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Introdução à
Sistematização do
cuidado II
Investigação: Anamnese
Consulta de Enfermagem
A consulta de enfermagem é uma atividade privativa e prestada pelo
enfermeiro, na qual são identificados problemas de saúde e prescritas e
implementadas medidas de enfermagem com o objetivo de promoção,
proteção, recuperação ou reabilitação do paciente (CAIXETA, 2009).
RESOLUÇÃO COFEN nº 358/2009. Dispõe sobre a
Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem.
Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo
deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
§ 1º - [...] instituições prestadoras de: serviços de internação
hospitalar, ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações
comunitárias, fábricas, entre outros.
§ 2º – [...] o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde a
Consulta de Enfermagem.
Processo de Enfermagem
O processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que
orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação
da prática profissional.
Serve para organizar o processo de trabalho de enfermagem.
Constitui um meio de aplicação dos fundamentos de
enfermagem na prática profissional.
Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas
inter-relacionada e interdependentes:
Investigação (coleta de dados: ANAMNESE e exame físico)
Diagnósticos de Enfermagem
Planejamento
Implementação
Avaliação
Avaliar é...
1. Determinar o valor de...
2. Calcular, estimar...
Então....
Avaliação de saúde é
uma estimativa da condição
de saúde do paciente.
Investigação
Trata-se de uma coleta sistemática de dados para
determinar/avaliar o estado de saúde do paciente e identificar
quaisquer problemas reais ou potenciais de saúde.
É realizada com a entrevista e o exame físico.
Investigação
Diagnóstico
(LEFEVRE, 2010)
Como a investigação leva ao
diagnóstico?
A precisão, a eficiência , a eficácia e a
segurança de todas as outras etapas do PE
depende da capacidade de coletar os dados
investigativos precisos, relevantes e
abrangentes.
Se sua investigação for imprecisa, vaga
ou incompleta, você coloca seu paciente
em risco para o cuidado ineficaz,
ineficiente e inseguro.
Etapas da investigação
1. Coleta de dados – coleta direta ou indireta.
Os pacientes e pessoas significativas;
Os registros médicos e de enfermagem;
Participantes adicionais: Ex: cuidadores.
Mesmo que a coleta de dados exija que você colete
informações de várias fontes, considere sempre sua
investigação direta do paciente como sua principal
fonte de informação. – informação mais atualizada
Regra:
Etapas da investigação
2. Identificação de indícios e realização de
inferências: dados subjetivos e objetivos;
S – A : dados subjetivos – Afirmados
O – O: dados objetivos –
observados/medidos
Ex: “Meu coração está disparando”
Ex: P = 150 bat/min, pulso cheio e forte.
3. Validação dos dados – comparação de dados com
os padrões de normalidade;
Ex: Suponha que você pergunta sobre a
possibilidade de está grávida, e ela responda Não.
Se você não fizer uma verificação perguntando:
“Quando foi seu ultimo dia da menstruação?” ou
encontrar um resultado de um teste gestacional.
Pode agir com base em uma não gravidez.
Ex: Mãe procura o serviço de saúde afirmando que
sua filha está com febre. (informação subjetiva).
Durante o exame físico, a Tax: 36,5º (dado objetivo).
Dica:
Compare dados subjetivos e objetivos pra ver se o que
a pessoa afirma é consistente com o que você observa.
4. Grupamento dos dados
Organização dos dados de acordo com os padrões
de saúde.
1. Padrões funcionais e metabólicos;
2. Eliminação;
3. Atividade e exercício
4. Alimentação
5. Sono-repouso
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
5. Identificação de padrões – determinar o que é ou
não relevante e descobrir fatores causais
6. Comunicação e registro de dados – promove
continuidade da assistência, exatidão das anotações
e pensamento crítico.
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Que recursos você usa?
Os pacientes e pessoas significativas;
Os registros médicos e de enfermagem;
Participantes adicionais: ex: cuidadores.
Mesmo que a coleta de dados exija que você colete
informações de várias fontes, considere sempre sua
investigação direta do paciente como sua principal
fonte de informação. – informação mais atualizada
Regra:
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Algumas Habilidades do
Enfermeiro
◦ Saber ouvir e entender
◦ Saber explorar os dados que o paciente traz
◦ Demonstrar interesse e conhecimento
◦ Ser receptivo
◦ Estabelecer a comunicação terapêutica
Antes de ir pra entrevista...
Ao iniciar a entrevista: DICAS
INTRODUÇÃO
Apresente-se e identifique-se;
Verifique o nome as pessoa, se possível pergunte
como gostaria de ser chamado;
Explique o seu propósito;
Dê atenção total a pessoa;
Não tenha pressa;
Se possível, sente-se (demostra disponibilidade);
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Seja um ouvinte ativo empático;
Uso frases curtas de modo a fazer com que a pessoa,
perceba que você a entende (ex: sei, entendo...)
Permita que a pessoa saiba que você entende a
linguagem corporal.
◦ Ex: você me disse não sentir dor, mas você não me
parece confortável.
Seja paciente;
Evite o impulso de interromper;
Evite escrever durante a entrevista, se for o caso;
avise (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
ANAMNESE: O QUE PERGUNTAR?
 Corpo da Entrevista
Dados biográficos/bibliográficos/identificação:
(nome, idade, sexo, profissão, estado civil,
moradia, procedência, grau de instrução..) são
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Queixa principal (QP)
História da Doença Atual (HDA)
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familiares
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Hábitos e costumes
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Anamnese: Como perguntar?
1. Pergunte sobre o principal motivo da sua ida ao serviço
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2. Focalize as perguntas de modo a obter informações
detalhadas sobre os sinais e sintomas.
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(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Fechamento da Entrevista
1. Avisar o paciente que o final se aproxima. Ex:
temos 5 minutos pra terminar;
2. Pergunte “o que mais”?
3. Fazer um breve resumo dos dados mais
importantes colhidos;
4. Explique a rotina do serviço e forneça informações
sobre quem é responsável agora.
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Quais os objetivos da anamnese??
 Objetivos
 O paciente dirá como percebe seu estado de
saúde: condições físicas e psíquicas
 Situar como é o cliente, suas características gerais
e hábitos
 Conhecer como o cliente percebe o processo
saúde-doença: crenças e valores
 Identificar as demandas de cuidado
 Identificar sinais e sintomas
 Leitura imediata das informações obtidas pela
comunicação verbal e não-verbal
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Tipos de comunicação
Verbal: Elaborações de questões para
facilitar a relação enfermeiro-paciente
Não verbal: é feita através da leitura dos
gestos, postura, tom de voz...
(BARROS, 2010)
Abertas: são aquelas que estimulam a
descrição/relato do paciente
Ex: fale-me como é o lugar onde você mora?
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Fechadas: evitam as respostas longas,
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Tipos de perguntas
(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
Complementares: São aquelas
empregadas como o objetivo de
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Perguntas abertas
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verbalizar e envolver as pessoas
no diálogo
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mais honesta
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Perguntas fechadas
Ajuda a esclarecer as respostas
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Podem ser úteis para concentrar
a entrevista em dados específicos
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confusos
Perguntas abertas
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Exigem respostas extensas
Perguntas fechadas
Podem ser mais ameaçadoras
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(ALFARO-LEFEVRE, 2010)
 Fatores que dificultam a sua aplicação
 Dificuldades emocionais  defesas e valores
 Imposição de autoridade de enfermeiro
 Ambiente inadequado
 Expressão de opinião própria
 Falta de habilidade técnica e científica
 Falta de habilidade de relacionamento interpessoal
Coleta de dados
Erros comuns
Uso de adjetivos afetivos;
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1. O paciente diz: tenho uma erupção de pele que
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2. O paciente diz: “ meu estômago tem estado
dolorido”. O que você responderá?
3. O paciente diz: “ocorre ardência quando urino”.
O que você diz?
Vamos praticar?
Vamos praticar?
1. Você examina um paciente e descobre que as
mãos e as unhas do paciente estão sujas de
terra, embora o resto do corpo esteja limpo. O
que você dirá a seguir?
2. Você examina um paciente e descobre um
nódulo na parte posterior da cabeça. O que
você perguntará a seguir?
Exercício...
J.M.S, 51anos, sexo masculino, pardo, procedente de moita
bonita, viúvo, aposentado. Estudou até 1º série. Foi admitido
ontem com dor no peito. Seu médico prescreveu os seguintes
exames: ECG, radiografia de tórax e exames completos, incluindo
glicemia. Os resultados desses exames foram recentemente
colocados no prontuário. Ao conversar com paciente ele afirma
sentir-se melhor hoje – sem dor. “É um alívio estar livre daquele
desconforto”. Você acha que ele aparenta estar um pouco
cansado ou abatido, fala com lentidão e suspira com mais
frequência do que o normal. Ele nega estar abatido. Seus sinais
vitais são os seguintes: PA: 140/90mmHg, FR: 22ipm, FC:
74bpm (regular), Tax: 37ºC
Liste os dados subjetivos, dados objetivos e bibliográficos
observados no caso.
Exercício
Homem de 72 anos, cego, apresentando
escoriações no braço direito e na testa. Relata
que se bate muito nas coisas em casa e que usa
a bengala para saber onde está.
1. Cite os dados objetivos e subjetivos;
2. Relate o que você acha irrelevante ou relevante
no caso;
1. Homem de 21 anos
2. Casado, sem filhos
3. Profissão bombeiro
4. Altura: 1,83m, peso 76kg
5. Tax: 36,6ºC, pulso: 60, FR:16
6. PA: 110/60
7. Inconsciente devido a lesão craniana
8. Respirações espontâneas
9. Pulmões limpos
10. História de convulsão
11. SVD drenando urina;
Exercício
12. Esposa informa que ele está constipado;
13. Alimentação por Sonda a cada 4h;
14. Rigidez de extremidades;
15. Apresenta áreas hiperemiadas nos dois
cotovelos;
16. É alérgico a penicilina;
17. Esposa diz sentir-se que vai desabar;
18. Esposa informa que, antes do acidente, o
marido orgulhava-se de sua forma física.
Relate os dados objetivos;
Relate os dados subjetivos;
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Agrupe as informações nos seguintes grupos
abaixo:
◦ Percepção de saúde
◦ Padrões nutricionais
◦ Atividade
◦ Sistema respiratório
◦ Sistema cardiovascular
◦ Sistema nervoso
◦ Sistema gastrointestinal
◦ Sistema geniturinário
◦ Sistema tegumentar
Referências
ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de
enfermagem: Uma ferramenta para o
pensamento crítico, 2010.
BARROS, L;BOTTURA, A.L. Anamnese e exame
físico: avaliação diagnóstica de enfermagem
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Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado ii

  • 1. Introdução à Sistematização do cuidado II Investigação: Anamnese
  • 2. Consulta de Enfermagem A consulta de enfermagem é uma atividade privativa e prestada pelo enfermeiro, na qual são identificados problemas de saúde e prescritas e implementadas medidas de enfermagem com o objetivo de promoção, proteção, recuperação ou reabilitação do paciente (CAIXETA, 2009).
  • 3. RESOLUÇÃO COFEN nº 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem. Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. § 1º - [...] instituições prestadoras de: serviços de internação hospitalar, ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. § 2º – [...] o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde a Consulta de Enfermagem.
  • 4. Processo de Enfermagem O processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. Serve para organizar o processo de trabalho de enfermagem. Constitui um meio de aplicação dos fundamentos de enfermagem na prática profissional.
  • 5. Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionada e interdependentes: Investigação (coleta de dados: ANAMNESE e exame físico) Diagnósticos de Enfermagem Planejamento Implementação Avaliação
  • 6. Avaliar é... 1. Determinar o valor de... 2. Calcular, estimar... Então.... Avaliação de saúde é uma estimativa da condição de saúde do paciente.
  • 7. Investigação Trata-se de uma coleta sistemática de dados para determinar/avaliar o estado de saúde do paciente e identificar quaisquer problemas reais ou potenciais de saúde. É realizada com a entrevista e o exame físico. Investigação Diagnóstico (LEFEVRE, 2010)
  • 8. Como a investigação leva ao diagnóstico?
  • 9. A precisão, a eficiência , a eficácia e a segurança de todas as outras etapas do PE depende da capacidade de coletar os dados investigativos precisos, relevantes e abrangentes. Se sua investigação for imprecisa, vaga ou incompleta, você coloca seu paciente em risco para o cuidado ineficaz, ineficiente e inseguro.
  • 10. Etapas da investigação 1. Coleta de dados – coleta direta ou indireta. Os pacientes e pessoas significativas; Os registros médicos e de enfermagem; Participantes adicionais: Ex: cuidadores. Mesmo que a coleta de dados exija que você colete informações de várias fontes, considere sempre sua investigação direta do paciente como sua principal fonte de informação. – informação mais atualizada Regra:
  • 11. Etapas da investigação 2. Identificação de indícios e realização de inferências: dados subjetivos e objetivos; S – A : dados subjetivos – Afirmados O – O: dados objetivos – observados/medidos Ex: “Meu coração está disparando” Ex: P = 150 bat/min, pulso cheio e forte.
  • 12. 3. Validação dos dados – comparação de dados com os padrões de normalidade; Ex: Suponha que você pergunta sobre a possibilidade de está grávida, e ela responda Não. Se você não fizer uma verificação perguntando: “Quando foi seu ultimo dia da menstruação?” ou encontrar um resultado de um teste gestacional. Pode agir com base em uma não gravidez.
  • 13. Ex: Mãe procura o serviço de saúde afirmando que sua filha está com febre. (informação subjetiva). Durante o exame físico, a Tax: 36,5º (dado objetivo). Dica: Compare dados subjetivos e objetivos pra ver se o que a pessoa afirma é consistente com o que você observa.
  • 14. 4. Grupamento dos dados Organização dos dados de acordo com os padrões de saúde. 1. Padrões funcionais e metabólicos; 2. Eliminação; 3. Atividade e exercício 4. Alimentação 5. Sono-repouso (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 15. 5. Identificação de padrões – determinar o que é ou não relevante e descobrir fatores causais 6. Comunicação e registro de dados – promove continuidade da assistência, exatidão das anotações e pensamento crítico. (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 16. Que recursos você usa? Os pacientes e pessoas significativas; Os registros médicos e de enfermagem; Participantes adicionais: ex: cuidadores. Mesmo que a coleta de dados exija que você colete informações de várias fontes, considere sempre sua investigação direta do paciente como sua principal fonte de informação. – informação mais atualizada Regra: (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 17. Algumas Habilidades do Enfermeiro ◦ Saber ouvir e entender ◦ Saber explorar os dados que o paciente traz ◦ Demonstrar interesse e conhecimento ◦ Ser receptivo ◦ Estabelecer a comunicação terapêutica
  • 18. Antes de ir pra entrevista...
  • 19.
  • 20.
  • 21. Ao iniciar a entrevista: DICAS INTRODUÇÃO Apresente-se e identifique-se; Verifique o nome as pessoa, se possível pergunte como gostaria de ser chamado; Explique o seu propósito; Dê atenção total a pessoa; Não tenha pressa; Se possível, sente-se (demostra disponibilidade); (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 22. Seja um ouvinte ativo empático; Uso frases curtas de modo a fazer com que a pessoa, perceba que você a entende (ex: sei, entendo...) Permita que a pessoa saiba que você entende a linguagem corporal. ◦ Ex: você me disse não sentir dor, mas você não me parece confortável. Seja paciente; Evite o impulso de interromper; Evite escrever durante a entrevista, se for o caso; avise (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 23. ANAMNESE: O QUE PERGUNTAR?  Corpo da Entrevista Dados biográficos/bibliográficos/identificação: (nome, idade, sexo, profissão, estado civil, moradia, procedência, grau de instrução..) são dados bibliográficos Queixa principal (QP) História da Doença Atual (HDA) História das doenças anteriores pessoais e familiares Uso de medicamentos e alergias Hábitos e costumes (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 24. Anamnese: Como perguntar? 1. Pergunte sobre o principal motivo da sua ida ao serviço de saúde. I. COMO O (A) SENHOR (A) ESTÁ? 2. Focalize as perguntas de modo a obter informações detalhadas sobre os sinais e sintomas. 3. Não use perguntas indutoras: você não bebe álcool, bebe? Está sentindo dor? (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 25. Fechamento da Entrevista 1. Avisar o paciente que o final se aproxima. Ex: temos 5 minutos pra terminar; 2. Pergunte “o que mais”? 3. Fazer um breve resumo dos dados mais importantes colhidos; 4. Explique a rotina do serviço e forneça informações sobre quem é responsável agora. (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 26. Quais os objetivos da anamnese??
  • 27.  Objetivos  O paciente dirá como percebe seu estado de saúde: condições físicas e psíquicas  Situar como é o cliente, suas características gerais e hábitos  Conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores  Identificar as demandas de cuidado  Identificar sinais e sintomas  Leitura imediata das informações obtidas pela comunicação verbal e não-verbal (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 28. Tipos de comunicação Verbal: Elaborações de questões para facilitar a relação enfermeiro-paciente Não verbal: é feita através da leitura dos gestos, postura, tom de voz... (BARROS, 2010)
  • 29. Abertas: são aquelas que estimulam a descrição/relato do paciente Ex: fale-me como é o lugar onde você mora? Ex: como se sente? Fechadas: evitam as respostas longas, permite o enfermeiro focar certos aspectos da entrevista. ◦ Ex: você toma remédios quando sente dor? ◦ Ex: está se sentindo bem? Tipos de perguntas (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 30. Complementares: São aquelas empregadas como o objetivo de esclarecer e aprofundar as informações.
  • 31. Perguntas abertas Trazem mais informações Proporcionam a chance de verbalizar e envolver as pessoas no diálogo Tendem a provocar a resposta mais honesta São menos ameaçadoras Perguntas fechadas Ajuda a esclarecer as respostas Poupa tempo na emergência Podem ser úteis para concentrar a entrevista em dados específicos Podem ser úteis em paciente confusos Perguntas abertas Podem permitir que o paciente sai do foco Exigem respostas extensas Perguntas fechadas Podem ser mais ameaçadoras Limitam a quantidade de informação Não incentivam o diálogo Vantagem X desvantagem (ALFARO-LEFEVRE, 2010)
  • 32.  Fatores que dificultam a sua aplicação  Dificuldades emocionais  defesas e valores  Imposição de autoridade de enfermeiro  Ambiente inadequado  Expressão de opinião própria  Falta de habilidade técnica e científica  Falta de habilidade de relacionamento interpessoal Coleta de dados
  • 33. Erros comuns Uso de adjetivos afetivos; Uso de fala infantil; Uso de termos médicos com pessoas leigas;
  • 34. Enfoque a entrevista na áreas de preocupação do paciente. 1. O paciente diz: tenho uma erupção de pele que aparece e desaparece. O que você responderá? 2. O paciente diz: “ meu estômago tem estado dolorido”. O que você responderá? 3. O paciente diz: “ocorre ardência quando urino”. O que você diz? Vamos praticar?
  • 35. Vamos praticar? 1. Você examina um paciente e descobre que as mãos e as unhas do paciente estão sujas de terra, embora o resto do corpo esteja limpo. O que você dirá a seguir? 2. Você examina um paciente e descobre um nódulo na parte posterior da cabeça. O que você perguntará a seguir?
  • 36. Exercício... J.M.S, 51anos, sexo masculino, pardo, procedente de moita bonita, viúvo, aposentado. Estudou até 1º série. Foi admitido ontem com dor no peito. Seu médico prescreveu os seguintes exames: ECG, radiografia de tórax e exames completos, incluindo glicemia. Os resultados desses exames foram recentemente colocados no prontuário. Ao conversar com paciente ele afirma sentir-se melhor hoje – sem dor. “É um alívio estar livre daquele desconforto”. Você acha que ele aparenta estar um pouco cansado ou abatido, fala com lentidão e suspira com mais frequência do que o normal. Ele nega estar abatido. Seus sinais vitais são os seguintes: PA: 140/90mmHg, FR: 22ipm, FC: 74bpm (regular), Tax: 37ºC Liste os dados subjetivos, dados objetivos e bibliográficos observados no caso.
  • 37. Exercício Homem de 72 anos, cego, apresentando escoriações no braço direito e na testa. Relata que se bate muito nas coisas em casa e que usa a bengala para saber onde está. 1. Cite os dados objetivos e subjetivos; 2. Relate o que você acha irrelevante ou relevante no caso;
  • 38. 1. Homem de 21 anos 2. Casado, sem filhos 3. Profissão bombeiro 4. Altura: 1,83m, peso 76kg 5. Tax: 36,6ºC, pulso: 60, FR:16 6. PA: 110/60 7. Inconsciente devido a lesão craniana 8. Respirações espontâneas 9. Pulmões limpos 10. História de convulsão 11. SVD drenando urina; Exercício
  • 39. 12. Esposa informa que ele está constipado; 13. Alimentação por Sonda a cada 4h; 14. Rigidez de extremidades; 15. Apresenta áreas hiperemiadas nos dois cotovelos; 16. É alérgico a penicilina; 17. Esposa diz sentir-se que vai desabar; 18. Esposa informa que, antes do acidente, o marido orgulhava-se de sua forma física.
  • 40. Relate os dados objetivos; Relate os dados subjetivos; Relate o que é irrelevante ou relevante; Agrupe as informações nos seguintes grupos abaixo: ◦ Percepção de saúde ◦ Padrões nutricionais ◦ Atividade ◦ Sistema respiratório ◦ Sistema cardiovascular ◦ Sistema nervoso ◦ Sistema gastrointestinal ◦ Sistema geniturinário ◦ Sistema tegumentar
  • 41. Referências ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: Uma ferramenta para o pensamento crítico, 2010. BARROS, L;BOTTURA, A.L. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ªed, 2010.