Cistos e tumores odontológicos. Principais cistos e tumores apresentados na disciplina de Patologia bucal. Imagens, conceitos, etiopatogenia, principais tratamentos.
3. • Se origina pela separação do folículo ao redor da
coroa de um dente incluso;
• Tipo mais comum de cisto odontogênico do
desenvolvimento;
• Patogênese incerta;
• Acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do
esmalte e a coroa do dente.
4. • Características clínicas e radiográficas:
• Mais frequente em terceiros molares inferiores;
• Caninos, terceiros molares superiores e os segundos pré-molares
inferiores;
• Raramente envolvem dentes decíduos inclusos;
• Podem estar associados a dentes supranumerários ou a odontomas;
5. • Características clínicas e radiográficas:
• Entre 10 e 30 anos;
• Gênero masculino;
• Brancos;
• Pequenos cistos;
• Assintomáticos;
• Grandes cistos;
• Expansão indolor do osso;
• Assimetria facial;
• Incomuns.
6. • Características clínicas e radiográficas:
• Área radiolúcida unilocular associada à coroa de um dente incluso;
• 3 a 4 mm de diâmetro;
• Margem bem definida e esclerótica;
• Variantes
• Central;
• Lateral;
• Circunferencial.
7. • Características histopatológicas
• Duas a quatro camadas de células achatadas não ceratinizadas;
• Interface entre o epitélio e o tecido conjuntivo é plana.
8. • Tratamento e prognóstico:
• Enucleação do cisto juntamente com a remoção do dente;
• Grandes cistos;
• Marsupialização;
• Prognóstico é excelente;
• Recidiva é rara.
9. • Análogo, nos tecidos moles, do cisto dentígero;
• Separação do folículo dentário da coroa de um dente em
erupção;
• Posicionado nos tecidos moles que recobrem o osso alveolar;
• Deposição de colágeno no tecido conjuntivo gengival;
• Teto pericoronário mais espesso e menos penetrável.
10. • Características clínicas:
• Aumento de volume de consistência mole;
• Translúcido;
• Mucosa gengival sobre a coroa de um dente decíduo ou permanente em
erupção;
• Menos de 10 anos;
• Incisivos centrais decíduos inferiores;
• Primeiros molares permanentes e incisivos decíduos superiores;
• Trauma em sua superfície;
• Quantidade considerávelde sangue no fluido cístico;
• Cor azul a marrom arroxeada.
12. • Tratamento e prognóstico:
• Geralmente se rompe espontaneamente;
• Erupção do dente;
• Simples excisão do teto do cisto;
• Rápida erupção do dente.
13. • Surgimento a partir dos restos celulares da lâmina
dental;
• Crescimento pode estar relacionado a fatores
desconhecidos;
• Inerentes ao próprio epitélio ou à atividade enzimática na
parede cística;
• 3% a 11% de todos os cistos odontogênicos.
14. • Características clínicas e radiográficas:
• Entre 10 e 40 anos;
• Homens;
• Mandíbula;
• Corpo e ramo da mandíbula;
• Pequenos ceratocistos;
• Assintomáticos;
• Grandes ceratocistos;
• Dor, edema ou drenagem.
15. • Características clínicas e radiográficas:
• Crescimento em direção ântero-posterior;
• Dentro da cavidade medular;
• Não causa expansão óssea óbvia;
• Síndrome do carcinoma nevoide basocelular (Gorlin).
16. • Características clínicas e radiográficas:
• Área radiolúcida com margens escleróticas bem definidas;
• Lesões grandes podem se apresentar multiloculadas;
• Dente não erupcionado pode estar envolvido;
• Reabsorção radicular é menos comum do que a notada com
os cistos dentígero e radicular.
17. • Características histopatológicas:
• Revestimento epitelial apresenta espessura de 6 a 8 células;
• Camada de células basais hipercromáticas e em paliçada;
• Superfície paraceratinizada corrugada.
18. • Tratamento e prognóstico:
• Enucleação e curetagem;
• Remoção completa de um cisto em uma única peça é difícil;
• Natureza delgada e friável de sua parede cística;
• Recorrência após o tratamento;
• Acompanhamento clínico e radiográfico a longo prazo;
• Prognóstico é bom.
19.
20.
21. • Síndrome causada por mutações no gene patched
(PTCH);
• Múltiplos carcinomas basocelulares na pele;
• Ceratocistos odontogênicos;
• Calcificações intracranianas e anomalias das costelas e
das vértebras.
• Prevalência estimada em cerca de 1:60.000.
22. • Características clínicas e radiográficas:
• Face característica;
• Bossa frontal e temporoparietal;
• Aumento da circunferência craniana (>60 cm nos
adultos);
• Olhos amplamente separados;
• Verdadeiro hipertelorismo ocular leve;
• Prognatismo mandibular leve.
23. • Características clínicas e radiográficas:
• Carcinomas basocelulares da pele;
• Comportamento biológico muito menos agressivo nos pacientes
sindrômicos;
• Aparecem na puberdade ou segunda a terceira décadas;
• Pápulas avermelhadas até placas ulceradas;
• Pele que não está exposta à luz solar;
• Região média da face;
• Pode variar de uns poucos até centenas de tumores;
• Brancos.
24. • Características clínicas e radiográficas:
• Anomalias esqueléticas;
• Costela bífida ou chanfrada;
• Pode envolver diversas costelas e pode ser bilateral;
• Cifoescoliose;
• Calcificação lamelar característica da foice do cérebro;
• Múltiplos Ceratocistos odontogênicos.
25. • Características histopatológicas:
• Presença de mais cistos satélites;
• Ilhas sólidas de proliferação epitelial e restos epiteliais
odontogênicos;
• Focos de calcificação.
26. • Tratamento e prognóstico
• Prognóstico depende do comportamento dos tumores
epiteliais;
• Precauções adequadas para evitar a luz solar;
• Ceratocistos;
• Enucleação;
• Cistos adicionais podem se desenvolver.
27. • Pequenos, superficiais e com conteúdo de ceratina;
• Mucosa alveolar;
• Crianças;
• Remanescentes da lâmina dental;
• Metade de todos os recém-nascidos;
• Desaparecem espontaneamente.
28. • Características clínicas
• Pequenas pápulas esbranquiçadas;
• Múltiplas;
• Mucosa que recobre o processo
alveolar dos neonatos;
• Não mais do que 2 a 3 mm de
diâmetro;
• Rebordo alveolar superior é mais
acometido.
29. • Tratamento e prognóstico
• Não se indica tratamento;
• Lesões involuem espontaneamente;
• Raramente são observadas após os 3 meses de idade.
30. • Lesão incomum;
• Contraparte em tecidos moles do cisto periodontal
lateral;
• Derivado de restos da lâmina dental (restos de Serres);
• Mesmas características histopatológicas que as do cisto
periodontal lateral;
31. • Características clínicas
• Região de canino e pré-molares
inferiores;
• Quinta e sexta décadas de vida;
• Gengiva vestibular ou na mucosa
alveolar;
• Cistos gengivais da maxila;
• Regiões de incisivo, caninos e pré-molares.
32. • Características clínicas
• Nódulo indolor,
• Em forma de cúpula;
• Menos de 0,5 cm de diâmetro;
• Cor azulada ou cinza-azulada;
• “reabsorção em taça” superficial do osso
alveolar;
• Se houver ausência de maior quantidade
de osso;
• Cisto periodontal lateral.
34. • Tratamento e prognóstico
• Simples excisão cirúrgica;
• Prognóstico é excelente.
35. • Tipo incomum de cisto odontogênico do
desenvolvimento;
• Ao longo da superfície radicular lateral de um dente;
• Restos da lâmina dental;
• Contraparte intra-óssea do cisto gengival do adulto;
• Menos de 2% de todos os cistos dos ossos gnáticos
revestidos por epitélio.
36. • Características clínicas e radiográficas
• Lesão assintomática;
• Quinta à sétima décadas de vida;
• Menos de 30 anos;
• Região de pré-molares, canino e incisivo lateral inferiores.
37. • Características clínicas e radiográficas
• Área radiolúcida lateralmente à raiz ou raízes de dentes
vitais;
• Menos de 1,0cm em seu maior diâmetro;
• Pode apresentar um aspecto policístico;
• Aspecto de cachos de uva;
• Pequenos cistos individuais;
• Variante botrioide;
• Aspecto uni ou multilocular.
39. • Tratamento e prognóstico
• Enucleação conservadora;
• Recidiva não é comum.
40. • Lesão incomum;
• Demonstra considerável diversidade histopatológica;
• Comportamento clínico variável.
• Características clínicas e radiográficas
• Lesão intra-óssea;
• Pode se apresentar como lesões periféricas;
• Igual frequência na maxila e na mandíbula;
• Regiões de incisivos e caninos;
• Segunda e terceira décadas de vida;
• Podem estar associados a odontomas.
41. • Características clínicas e radiográficas
• Lesão radiolúcida;
• Unilocular e bem definida;
• Pode ser multilocular;
• Estruturas radiopacas dentro da lesão;
• Pode estar associado a um dente não erupcionado;
• Canino;
• Entre 2 e 4 cm em seu maior diâmetro;
• Reabsorção radicular;
• Divergência dos dentes adjacentes.
42. • Características histopatológicas
• Revestimento epitelial mostra células epiteliais ameloblastomatosas;
• Camada basal colunar;
• Grandes células fantasmas eosinofílicas presentes no revestimento
epitelial.
43. • Tratamento e prognóstico
• Prognóstico é favorável;
• Poucas recidivas após a enucleação simples;
• Variante periférica neoplásica;
• Chance mínima de recidiva após a excisão cirúrgica simples.
44. • Cisto odontogênico inflamatório incomum;
• Face vestibular do primeiro molar inferior permanente;
• Patogênese é incerta;
• Associação com dentes que demonstram extensões
vestibulares de esmalte;
• Se projetam na região da bifurcação;
• Predisposição à formação de bolsa vestibular;
45. • Características clínicas e radiográficas
• Crianças de 5 a 13 anos;
• Sensibilidade leve à moderada na face
vestibular do primeiro molar inferior;
• Pode estar em processo de erupção;
• Inchaço associado à saída de secreção;
• Bolsa periodontal na face vestibular;
• Envolvimento bilateral dos primeiros molares
em 1/3 dos casos.
46. • Características clínicas e radiográficas
• Lesão radiolúcida unilocular;
• Bem-circunscrita envolvendo a bifurcação vestibular
e a região da raiz do dente;
• Tamanho médio de 1,2cm;
• Radiografia oclusal é mais útil;
• Ápices radiculares dos molares voltados para a
cortical lingual mandibular.
47. • Tratamento e prognóstico
• Enucleação;
• Não é necessária a extração do dente associado;
• Normalização em um ano da cirurgia.
48. • Diversos tipos histológicos e comportamento clínico;
• Verdadeiros neoplasmas e rara transformação
malígna;
• Podem representar harmatomas;
• Interações indutivas variáveis entre o epitélio
odontogênico e o ectomesenquima.
51. • Tumor odontogênico mais comum;
• Sua frequência equivale a de todos os outros tumors
odontogênicos (exceto odontomas);
• Origem epitelial;
• Restos da lâmina dental;
• Orgão do esmalte em desenvolvimento;
• Camada epitelial de um cisto odontogênico;
• Células basais da mucosa oral;
• Crescimento lento;
• Localmente invasivo.
52. • Ameloblastoma
• 75% a 86% de todos os casos;
• 30 a 70 anos;
• Sem predileção por sexo;
• Negros;
• Assintomático;
• Expansão indolor;
55. • Ameloblastoma
• Tratamento e prognóstico
• Curetagem X Ressecção
• Recorrência
• 50% a 90% após curetagem;
• 15% após ressecção.
56. • Ameloblastoma unicístico
• 10% a 46% de todos os ameloblastomas;
• 20 anos;
• Assintomáticos;
• Expansão indolor;
• Região posterior da mandíbula.
59. • Ameloblastoma periférico (extra-ósseo)
• 1 a 4% de todos ameloblastomas
• Restos da lâmina dentária
• Sob a mucosa oral
• Células epiteliais basais da superfície epitelial
• Lesão indolor séssil ou pedunculada
• Menores que 1,5 cm
• Média de idade de 52 anos
• Mais comuns na mandíbula
• Gengiva ou mucosa alveolar
60. • Ameloblastoma periférico (extra-ósseo)
• Tratamento e prognóstico
• Excisão cirúrgica local
• 15% a 20% de recidiva
61.
62. • Menos 1% de todos tumores odontogênicos;
• Histogêneses incerta;
• Características clínicas e radiográficas
• Entre 30 e 50 anos;
• Sem predileção por sexo;
• Aumento de volume indolor;
• Crescimento lento.
63. • Características clínicas e radiográficas
• Defeito radiolúcido uni ou multilocular;
• Associado com dente retido;
• Estruturas calcificadas.
65. • Tratamento e prognóstico
• Menos agressivo que o ameloblastoma;
• Ressecção local conservadora;
• 15% de recidiva.
66. • 2 a 7% de todos tumores odontogênicos;
• Remanescentes da lâmina dentária;
• Características clínicas e radiográficas
• 10 a 19 anos;
• Mulheres são mais afetadas;
• Raramente excede 3 cm;
• Assintomático;
• Expansão indolor.
68. • Características clínicas e radiográficas
• 20 anos;
• Mais comum em homens;
• Assintomático;
• Aumento de volume.
69. • Características clínicas e radiográficas
• Uni ou multilocular;
• Margens bem definidas;
• Pode estar associado a um dente retido;
• Pode apresentar grandes proporções.
70. • Características histopatológicas
• Cápsula pode estar ou não presente;
• Cordões longos e estreitos de epitélio odontogênico;
• Estroma de tecido conjuntivo primitivo ricamente
celularizado.
71. • Tratamento e prognóstico
• Tratamento mais conservador para lesões iniciais;
• Excisão cirúrgica mais agressivas para lesões
recorrentes;
• Risco de desenvolvimento de fibrossarcoma
ameloblástico.
72. • Tumor raro;
• Contraparte maligna do fibroma ameloblástico;
• Maioria dos casos;
• Somente a porção mesenquimal da lesão mostra malignidade;
• Componente epitelial benigno;
• Metade dos casos representa uma recidiva do fibroma
ameloblástico.
73. • Características clínicas e radiográficas
• 1,5 vez mais frequente em homens;
• Média de 27,5 anos;
• Mandíbula;
• Dor e aumento de volume;
• Crescimento rápido;
• Lesão radiolúcida mal definida.
74. • Características histopatológicas
• Porção mesenquimal altamente celularizada;
• Células hipercromáticas e frequentemente com pleomorfismo
bizarro.
75. • Tratamento e prognóstico
• Excisão cirúrgica radical;
• Localmente agressivo;
• Infiltra o osso e os tecidos moles adjacentes;
• Prognóstico a longo prazo difícil de ser determinado;
• Maioria das mortes resulta da falta de controle da
doença local.
76. • Tipo mais comum de tumor odontogênico;
• Sua prevalência excede todos os outros tumores odontogênicos
somados;
• Considerados hamartomas;
• Composto;
• Complexo.
77. • Características clínicas e radiográficas
• 20 anos;
• Assintomático;
• Podem apresentar 6 cm ou mais;
• Expansão óssea;
• Associação a um dente retido.