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HIPERTENSÃO E DIABETES

ABORDAGEM CLÍNICA GERAL

IVETE COUTO
CARDIOLOGISTA
INTRODUÇÃO
Hipertensão Arterial (HTA) e Diabetes Mellitus são doenças crônicas não
Transmissíveis que ocorrem com muita frequência e constituem os principais
fatores de risco populacional para as doenças cardiovasculares, motivo pelo qual
representam sérios problemas de saúde pública.
HTA e DM estão constantemente associadas, visto que possuem vários aspectos
em comum, como etiopatogenia, fatores de risco, tratamento não medicamentoso,
cronicidade, complicações e geralmente, a ausência de sintomas. Além disso,
juntamente com a obesidade e a dislipidemia, fazem parte da Síndrome
Metabólica, que corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência
insulínica.
INTRODUÇÃO
• A HTA é uma patologia de início silencioso com repercursões clínicas
importantes para os sistemas cardiovascular e renovascular, acompanhada
frequentemente de co – morbidades, sendo 3x mais frequente no diabético.
• Na altura do diagnóstico de diabetes 40% são já hipertensos.
• As complicações macrovasculares, incluindo DC, AVC e doença vascular
periférica são as principais causas de morbilidade e mortalidade em
indivíduos diabéticos.
INTRODUÇÃO
• Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), The World health
statistics 2012:
- Doenças não transmissíveis atualmente causam quase 2/3 de todas as
mortes no mundo.
- 1 em cada 3 adultos tem Hipertensão arterial
- 1 em cada 10 adultos tem Diabetes Mellitus,
- Em África, estima-se que mais de 40% (e até 50%) dos adultos estejam
com Hipertensão arterial.
- A prevalência média global de Diabete Mellitus é de cerca de 10%
- Cerca de meio milhão de pessoas (12% da população mundial) são
consideradas obesas.
CONCEITOS
A Hipertensão arterial é definida pela persistência dos níveis de pressão
arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140mmHg e/ou pressão arterial
diastólica (PAD) maior ou igual a 90mmHg.
O Diabetes Mellitus definida como quadro de hiperglicemia crônica,
acompanhado de distúrbios no metabolismo de carbohidratos, de proteínas e
de gorduras, caracterizado por hiperglicemia que resulta de uma deficiente
secreção de insulina pelas células beta, resistência periférica à ação da
insulina ou ambas cujos efeitos crônicos incluem dano ou falência de órgãos,
especialmente rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.
PORQUE É TÃO FREQUENTE A HA NO DIABÉTICO?
• A Diabetes tipo 2 pode causar Hipertensão Arterial por meio da
hiperinsulinemia (decorrente da resistência à insulina), que estimula o sistema
nervoso simpático a promover a vasoconstrição, retém água e sódio nos rins e
estimula a proliferação da musculatura lisa da parede arterial (diminuindo o
lúmen do vaso), mecanismos que elevam a pressão.
• HTA e DM2 podem gerar as mesmas complicações: disfunção endotelial, por
estímulos físicos e químicos e por estresse oxidativo; aterosclerose,
aumentando a adesão da parede vascular e a hemoglobina glicosilada, que
facilita a obstrução. As duas também podem ser causadas pelo mesmo fator,
como obesidade, que gera insulino-resistência, hiperinsulinemia, e, finalmente,
Diabetes e Hipertensão.
GUIDELINES E OBJETIVOS
TERAPÊUTICOS
RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS
Doentes com diabetes tipo 2 devem também receber1,2:

1.

Tratamento agressivo de todos os factores de risco:
Hiperglicémia
Hipertensão
Dislipidémia

2. Aspirina (ou clopidogrel) se têm alto risco cardiovascular

3. Deteção e tratamento de complicações:
Nefropatia
Retinopatia
Neuropatia
Pé Diabético
1American Diabetes Association. Diabetes Care

2005; 28: S4–36.
2 IDF Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes Federation, 2005.
HIPERTENSÃO ARTERIAL E RISCO DE COMPLICAÇÕES (UKPDS)
Cada redução de 10 mmHg na pressão arterial sistólica reduz o risco de:
Risco de
desenvolvimento
das complicações
da diabetes

Morte relacionada
com a diabetes

Doença
microvascular

†p<0.0001

11%†

12%†

13%†
15%†

Adler AI, et al. BMJ 2000; 321: 412–9.

Enfarte do
Miocárdio
HIPERGLICEMIA E RISCO DE COMPLICAÇÕES (UKPDS)
Cada 1% de redução na HbA1c reduz o risco :

Infarto do
Miocárdio

Doença
microvascular

Doença
vascular
periférica*

14%†

14%†

37%†
43%†

Stratton IM, et al. BMJ 2000; 321: 405–12.

Mortalidade de
qualquer causa

AVC

12%‡

* Amputação de membro inferior ou doença
vascular periférica fatal
† p < 0.0001
‡ p = 0.035
RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS
PRESSÃO ARTERIAL
ADA1

Pressão
Arterial

IDF2

SBD3

ESH/ESC 4

<140/80
mmHg

<130/80
mmHg

< 130-135/
80 mmHg

< 140/85
mmHg

1American Diabetes Association. Diabetes Care.

janeiro 2013
type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes

2 IDF Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for

Federation, 2005.
3Novas Recomendações da DH-BSC referente à Administração Ideal de Hipertensão em Diabéticos 2013
4ESH/ESC: European Society of Hypertension/European Society of Cardiology 2013
RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS
CONTROLE METABÓLICO.
ADA1

IDF2

SBD 3

HbA1c

<7.0%

<6.5%

< 7%

Glicémia em
jejum

5.0–7.2 mmol/L <6.0 mmol/L
90-130 mg/dl <110mg/dl

< 110 mg/dl

Glicémia pósprandial

<10.0 mmol/L
<180 mg/dl

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1American Diabetes Association. Diabetes Care 2005;

<8.0 mmol/L
<140mg/dl

28: S4–36.
2 IDF Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes
Federation, 2005.
3Destaques das novas diretrizes da SBD 2013
RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS
DISLIPIDEMIA
ADA1

IDF2

<2.6 mmol/L
<100 ou 70mg/dl

<2.5 mmol/L
<96mg/dl
<2.3 mmol/L
<200mg/dl

Lipidos:

LDL-C
Trigliceridos
HDL-C
1American Diabetes Association. Diabetes Care

<1.7 mmol/L
<150mg/dl
>1.0 mmol/L
>40 (homens) e > 50
(mulheres)mg/dl

>1.0 mmol/L
>40mg/dl

2005; 28: S4–36.
Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes
Federation, 2005.
3National Cholesterol Education Program. JAMA 2001; 285: 2486–97.
2 IDF
RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS
OBESIDADE

• Definição Obesidade Abdominal- IDF 2005:
Perímetro cintura >94cm Homem
>80cm na Mulher
TRATAMENTO DA HA NO DM
• Abordagem Terapêutica Primária:
Para o tratamento anti-hipertensivo é importante a mudança no estilo de
vida, que inclui as seguintes medidas:
- Redução do peso corporal; *
- Redução da ingestão de sódio (dieta hipossalina, variada
nutricionalmente e equilibrada);
- Exercício físico regular (30-60 min 4-7d/sem).
- Redução do consumo de álcool
- Abandono do tabagismo
* IMC<25 e Perim cint <94cm homem <80cm mulher
ESCOLHA DO FÁRMACO ANTI HIPERTENSOR

• Objetivos:
Redução dos eventos CV fatais e não fatais
Redução da repercussão nos órgão alvo
Redução das complicações microvasculares
Redução da progressão para nefropatia
Redução da evolução da nefropatia

Redução
morbilidade e mortalidade
QUANDO INICIAR O TRATAMENTO ANTIHIPERTENSIVO E SEUS ALVOS
• No que se refere ao tratamento anti-hipertensivo no diabetes, não existe um
único agente ou esquema ideal que só traga benefícios à população diabética
hipertensa.
• A escolha do fármaco deve ser individualizada às caracteristicas específicas
do risco global de cada doente

• Todos os agentes anti-hipertensivos podem ser utilizados. Frequentemente, os
indivíduos diabéticos hipertensos necessitarão de dois ou mais agentes para
obter um bom controle pressórico.
• Recomenda-se a manutenção de níveis pressóricos abaixo de 130/80 mmHg..
Se os níveis pressóricos encontram-se entre 130/80 mmHg e 140/90 mmHg,,
mudança de estilo de vida.
• Nos pacientes diabéticos hipertensos que necessitem de terapia
combinada, recomenda-se a utilização dos inibidores da ECA sempre que
possível.
• Beta-bloqueadores são uma boa opção para pacientes diabéticos
hipertensos com doença arterial coronariana ou insuficiência cardíaca
compensada. Nos pacientes com micro ou macroalbuminúria, recomendase o uso de inibidores da ECA .
• IECA e ARA são igualmente efetivos no tratamento da nefropatia
diabética *
• O tratamento da pressão arterial é importante para prevenção da DCV
e para prevenir e minimizar a progressão da nefropatia e retinopatia.
• Na associação de classes de agentes anti-hipertensivos, devem ser
utilizados agentes com diferentes mecanismos de ação.
* Está desaconselhada a associação IECA+ARAII no diabético (Meta-análise do Hospital São Lucas,
Nova York, publicado no dia 28 de janeiro de 2013 no BMJ.
• No caso de falha da monoterapia, preferencialmente, deve ser introduzido
diurético como segundo agente.
• OS IECAS São indicados no pós-infarto do miocárdio e na insuficiência
cardíaca. Não devem ser usados em indivíduos com estenose bilateral de artéria
renal, creatinina acima de 3,0 mg/dl e na gestação.

• A principal indicação da metildopa é a gestante diabética. Ainda, mostra-se
eficaz na reversão de Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo.
MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR
DISLIPIDEMIA E DIABETES
• Pacientes diabéticos <40 anos sem DCV, com LDL>130 : MEV+ Estatina
(alvo LDL<100) *
• Se LDL>100 em tratamento não farmacológico: Estatina
*Evidências sugerem que a MEV (alimentação + atividade física regular
adequada máxima reduz LDL em 15-25 mg/dl)
• Pacientes diabéticos >40 anos sem DCV e que possuam 1 ou mais fatores de
risco CV ou longa duração do diabetes: MEV + Estatina (alvo LDL<100 )
• Pacientes diabéticos com DCV: Estatina , independente dos níveis lipídicos
(alvo LDL<70 )
MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR
ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS
• Em cerca de 25% dos pacientes diabéticos, a primeira manifestação de DAC
é o IAM ou morte súbita.

• Aspirina (75-162mg)
Prevenção primária: O uso de AAS em doses 75-162 mg deve ser
considerado para pacientes com risco de DCV aumentado na ausência de
fatores de risco para sangramento: Diabéticos homens >50 anos e mulheres
>60 anos que tenham outro fator de risco CV significativo ( tabagismo, HAS,
dislipidemia, historia familiar ou albuminúria).
Prevenção secundária no diabético com evento CV.
.
MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR
ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS

• Clopidogrel (75mg/dia)- em doentes com Contra indicação à AAS.

• AAS+ Clopidogrel- após evento coronário agudo
CONCLUSÃO
• Deve-se tratar o doente na sua globalidade, atendendo aos vários fatores de
risco nele implicados.
• A maior determinante na redução do risco CV é a redução da PA e não o tipo
de fármaco anti-HTA *
• A associação de 2 ou + fármacos é frequentemente necessária, sempre que
não se atinge valores alvo.
• A simplificação terapêutica do número de comprimidos e tomas diárias facilita
a adesão;
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OBRIGADA.

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  • 1. HIPERTENSÃO E DIABETES ABORDAGEM CLÍNICA GERAL IVETE COUTO CARDIOLOGISTA
  • 2. INTRODUÇÃO Hipertensão Arterial (HTA) e Diabetes Mellitus são doenças crônicas não Transmissíveis que ocorrem com muita frequência e constituem os principais fatores de risco populacional para as doenças cardiovasculares, motivo pelo qual representam sérios problemas de saúde pública. HTA e DM estão constantemente associadas, visto que possuem vários aspectos em comum, como etiopatogenia, fatores de risco, tratamento não medicamentoso, cronicidade, complicações e geralmente, a ausência de sintomas. Além disso, juntamente com a obesidade e a dislipidemia, fazem parte da Síndrome Metabólica, que corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica.
  • 3. INTRODUÇÃO • A HTA é uma patologia de início silencioso com repercursões clínicas importantes para os sistemas cardiovascular e renovascular, acompanhada frequentemente de co – morbidades, sendo 3x mais frequente no diabético. • Na altura do diagnóstico de diabetes 40% são já hipertensos. • As complicações macrovasculares, incluindo DC, AVC e doença vascular periférica são as principais causas de morbilidade e mortalidade em indivíduos diabéticos.
  • 4. INTRODUÇÃO • Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), The World health statistics 2012: - Doenças não transmissíveis atualmente causam quase 2/3 de todas as mortes no mundo. - 1 em cada 3 adultos tem Hipertensão arterial - 1 em cada 10 adultos tem Diabetes Mellitus, - Em África, estima-se que mais de 40% (e até 50%) dos adultos estejam com Hipertensão arterial. - A prevalência média global de Diabete Mellitus é de cerca de 10% - Cerca de meio milhão de pessoas (12% da população mundial) são consideradas obesas.
  • 5. CONCEITOS A Hipertensão arterial é definida pela persistência dos níveis de pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90mmHg. O Diabetes Mellitus definida como quadro de hiperglicemia crônica, acompanhado de distúrbios no metabolismo de carbohidratos, de proteínas e de gorduras, caracterizado por hiperglicemia que resulta de uma deficiente secreção de insulina pelas células beta, resistência periférica à ação da insulina ou ambas cujos efeitos crônicos incluem dano ou falência de órgãos, especialmente rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.
  • 6. PORQUE É TÃO FREQUENTE A HA NO DIABÉTICO? • A Diabetes tipo 2 pode causar Hipertensão Arterial por meio da hiperinsulinemia (decorrente da resistência à insulina), que estimula o sistema nervoso simpático a promover a vasoconstrição, retém água e sódio nos rins e estimula a proliferação da musculatura lisa da parede arterial (diminuindo o lúmen do vaso), mecanismos que elevam a pressão. • HTA e DM2 podem gerar as mesmas complicações: disfunção endotelial, por estímulos físicos e químicos e por estresse oxidativo; aterosclerose, aumentando a adesão da parede vascular e a hemoglobina glicosilada, que facilita a obstrução. As duas também podem ser causadas pelo mesmo fator, como obesidade, que gera insulino-resistência, hiperinsulinemia, e, finalmente, Diabetes e Hipertensão.
  • 8. RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS Doentes com diabetes tipo 2 devem também receber1,2: 1. Tratamento agressivo de todos os factores de risco: Hiperglicémia Hipertensão Dislipidémia 2. Aspirina (ou clopidogrel) se têm alto risco cardiovascular 3. Deteção e tratamento de complicações: Nefropatia Retinopatia Neuropatia Pé Diabético 1American Diabetes Association. Diabetes Care 2005; 28: S4–36. 2 IDF Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes Federation, 2005.
  • 9. HIPERTENSÃO ARTERIAL E RISCO DE COMPLICAÇÕES (UKPDS) Cada redução de 10 mmHg na pressão arterial sistólica reduz o risco de: Risco de desenvolvimento das complicações da diabetes Morte relacionada com a diabetes Doença microvascular †p<0.0001 11%† 12%† 13%† 15%† Adler AI, et al. BMJ 2000; 321: 412–9. Enfarte do Miocárdio
  • 10. HIPERGLICEMIA E RISCO DE COMPLICAÇÕES (UKPDS) Cada 1% de redução na HbA1c reduz o risco : Infarto do Miocárdio Doença microvascular Doença vascular periférica* 14%† 14%† 37%† 43%† Stratton IM, et al. BMJ 2000; 321: 405–12. Mortalidade de qualquer causa AVC 12%‡ * Amputação de membro inferior ou doença vascular periférica fatal † p < 0.0001 ‡ p = 0.035
  • 11. RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS PRESSÃO ARTERIAL ADA1 Pressão Arterial IDF2 SBD3 ESH/ESC 4 <140/80 mmHg <130/80 mmHg < 130-135/ 80 mmHg < 140/85 mmHg 1American Diabetes Association. Diabetes Care. janeiro 2013 type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes 2 IDF Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for Federation, 2005. 3Novas Recomendações da DH-BSC referente à Administração Ideal de Hipertensão em Diabéticos 2013 4ESH/ESC: European Society of Hypertension/European Society of Cardiology 2013
  • 12. RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS CONTROLE METABÓLICO. ADA1 IDF2 SBD 3 HbA1c <7.0% <6.5% < 7% Glicémia em jejum 5.0–7.2 mmol/L <6.0 mmol/L 90-130 mg/dl <110mg/dl < 110 mg/dl Glicémia pósprandial <10.0 mmol/L <180 mg/dl <140 mg/dl 1American Diabetes Association. Diabetes Care 2005; <8.0 mmol/L <140mg/dl 28: S4–36. 2 IDF Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes Federation, 2005. 3Destaques das novas diretrizes da SBD 2013
  • 13. RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS DISLIPIDEMIA ADA1 IDF2 <2.6 mmol/L <100 ou 70mg/dl <2.5 mmol/L <96mg/dl <2.3 mmol/L <200mg/dl Lipidos: LDL-C Trigliceridos HDL-C 1American Diabetes Association. Diabetes Care <1.7 mmol/L <150mg/dl >1.0 mmol/L >40 (homens) e > 50 (mulheres)mg/dl >1.0 mmol/L >40mg/dl 2005; 28: S4–36. Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. Brussels: International Diabetes Federation, 2005. 3National Cholesterol Education Program. JAMA 2001; 285: 2486–97. 2 IDF
  • 14. RECOMENDAÇÕES DAS GUIDELINES ACTUAIS OBESIDADE • Definição Obesidade Abdominal- IDF 2005: Perímetro cintura >94cm Homem >80cm na Mulher
  • 15. TRATAMENTO DA HA NO DM • Abordagem Terapêutica Primária: Para o tratamento anti-hipertensivo é importante a mudança no estilo de vida, que inclui as seguintes medidas: - Redução do peso corporal; * - Redução da ingestão de sódio (dieta hipossalina, variada nutricionalmente e equilibrada); - Exercício físico regular (30-60 min 4-7d/sem). - Redução do consumo de álcool - Abandono do tabagismo * IMC<25 e Perim cint <94cm homem <80cm mulher
  • 16. ESCOLHA DO FÁRMACO ANTI HIPERTENSOR • Objetivos: Redução dos eventos CV fatais e não fatais Redução da repercussão nos órgão alvo Redução das complicações microvasculares Redução da progressão para nefropatia Redução da evolução da nefropatia Redução morbilidade e mortalidade
  • 17. QUANDO INICIAR O TRATAMENTO ANTIHIPERTENSIVO E SEUS ALVOS • No que se refere ao tratamento anti-hipertensivo no diabetes, não existe um único agente ou esquema ideal que só traga benefícios à população diabética hipertensa. • A escolha do fármaco deve ser individualizada às caracteristicas específicas do risco global de cada doente • Todos os agentes anti-hipertensivos podem ser utilizados. Frequentemente, os indivíduos diabéticos hipertensos necessitarão de dois ou mais agentes para obter um bom controle pressórico. • Recomenda-se a manutenção de níveis pressóricos abaixo de 130/80 mmHg.. Se os níveis pressóricos encontram-se entre 130/80 mmHg e 140/90 mmHg,, mudança de estilo de vida.
  • 18. • Nos pacientes diabéticos hipertensos que necessitem de terapia combinada, recomenda-se a utilização dos inibidores da ECA sempre que possível. • Beta-bloqueadores são uma boa opção para pacientes diabéticos hipertensos com doença arterial coronariana ou insuficiência cardíaca compensada. Nos pacientes com micro ou macroalbuminúria, recomendase o uso de inibidores da ECA .
  • 19. • IECA e ARA são igualmente efetivos no tratamento da nefropatia diabética * • O tratamento da pressão arterial é importante para prevenção da DCV e para prevenir e minimizar a progressão da nefropatia e retinopatia. • Na associação de classes de agentes anti-hipertensivos, devem ser utilizados agentes com diferentes mecanismos de ação. * Está desaconselhada a associação IECA+ARAII no diabético (Meta-análise do Hospital São Lucas, Nova York, publicado no dia 28 de janeiro de 2013 no BMJ.
  • 20. • No caso de falha da monoterapia, preferencialmente, deve ser introduzido diurético como segundo agente. • OS IECAS São indicados no pós-infarto do miocárdio e na insuficiência cardíaca. Não devem ser usados em indivíduos com estenose bilateral de artéria renal, creatinina acima de 3,0 mg/dl e na gestação. • A principal indicação da metildopa é a gestante diabética. Ainda, mostra-se eficaz na reversão de Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo.
  • 21. MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DISLIPIDEMIA E DIABETES • Pacientes diabéticos <40 anos sem DCV, com LDL>130 : MEV+ Estatina (alvo LDL<100) * • Se LDL>100 em tratamento não farmacológico: Estatina *Evidências sugerem que a MEV (alimentação + atividade física regular adequada máxima reduz LDL em 15-25 mg/dl) • Pacientes diabéticos >40 anos sem DCV e que possuam 1 ou mais fatores de risco CV ou longa duração do diabetes: MEV + Estatina (alvo LDL<100 ) • Pacientes diabéticos com DCV: Estatina , independente dos níveis lipídicos (alvo LDL<70 )
  • 22. MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS • Em cerca de 25% dos pacientes diabéticos, a primeira manifestação de DAC é o IAM ou morte súbita. • Aspirina (75-162mg) Prevenção primária: O uso de AAS em doses 75-162 mg deve ser considerado para pacientes com risco de DCV aumentado na ausência de fatores de risco para sangramento: Diabéticos homens >50 anos e mulheres >60 anos que tenham outro fator de risco CV significativo ( tabagismo, HAS, dislipidemia, historia familiar ou albuminúria). Prevenção secundária no diabético com evento CV. .
  • 23. MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS • Clopidogrel (75mg/dia)- em doentes com Contra indicação à AAS. • AAS+ Clopidogrel- após evento coronário agudo
  • 24. CONCLUSÃO • Deve-se tratar o doente na sua globalidade, atendendo aos vários fatores de risco nele implicados. • A maior determinante na redução do risco CV é a redução da PA e não o tipo de fármaco anti-HTA * • A associação de 2 ou + fármacos é frequentemente necessária, sempre que não se atinge valores alvo. • A simplificação terapêutica do número de comprimidos e tomas diárias facilita a adesão; Melhoria na qualidade de vida * Sociedade Europeia de Cardiologia