SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Prof.ªnikaela
INTRODUÇÃO
O PE é dinâmico e simétrico entre suas etapas, cujo centro e o indivíduo, a família
e a comunidade. Considerado a ciência da assistência, em que busca as
necessidades básicas alteradas do
indivíduo.
 Assim, podemos afirmar que o enfermeiro possui três áreas de atuação :
A função o de assistir o paciente em suas necessidades, tornando o
independente, sempre que possível e ensinar autocuidado;
Interdependência ou de colaboração o, com interação o interdisciplinar de
manter, promover e recuperar a saúde; e social;
Como um profissional de ação de impacto social importante para promover
ensino, pesquisa, administração , responsabilidade legal e de participar na
associação o de classe.
O Histórico deve ser realizado pelo enfermeiro de maneira
informal, e ser interativo, com características a serem seguidas:
conciso, claro e preciso, com informações que permitam
intervenções imediatas, individualizado, sem informação duplicadas
Alguns fatores podem interferir no histórico de enfermagem, como o estado de
saúde do paciente, onde a prioridade e a queixa principal. Nesse caso, o HE poderá
ser adiado. Questões próprias do paciente, como idade, sexo, cultura e escolaridade,
tempo de internação e idioma também podem se tornar algum tipo de complicador,
porem, são circunstancias que poderá o ser vencidas pelo preparo,
autoconhecimento e tempo disponível do enfermeiro.
Como identificação a historia clínica atual, diagnóstico medico e histórico de doença pregressa,
exame físico, sinais vitais e exames complementares. Ademais, devemos aplicar e registrar os
escores das principais escalas utilizadas no setor e manter atualizadas as informações como
sintomas e intercorrências.
O HE pode ser compreendido como um roteiro que permite ao enfermeiro o levantamento de
informações individuais ou coletivas. A analise desse roteiro auxiliara na definição dos
Diagnósticos de Enfermagem (DE), sendo elaborado normalmente na primeira consulta, quando
o atendimento e ambulatorial.
No momento da admissão na unidade, e fundamental obter o máximo de informações
sobre o paciente para direcionar as ações de cuidado. Como todo PE tem como base as
informações obtidas no HE, falhas nessa etapa levam a erros na elaboração dos
diagnósticos e intervenções.
O HE e dividido em anamnese - entrevista - e exame físico, com o objetivo de identificar
as necessidades do paciente, utilizando instrumentos de coletas de informações. E crucial
realiza -lós com qualidade, evitando a coleta de dados incompletos ou incorretos.
Durante a anamnese, deve-se obter todas as informações do paciente
necessárias a uma condução o efetiva do atendimento, podendo ser organizadas
da seguinte maneira :
1) Identificação: dados pessoais do paciente, tais como nome, idade, sexo, cor,
endereço.
2) Historia da doença atual: todos os sintomas relativos ao que motivou a procura
do serviço de saúde atualmente.
3) Antecedentes de saúde: informações sobre doenças de base, hospitalizações
previas, cirurgias e alergias medicamentosas e alimentares.
4) Antecedentes familiares: pesquisa de doenças e condições de saúde
prevalentes na família.
5) Hábitos de vida: informações sobre alimentação , atividade física, sono e
repouso, atividade sexual e consumo de álcool e outras drogas.
6) Histórico social: trabalho e fontes de renda e condições de moradia.
Os registros de enfermagem devem ser diretos, objetivos, integrais e legíveis e devem conter
a assinatura do profissional responsável, além de data e hora da anotação o, de forma a
impedir que eventos adversos ocorram na assistência devido a uma comunicação falha.
As anotação es de enfermagem objetivam promover uma assistência completa e continuada,
além de garantir a segurança de todos os envolvidos no processo de cuidado - paciente,
profissional e estabelecimento de saúde. Propicia, ainda, informações para pesquisas,
auditorias e processos judiciais.
Paciente, 4º dia de internação hospitalar, sexo feminino, 45 anos, veio a esta unidade
trazida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) após episódios de
hematêmese, iniciados há uma semana. Encontro-a no leito, com eliminação intestinal de
melena, desorientada em tempo, sem acompanhante; sem dor. Em situação de rua,
trabalha com reciclagem de lixo, faz uso frequente de crack, maconha e a álcool. Relata que
marido foi assassinado ha dois anos, e desde então mora na rua, e sem as filhas, que
passaram a morar com sua ex-sogra. Família se afastou desde que ela recusou internação
para tratamento da drogadição. Relata outros episódios de hematêmese há cerca de três
meses. Segundo ela, o ultimo episodio de hematêmese esta relacionado a ingesta de
(bebida alcoólica) cuja garrafa foi encontrada no lixo, seguida da ingesta de medicamento
com ação relaxante muscular, anti-inflamatório , que ganhou de vizinha. A chegada a esta
unidade, recebeu transfusão de uma bolsa de hemoconcentrado de hemácias e duas
bolsas de plasma fresco congelado.
Como exemplo, utilizaremos o caso clínico a seguir:
Ao exame físico: Sinais vitais - Temperatura: 35,2ºC; Pulso: 85 bpm; Respiração : 13 irpm; Pressa o
Arterial: 100x56 mmHg; Saturação o 95% em ar ambiente. Cabeça e pescoço: esclera ictérica
(1+/4+); conjuntiva hipocorada (++/4); dentição prejudicada; mucosa oral hipocorada (++/4+) e
com sujidade visível; hálito com odor fétido; presença de acesso venoso em jugular externa
direita. Tórax: a ausculta cardíaca, bulhas normofoneticas ao som de dois tempos; a ausculta
pulmonar, murmúrios vesiculares fisiológicos. Abdome: a ausculta, ruídos hidroaéreos presentes e
hiperativos; a percussão o som timpânico ; indolor a palpação o; cicatriz umbilical invertida.
Genitália: presença de alterações sugestivas de condiloma acuminado. Anus: presença de
alterações sugestivas de condiloma acuminado; eliminação de melena em fralda. Membros
superiores: indolores a palpação, todas as polpas digitais lesionadas; tempo de enchimento capilar
Cada diagnóstico possui um título e
uma definição, sendo fundamental que
os enfermeiros conheçam as definições
para maior acurácia. Os diagnósticos
possuem: características definidoras,
fatores relacionados, populaçao de
risco e condições associadas.
Os enfermeiros que já utilizam a NANDA-I vão perceber que, na nova
edição, foram acrescentados dois termos, população em risco e
condições associadas, para utilizar dados uteis e dar mais clareza ao
diagnostico, mesmo não sendo passível de intervenções de
enfermagem.
Planejamento de Enfermagem – terceira etapa do processo de enfermagem
Dentro do planejamento, a definição de prioridades dos diagnósticos de enfermagem e
essencial para a prestação de um cuidado responsável e eficiente. O componente
fundamental na fase de planejamento, são os resultados esperados. Eles subsidiam as
ações e o momento em que devera o ser executadas, a fim de estabelecer a
recuperação do cliente.
As intervenções prescritas devem considerar os fatores relacionados e as
características definidoras de cada diagnóstico, pois o foco das mesmas deve ser
reverter os fatores etiológicos associados aos diagnósticos e solucionar os sinais
e sintomas.
Prescrição de enfermagem
1. Diagnóstico de enfermagem: Risco de choque (circulatório – hipovolêmico)
associado a hipotensa o (100x56 mmHg) e hipovolemia (melena e episodio
recente de hematêmese).
2. Resultados esperados: Manter a estabilidade e/ou identificar precocemente
alterações hemodinâmicas.
3. Intervenções: Realizar escuta ativa, avaliar exames laboratoriais, comunicar
equipe medica, administrar medicação prescritas.
2. Diagnóstico de enfermagem: Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais
(desfavorecida economicamente e no momento da coleta em prescrição medica de dieta oral zero),
relacionada a ingesta o alimentar insuficiente, caracterizado por ingesta o de alimentos menor que a
ingesta o diária recomendada (relato de situação de rua, ingesta de alimentos encontrados no lixo,
perda ativa de sangue via melena, exames laboratoriais alterados – albumina, globulina, hemácias,
hemoglobina, hematócrito, Concentração de Hemoglobina Corpuscular Me dia (CHCM) e Amplitude
de Distribuição o dos Glóbulos Vermelhos (RDW) abaixo dos valores de referencia –, achados do
exame físico – emagrecimento, mucosas hipocoradas, ruídos hidroaéreos hiperativos e percussão o
abdominal timpânica).
Resultados esperados: Garantir atendimento das demandas
metabolicas e promover conforto.
Intervenções: Administrar vitaminas prescritas, monitorar estado nutricional
Referencias
CECCHETTO, Fátima Helena; BELAVER, Vanessa. Evolução histórica da sistematização da assistência
em enfermagem no brasil1. Revista cuidado em enfermagem-cesuca-issn 2447-2913, v. 2, n. 2, p. 55-64,
2016.
TANNURE, Meire Chucre. SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem – Guia Prático 3ª ed. Rio
de Janeiro: Grupo Gen, 2019.
CHANES, Marcelo. SAE Descomplicada Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rio de Janeiro:
Grupo Gen, 2018.
SANTOS, Luciana Soares Costa et al. Wanda de Aguiar Horta: revisão histórica e influência científica no período de
Consolidação da Enfermagem como Ciência no Brasil, 1960 a1999. Research, Society and Development, v. 11, n. 12,
2022.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula sobre sistematização de enfermagem conceito e sua funcionalidade

Programa de controle da tuberculose
Programa de controle da tuberculosePrograma de controle da tuberculose
Programa de controle da tuberculoseAntônio Silva
 
Madeleine Leininger
Madeleine LeiningerMadeleine Leininger
Madeleine LeiningerTatibenjamin
 
O serviço social e a possibilidade de uma
O serviço social  e a possibilidade de umaO serviço social  e a possibilidade de uma
O serviço social e a possibilidade de umaVilma Pereira da Silva
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASOCUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASOJonathan Sampaio
 
- AULA 07- DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx
- AULA 07-  DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx- AULA 07-  DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx
- AULA 07- DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptxFarmaciafic1
 
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritotatysants
 
Sequencia da anotação
Sequencia da anotaçãoSequencia da anotação
Sequencia da anotaçãoCarol Melo
 
Termologia da área de enfermagem
Termologia da área de enfermagemTermologia da área de enfermagem
Termologia da área de enfermagemNEELLITON SANTOS
 
2011 para além do transplante hepático explorando adesão ao tratamento-rafae...
2011 para além do transplante hepático  explorando adesão ao tratamento-rafae...2011 para além do transplante hepático  explorando adesão ao tratamento-rafae...
2011 para além do transplante hepático explorando adesão ao tratamento-rafae...Nádia Elizabeth Barbosa Villas Bôas
 
Apostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagemApostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagemSimone Abud
 
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdfAULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdfAndreaPecceBento
 
2006 -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.
2006  -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.2006  -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.
2006 -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.Rodrigo Bastos
 
Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)
Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)
Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)marcelaenf
 

Semelhante a Aula sobre sistematização de enfermagem conceito e sua funcionalidade (20)

Programa de controle da tuberculose
Programa de controle da tuberculosePrograma de controle da tuberculose
Programa de controle da tuberculose
 
Madeleine Leininger
Madeleine LeiningerMadeleine Leininger
Madeleine Leininger
 
O serviço social e a possibilidade de uma
O serviço social  e a possibilidade de umaO serviço social  e a possibilidade de uma
O serviço social e a possibilidade de uma
 
Prontuário médico
Prontuário médicoProntuário médico
Prontuário médico
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASOCUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO
 
Prontuário médico
Prontuário médicoProntuário médico
Prontuário médico
 
- AULA 07- DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx
- AULA 07-  DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx- AULA 07-  DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx
- AULA 07- DEFINIÇÃO DE SEMIOLOGIA.pptx
 
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabarito
 
Sequencia da anotação
Sequencia da anotaçãoSequencia da anotação
Sequencia da anotação
 
Termologia da área de enfermagem
Termologia da área de enfermagemTermologia da área de enfermagem
Termologia da área de enfermagem
 
2011 para além do transplante hepático explorando adesão ao tratamento-rafae...
2011 para além do transplante hepático  explorando adesão ao tratamento-rafae...2011 para além do transplante hepático  explorando adesão ao tratamento-rafae...
2011 para além do transplante hepático explorando adesão ao tratamento-rafae...
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 
Apostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagemApostila de processo de enfermagem
Apostila de processo de enfermagem
 
Epidemiologia
EpidemiologiaEpidemiologia
Epidemiologia
 
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdfAULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
AULA 2 2022 SEMIOLOGIA.pdf
 
2006 -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.
2006  -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.2006  -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.
2006 -01_-_a_enfermagem_nas_novas_terapias_alternativas_no_sus.
 
2009 1-07
2009 1-072009 1-07
2009 1-07
 
Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)
Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)
Aula consulta de enfermagem-UFF (Monitora Marcela)
 
Enfermagem
EnfermagemEnfermagem
Enfermagem
 

Último

Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaJoyceDamasio2
 

Último (8)

Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
 

Aula sobre sistematização de enfermagem conceito e sua funcionalidade

  • 2. O PE é dinâmico e simétrico entre suas etapas, cujo centro e o indivíduo, a família e a comunidade. Considerado a ciência da assistência, em que busca as necessidades básicas alteradas do indivíduo.
  • 3.  Assim, podemos afirmar que o enfermeiro possui três áreas de atuação : A função o de assistir o paciente em suas necessidades, tornando o independente, sempre que possível e ensinar autocuidado; Interdependência ou de colaboração o, com interação o interdisciplinar de manter, promover e recuperar a saúde; e social; Como um profissional de ação de impacto social importante para promover ensino, pesquisa, administração , responsabilidade legal e de participar na associação o de classe.
  • 4. O Histórico deve ser realizado pelo enfermeiro de maneira informal, e ser interativo, com características a serem seguidas: conciso, claro e preciso, com informações que permitam intervenções imediatas, individualizado, sem informação duplicadas
  • 5. Alguns fatores podem interferir no histórico de enfermagem, como o estado de saúde do paciente, onde a prioridade e a queixa principal. Nesse caso, o HE poderá ser adiado. Questões próprias do paciente, como idade, sexo, cultura e escolaridade, tempo de internação e idioma também podem se tornar algum tipo de complicador, porem, são circunstancias que poderá o ser vencidas pelo preparo, autoconhecimento e tempo disponível do enfermeiro.
  • 6. Como identificação a historia clínica atual, diagnóstico medico e histórico de doença pregressa, exame físico, sinais vitais e exames complementares. Ademais, devemos aplicar e registrar os escores das principais escalas utilizadas no setor e manter atualizadas as informações como sintomas e intercorrências. O HE pode ser compreendido como um roteiro que permite ao enfermeiro o levantamento de informações individuais ou coletivas. A analise desse roteiro auxiliara na definição dos Diagnósticos de Enfermagem (DE), sendo elaborado normalmente na primeira consulta, quando o atendimento e ambulatorial.
  • 7. No momento da admissão na unidade, e fundamental obter o máximo de informações sobre o paciente para direcionar as ações de cuidado. Como todo PE tem como base as informações obtidas no HE, falhas nessa etapa levam a erros na elaboração dos diagnósticos e intervenções.
  • 8. O HE e dividido em anamnese - entrevista - e exame físico, com o objetivo de identificar as necessidades do paciente, utilizando instrumentos de coletas de informações. E crucial realiza -lós com qualidade, evitando a coleta de dados incompletos ou incorretos.
  • 9. Durante a anamnese, deve-se obter todas as informações do paciente necessárias a uma condução o efetiva do atendimento, podendo ser organizadas da seguinte maneira : 1) Identificação: dados pessoais do paciente, tais como nome, idade, sexo, cor, endereço. 2) Historia da doença atual: todos os sintomas relativos ao que motivou a procura do serviço de saúde atualmente. 3) Antecedentes de saúde: informações sobre doenças de base, hospitalizações previas, cirurgias e alergias medicamentosas e alimentares. 4) Antecedentes familiares: pesquisa de doenças e condições de saúde prevalentes na família. 5) Hábitos de vida: informações sobre alimentação , atividade física, sono e repouso, atividade sexual e consumo de álcool e outras drogas. 6) Histórico social: trabalho e fontes de renda e condições de moradia.
  • 10. Os registros de enfermagem devem ser diretos, objetivos, integrais e legíveis e devem conter a assinatura do profissional responsável, além de data e hora da anotação o, de forma a impedir que eventos adversos ocorram na assistência devido a uma comunicação falha.
  • 11. As anotação es de enfermagem objetivam promover uma assistência completa e continuada, além de garantir a segurança de todos os envolvidos no processo de cuidado - paciente, profissional e estabelecimento de saúde. Propicia, ainda, informações para pesquisas, auditorias e processos judiciais.
  • 12. Paciente, 4º dia de internação hospitalar, sexo feminino, 45 anos, veio a esta unidade trazida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) após episódios de hematêmese, iniciados há uma semana. Encontro-a no leito, com eliminação intestinal de melena, desorientada em tempo, sem acompanhante; sem dor. Em situação de rua, trabalha com reciclagem de lixo, faz uso frequente de crack, maconha e a álcool. Relata que marido foi assassinado ha dois anos, e desde então mora na rua, e sem as filhas, que passaram a morar com sua ex-sogra. Família se afastou desde que ela recusou internação para tratamento da drogadição. Relata outros episódios de hematêmese há cerca de três meses. Segundo ela, o ultimo episodio de hematêmese esta relacionado a ingesta de (bebida alcoólica) cuja garrafa foi encontrada no lixo, seguida da ingesta de medicamento com ação relaxante muscular, anti-inflamatório , que ganhou de vizinha. A chegada a esta unidade, recebeu transfusão de uma bolsa de hemoconcentrado de hemácias e duas bolsas de plasma fresco congelado. Como exemplo, utilizaremos o caso clínico a seguir:
  • 13. Ao exame físico: Sinais vitais - Temperatura: 35,2ºC; Pulso: 85 bpm; Respiração : 13 irpm; Pressa o Arterial: 100x56 mmHg; Saturação o 95% em ar ambiente. Cabeça e pescoço: esclera ictérica (1+/4+); conjuntiva hipocorada (++/4); dentição prejudicada; mucosa oral hipocorada (++/4+) e com sujidade visível; hálito com odor fétido; presença de acesso venoso em jugular externa direita. Tórax: a ausculta cardíaca, bulhas normofoneticas ao som de dois tempos; a ausculta pulmonar, murmúrios vesiculares fisiológicos. Abdome: a ausculta, ruídos hidroaéreos presentes e hiperativos; a percussão o som timpânico ; indolor a palpação o; cicatriz umbilical invertida. Genitália: presença de alterações sugestivas de condiloma acuminado. Anus: presença de alterações sugestivas de condiloma acuminado; eliminação de melena em fralda. Membros superiores: indolores a palpação, todas as polpas digitais lesionadas; tempo de enchimento capilar
  • 14. Cada diagnóstico possui um título e uma definição, sendo fundamental que os enfermeiros conheçam as definições para maior acurácia. Os diagnósticos possuem: características definidoras, fatores relacionados, populaçao de risco e condições associadas.
  • 15. Os enfermeiros que já utilizam a NANDA-I vão perceber que, na nova edição, foram acrescentados dois termos, população em risco e condições associadas, para utilizar dados uteis e dar mais clareza ao diagnostico, mesmo não sendo passível de intervenções de enfermagem.
  • 16. Planejamento de Enfermagem – terceira etapa do processo de enfermagem Dentro do planejamento, a definição de prioridades dos diagnósticos de enfermagem e essencial para a prestação de um cuidado responsável e eficiente. O componente fundamental na fase de planejamento, são os resultados esperados. Eles subsidiam as ações e o momento em que devera o ser executadas, a fim de estabelecer a recuperação do cliente.
  • 17. As intervenções prescritas devem considerar os fatores relacionados e as características definidoras de cada diagnóstico, pois o foco das mesmas deve ser reverter os fatores etiológicos associados aos diagnósticos e solucionar os sinais e sintomas. Prescrição de enfermagem
  • 18. 1. Diagnóstico de enfermagem: Risco de choque (circulatório – hipovolêmico) associado a hipotensa o (100x56 mmHg) e hipovolemia (melena e episodio recente de hematêmese). 2. Resultados esperados: Manter a estabilidade e/ou identificar precocemente alterações hemodinâmicas. 3. Intervenções: Realizar escuta ativa, avaliar exames laboratoriais, comunicar equipe medica, administrar medicação prescritas.
  • 19. 2. Diagnóstico de enfermagem: Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais (desfavorecida economicamente e no momento da coleta em prescrição medica de dieta oral zero), relacionada a ingesta o alimentar insuficiente, caracterizado por ingesta o de alimentos menor que a ingesta o diária recomendada (relato de situação de rua, ingesta de alimentos encontrados no lixo, perda ativa de sangue via melena, exames laboratoriais alterados – albumina, globulina, hemácias, hemoglobina, hematócrito, Concentração de Hemoglobina Corpuscular Me dia (CHCM) e Amplitude de Distribuição o dos Glóbulos Vermelhos (RDW) abaixo dos valores de referencia –, achados do exame físico – emagrecimento, mucosas hipocoradas, ruídos hidroaéreos hiperativos e percussão o abdominal timpânica). Resultados esperados: Garantir atendimento das demandas metabolicas e promover conforto. Intervenções: Administrar vitaminas prescritas, monitorar estado nutricional
  • 20.
  • 21. Referencias CECCHETTO, Fátima Helena; BELAVER, Vanessa. Evolução histórica da sistematização da assistência em enfermagem no brasil1. Revista cuidado em enfermagem-cesuca-issn 2447-2913, v. 2, n. 2, p. 55-64, 2016. TANNURE, Meire Chucre. SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem – Guia Prático 3ª ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2019. CHANES, Marcelo. SAE Descomplicada Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2018. SANTOS, Luciana Soares Costa et al. Wanda de Aguiar Horta: revisão histórica e influência científica no período de Consolidação da Enfermagem como Ciência no Brasil, 1960 a1999. Research, Society and Development, v. 11, n. 12, 2022.