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Meningites são processos agudos que comprometem as leptomeninges (pia-aracnóide),
ocasionando reação inflamatória do espaço subaracnóide e das membranas que envolvem o
encéfalo e a medula espinhal, sendo esta reação detectada no líquido céfalo-raquidiano (LCR).
Os principais agentes das meningites são bactérias e vírus, raramente fungos. O termo
meningite asséptica refere-se a meningite com GRAM e cultura negativos para bactérias no
LCR. É predominantemente viral, mas pode ser observada com outros organismos infecciosos
(doença de Lyme, sífilis, tuberculose), infecções para-meníngeas (abscesso cerebral, abscesso
epidural, empiema do seio venoso) , exposição química (drogas antiinflamatórias não-
esteróides, imunoglobulina intravenosa), doenças auto-imunes e outras doenças, incluindo a
doença de Kawasaki.
Nos últimos 15 anos no Brasil, devido aos programas de imunização, observou-se uma
redução dos casos de meningite bacteriana, ocorrendo uma predominâncias de meningites
virais. A meningite bacteriana é mais frequente em menores de 1 ano, principalmente menores
de 2 anos, por isso a extrema a importância da vacinação contra meningococo C, pneumococo
conjungada e hemofilos tipo B e no primeiro ano de vida. (Cepas de meningo no Brasil: C-70%
; B-19%; W - 5% ; Y 4%)
Etiologia
A etiologia das meningites bacterianas variam de acordo com a faixa etária:
A etiologia predominante das meningites assépticas são os enterovírus (echovirus e
coxsackie). Outros vírus que causam meningite incluem: herpes vírus, adenovírus,varicela-
zoster, EBV, CMV,arbovírus, sarampo,caxumba e outros.
Etiologias menos comuns: doença de Lyme, toxoplasmose,tuberculose, fungos (Cryptococcus,
Histoplasma, Blastomycosis, Candida, Aspergillus) e parasitas (Angiostrongylus cantonensis,
Naegleria fowleri, and Acanthamoeba).
Manifestações clínicas
O quadro clínico apresenta um espectro variado, dependendo da idade e duração da doença.
Podem estar presentes sintomas inespecíficos, como manifestações respiratórias, mialgia,
artralgia, taquicardia, hipotensão. As manifestações cutâneas comuns são petéquias, púrpura e
exantema maculopapular. O diagnóstico nos lactentes é baseado na suspeita clínica diante de
um quadro inespecífico, como febre e irritabilidade. Manifestações como hipotermia, letargia ou
hipoatividade, recusa alimentar, vômitos, diarreia, dificuldade respiratória, fontanela abaulada,
convulsões e alterações do nível de consciência fazem parte do diagnóstico clínico, na
ausência de sinais meníngeos. Em crianças maiores ocorre febre, prostração, anorexia,
fotofobia, cefaleia, vômitos, bradicardia, aumento da pressão arterial, convulsões, alterações do
nível de consciência. Sinais de irritação meníngea, como rigidez de nuca, dor lombar, sinal de
Kernig e Brudzinski estão presentes. Pode haver convulsões, e os sinais focais ocorrem em 10
a 20% dos casos. O diagnóstico clínico da hipertensão intracraniana fundamenta-se na
presença de vômitos, cefaleia, abaulamento de fontanela, paralisia de abducente, anisocoria,
hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia, que podem evoluir para decorticação, coma e
herniação. A doença meningocócica apresenta -se frequentemente como quadro súbito de
choque, púrpura, coagulação intravascular disseminada (CIVD), rebaixamento do nível de
consciência e progressão para coma em 24 h. A forma que se apresenta como sepse, sem
sinais meníngeos e liquor normal, está associada a um pior prognóstico.
Diagnóstico:
O exame do liquor é fundamental para o diagnóstico. A análise liquórica é realizada para
celularidade (citometria e citologia), bioquímica (proteína, glicose), Gram e cultura, pesquisa de
antígenos e reação em cadeia da polimerase (PCR).O LCR deve ser cultivado para bactérias e,
quando apropriado, fungos e micobactérias. PCR é usado para diagnosticar meningite viral; é
mais sensível e rápido que a cultura viral. A leucocitose periférica é comum, e as hemoculturas
podem ser positivas dependendo do organismo e se houve pré-tratamento com antibióticos.
Idealmente, o LCR deve ser obtido antes da terapia empírica; no entanto, os antibióticos não
devem ser atrasados se houver uma incapacidade de realizar um LP. Os exames de imagem
estão indicados como abordagem inicial quando houver contraindicações de punção lombar,
que são: evidências de hipertensão intracraniana (coma, hipertensão, bradicardia, edema de
papila ou sinais focais como paralisia do 3º ou 6º pares), convulsões generalizadas,
comprometimento cardiopulmonar e/ou choque, infecção de pele no local da punção e
trombocitopenia (relativa).
Valores normais de LCR:
Tratamento
O tratamento antibiótico empírico inicial para a meningite bacteriana aguda (MBA) deve ser
direcionado para os patógenos mais frequentes: meningococo, pneumococo e hemófilo. A
cefalosporina de 3ª geração, como a ceftriaxona, na dose de 100 mg/kg/dia, está indicada.Em
menores de 3 meses associar ampicilina 400mg/kg/dia. O tempo de tratamento é de 10 a 14
dias para pneumococo, 7 a 10 dias para o hemófilo, 5 a 7 dias para meningococo. Estreptococo
do grupo B ou Listeria monocytogenes deve ser tratada durante 14-21 dias, e a meningite
causada por bacilos entéricos gram-negativos, durante no mínimo 21 dias após a esterilização
do LCR.Na suspeita de meningoencefalite herpética, está indicado uso de aciclovir
endovenoso.
O uso de corticoide na MBA tem como objetivo diminuir a reação inflamatória,
principalmente o dano auditivo. Essa redução na MBA ocorre em 30 a 50% na pneumocócica,
10 a 30% por hemófilo e 5 a 25% na meningocócica. A dexametasona tem sido recomendada e
deve ser administrada 1 h antes ou concomitantemente ao antibiótico. A criança deve receber,
além dos antimicrobianos, tratamento de suporte com monitorização, ressuscitação volêmica e
demais cuidados intensivos.
Complicações e Prognóstico
A efusão subdural (coleção subdural benigna ou alargamento benigno do espaço
subaracnóide), é caracterizada pelo aumento do perímetro cefálico (PC); ocorre em 10 a 30%
dos casos, sendo causa de febre persistente. A febre persistente pode ser causada por falha
terapêutica, infecção hospitalar de etiologia bacteriana ou viral secundária, tromboflebite,
reação a drogas, pericardite, artrite ou disseminação bacteriana.SIADH (Síndrome da Secreção
Inapropriada do Hormônio ADH) ser uma complicação a meningite e necessita monitoramento
hidro-eletrolítico. O prognóstico desfavorável ocorre principalmente em meningite por
Pneumococo ( 30% de sequela neurológica nos sobreviventes) em menores de 6 meses,
presença de convulsões, sinais focais ou coma/choque na apresentação, doença prolongada
antes da antibioticoterapia efetiva, e perda auditiva. Todo paciente com meningite deve ser
submetido a triagem auditiva.
Prevenção
Com a imunização de rotina com vacina contra H. influenzae tipo b, praticamente houve
erradicação da meningite por esse agente. A introdução das vacinas PCV7 e PCV10 reduziu a
incidência de meningite por pneumococo em menores de 5 anos e entre não vacinados pelo
efeito rebanho. Após a introdução da vacina conjugada contra Meningococo C no SUS em 2010, houve redução
de 75% nos casos. Devido a essa a diminuição dos casos pelo sorogrupo C, houve aumento no percentual do
sorogrupo B particularmente na faixa menor de 1 ano de idade. Desde 2015, na rede privada estão disponíveis
também as vacinas contra sorotipos B, A, W e Y.
A profilaxia para H. influenzae está indicada para todo contactante domiciliar, se houver contato com
criança menor de 48 meses parcialmente ou não imunizada, em creches para os menores de 2 anos e maiores, se
houver 2 casos no período de 60 dias. A medicação indicada é a rifampicina 20 mg/kg/dia, uma vez ao dia por 4
dias. A profilaxia para meningococo está indicada para contactantes domiciliares, em creches e contactantes de
secreções orais sem uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Em cerca de 10% dos casos de doença
meningocóccica, há história de contato com doente. As drogas empregadas são rifampicina 10 mg/kg a cada 12h,
por 2 dias (maiores de 1 mês) e 5 mg/k, a cada 12h, por 2 dias (menores de 1 mês), ceftriaxona: 125 mg a 250 mg
IM, dose única, e ciprofloxacina: 500 mg VO, dose única. A precaução respiratória, por meio de gotículas deve durar
até 24 h do início da antibioticoterapia.
A primeira tem contato com o periosteo, aracnoide é bem vascularização e a pia-mater
que tem contato direto com a encefálo
MENINGITE ASSÉPTICO - presença de disturbio inflamatorio que vai levar a um
quadro de inflamação meningea.
NA MENINGOCOCCEMIA O PACIENTE PODE OU NÃO ESTÁ COM MENINGITE
EXANTEMA PÚRPURICO - PURPURA, PEQUETIAS E EQUIMOSES
AVALIAR SINAIS DE ESTABILIDADE HEMODINAMICA
Situações que favorecem a ocorrencia
Sem baço maior risco de infecção por bacterias encapsulas como pneumoco e
meningococo
IVAS pode ser a porta de entrada
SITUAÇÕES COM RISCO DE HERNIAÇÃO INTRACRANIANA
COLARAÇÃO GRAM É A TÉCNICA DE COLORAÇÃO COM VIOLETA DE METILA EM
QUE AS BACTERIAS COM GRAM POSITIVO FICAM ROXAS E GRAM NEGATIVAS
VERMELHAS
PERIODO NEONATAL EM GERAL DURAÇÃO 14 A 21 DIAS
PNEUMOCOCO 10 A 14 DIAS
HEMOPHILUS OU MENIGO 7 A 21
OUTROS GRAM NEGATIVATIVOS 21 DIAS
Profissionais em situações de risco - respiração boca a boca, entubaram sem uso de
mascara, avas, sem uso de EPI.
Contato proximo suscetivel
TODAS AS CRIANÇAS NA SITUAÇÃO DA CRECHE
PODE ALTERAÇÃO EXAMES
ENCEFALITE POSSÍVEL - além dos critérios maiores pelo menos 2 menores
ENCEFALIA CONFIRMADO - além do criterio maior + 3 menores
Drogas - ALCOOL, DROGAS ILICITAS, CISCLOPORINA
ESSA ALTERAÇÃO DE LIQUOR NÃO É COMUM EM INFECÇÕES VIRAIS PORÉM
ACONTECE NA INFECÇÃO POR HERPES
ENCEFALITE AUTOIMUNE - PRINCIPAL CAUSA ENCEFALITE ANTI-RECEPTOR N
METIL ASPARTATA
Nem sempre na infancia terão achados de tumor teratoma
Privada pentavalente acelular ou hexavalente - tem dificuldade na soroconversão para
hemophilus sendo necessário o reforço fazer dose extra do hemophilus aos 15 meses.
Diferença do SUS em relação a PNEUMO 10 - Apenas 2 doses e reforço, no privado 3
dose e reforço entre 12 e 15 meses.
Pneumococo previsão de introduzir a Pneumo13v que está disponivel na rede privada
Agora necessidade de revacinações e reforço a cada 5 anos (5 e 11 e 16 anos)
BGN - Escherichia coli e outros
OBSERVAR DOENÇA DE BASE DA CRIANÇA
T vertical - toxoplasma, CMV, herpes
Cardiopatas - estrepto stafilo
Infec. Nosocomial - estrepto stafilo hemophilos
Asplenia - ´pneumoco e BGN
Imun. celular - germes atipicos - listeria, pseudomonas, estrepophomonas
Def. complemento - meningite meningococcica de repetição
DVP e PO neurocirurgica - stafilo aureus e pseudomonas.
PNEUMOCOCO HOJE APARECE MAIS QUE A MENINGO, POREM NA
ADOLESCENCIA AUMENTA UM POUCO.
REDUCAO CONSIDERAVEL COM USO DAS MEDIDAS DE HIGIENE
AUMENTO DE SOROTIPOS QUE NAO ESTAO CONTEMPLADOS PELA PNEUMO 10
SOROTIPO 19 A ESTÁ PRESENTE NA VACINA PNEUMO13 (AINDA EM IMPLANTAÇÃO
PUBLICO) E NÃO ESTÁ NA PNEUMO 10
APARECIMENTO DO 19A NOS ULTIMOS 10 ANOS
FSC - Fluxo Sanguineo Cerebral
Obstrução gerando Hidrocefalia
Quando for realizar e vir sangramento se coloca gaze embaixo da agulha se vier envolta do
sangue tiver um lado transparente pode ser acidente de punção, se apenas o halo de sangue
falar a favor de hemorragia intracraniana
Alta resistencia a penicilina 72,7
USO DA VANCOMICINA SE VC NAO SABE O AGENTE - PROTOCOLO NOVO INDICA
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Meningite na Infancia Pediatria Sanar Flix AULA

  • 1. Meningites são processos agudos que comprometem as leptomeninges (pia-aracnóide), ocasionando reação inflamatória do espaço subaracnóide e das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, sendo esta reação detectada no líquido céfalo-raquidiano (LCR). Os principais agentes das meningites são bactérias e vírus, raramente fungos. O termo meningite asséptica refere-se a meningite com GRAM e cultura negativos para bactérias no LCR. É predominantemente viral, mas pode ser observada com outros organismos infecciosos (doença de Lyme, sífilis, tuberculose), infecções para-meníngeas (abscesso cerebral, abscesso epidural, empiema do seio venoso) , exposição química (drogas antiinflamatórias não- esteróides, imunoglobulina intravenosa), doenças auto-imunes e outras doenças, incluindo a doença de Kawasaki. Nos últimos 15 anos no Brasil, devido aos programas de imunização, observou-se uma redução dos casos de meningite bacteriana, ocorrendo uma predominâncias de meningites virais. A meningite bacteriana é mais frequente em menores de 1 ano, principalmente menores de 2 anos, por isso a extrema a importância da vacinação contra meningococo C, pneumococo conjungada e hemofilos tipo B e no primeiro ano de vida. (Cepas de meningo no Brasil: C-70% ; B-19%; W - 5% ; Y 4%) Etiologia A etiologia das meningites bacterianas variam de acordo com a faixa etária:
  • 2. A etiologia predominante das meningites assépticas são os enterovírus (echovirus e coxsackie). Outros vírus que causam meningite incluem: herpes vírus, adenovírus,varicela- zoster, EBV, CMV,arbovírus, sarampo,caxumba e outros. Etiologias menos comuns: doença de Lyme, toxoplasmose,tuberculose, fungos (Cryptococcus, Histoplasma, Blastomycosis, Candida, Aspergillus) e parasitas (Angiostrongylus cantonensis, Naegleria fowleri, and Acanthamoeba). Manifestações clínicas O quadro clínico apresenta um espectro variado, dependendo da idade e duração da doença. Podem estar presentes sintomas inespecíficos, como manifestações respiratórias, mialgia, artralgia, taquicardia, hipotensão. As manifestações cutâneas comuns são petéquias, púrpura e exantema maculopapular. O diagnóstico nos lactentes é baseado na suspeita clínica diante de um quadro inespecífico, como febre e irritabilidade. Manifestações como hipotermia, letargia ou hipoatividade, recusa alimentar, vômitos, diarreia, dificuldade respiratória, fontanela abaulada, convulsões e alterações do nível de consciência fazem parte do diagnóstico clínico, na ausência de sinais meníngeos. Em crianças maiores ocorre febre, prostração, anorexia, fotofobia, cefaleia, vômitos, bradicardia, aumento da pressão arterial, convulsões, alterações do nível de consciência. Sinais de irritação meníngea, como rigidez de nuca, dor lombar, sinal de Kernig e Brudzinski estão presentes. Pode haver convulsões, e os sinais focais ocorrem em 10 a 20% dos casos. O diagnóstico clínico da hipertensão intracraniana fundamenta-se na presença de vômitos, cefaleia, abaulamento de fontanela, paralisia de abducente, anisocoria, hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia, que podem evoluir para decorticação, coma e herniação. A doença meningocócica apresenta -se frequentemente como quadro súbito de choque, púrpura, coagulação intravascular disseminada (CIVD), rebaixamento do nível de consciência e progressão para coma em 24 h. A forma que se apresenta como sepse, sem sinais meníngeos e liquor normal, está associada a um pior prognóstico. Diagnóstico:
  • 3. O exame do liquor é fundamental para o diagnóstico. A análise liquórica é realizada para celularidade (citometria e citologia), bioquímica (proteína, glicose), Gram e cultura, pesquisa de antígenos e reação em cadeia da polimerase (PCR).O LCR deve ser cultivado para bactérias e, quando apropriado, fungos e micobactérias. PCR é usado para diagnosticar meningite viral; é mais sensível e rápido que a cultura viral. A leucocitose periférica é comum, e as hemoculturas podem ser positivas dependendo do organismo e se houve pré-tratamento com antibióticos. Idealmente, o LCR deve ser obtido antes da terapia empírica; no entanto, os antibióticos não devem ser atrasados se houver uma incapacidade de realizar um LP. Os exames de imagem estão indicados como abordagem inicial quando houver contraindicações de punção lombar, que são: evidências de hipertensão intracraniana (coma, hipertensão, bradicardia, edema de papila ou sinais focais como paralisia do 3º ou 6º pares), convulsões generalizadas, comprometimento cardiopulmonar e/ou choque, infecção de pele no local da punção e trombocitopenia (relativa). Valores normais de LCR: Tratamento O tratamento antibiótico empírico inicial para a meningite bacteriana aguda (MBA) deve ser direcionado para os patógenos mais frequentes: meningococo, pneumococo e hemófilo. A cefalosporina de 3ª geração, como a ceftriaxona, na dose de 100 mg/kg/dia, está indicada.Em menores de 3 meses associar ampicilina 400mg/kg/dia. O tempo de tratamento é de 10 a 14 dias para pneumococo, 7 a 10 dias para o hemófilo, 5 a 7 dias para meningococo. Estreptococo do grupo B ou Listeria monocytogenes deve ser tratada durante 14-21 dias, e a meningite
  • 4. causada por bacilos entéricos gram-negativos, durante no mínimo 21 dias após a esterilização do LCR.Na suspeita de meningoencefalite herpética, está indicado uso de aciclovir endovenoso. O uso de corticoide na MBA tem como objetivo diminuir a reação inflamatória, principalmente o dano auditivo. Essa redução na MBA ocorre em 30 a 50% na pneumocócica, 10 a 30% por hemófilo e 5 a 25% na meningocócica. A dexametasona tem sido recomendada e deve ser administrada 1 h antes ou concomitantemente ao antibiótico. A criança deve receber, além dos antimicrobianos, tratamento de suporte com monitorização, ressuscitação volêmica e demais cuidados intensivos. Complicações e Prognóstico A efusão subdural (coleção subdural benigna ou alargamento benigno do espaço subaracnóide), é caracterizada pelo aumento do perímetro cefálico (PC); ocorre em 10 a 30% dos casos, sendo causa de febre persistente. A febre persistente pode ser causada por falha terapêutica, infecção hospitalar de etiologia bacteriana ou viral secundária, tromboflebite, reação a drogas, pericardite, artrite ou disseminação bacteriana.SIADH (Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio ADH) ser uma complicação a meningite e necessita monitoramento hidro-eletrolítico. O prognóstico desfavorável ocorre principalmente em meningite por Pneumococo ( 30% de sequela neurológica nos sobreviventes) em menores de 6 meses, presença de convulsões, sinais focais ou coma/choque na apresentação, doença prolongada antes da antibioticoterapia efetiva, e perda auditiva. Todo paciente com meningite deve ser submetido a triagem auditiva. Prevenção Com a imunização de rotina com vacina contra H. influenzae tipo b, praticamente houve erradicação da meningite por esse agente. A introdução das vacinas PCV7 e PCV10 reduziu a incidência de meningite por pneumococo em menores de 5 anos e entre não vacinados pelo efeito rebanho. Após a introdução da vacina conjugada contra Meningococo C no SUS em 2010, houve redução de 75% nos casos. Devido a essa a diminuição dos casos pelo sorogrupo C, houve aumento no percentual do sorogrupo B particularmente na faixa menor de 1 ano de idade. Desde 2015, na rede privada estão disponíveis também as vacinas contra sorotipos B, A, W e Y. A profilaxia para H. influenzae está indicada para todo contactante domiciliar, se houver contato com criança menor de 48 meses parcialmente ou não imunizada, em creches para os menores de 2 anos e maiores, se houver 2 casos no período de 60 dias. A medicação indicada é a rifampicina 20 mg/kg/dia, uma vez ao dia por 4 dias. A profilaxia para meningococo está indicada para contactantes domiciliares, em creches e contactantes de secreções orais sem uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Em cerca de 10% dos casos de doença meningocóccica, há história de contato com doente. As drogas empregadas são rifampicina 10 mg/kg a cada 12h, por 2 dias (maiores de 1 mês) e 5 mg/k, a cada 12h, por 2 dias (menores de 1 mês), ceftriaxona: 125 mg a 250 mg IM, dose única, e ciprofloxacina: 500 mg VO, dose única. A precaução respiratória, por meio de gotículas deve durar até 24 h do início da antibioticoterapia.
  • 5. A primeira tem contato com o periosteo, aracnoide é bem vascularização e a pia-mater que tem contato direto com a encefálo
  • 6. MENINGITE ASSÉPTICO - presença de disturbio inflamatorio que vai levar a um quadro de inflamação meningea.
  • 7.
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  • 10. NA MENINGOCOCCEMIA O PACIENTE PODE OU NÃO ESTÁ COM MENINGITE EXANTEMA PÚRPURICO - PURPURA, PEQUETIAS E EQUIMOSES
  • 11. AVALIAR SINAIS DE ESTABILIDADE HEMODINAMICA
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  • 13. Situações que favorecem a ocorrencia Sem baço maior risco de infecção por bacterias encapsulas como pneumoco e meningococo IVAS pode ser a porta de entrada
  • 14. SITUAÇÕES COM RISCO DE HERNIAÇÃO INTRACRANIANA
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  • 16. COLARAÇÃO GRAM É A TÉCNICA DE COLORAÇÃO COM VIOLETA DE METILA EM QUE AS BACTERIAS COM GRAM POSITIVO FICAM ROXAS E GRAM NEGATIVAS VERMELHAS
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  • 18. PERIODO NEONATAL EM GERAL DURAÇÃO 14 A 21 DIAS PNEUMOCOCO 10 A 14 DIAS HEMOPHILUS OU MENIGO 7 A 21 OUTROS GRAM NEGATIVATIVOS 21 DIAS
  • 19. Profissionais em situações de risco - respiração boca a boca, entubaram sem uso de mascara, avas, sem uso de EPI. Contato proximo suscetivel
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  • 22. TODAS AS CRIANÇAS NA SITUAÇÃO DA CRECHE
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  • 25. ENCEFALITE POSSÍVEL - além dos critérios maiores pelo menos 2 menores ENCEFALIA CONFIRMADO - além do criterio maior + 3 menores
  • 26. Drogas - ALCOOL, DROGAS ILICITAS, CISCLOPORINA
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  • 31. ESSA ALTERAÇÃO DE LIQUOR NÃO É COMUM EM INFECÇÕES VIRAIS PORÉM ACONTECE NA INFECÇÃO POR HERPES ENCEFALITE AUTOIMUNE - PRINCIPAL CAUSA ENCEFALITE ANTI-RECEPTOR N METIL ASPARTATA Nem sempre na infancia terão achados de tumor teratoma
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  • 39. Privada pentavalente acelular ou hexavalente - tem dificuldade na soroconversão para hemophilus sendo necessário o reforço fazer dose extra do hemophilus aos 15 meses. Diferença do SUS em relação a PNEUMO 10 - Apenas 2 doses e reforço, no privado 3 dose e reforço entre 12 e 15 meses. Pneumococo previsão de introduzir a Pneumo13v que está disponivel na rede privada Agora necessidade de revacinações e reforço a cada 5 anos (5 e 11 e 16 anos)
  • 40. BGN - Escherichia coli e outros OBSERVAR DOENÇA DE BASE DA CRIANÇA T vertical - toxoplasma, CMV, herpes Cardiopatas - estrepto stafilo Infec. Nosocomial - estrepto stafilo hemophilos Asplenia - ´pneumoco e BGN Imun. celular - germes atipicos - listeria, pseudomonas, estrepophomonas Def. complemento - meningite meningococcica de repetição DVP e PO neurocirurgica - stafilo aureus e pseudomonas.
  • 41. PNEUMOCOCO HOJE APARECE MAIS QUE A MENINGO, POREM NA ADOLESCENCIA AUMENTA UM POUCO. REDUCAO CONSIDERAVEL COM USO DAS MEDIDAS DE HIGIENE
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  • 45. AUMENTO DE SOROTIPOS QUE NAO ESTAO CONTEMPLADOS PELA PNEUMO 10 SOROTIPO 19 A ESTÁ PRESENTE NA VACINA PNEUMO13 (AINDA EM IMPLANTAÇÃO PUBLICO) E NÃO ESTÁ NA PNEUMO 10
  • 46. APARECIMENTO DO 19A NOS ULTIMOS 10 ANOS
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  • 48. FSC - Fluxo Sanguineo Cerebral Obstrução gerando Hidrocefalia
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  • 52. Quando for realizar e vir sangramento se coloca gaze embaixo da agulha se vier envolta do sangue tiver um lado transparente pode ser acidente de punção, se apenas o halo de sangue falar a favor de hemorragia intracraniana
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  • 56. Alta resistencia a penicilina 72,7
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  • 58. USO DA VANCOMICINA SE VC NAO SABE O AGENTE - PROTOCOLO NOVO INDICA VANCO DEVIDO AUMENTO DA RESISTENCIA DA CEFTRIAXONA
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