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ANTIBIÓTICO
S
João Pessoa, Junho de 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS
DEPARTAMENTO DE PROMOÇÃO À SAÚDE
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
PROFESSOR EVANÍZIO ROQUE DE ARRUDA JUNIOR
Lucas Eufrásio
Cloranfenicol
Cloranfenicol
 Introdução
 Droga única e em desuso;
 Inicialmente natural: isolado de culturas de Streptomyces
venezuelae;
 Em seguida, produção sintética.
Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.
Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;
Cloranfenicol
 Mecanismo de Ação
 Ação bacteriostática: inibição da síntese proteica (fração
50S do ribossomo).
 Ação bactericida: mecanismo de ação não suficientemente
claro sobre H. influenzae, S. pneumonie, Neisseria
meningitidis e Salmonella typhi.
Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.
Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;
Cloranfenicol
 Mecanismo de Resistência
 Inativação enzimática:
 Por produção de acetiltransferase;
 Por produção de nitrorredutase (anaeróbios).
 Por redução da permeabilidade à droga.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
 Propriedades Farmacológicas
 Vias de administração:
 Oral: absorção rápida e quase completa.
 Biodisponibilidade próxima à 100%.
 Endovenosa: indicada para casos graves em que a VO está
inviabilizada.
 Biodisponibilidade menor que 70%.
 Meia vida: aproximadamente 3 horas.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
Cloranfenicol
 Difunde-se muito bem em todos líquidos e tecidos
orgânicos:
 Atinge grande concentração no fígado, pulmão, coração, baço,
tecido linfoide, líquido ascítico e pleural, saliva, etc..
 Apresenta maior passagem para tecido cerebral e LCR - 66% da
conc. sérica.
 Aplicações tópicas oculares.
 Baixa concentração nos ossos e próstata.
 Via de excreção: bile e urina.
 Metabolização hepática: glicuronização.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
Cloranfenicol
 Interações Medicamentosas
 Metabolização acelerada pelo fenobarbital, hidantoína e
rifampicina, bem como reduz a metabolização desses.
 Ação sinérgica com ATB beta-lactâmicos contra
microrganismos produtores de beta-lactamases.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
Cloranfenicol
 Uso Clínico
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Em desuso
por toxicidade Uso mantido por
custo muito
baixo
Cloranfenicol
 Meningites em crianças (2 meses a 10anos):
 Ampicilina mais cloranfenicol.
 Atividade contra pneumococo, meningococo e hemófilo:
RESISTÊNCIA CRESCENTE!
 Substituição por ceftriaxona: menor toxicidade, muito disponível e
barata.
 Febre tifóide: Salmonella typhi:
 Ampicilina/Amoxicilina, SMX/TMP, Ciprofloxacina.
 Ricketisioses em menores de 8 anos:
 Em substituição à doxiciclina.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
Cloranfenicol
 Infecções mistas contendo anaeróbios:
 Abscessos cerebrais: + Penicilina G cristalina.
 Infecções abdominais: + Pen G + Gentamicina.
 Esquema preferível: Ceftriaxona + Oxacilina + Metronidazol.
 Infecções por H. influenzae - sensível a cefotaxima e
ceftriaxona:
 Celulites, epiglotites, artrites sépticas, osteomielites e meningites.
 Gastroenterites por S. typhi e outros gram negativos: cipro
ou ceftriaxona.
 Granuloma inguinal (K. granulomatis): doxiciclina e
Linfogranuloma venéreo (C. trachomatis): azitromicina.
 Peste bubônica e brucelose: tto com streptomicina +
doxiciclina.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
Cloranfenicol
 Efeitos Adversos
 Aplasia Medular:
 Incidência 1:40000;
 Despovoamento da medula óssea e pancitopenia periférica;
 Hipocelularidade medular com invasão gordurosa;
 Frequentemente irreversível – independente da dose e tempo de
uso, pode ocorrer mesmo após a descontinuação da droga.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006
Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
Cloranfenicol
Carolina Ramos
Aminoglicosídeos
 Conceito e Classificação
 Estreptomicina e o fungo Streptomyces griseus.
 Principais drogas em nosso meio: gentamicina,
tobramicina, amicacina, netilmicina, paramomicina e
espectinomicina.
Aminoglicosídeos
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Aminoglicosídeos
 Mecanismo de Ação
 Ligam-se à fração 30S dos
ribossomos, inibindo a síntese
proteica ou produzindo proteínas
defeituosas.
 Primeiramente, liga-se à superfície da
célula bacteriana e, em seguida, é
transportado através da parede, por
um processo dependente de energia
oxidativa.
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Aminoglicosídeos
 Mecanismos de Resistência
 Alteração dos sítios de ligação no ribossomo;
 Alteração na permeabilidade;
 Modificação enzimática da droga.
Os genes que conferem resistência podem estar associados a plasmídeos
conjugativos e não conjugativos e em transposons.
Esse genes parecem ser constitutivos, não sendo induzidos pela presença
do antimicrobiano.
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Aminoglicosídeos
 Propriedades Farmacológicas
 Má biodisponibilidade por VO;
 Administrados IM ou EV;
 Eliminação por filtração glomerular.
 Concentração-dependência.
 Concentração extracelular e intracelular.
 Líquido pleural, pericárdico, ascítico e sinovial X líquor.
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
 Indicações Clínicas
 Bacilos e cocos gram-negativos
aeróbios
 Bactérias gram-positivas
 Micobactérias
AminoglicosídeosAminoglicosídeos
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Septicemias Endocardites
Infecções do
trato urinário
Infecções
respiratórias
Infecções
intra-
abdominais
Infecções
oculares
Meningites
em RN
Osteomielites
e infecções
de
articulações.
 Principais Aminoglicosídeos
 Estreptomicina
 Mycobacterium tuberculosis e M. bovis.
 Esquemas alternativos contra TB: resistência à isoniazida e/ou à
rifampicina, ou necessidade de terapia parenteral.
 Gentamicina
 Bacilos gram-negativos: P. aeruginosa e Serratia spp.
 Esquemas combinados com ß-lactâmicos: enterococos.
 Maior penetração placentária.
Aminoglicosídeos
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
 Principais Aminoglicosídeos
 Amicacina
 Maior espectro de ação.
 Gram-negativos resistentes à gentamicina.
 Terapia empírica de infecções relacionadas
à assistência à saúde.
 Micobacterioses.
 Tobramicina
 Formulações tópicas em colírio ou pomada oftálmica.
 Neomicina
 Formulações tópicas associadas a outros antimicrobianos e/ou
corticoides
Aminoglicosídeos
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Aminoglicosídeos
 Efeitos Colaterais
 Nefrotoxicidade
 IRA não oligúrica.
 FR: uso concomitante de outras drogas nefrotóxicas, idade avançada,
doença hepática subjacente, uso prévio de aminoglicosídeos e estados
hipovolêmicos.
 Ototoxicidade
 Lesão auditiva: zumbido e perda da audição.
 Lesão vestibular: vertigem, ataxia e perda do equilíbrio.
 Irreversibilidade.
 Paralisia Neuromuscular
 Paralisia respiratória.
 FR: miastenia gravis, hipocalcemia, hiperfosfatemia, botulismo.
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Thaís Teixeira
Macrolídeos
Macrolídeos
 Introdução
 Antibióticos formados
quimicamente por heterosídeos
contendo um anel lactona
macrocíclico.
 Representantes:
 Eritromicina, azitromicina,
claritromicina, espiramicina,
roxitromicina, telitromicina,
diritromicina.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
 Mecanismo de Ação
 Ação bacteriostática;
 Bloqueio da síntese proteica bacteriana;
 Ligam-se à subunidade 50S do ribossomo e impedem a
transferência dos aminoácidos conduzidos pelo RNAt para
a cadeia polipeptídica em formação.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Espectro de Ação
 Eritromicina:
 Bactérias gram-positivas, cocos gram-negativos, espiroquetas,
bacilo da coqueluche, actinomicetos, Chlamydia, Campylobacter,
Mycoplasma, Legionella, Gardnerella vaginalis.
 Claritromicina:
 Bactérias atípicas, Chlamydia trachomatis, Mycoplasma
pneumoniae e Legionella. Possui atividade contra Haemophilus
influenzae.
 Azitromicina:
 Gram-negativos (H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria
gonorrhoeae e espécies de Campylobacter e Legionella.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Resistência
 Natural: enterobactérias.
 Adquirida: S. aureus, S. epidermidis, S. pneumoniae.
 Pode resultar de mutações cromossômicas ou da aquisição de
plasmídios.
 A expressão da resistência consiste, principalmente, em
modificações na unidade 50S do ribossomo bacteriano.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Farmacocinética e Metabolismo: Eritromicina
 Inativada em meio ácido, possuindo absorção reduzida
quando administrada junto a alimentos.
 Possui menor meia-vida, necessitando de 4
administrações diárias.
 Metabolizada no fígado e excretada, principalmente, pelas
vias biliares.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Farmacocinética e Metabolismo: Claritromicina
 Níveis séricos mais elevados e prolongados que a
eritromicina, necessitando de apenas 2 administrações
diárias.
 Não sofre inativação em meio ácido.
 Eliminação, predominantemente, por via renal.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Farmacocinética e Metabolismo: Azitromicina
 Possui a maior meia-vida, necessitando de apenas uma
administração diária.
 Alimentos e antiácidos interferem na sua absorção
 Possui elevada concentração nos tecidos.
 Eliminação, principalmente, através da mucosa intestinal.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Interações Medicamentosas
 Eritromicina e Claritromicina:
 Teofilina;
 Benzodiazepínicos;
 Carbamazepina.
 Azitromicina;
 Digoxina.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Indicações Clínicas
 Eritromicina:
 Coqueluche, difteria, eritrasma, legioneloses, pneumonias
intersticiais por Mycoplasma pneumoniae.
 Claritromicina:
 Infecções das vias aéreas superiores e inferiores.
 Indicação especial nas infecções pulmonares por Chlamydia
pneumoniae, Legionella pneumophila e Mycoplasma
pneumoniae.
 Azitromicina:
 Infecções respiratórias e dermatológicas por estreptococos e
estafilococos.
 Infecções respiratórias por Haemophilus influenzae e Bordetella
pertussis. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
 Efeitos Adversos
 Mais comuns e intensos com a eritromicina.
 Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, pirose.
 Estolato de eritromicina: pode haver icterícia colestática
com febre, vômitos, hepatomegalia dolorosa, colúria e
acolia fecal.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Macrolídeos
Geronimo Neto
Tetraciclinas
 Introdução
 Formados por hidrocarbonetos aromáticos polinucleares.
 Amplo espectro de ação.
 Segunda classe de antibiótico de amplo espectro mais
antiga (1948).
 No Brasil: tetraciclina na forma de cloridrato e de fosfato,
oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Mecanismo de Ação
 Inibição da síntese proteica (porção 30S do ribossoma -
bloqueia a ligação do RNA transportador).
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Mecanismo de Resistência
 Principal: diminuição da acumulação da droga no interior
da célula.
 Cromossômica.
 Mediada por plasmídeos ou transposons.
 Utilização veterinária.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Vias de Administração
 Via oral
 Principal via
 Biodisponibilidade 60 a 70%
 IM
 Lidocaína
 Muito efeito adverso
 IV
 Flebite
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Espectro de Ação
 Gram positivos, Gram negativos, riquétsias, micoplasmas,
clamídias, borrélias, espiroquetas, actinomicetas,
legionelas e algumas micobactérias.
 Ação limitada: Entamoeba histolytica e os plasmódios
causadores da malária no homem.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Propriedades Farmacológicas
 A absorção oral é prejudicada pela ingestão concomitante
de alimentos, antiácidos, leite e ferro.
 É encontrada em pequena quantidade em muitos fluidos
orgânicos como: fígado, pulmões, rins cérebro, escarro,
LCR, líquido sinovial. Atravessam a barreira
transplacentária e são excretadas no leite materno.
 São eliminadas na urina e fezes, sendo a via renal a mais
importante.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Indicações Clínicas
 Infecções por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e
actinomicose.
 São alternativas para infecções por Mycoplasma
pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducrey, Treponema
pallidum e em pacientes com traqueobronquites e
sinusites.
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
 Efeitos Colaterais
 Podem causar reações alérgicas: urticárias, edema
prioritário, exantemas.
 Alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia do
esmalte dentário e crescimento ósseo anormal.
 Náuseas, vômitos e diarreia.
 Cefaleias, incapacidade de concentração e hipertensão
intracraniana (mais raros).
Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
Tetraciclinas
Ana Barbara
Metronidazol
 Conceito e Classificação
 Grupo nitroimidazólico;
 Droga usada, pela primeira vez, em 1959 para tratamento de
infecções por Trichomonas vaginalis; 1962 uso em bactérias
anaeróbias;
 Excelente atividade contra bactérias anaeróbias estritas (cocos
gram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos gram-positivos)
e microaerófilas; e certos protozoários como amebíase,
tricomoníase e giardíase.
Metronidazol
1-(2-hidroetil)-2-metil-5-
nitroimidazol
http://www.anvisa.gov.br/
 Espectro de Atividade
Bactérias
Anaeróbias
• Bacteriodis fragilis
• Treponema
pallidum
• Espiroquetas orais
Bactérias
Microaerófilas
• Helicobacter pylori
• Campylobacter
fetus
Parasitas
• Trichomonas
vaginalis
• Giardia lamblia
• Entamoeba
Metronidazol
Penildon Silva - Farmacologia, 8ª
edição
Mecanismo de ação
 Mecanismo de Ação
Início rápido
1. Penetração da droga na célula do microorganismo;
2. Ativação redutora;
3. Efeito tóxico do derivado reduzido (hidroxi);
4. Liberação de produtos finais inativos;
Potente ação bactericida e protozoaricida!
Metronidazol
Penildon Silva - Farmacologia, 8ª
edição
Farmacocinética
 Farmacocinética
 VO, TÓPICA e IV: rápida e quase completa absorção.
 Meia-vida de 8 horas, aproximadamente.
 Metabolizado, principalmente, pelo fígado.
 Eliminação, principalmente, pela urina (60-80%).
 Boa penetração no SNC e na placenta.
 Apenas 10% se ligam a proteínas plasmáticas,
distribuindo-se amplamente; atinge todos os tecidos e
fluidos do organismo.
Metronidazol
Penildon Silva - Farmacologia, 8ª
edição
 Usos Clínicos
Amebíase intestinal
e extra-intestinal.
Giardíase.
Balantidíase
Infecções intra-
abdominais,
obstétricas e
ginecológicas
causadas por
bactérias anaeróbias
Bacteremia e
infecções de ossos e
articulações de
tecidos moles por
bactérias anaeróbias
Diarreia e Colite
pseudomembranosa
por Clostridium
dificile
(associado)
Doença periodôntica
Erradicação do H.
pylori na úlcera
péptica
(associado)
Rosácea Doença de Crohn
Abcessos cerebrais,
subfrênicos,
abdominais,
hepáticos
Penildon Silva - Farmacologia, 8ª
edição
Metronidazol
Vias de administração
 Vias de Administração
 Via oral
 Via intravenosa (casos graves)
 Via retal
 Via intravaginal
 Uso tópico
Metronidazol
Efeitos adversos
 Efeitos Adversos
 De modo geral é bem tolerado!
 Gravidez* Amamentação*
Reações mais simples
• Pertubações gastrointestinais
leves
• Neutropenia reversível
• Sabor metálico
• Urina escura ou vermelho-
marrom
• Exatema maculopapular
• Urticária ou, raramente, erupção
pustular
• Queimor vaginal e uretral
• Ginecomastia
Reações mais sérias
• Convulsões
• Encefalopatia
• Disfunção cerebelar
• Ataxia
• Neuropatia periférica
• Reação do tipo dissulfiram com
álcool*
• Potencialização dos efeitos da
varfarina
• Pancreatite branda
Metronidazol
Resistência
 Resistência
SURGE RARAMENTE
 Diversos mecanismos envolvidos:
 Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano;
 Diminuição da capacidade de realizar a redução intracelular.
 Eventualmente T. vaginalis pode se tornar resistente.
Metronidazol
Penildon Silva - Farmacologia, 8ª
edição
Edgar Dantas
Lincosaminas
Lincosaminas
 Conceito e Classificação
 Obtido, em 1962, da fermentação do
Streptomyces lincolnensis.
 Antibiótico Natural Lincomicina
 Antibiótico Semi-sintético
Clindamicina
Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.
2005.
Lincosaminas
 Mecanismo de Ação
 Ação bacteriostática.
 Inibem a síntese proteica nos ribossomos, ligando-se a
subunidade 50S
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Lincosaminas
 Mecanismo de Resistência
 A resistência a este grupo, que geralmente confere
resistência cruzada aos macrolídios, se deve:
 Alterações no sítio receptor do ribossoma;
 Mudanças mediadas por plasmídeos, no RNA 23S da
subunidade 50S do ribossoma.
Google
Imagens Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Lincosaminas
 Propriedades Farmacológicas: Lincomicina
 Administração por via oral ou por via parenteral.
 Não ultrapassa a barreira hematoencefálica normal.
 Metabolização no fígado e eliminação por via urinária,
biliar e fecal.
 É hemodialisável.
 Interações medicamentosas com eritromicina. Também
interage com os bloqueadores neuromusculares.
Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.
2005.
Lincosaminas
 Propriedades Farmacológicas: Clindamicina
 Administração por via oral e parenteral. Formas de
apresentação: palmitato, cloridrato e fosfato de
clindamicina.
 Não ultrapassa a barreira hematoencefálica normal.
 Metabolização no fígado e eliminação por via renal e,
principalmente, por via biliar.
 Não é eliminada na diálise peritoneal ou hemodiálise.
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Lincosaminas
 Indicações Clínicas: Lincomicina
 Tratamento de infecções estreptocócicas, pneumocócicas
e estafilocócicas de pequena e média gravidade, bem
como na difteria.
 Apresenta elevada concentração óssea » útil em
osteomielites estafilocócicas agudas e crônicas.
 Alternativa em pacientes com hipersensibilidade às
penicilinas.
 VO: 30-50 mg/kg/dia, fracionada 6/6h ou 8/8h.
 IM: 10-20 mg/kg/dia, 12/12h.
 IV: 30-50 mg/kg/dia, fracionada 8/8h ou 12/12h.
Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.
2005.
Lincosaminas
 Indicações Clínicas: Clindamicina
 Principal: infecções por bactérias anaeróbias,
particularmente o Bacteroides fragilis e as Prevotella,
produtores de beta-lactamases.
 Fasciites e celulites necrotizantes, sinusite crônica,
abscessos periamigdaliano e retrofaríngeo, pneumonia de
aspiração, actinomicose, abscessos hepáticos, pulmonar e
subfrênico, peritonites, pelviperitonites, apendicite
supurada, aborto séptico e sepses por anaeróbios.
 Alternativa terapêutica para corioretinite ou encefalite por
Toxoplasma gondii e malária por P. vivax e P. falciparum.
 Dose usualmente recomendada: 15-40 mg/kg/dia, fracionada de
8/8h.
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
Lincosaminas
 Principais Efeitos Colaterais
 Por ter eliminação biliar, é alta a
concentração da clindamicina nas fezes,
suprimindo a flora anaeróbica.
 Em torno de 8% dos pacientes têm
diarreia. Destes, 10% têm colite associada
ao uso de antimicrobianos (colite
pseudomembranosa), causada pelo
Clostridium difficile que costuma ser
resistente à clindamicina.
 Exantema ocorre em 10% dos pacientes.
 Febre, eosinofilia e reações anafilactóides
são raras.
 Pode ocorrer flebite após infusão
endovenosa.
Google Imagem
Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso
Clínico
OBRIGADO
Referencial Bibliográfico
 Tavares, Walter. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. Editora Atheneu,
2005.
 Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico. Acessado em 20 de junho de
2014. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/op
as_web/modulo1/aminoglicosideos.htm
 Silva, Penildon. FARMACOLOGIA. 8ªedição.
 Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed
Atheneu; 2005.
 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin
Infect Dis; 2007:45 (supp 1):S89-95.
 Amato Neto V, Nicodemo AC, Lopes HV. Antibióticos na prática clínica. 6ª ed.
São Paulo: Sarvier Editora; 2007.

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  • 1. ANTIBIÓTICO S João Pessoa, Junho de 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS DEPARTAMENTO DE PROMOÇÃO À SAÚDE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS PROFESSOR EVANÍZIO ROQUE DE ARRUDA JUNIOR
  • 3. Cloranfenicol  Introdução  Droga única e em desuso;  Inicialmente natural: isolado de culturas de Streptomyces venezuelae;  Em seguida, produção sintética. Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005. Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;
  • 4. Cloranfenicol  Mecanismo de Ação  Ação bacteriostática: inibição da síntese proteica (fração 50S do ribossomo).  Ação bactericida: mecanismo de ação não suficientemente claro sobre H. influenzae, S. pneumonie, Neisseria meningitidis e Salmonella typhi. Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005. Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;
  • 5. Cloranfenicol  Mecanismo de Resistência  Inativação enzimática:  Por produção de acetiltransferase;  Por produção de nitrorredutase (anaeróbios).  Por redução da permeabilidade à droga. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45
  • 6.  Propriedades Farmacológicas  Vias de administração:  Oral: absorção rápida e quase completa.  Biodisponibilidade próxima à 100%.  Endovenosa: indicada para casos graves em que a VO está inviabilizada.  Biodisponibilidade menor que 70%.  Meia vida: aproximadamente 3 horas. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 Cloranfenicol
  • 7.  Difunde-se muito bem em todos líquidos e tecidos orgânicos:  Atinge grande concentração no fígado, pulmão, coração, baço, tecido linfoide, líquido ascítico e pleural, saliva, etc..  Apresenta maior passagem para tecido cerebral e LCR - 66% da conc. sérica.  Aplicações tópicas oculares.  Baixa concentração nos ossos e próstata.  Via de excreção: bile e urina.  Metabolização hepática: glicuronização. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 Cloranfenicol
  • 8.  Interações Medicamentosas  Metabolização acelerada pelo fenobarbital, hidantoína e rifampicina, bem como reduz a metabolização desses.  Ação sinérgica com ATB beta-lactâmicos contra microrganismos produtores de beta-lactamases. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 Cloranfenicol
  • 9.  Uso Clínico Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Em desuso por toxicidade Uso mantido por custo muito baixo Cloranfenicol
  • 10.  Meningites em crianças (2 meses a 10anos):  Ampicilina mais cloranfenicol.  Atividade contra pneumococo, meningococo e hemófilo: RESISTÊNCIA CRESCENTE!  Substituição por ceftriaxona: menor toxicidade, muito disponível e barata.  Febre tifóide: Salmonella typhi:  Ampicilina/Amoxicilina, SMX/TMP, Ciprofloxacina.  Ricketisioses em menores de 8 anos:  Em substituição à doxiciclina. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 Cloranfenicol
  • 11.  Infecções mistas contendo anaeróbios:  Abscessos cerebrais: + Penicilina G cristalina.  Infecções abdominais: + Pen G + Gentamicina.  Esquema preferível: Ceftriaxona + Oxacilina + Metronidazol.  Infecções por H. influenzae - sensível a cefotaxima e ceftriaxona:  Celulites, epiglotites, artrites sépticas, osteomielites e meningites.  Gastroenterites por S. typhi e outros gram negativos: cipro ou ceftriaxona.  Granuloma inguinal (K. granulomatis): doxiciclina e Linfogranuloma venéreo (C. trachomatis): azitromicina.  Peste bubônica e brucelose: tto com streptomicina + doxiciclina. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 Cloranfenicol
  • 12.  Efeitos Adversos  Aplasia Medular:  Incidência 1:40000;  Despovoamento da medula óssea e pancitopenia periférica;  Hipocelularidade medular com invasão gordurosa;  Frequentemente irreversível – independente da dose e tempo de uso, pode ocorrer mesmo após a descontinuação da droga. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006 Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 Cloranfenicol
  • 14.  Conceito e Classificação  Estreptomicina e o fungo Streptomyces griseus.  Principais drogas em nosso meio: gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, paramomicina e espectinomicina. Aminoglicosídeos Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 15. Aminoglicosídeos  Mecanismo de Ação  Ligam-se à fração 30S dos ribossomos, inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas.  Primeiramente, liga-se à superfície da célula bacteriana e, em seguida, é transportado através da parede, por um processo dependente de energia oxidativa. Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 16. Aminoglicosídeos  Mecanismos de Resistência  Alteração dos sítios de ligação no ribossomo;  Alteração na permeabilidade;  Modificação enzimática da droga. Os genes que conferem resistência podem estar associados a plasmídeos conjugativos e não conjugativos e em transposons. Esse genes parecem ser constitutivos, não sendo induzidos pela presença do antimicrobiano. Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 17. Aminoglicosídeos  Propriedades Farmacológicas  Má biodisponibilidade por VO;  Administrados IM ou EV;  Eliminação por filtração glomerular.  Concentração-dependência.  Concentração extracelular e intracelular.  Líquido pleural, pericárdico, ascítico e sinovial X líquor. Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 18.  Indicações Clínicas  Bacilos e cocos gram-negativos aeróbios  Bactérias gram-positivas  Micobactérias AminoglicosídeosAminoglicosídeos Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico Septicemias Endocardites Infecções do trato urinário Infecções respiratórias Infecções intra- abdominais Infecções oculares Meningites em RN Osteomielites e infecções de articulações.
  • 19.  Principais Aminoglicosídeos  Estreptomicina  Mycobacterium tuberculosis e M. bovis.  Esquemas alternativos contra TB: resistência à isoniazida e/ou à rifampicina, ou necessidade de terapia parenteral.  Gentamicina  Bacilos gram-negativos: P. aeruginosa e Serratia spp.  Esquemas combinados com ß-lactâmicos: enterococos.  Maior penetração placentária. Aminoglicosídeos Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 20.  Principais Aminoglicosídeos  Amicacina  Maior espectro de ação.  Gram-negativos resistentes à gentamicina.  Terapia empírica de infecções relacionadas à assistência à saúde.  Micobacterioses.  Tobramicina  Formulações tópicas em colírio ou pomada oftálmica.  Neomicina  Formulações tópicas associadas a outros antimicrobianos e/ou corticoides Aminoglicosídeos Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 21. Aminoglicosídeos  Efeitos Colaterais  Nefrotoxicidade  IRA não oligúrica.  FR: uso concomitante de outras drogas nefrotóxicas, idade avançada, doença hepática subjacente, uso prévio de aminoglicosídeos e estados hipovolêmicos.  Ototoxicidade  Lesão auditiva: zumbido e perda da audição.  Lesão vestibular: vertigem, ataxia e perda do equilíbrio.  Irreversibilidade.  Paralisia Neuromuscular  Paralisia respiratória.  FR: miastenia gravis, hipocalcemia, hiperfosfatemia, botulismo. Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 23. Macrolídeos  Introdução  Antibióticos formados quimicamente por heterosídeos contendo um anel lactona macrocíclico.  Representantes:  Eritromicina, azitromicina, claritromicina, espiramicina, roxitromicina, telitromicina, diritromicina. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006.
  • 24.  Mecanismo de Ação  Ação bacteriostática;  Bloqueio da síntese proteica bacteriana;  Ligam-se à subunidade 50S do ribossomo e impedem a transferência dos aminoácidos conduzidos pelo RNAt para a cadeia polipeptídica em formação. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 25.  Espectro de Ação  Eritromicina:  Bactérias gram-positivas, cocos gram-negativos, espiroquetas, bacilo da coqueluche, actinomicetos, Chlamydia, Campylobacter, Mycoplasma, Legionella, Gardnerella vaginalis.  Claritromicina:  Bactérias atípicas, Chlamydia trachomatis, Mycoplasma pneumoniae e Legionella. Possui atividade contra Haemophilus influenzae.  Azitromicina:  Gram-negativos (H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria gonorrhoeae e espécies de Campylobacter e Legionella. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 26.  Resistência  Natural: enterobactérias.  Adquirida: S. aureus, S. epidermidis, S. pneumoniae.  Pode resultar de mutações cromossômicas ou da aquisição de plasmídios.  A expressão da resistência consiste, principalmente, em modificações na unidade 50S do ribossomo bacteriano. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 27.  Farmacocinética e Metabolismo: Eritromicina  Inativada em meio ácido, possuindo absorção reduzida quando administrada junto a alimentos.  Possui menor meia-vida, necessitando de 4 administrações diárias.  Metabolizada no fígado e excretada, principalmente, pelas vias biliares. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 28.  Farmacocinética e Metabolismo: Claritromicina  Níveis séricos mais elevados e prolongados que a eritromicina, necessitando de apenas 2 administrações diárias.  Não sofre inativação em meio ácido.  Eliminação, predominantemente, por via renal. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 29.  Farmacocinética e Metabolismo: Azitromicina  Possui a maior meia-vida, necessitando de apenas uma administração diária.  Alimentos e antiácidos interferem na sua absorção  Possui elevada concentração nos tecidos.  Eliminação, principalmente, através da mucosa intestinal. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 30.  Interações Medicamentosas  Eritromicina e Claritromicina:  Teofilina;  Benzodiazepínicos;  Carbamazepina.  Azitromicina;  Digoxina. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 31.  Indicações Clínicas  Eritromicina:  Coqueluche, difteria, eritrasma, legioneloses, pneumonias intersticiais por Mycoplasma pneumoniae.  Claritromicina:  Infecções das vias aéreas superiores e inferiores.  Indicação especial nas infecções pulmonares por Chlamydia pneumoniae, Legionella pneumophila e Mycoplasma pneumoniae.  Azitromicina:  Infecções respiratórias e dermatológicas por estreptococos e estafilococos.  Infecções respiratórias por Haemophilus influenzae e Bordetella pertussis. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 32.  Efeitos Adversos  Mais comuns e intensos com a eritromicina.  Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, pirose.  Estolato de eritromicina: pode haver icterícia colestática com febre, vômitos, hepatomegalia dolorosa, colúria e acolia fecal. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Macrolídeos
  • 34.  Introdução  Formados por hidrocarbonetos aromáticos polinucleares.  Amplo espectro de ação.  Segunda classe de antibiótico de amplo espectro mais antiga (1948).  No Brasil: tetraciclina na forma de cloridrato e de fosfato, oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 35.  Mecanismo de Ação  Inibição da síntese proteica (porção 30S do ribossoma - bloqueia a ligação do RNA transportador). Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 36.  Mecanismo de Resistência  Principal: diminuição da acumulação da droga no interior da célula.  Cromossômica.  Mediada por plasmídeos ou transposons.  Utilização veterinária. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 37.  Vias de Administração  Via oral  Principal via  Biodisponibilidade 60 a 70%  IM  Lidocaína  Muito efeito adverso  IV  Flebite Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 38.  Espectro de Ação  Gram positivos, Gram negativos, riquétsias, micoplasmas, clamídias, borrélias, espiroquetas, actinomicetas, legionelas e algumas micobactérias.  Ação limitada: Entamoeba histolytica e os plasmódios causadores da malária no homem. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 39.  Propriedades Farmacológicas  A absorção oral é prejudicada pela ingestão concomitante de alimentos, antiácidos, leite e ferro.  É encontrada em pequena quantidade em muitos fluidos orgânicos como: fígado, pulmões, rins cérebro, escarro, LCR, líquido sinovial. Atravessam a barreira transplacentária e são excretadas no leite materno.  São eliminadas na urina e fezes, sendo a via renal a mais importante. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 40.  Indicações Clínicas  Infecções por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose.  São alternativas para infecções por Mycoplasma pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducrey, Treponema pallidum e em pacientes com traqueobronquites e sinusites. Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 41.  Efeitos Colaterais  Podem causar reações alérgicas: urticárias, edema prioritário, exantemas.  Alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia do esmalte dentário e crescimento ósseo anormal.  Náuseas, vômitos e diarreia.  Cefaleias, incapacidade de concentração e hipertensão intracraniana (mais raros). Tavares, W et al. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico, 2006. Tetraciclinas
  • 43.  Conceito e Classificação  Grupo nitroimidazólico;  Droga usada, pela primeira vez, em 1959 para tratamento de infecções por Trichomonas vaginalis; 1962 uso em bactérias anaeróbias;  Excelente atividade contra bactérias anaeróbias estritas (cocos gram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos gram-positivos) e microaerófilas; e certos protozoários como amebíase, tricomoníase e giardíase. Metronidazol 1-(2-hidroetil)-2-metil-5- nitroimidazol http://www.anvisa.gov.br/
  • 44.  Espectro de Atividade Bactérias Anaeróbias • Bacteriodis fragilis • Treponema pallidum • Espiroquetas orais Bactérias Microaerófilas • Helicobacter pylori • Campylobacter fetus Parasitas • Trichomonas vaginalis • Giardia lamblia • Entamoeba Metronidazol Penildon Silva - Farmacologia, 8ª edição
  • 45. Mecanismo de ação  Mecanismo de Ação Início rápido 1. Penetração da droga na célula do microorganismo; 2. Ativação redutora; 3. Efeito tóxico do derivado reduzido (hidroxi); 4. Liberação de produtos finais inativos; Potente ação bactericida e protozoaricida! Metronidazol Penildon Silva - Farmacologia, 8ª edição
  • 46. Farmacocinética  Farmacocinética  VO, TÓPICA e IV: rápida e quase completa absorção.  Meia-vida de 8 horas, aproximadamente.  Metabolizado, principalmente, pelo fígado.  Eliminação, principalmente, pela urina (60-80%).  Boa penetração no SNC e na placenta.  Apenas 10% se ligam a proteínas plasmáticas, distribuindo-se amplamente; atinge todos os tecidos e fluidos do organismo. Metronidazol Penildon Silva - Farmacologia, 8ª edição
  • 47.  Usos Clínicos Amebíase intestinal e extra-intestinal. Giardíase. Balantidíase Infecções intra- abdominais, obstétricas e ginecológicas causadas por bactérias anaeróbias Bacteremia e infecções de ossos e articulações de tecidos moles por bactérias anaeróbias Diarreia e Colite pseudomembranosa por Clostridium dificile (associado) Doença periodôntica Erradicação do H. pylori na úlcera péptica (associado) Rosácea Doença de Crohn Abcessos cerebrais, subfrênicos, abdominais, hepáticos Penildon Silva - Farmacologia, 8ª edição Metronidazol
  • 48. Vias de administração  Vias de Administração  Via oral  Via intravenosa (casos graves)  Via retal  Via intravaginal  Uso tópico Metronidazol
  • 49. Efeitos adversos  Efeitos Adversos  De modo geral é bem tolerado!  Gravidez* Amamentação* Reações mais simples • Pertubações gastrointestinais leves • Neutropenia reversível • Sabor metálico • Urina escura ou vermelho- marrom • Exatema maculopapular • Urticária ou, raramente, erupção pustular • Queimor vaginal e uretral • Ginecomastia Reações mais sérias • Convulsões • Encefalopatia • Disfunção cerebelar • Ataxia • Neuropatia periférica • Reação do tipo dissulfiram com álcool* • Potencialização dos efeitos da varfarina • Pancreatite branda Metronidazol
  • 50. Resistência  Resistência SURGE RARAMENTE  Diversos mecanismos envolvidos:  Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano;  Diminuição da capacidade de realizar a redução intracelular.  Eventualmente T. vaginalis pode se tornar resistente. Metronidazol Penildon Silva - Farmacologia, 8ª edição
  • 52. Lincosaminas  Conceito e Classificação  Obtido, em 1962, da fermentação do Streptomyces lincolnensis.  Antibiótico Natural Lincomicina  Antibiótico Semi-sintético Clindamicina Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. 2005.
  • 53. Lincosaminas  Mecanismo de Ação  Ação bacteriostática.  Inibem a síntese proteica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 54. Lincosaminas  Mecanismo de Resistência  A resistência a este grupo, que geralmente confere resistência cruzada aos macrolídios, se deve:  Alterações no sítio receptor do ribossoma;  Mudanças mediadas por plasmídeos, no RNA 23S da subunidade 50S do ribossoma. Google Imagens Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 55. Lincosaminas  Propriedades Farmacológicas: Lincomicina  Administração por via oral ou por via parenteral.  Não ultrapassa a barreira hematoencefálica normal.  Metabolização no fígado e eliminação por via urinária, biliar e fecal.  É hemodialisável.  Interações medicamentosas com eritromicina. Também interage com os bloqueadores neuromusculares. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. 2005.
  • 56. Lincosaminas  Propriedades Farmacológicas: Clindamicina  Administração por via oral e parenteral. Formas de apresentação: palmitato, cloridrato e fosfato de clindamicina.  Não ultrapassa a barreira hematoencefálica normal.  Metabolização no fígado e eliminação por via renal e, principalmente, por via biliar.  Não é eliminada na diálise peritoneal ou hemodiálise. Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 57. Lincosaminas  Indicações Clínicas: Lincomicina  Tratamento de infecções estreptocócicas, pneumocócicas e estafilocócicas de pequena e média gravidade, bem como na difteria.  Apresenta elevada concentração óssea » útil em osteomielites estafilocócicas agudas e crônicas.  Alternativa em pacientes com hipersensibilidade às penicilinas.  VO: 30-50 mg/kg/dia, fracionada 6/6h ou 8/8h.  IM: 10-20 mg/kg/dia, 12/12h.  IV: 30-50 mg/kg/dia, fracionada 8/8h ou 12/12h. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. 2005.
  • 58. Lincosaminas  Indicações Clínicas: Clindamicina  Principal: infecções por bactérias anaeróbias, particularmente o Bacteroides fragilis e as Prevotella, produtores de beta-lactamases.  Fasciites e celulites necrotizantes, sinusite crônica, abscessos periamigdaliano e retrofaríngeo, pneumonia de aspiração, actinomicose, abscessos hepáticos, pulmonar e subfrênico, peritonites, pelviperitonites, apendicite supurada, aborto séptico e sepses por anaeróbios.  Alternativa terapêutica para corioretinite ou encefalite por Toxoplasma gondii e malária por P. vivax e P. falciparum.  Dose usualmente recomendada: 15-40 mg/kg/dia, fracionada de 8/8h. Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 59. Lincosaminas  Principais Efeitos Colaterais  Por ter eliminação biliar, é alta a concentração da clindamicina nas fezes, suprimindo a flora anaeróbica.  Em torno de 8% dos pacientes têm diarreia. Destes, 10% têm colite associada ao uso de antimicrobianos (colite pseudomembranosa), causada pelo Clostridium difficile que costuma ser resistente à clindamicina.  Exantema ocorre em 10% dos pacientes.  Febre, eosinofilia e reações anafilactóides são raras.  Pode ocorrer flebite após infusão endovenosa. Google Imagem Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico
  • 61. Referencial Bibliográfico  Tavares, Walter. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. Editora Atheneu, 2005.  Antimicrobianos - Bases Teóricas e Uso Clínico. Acessado em 20 de junho de 2014. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/op as_web/modulo1/aminoglicosideos.htm  Silva, Penildon. FARMACOLOGIA. 8ªedição.  Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.  Drusano GL. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of antimicrobials. Clin Infect Dis; 2007:45 (supp 1):S89-95.  Amato Neto V, Nicodemo AC, Lopes HV. Antibióticos na prática clínica. 6ª ed. São Paulo: Sarvier Editora; 2007.

Notas do Editor

  1. Existem três mecanismos reconhecidos de resistência bacteriana aos aminoglicosídeos: ↑ O desenvolvimento da resistência durante o tratamento é raro.
  2. Pouco absorvíveis por via oral, sendo utilizados por esta via somente para a descontaminação da flora intestinal (neomicina). Os níveis séricos máximos são obtidos após 60 a 90 minutos, por via intramuscular, e em infusões intravenosas por 30 minutos. Sua atividade bactericida está relacionada ao seu pico sérico, ou seja, quanto maior a concentração da droga mais rápida e maior o efeito bactericida, mostrando ainda importante atividade bacteriostática residual, principalmente quando do uso concomitante com antimicrobianos ß-lactâmicos. Distribuem-se bem no líquido extracelular, porém a concentração intracelular é pequena, por necessitarem de transporte ativo para sua absorção. Exceção são as células tubulares renais proximais onde fazem com que a urina atinja concentrações 25 a 100 vezes a sérica. A penetração nas secreções pulmonares alcança 20% da concentração sérica, também é baixa a penetração em liquor, exceto em recém-nascidos. São eliminados quase que inalterados por filtração glomerular.
  3. Nefrotoxicidade Todos os aminoglicosídeos são potencialmente nefrotóxicos. Manifesta-se clinicamente após 7 a 10 dias de tratamento como uma insuficiência renal aguda do tipo não oligúrica, por necrose tubular aguda.  Há reversibilidade da função renal com a interrupção do tratamento. Fatores de risco incluem: uso concomitante de outras drogas nefrotóxicas, idade avançada, doença hepática subjacente, uso prévio de aminoglicosídeos e estados hipovolêmicos. Ototoxicidade É relativamente incomum, porém importante por sua irreversibilidade podendo ocorrer mesmo após a interrupção da droga. Paralisia neuromuscular É complicação rara, sendo vista em situações especiais, como na absorção de altas doses intra-peritoneais ou de infusões rápidas do medicamento. Alguns pacientes estão mais susceptíveis a esta complicação, como aqueles que usaram curarizantes, ou pacientes com miastenia gravis, hipocalcemia, hiperfosfatemia, botulismo, nos quais os aminoglicosídeos não devem ser utilizados. O tratamento é feito com administração de gluconato de cálcio.
  4. Essa classe permaneceu muito tempo somente com drogas naturais, por sua formula de dificil manipulacao, cuja droga padrao eh a eritromicina. Apenas mais recentemente se conseguiu realizar modificacoes no nucleo central macrociclico da eritromicina e surgiram os antibioticos semi sinteticos.
  5. Gram-positivos: estafilococos, estrepto, clostridios, listeria, corinebacterias Cocos gram negativos: gonococo, meningococo Espiroquetas (treponemas, leptospiras) Azitromicina possui espectro mais amplo, contra gram negativos, tem melhor farmacocinetica e tolorancia. eh menos potente contra estrepto, estafilo, listeria e corinebacterias, mas em compensacao tem maior acao contra gram negativos.
  6. Enterobacterias sao naturalmente resistentes por nao serem permeaveis a esses antibioticos Adquirida - especialmente em ambiente hospitalar Modificacoes na subunidade 50s, de tal maneira que o antibiotico nao eh mais capaz de se ligar ao seu receptor e alterar a sintese proteica Alem disso, pode haver tambem diminuicao da permeabilidade da celula ao antibiotico e inativacao enzimatica
  7. Tem absorcao reduzida quando administrada junto a alimentos porque torna o esvaziamento gastrico mais lento, sujeitando o antibiotico ao contato mais prolongado com o meio acido, facilitando sua inativacao. Recomenda-se administrar longe da alimentacao Pode ser usada em doses e intervalos normais em pacts renais e nao eh recomendada em insuf hepatica grave
  8. As tetraciclinas entram por difusão, com gasto de energia. Ligam-se de forma reversível as porção 30S, bloqueando a ligação do RNAt, impedindo a síntese.
  9. Foi usada pela primeira vez em 1959 para tratamento de infecções por Trichomonas Vaginalis e depois se verificou que era eficaz contra a maioria das infecções por bactérias anaeróbias e outras infecções parasitológicas.
  10. Bactérias anaeróbias – não crescem em ambientes com oxigênio e na presença dele podem morrem Bactérias microarófilas – crescem com muito pouco oxigênio, mas não toleram a quantidade normal
  11. Atividade redutora – na redução do grupo nitro da droga O metronidazol atua como aceptor preferencial de elétrons, sendo redutozido por proteínas transportadoras de elétrons de baixo potencial redox. A redução da droga reduz a concentração intracelular da droga inalterada, o que mantém um gradiente que impede a captação e a gera compostos que são tóxicos para célula bacteriana. A toxicidade é exercida por compostos intermediários, de vida curta, ou por radicais livres que produzem lesões devido à interação com o DNA e possivelmente com outras macromoléculas. Os intermediários citotóxicos se decompõem em produtos finais atóxicos e inativos como acetamida e ácido 2-hidroetiloxâmico. O derivado hidroxi do metronidazol possui significativa atividade anti Após a entrada na célula, por difusão passiva, o antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. As bactérias aeróbicas não possuem enzimas que reduzam a droga, e não formam portanto, os compostos tóxicos intermediários com atividade antibacteriana.  Início rápido NÃO é afetada pelo tamanho do inóculo, pelas necessidades nutritivas ou pela taxa de crescimento das bactérias
  12. Diarreia e Colite pseudomembranosa por Clostridium dificile + vancomicina Erradicação do H. pylori na úlcera péptica + claritromicina + omeprazol + sais de bismuto Na rosácea se usa o metronidazol tópico E na doença de crohn é para evitar o super crescimento bacteriano e nas fístulas perianais
  13. Vo – peritonites, pelviperitonites – úlceras perfuradas, apendicite supurada, aborto séptico IV e retal – esses casos mais graves Intravaginal – trichomonas Tópico – rosácea
  14. Não estudos que comprovem teratogenicidade, prematuridade ou natimortalidade. Porém o uso deve ser evitado no primeiro trimestre e utilizado apenas em situações necessárias. É excretado no leite materno então deve-se suspendê-la durante 2 dias após o uso da droga. A reação tipo “dissulfiram” caracteriza-se por desconforto abdominal, rubor, vômitos e cefaléia e ocorre quando o paciente ingere bebidas alcoólicas durante o tratamento com metronidazol
  15. Esta pode resultar da diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano, ou mais frequentemente, pela diminuição da capacidade de realizar a redução intracelular.
  16. 1962 – Lincomicina 1966 - Clindamicina
  17. Desta forma alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, fagocitose e destruição intracelular dos microrganismo
  18. Apresenta uma ampla distribuição pelos diversos líquidos e tecidos orgânicos: fígado, baço, rins, olhos, cérebro, medula óssea, ossos, cápsula articular, líquido pleural, sinovial, peritoneal e bile. Não oferece segurança em pacientes com meningites. Atravessa mal a barreira placentária. Mesmo em baixa quantidade no leite materno, pode causar diarreia no lactente, por alteração da microbiota anaeróbia. Há variação conforme a via de eliminação. Caso seja uma administração parenteral – a via urinária terá uma eliminação entre 10-50%. Pacientes com insuficiência renal grave há redução da eliminação Eritromicina – competição pelo mesmo local de ação. Bloqueadores neuromusculares – Aumento do efeito destas substâncias – cuidado em pacientes com anestesia geral. Pode ser revertida pelo uso de neostigmina)
  19. Apresenta boa absorção intestinal (90%), não interfere com a alimentação, estável em pH ácido. Via IM é dolorosa. Concentrações séricas ativas por 6-8 quando administrada por VO; e por via parenteral os níveis se mantêm por 8-12h. Rapidamente distribuída para diversos tecidos do corpo, alcançando concentrações terapêuticas nos pulmões, fígado, baço, rins, intestinos, apêndice, útero, ossos, articulações, próstata, líquido sinovial e pleural, saliva, bile, secreção brônquica, secreção sébacea, e exsudato inflamatório. Concentra-se em abscessos. Elevada eliminação por via biliar, devendo em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave ter sua dose diminuída em 50%. Eliminação urinária – 10%, ajuste na dose para pacientes com insuficiência renal grave, anúrica, redução da dose pela metade ou que o fracionamento das doses habituais se faça de 12/12h.
  20. VO: ( 500 mg a cada 6 ou 8h - adultos ) IM: (300-600 mg a cada 12 h) IV: diluir ampola em pelo menos 100 ml de solução salina ou glicosada, aplicada gota a gota, por no mínimo 1 hora. ( injeção rápida causa bradicardia, hipotensão arterial, arritmias e, mesmo, morte por parada cardíaca.
  21. Infecções de etiologias mistas ( germes anaeróbios + bacilos gram-negativos), recomenda-se a associação com um antibiótico aminoglicosídeo ( gentamicina, tobramicina, amicacina ) Nas infecções estafilocócicas, pode ser uma alternativa em pacientes com hipersensibilidade as penicilinas. Boa eficácia para osteomielite estafilocócicas crônicas, por apresentar boa sensibilidade do estafilicoco a este antibiótico e à sua elevada concentração óssea Toxoplasma gondii nos pacientes com aides ( em doses elevadas). Alternativa para sulfadiazina com a pirimetamina