1. Docente: Thassiany Sarmento
Faculdade Mauricio de Nassau – FMN
Curso de Radiologia
Componente curricular: diagnóstico por
imagem em pediatria
FRATURAS EM IDADE
PEDIATRICA.
2. FRATURAS NA CRIANÇA
• Consolidação rápida e grande capacidade de remodelação;
• Predomina o tratamento conservador;
• Trauma esquelético corresponde de 10% até 15% de todas
as lesões na criança;
• As fraturas predominam no rádio, úmero, tíbia, clavícula e
fêmur;
• Traumas em ambiente domiciliar correspondem a cerca de
37% das fraturas;
• Quedas na escola correspondem a 20%.
• Menor idade Maior capacidade de remodelação;
3.
4.
5. • Grande proporção de fratura “em galho verde”;
• Menor incidência de fraturas cominutivas;
• Grande capacidade de remodelação;
• Cicatrização ou calo ósseo mais veloz;
• Menor necessidade de cirurgia para reduzir e
fixar as fraturas;
• Fraturas próximas à fise podem causar
deformidades e déficit no crescimento.
FRATURAS NA CRIANÇA
6. PADRÕES DE FRATURAS PEDIATRICAS
• Fraturas não epifisárias:
– Completa: ambos os lados do osso são fraturados. É o tipo
mais comum;
– Em Toro: a compressão do osso produz uma fratura em
toro, que ocorre frequentemente em áreas metafisárias.
São estáveis e costumam resolver-se em 2-3 semanas com
imobilização;
– Fratura em Galho verde: a energia foi insuficiente para
produzir uma fratura completa. O osso tem uma angulação
típica de deformação. Representa uma falha óssea no lado
da tensão e deformidade por compressão no lado oposto;
– Fratura por arqueamento ou encurvamento: o osso tem
uma angulação típica de deformação, mas não fraturou.
7. FRATURAS EM “TORUS” OU
SUBPERIOSTEAL
• Ação compressiva, própria da infância,
afetando o osso metafisário.
9. • Fraturas epifisárias:
– Compreender 15-20% do total de fraturas infantis;
– Mais frequente fratura no sexo masculino e nos
membros superiores;
– Classificação de Salter e Harris:
• Tipo I fratura na fise;
• Tipo II fratura na fise com saída no lado oposto na metáfise;
• Tipo III fratura da superficie articular até a fise;
• Tipo IV estende-se da articulação até a metáfise;
• Tipo V compressão.
PADRÕES DE FRATURAS PEDIATRICAS
14. EMERGÊNCIAS ORTOPÉDICAS
• Ostiomielite:
– É um processo inflamatório do tecido ósseo causado
por bactérias;
– Associada ao trauma;
– Acomete preferencialmente ossos longos, com
predomínio nos membros inferiores;
– Etiologia: Mais frequente S. aureus;
– Principal localização: metáfise
• Acomete apenas 1 osso
• Febre de intensidade variável.
15. • Raio X
- Só começa a alterar após 7-10dias;
- Após 2 semanas aparece lesão periosteal e lítica.
16. • Artrite séptica:
– Presença de bactéria no espaço articular;
– 65% dos casos ocorre em <20 anos;
– Principal agente: Staphyloccus aureus;
– Febre e queda do estado geral, edema, calor,
rubor , dor à movimentação, perna em abdução e
rotação externa
EMERGÊNCIAS ORTOPÉDICAS
19. PRONAÇÃO DOLOROSA DO
COTOVELO
• Idade: 2 a 6 anos;
• Etiologia: elevação da criança com membro
superior estendido;
• Patologia: desproporção entre o ligamento
anular e a cabeça do rádio;
• Membro doloroso e em pronação fixa;
• Redução: flexão com supinação.
20.
21. FRATURA DE CLAVÍCULA
• Consolidação rápida;
• Imobilização parcial:
– 0 a 2 anos: sem indicação;
– 2 a 6 anos: tipoia;
– Maior que 6 anos: tipoia ou 8.
22. FRATURA SUPRACONDILIANA DO
ÚMERO
• Compreendem 50 ou
60% das fraturas do
cotovelo;
• radiografias (AP, Perfil,
cotovelo contralateral);
• Manter no gesso por 3
semanas;
• Uso de tipoia.
23. • Mecanismo de lesão:
– Flexão: queda sobre o cotovelo flexionado ou
trauma direto.
FRATURA SUPRACONDILIANA DO
ÚMERO
24. MECANISMO DE LESÃO
• Mecanismo de lesão: hiperextensão durante queda
sobre a mão estendida
FRATURA SUPRACONDILIANA DO
ÚMERO
25. • Angulacão em forma de “S”;
• Sinal de Pucker: depressão da pele
anteriormente.
FRATURA SUPRACONDILIANA DO
ÚMERO
26. FRATURA DE GALEAZZI
• Fratura diafisária do terço
distal do rádio com
luxação do radioulnar;
• Classificação
segundo........:
– Tipo I: fratura do rádio a
menos de 7,5cm da
superfície articular medial
do rádio, e o tipo mais
instável;
– Tipo II: fratura do rádio a
mais de 7,5cm da
superfície articular medial
do rádio.
27. • Tipo em flexão: 2% das fraturas umerais
supracondilares em crianças.
– Tipo I: sem desvio;
– Tipo II: desviada com córtex anterior integro;
– Tipo III: desvio completo (Antero-lateral)
FRATURA DE GALEAZZI
29. • Tratamento:
– Tipo I: imobilizacão gessada por 3 semanas;
– Tipo II: reducão fechada e gesso; se instável ou
reducão nao puder ser mantida sem flexão
excessiva – pinagem com 2 fios cruzados;
– Tipo III: tentativa de reducão fechada + pinos
FRATURA DE GALEAZZI
30. FRATURA DE MONTEGGIA
• Essa lesão caracterizada por fratura-luxação
especial doantebraço foi descrita por Giovanni
Battista Monteggia, de Milão, Itália, em 1814,
antes mesmo da era da radiografia,baseado
somente na história do traumatismo e nos
achados do exame físico. Mais de 150 anos
mais tarde, em 1967, Bado passou a utilizar o
termo “lesão de Monteggia”, e a classificou
em quatro tipos.
31. CLASSIFICAÇÃO
• O tipo I apresenta luxação anterior da cabeça do
rádio e fratura da ulna em qualquer nível, com
angulação anterior. É o tipo mais comum, embora
todas as lesões de Monteggia somem apenas 5% das
fraturas do antebraço.
PRONAÇÃO FORÇADA DO ANTEBRAÇO
FRATURA DE MONTEGGIA
32. • O tipo II apresenta luxação posterior da
cabeça do rádio, associada a fratura da ulna,
com angulação posterior.
SOBRECARGA AXIAL DO ANTEBRAÇO COM O COTOVELO FLEXIONADO
FRATURA DE MONTEGGIA
33. • O tipo III apresenta-se como luxação lateral da
cabeça do rádio associada a fratura da ulna,
com angulação lateral.
ABDUÇÃO FORÇADA DO COTOVELO
FRATURA DE MONTEGGIA
34. CLASSIFICAÇÃO
• O tipo IV apresenta fratura de ambos os ossos
do antebraço em seu terço proximal, com
luxação anterior da cabeça do rádio. A fratura
da ulna tem angulação anterior.
PRONAÇÃO FORÇADA DO ANTEBRAÇO, EM QUE A DIÁFISE RADIAL CEDE
FRATURA DE MONTEGGIA
35. • Ocorrência simultânea entre fratura do úmero
com fratura ipsilateral do antebraço;
• Lesão incomum, com sua incidência variando
entre dois a 13%, sendo a fratura supracondiliana
do úmero frequentemente encontrada como a
lesão proximal ao cotovelo.
• O cotovelo flutuante é considerado como um
indicador de trauma de grande energia, podendo
ocorrer concomitantemente a fratura exposta,
lesões nervosas, lesões vasculares e síndrome
compartimental.
COTOVELO FLUTUANTE EM CRIANÇAS
37. FRATURA DO ANEL PÉLVICO
• Fraturas pélvicas em crianças são incomuns,
sendo estimadas em 1:100.000 nos EUA;
• A maioria das fraturas pélvica instáveis é
resultado de um trauma de grande energia e
geralmente estão relacionadas com
atropelamento por veículos automotores;
• Devemos lembrar-nos de que 75% das
crianças com fraturas pélvicas têm outras
lesões em outras estruturas anatômicas.
38. • Classificação baseada no mecanismo de lesão:
– Compressão ântero-posterior (livro aberto);
– Compressão lateral;
– Cisalhamento vertical (Malgaigne).
FRATURA DO ANEL PÉLVICO
42. FRATURA DO FÊMUR
• As fraturas do fêmur na
criança nem sempre estão
relacionadas a traumas de alta
energia, diferentemente do
adulto;
• As crianças com fraturas do
fêmur com menos de dois
anos de idade normalmente
estão relacionadas a traumas
domiciliares, como quedas de
berços;
• O tratamento nessa faixa
etária é simples e
normalmente não deixa
sequelas, se bem conduzido
pelo médico.
43. • Em crianças em idade
escolar, acima dos 7 anos,
existe um tendência atual
ao tratamento cirúrgico
objetivando um retorno
mais rápido da criança a
sua rotina, assim como
rotina normal de trabalho
dos pais;
• Atualmente o método de
escolha são as hastes
intramedulares de titânio.
FRATURA DO FÊMUR
45. TOCOTRAUMATISMO
• Bossa sanguinolenta: corresponde a edema do couro
cabeludo, devido à pressão durante o trabalho de
parto, é diagnosticado mediante palpação (sinal de
godê positivo) e ultrapassa as linhas de sutura óssea;
• Cefalohematoma: coleção sanguínea subperióstea, de
consistência elástica à palpação, bem delimitada, não
ultrapassando a sutura óssea. É mais frequente sobre
os parietais, uni ou bilateralmente. É reabsorvido,
porém em um tempo maior que a bossa sanguinolenta,
podendo calcificar-se.
49. CUIDADOS COM O APARELHO
GESSADO
• Esperar o gesso secar, se possível, ao sol e
mantê-lo descoberto até que esteja
completamente seco (24 - 48 horas);
• Manter o membro imobilizado na posição
orientada pelo médico;
• Ao tomar banho, proteger o gesso de forma
que o mesmo não entre em contato com a
água (não molhar).
50. • Não colocar nenhum objeto dentro do gesso, como por exemplo:
caneta, lápis, régua e outros objetos pontiagudos;
• Movimentar os dedos das mãos ou dos pés e demais articulações
não-imobilizadas, em todas as direções, várias vezes ao dia;
• Procure atendimento médico urgente se:
– o gesso estiver apertado;
– com inchaço e palidez nos dedos;
– o gesso estiver amolecido quebrado;
– sentir dor forte e contínua;
– com dormência ou formigamento;
– apresentar febre.
• Não retirar a imobilização (gesso) sem recomendação médica.
CUIDADOS COM O APARELHO
GESSADO