre) e que têm por objetivo modificar os comportamentos inadequados. Esta terapêutica está principalmente associada à psicologia clínica sendo praticada, predominantemente, em instituições hospitalares ou nos consultórios de consulta privada. Características comportamentais Enquanto o psicólogo dedica-se a observação, análise e estudo de teorias (comportamentais, sistêmicas, cognitivas e outras) que motivam ou influenciam determinado comportamento ou atitude humana, o psiquiatra cursa medicina e especializa-se no diagnóstico biológico do adoecimento. Outra importante diferença é que o psicólogo aplica técnicas que permitam ao indivíduo combater comportamentos e ações considerados inadequados ou indesejados. O psiquiatra por sua vez, após ter diagnosticado o problema, realiza diretamente a intervenção de medicamentos. A avaliação comportamental praticada pelos psicólogos do comportamento, possui quatro características fundamentais:  A primeira baseia-se nos acontecimentos observáveis, isto é, para o terapeuta interessa saber especificamente o que o paciente faz, como e quando o faz. O comportamento deve ser identificado, observado e definido e finalmente analisado quanto à forma, frequência e intensidade.  Uma segunda característica da avaliação comportamental consiste em encarar o comportamento como uma amostra. Ele é uma amostra que pode ser representativa do funcionamento global do indivíduo.  A terceira característica baseia-se nas relações funcionais, ou seja, para o terapeuta o comportamento dos indivíduos varia em função dos estímulos externos que o rodeiam e, deste modo, tem-se que recolher informação acerca das relações entre o meio ambiente e o comportamento.  Por último, temos a ligação entre a avaliação e o tratamento, ou seja, após o terapeuta obter a informação da avaliação comportamental, mencionada nas características atrás citadas, está-se em condições de elaborar a estratégia terapêutica adequada ao indivíduo e acompanhar devidamente os efeitos do tratamento.
  • 4. 4 Pode-se considerar que três grandes grupos são responsáveis por determinar a percepção de um indivíduo: 1- Valores: é o conjunto de todas as crenças do indivíduo no que se refere à relação com outras pessoas e o ambiente. É o grande responsável pela interface do indivíduo com a sociedade 2- Modelos Mentais: podem ser estórias ou imagens que existem na mente do indivíduo no seu mais íntimo e que o mesmo carrega consigo no que diz respeito a sua própria existência. É como se fosse o “retrato” que ele enxerga da sua própria realidade, da realidade alheia e o seu conceito de mundo ideal. 3- Motivos: é interessante utilizar como base o conceito de Eric Maslow da teoria das necessidades para entender em que estágio de necessidade o indivíduo encontra-se e assim entender o seu grau de percepção em relação aos fatos. Moral A Moral, por sua vez, é o conjunto de normas, regras e princípios historicamente variáveis que regulam o comportamento de um indivíduo para com outro e de ambos para com a sociedade, (DIMOULIS, 2003:97). Moral: conjunto de regras de conduta admitidas em determinada época ou por um determinado grupo social. A moral, sendo uma das formas de consciência social, é o reflexo das condições da vida material da sociedade, sob determinadas normas de conduta dos homens. Ao mudar a infraestrutura da sociedade, mudam, também, as formas e o conteúdo da moral. Os conceitos de bem e de mal são culturais. Para Engels (1978), tais conceitos divergem de povo para povo, de geração para geração, podendo, muitas vezes, serem contraditórios. Consciente ou inconscientemente, os homens sempre são o fruto das condições da vida material de uma sociedade, isto é, dos seus conceitos do justo e do injusto, da honra e do dever, do bem e do mal. Caracteres da moral A moral abarca três caracteres nomeadamente: caracter histórico, caracter social, e caracter pessoal ou individual.
  • 5. 5 Caracter individual ou pessoal da moral Além de receber os valores herdados a pessoa pode, também, criticar estes valores; E mesmo efetuando esta crítica pode escolher e aceitar estes valores internamente; Moral constituinte: ela é fundamentada pela própria escolha do individuo. Caracter histórico e social da moral Herança cultural que define os padrões de comportamento. A lei ou interdição é característica do ser humano produzida pela cultura; A moral é constituída exterior e anteriormente ao indivíduo. Caracter social e pessoal da moral Se acentuamos o caráter social da moral caímos no dogmatismo e no “legalismo; Se acentuamos o questionamento individual que duvida absolutamente da regra caímos no individualismo; Este gera a ausência da moral o que é complicado já que não vivemos isolados; Vivemos, então, numa relação dialética entre o determinismo e a liberdade; Estrutura do acto moral Para a existência do mundo moral é preciso que exista uma forma própria de consciência:  A Consciência moral ou crítica: conjunto de exigências e prescrições que reconhecemos como validas para orientar a nossa escolha;  É a consciência que discerne o valor moral dos nossos atos;  Ato moral e imorais são assim chamados caso estejam de acordo ou não com a norma vigente;  Amoral: é aquele ato realizado à margem de qualquer consideração a respeito das normas. É a negação do normativo em deterimento do factual;  Não -moral: Quando usamos outros critérios que não da moral. Um exemplo disto é o crítico de arte que observa uma obra como arte; Desejo e vontade Ato voluntário: Um ato de vontade que decide pela busca de um fim proposto. Quando nos antecipamos diante do resultado a ser alcançado. Desejo é diferente de vontade. O desejo não resulta da escolha, ele surge em nós com toda a sua força e exigência de realização. Seguir o impulso do desejo, sempre que ele se manifesta é a negação da moral e da possibilidade da vida em sociedade.
  • 6. 6 Responsabilidade, Dever e liberdade O ato moral é complexo na medida em que provoca efeitos não só na pessoa que age, mas naqueles que o cercam e na própria sociedade que como um todo. Ato responsável: Um ato moral deve ser livre, consciente, intencional, mas também é preciso que não seja um ato solitário e sim solidário. Responsável é aquele que “ Responde por seus atos.” Dever e liberdade: O comportamento moral é também obrigatório cria um dever. Obedecemos a uma decisão que livremente escolhemos. Heteronomia: A aceitação da norma que não é nossa. Exemplo: A criança. Autonomia: Não nega a influência externa e os determinismos, mas recoloca no homem a capacidade de refletir sobre as limitações que lhe são impostas, a partir das quais orienta a sua ação para superar os condicionamentos. Autonomia é autodeterminação (ARANHA & MARTINS,2002:12). Biologia do Moral e do Amoral Biologia do Moral As pessoas de um modo geral, se comportam no dia-a-dia de uma forma padronizada, com base no processo de socialização no qual elas aprenderam como deve ser a interacção entre os indivíduos em uma determinada sociedade. Nossa conduta é governada quotidianamente por normas sociais aprendidas ao longo do processo de socialização que estão tão interiorizadas em nós e mal as percebemos. No entanto, dentro dessa normalidade surgem muitas situações na vida social e não são estruturadas ou o são de forma imprecisa (é quando somos levados a desenvolver comportamentos colectivos que nos fazem agir de forma diferente daquela a que estamos acostumados e consideramos norma). O comportamento colectivo compreende muitas formas de interacção humana. Podemos incluir nesse campo de estudo as seguintes formas:  A formação de opinião de cada um sobre determinado assunto público;  A presença em uma manifestação pública e o comportamento das pessoas em uma festa;  Em teatro, cinema ou jogo de futebol. A dinâmica do comportamento humano em cada caso é o produto do grau da intensidade emocional que desperta a situação e a existência ou não de um clima social estruturado (DIAS, 2010:336).
  • 7. 7 É verdade que todos aceitam que o processo de evolução cultural foi acompanhado de uma diminuição do papel da evolução biológica; no entanto, é também aceito que a possibilidade de desenvolvimento da atividade cultural está assentada no processo evolutivo biológico da espécie e que, embora haja ruptura, ela não é total (CHEDIAK, 2008). Entre as hipóteses defendidas entre os filósofos da biologia, podemos encontrar duas concepções que procuram explicar a origem dos valores morais:  Eles estão estritamente ligado à biologia e depende dela para modificar-se;  Eles têm origem na biologia, mas sua transformação não depende exclusivamente dela. A primeira concepção é acusada de determinista, pois não deixa espaço para alterações externas aos fatores biológicos. O conceito de natureza implicado nesta concepção é do reino do imutável e do necessário. Assim, esse deve ser o pressuposto que conduz todas as investigações sobre os seres vivos. A noção determinista da natureza deixa como alternativa a aceitação dessa condição, de maneira irrestrita a todos os seres, inclusive ao homem, ou a concepção de outro operador, que se encontre fora do determinismo natural. Ao pensarmos nesse operador, vemos surgir o conceito de liberdade. A liberdade existe somente na esfera humana e não está em contradição com a natureza, embora distancie-se radicalmente dela. A partir do momento em que a evolução da inteligência ultrapassou certo limite, surgiram fatores que propiciaram a criação da moral. Basicamente esses fatores são três, e se encontram no limiar entre biologia e cultura:  Capacidade de raciocínio instrumental, capaz de antecipar as consequências para as ações, vinculando fins aos meios;  Habilidade de avaliação;  Escolha entre alternativas possíveis, com base na projeção das consequências. Um exemplo de como a evolução moral não tem relação estrita com a evolução biológica é o fato de que nem todas as normas morais favorecem a reprodução ou a conservação. Os valores que criamos para nortear relações de cooperação em grupo, nem sempre são eficientes para manter o grupo coeso, podendo prejudicar os operadores evolutivos básicos. Quando falamos em moral, estamos falando em sistemas de valores complexos, positivos ou velados, manifestos nos hábitos, comportamentos, tradições, leis, crenças, conhecimento.
  • 8. 8 Assim, considerando estreita a ligação entre biologia e cultura ou atribuindo preponderância maior à cultura, o fundamento que se autoafirma em ambos os casos é a própria vida. Não há evolução sem vida, seja ela biológica ou cultural. Biologia do Amoral O comportamento é imprevisível, eventual e irracional. Ele pode ser considerado imprevisível porque não se pode ter certeza antecipadamente de como um grupo não estruturado e não organizado de pessoas respondera a um estímulo. Não ocorre com regularidade, tratando-se de manifestação esporádica motivada por algum acontecimento, e sua irracionalidade advêm do facto de que sua base é emocional e não lógica, pois aqueles que manifestam esse tipo de comportamento não avaliam as consequências de seus actos, nem para os outros nem para si (DIAS, 2010:336). Imoral e amoral Imoral e amoral são termos que se referem à moral, no entanto a relação que eles expressam são diferentes. Ultimamente, imoral e amoral tem sido aplicado para designar um mesmo significado: aquele que não tem moral, ética. É verdade, os dois termos referem-se à questão moral, no entanto, têm relações diferentes. Primeiramente, o que é moral? É o que está de acordo com os bons costumes e regras de conduta; conjunto de regras de conduta proposto por uma determinada doutrina ou inerente a uma determinada condição. No dicionário, moral também é classificada como o conjunto dos princípios da honestidade e do pudor. Imoral é tudo aquilo que contraria o que foi exposto acima a respeito da moral. Quando há falta de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade. Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, não leva em consideração preceitos morais. É o caso, por exemplo, dos índios no tempo do descobrimento ou de uma sociedade, como a chinesa, que não vê o fato de matar meninas, a fim de controlar a natalidade, como algo mórbido e triste. Outro exemplo: Um bebê se perde dos pais durante uma excursão e vive mais de dez anos na selva, sendo criada no meio de chimpanzés. Um dia, o adolescente é encontrado por um grupo de biólogos que o levam para a cidade. Quando ele regressa, consegue fugir de uma instituição, e anda pelas ruas sem roupa, roubando para comer e fazendo as suas necessidades em qualquer
  • 9. 9 lugar. Para uma pessoa que foi criada naquela sociedade, este comportamento pode ser considerado imoral, mas na realidade a criança é amoral, porque não conhece as regras da moralidade e não sabia que o que estava fazendo era considerado errado naquele contexto.
  • 10. 10 Conclusão Apos termos realizado o trabalho sobre comportamento humano e moral, o grupo concluiu que as pessoas de um modo geral, se comportam no dia-a-dia de uma forma padronizada, com base no processo de socialização no qual elas aprenderam como deve ser a interacção entre os indivíduos em uma determinada sociedade. Nossa conduta é governada quotidianamente por normas sociais aprendidas ao longo do processo de socialização que estão tão interiorizadas em nós e mal as percebemos. No entanto, dentro dessa normalidade surgem muitas situações na vida social e não são estruturadas ou o são de forma imprecisa (é quando somos levados a desenvolver comportamentos colectivos que n os fazem agir de forma diferente daquela a que estamos acostumados e consideramos norma).
  • 11. 11 Bibliografia 1. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Helena Pires. Filosofando. Introdução à Filosofia 2ª ed. São Paulo, 2002. 2. DIMOULIS, Dimitri. Manual de introdução ao estudo do direito. São Paulo, 2003. 3. DIAS, Renaldo, Introducao a Sociologia, São Paula, 2010. 4. CHEDIAK, Karla. Filosofia da Biologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. 5. NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 6. PIRES, Cristiano. Biologia do Comportamento, Maputo 2010.