A hipertensão é caracterizada pelo aumento persistente da pressão arterial e é causada por fatores genéticos e ambientais. No Brasil, afeta 32,5% dos adultos e mais de 60% dos idosos, contribuindo para 50% das mortes por doenças cardiovasculares. A dieta é fundamental no tratamento, devendo reduzir o sódio e aumentar o potássio, além de incluir alimentos da Dieta DASH ou Mediterrânea.
2. HIPERTENSÃO
Entidade multigênica,de etiologia múltipla e de fisiopatogênia multifatorial (CUPPARI, 2005)
Causa lesão no chamados órgãos-alvo:coração, cérebro, vasos, rins e retina (CUPPARI, 2005)
Caracterizado pelo aumento persistente da pressão arterial (PA) (SBC, 2016)
Diagnóstico PA ≥ 140 e/ou 90 mmHg (SBC, 2016)
3. EPIDEMIOLOGIA
Brasil
Atinge 32,5% de adultos, mais de 60% dos idosos;
Contribui direta ou indiretamente para 50% das mortes por DCV
2013 1.138,670 óbitos 29,8% (339,762) decorrentes de DCV
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2016
5. PREVALÊNCIA
A SBC mostra três estudos feitos em brasileiros:
1° Estudo feito com 15.103 servidores públicos de seis capitais brasileiras
Prevalência de HA em 35,8%,com predomínio em homens
2° Estudo feito de 2006 à 2014,indica que a prevalência de HA autorreferida em
indivíduos com 18 anos ou mais, residentes nas capitais
Adultos de 18 a 29 anos Índice de 2,8%
Adultos de 30 a 59 anos Índice de 20,6%
Idosos de 60 a 64 anos Índice de 44%
Idosos de 65 a 74 anos Índice de 52,7%
Idosos ≥ 75 anos Índice de 55%
Sudeste 23,3%
Sul 22,9%
Centro-Oeste 21,2%
Norte e Nordeste 19,4% e 14,5%
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2016
6. PREVALÊNCIA
3° Estudo feito pela PNS (Pesquisa Nacional de Saúde),em 2014, mediu a PA de
moradores selecionados em domicílios sorteados, com intervalo de 2 minutos
Prevalência geral de PA ≥ 140/90 mmHg foi de 22,3%
Predomínio entre homens
Predomínio em área urbana em ralação a rural (21,7% vs 19,8%)
Com esses dados, pode-se concluir que a prevalência de HÁ é em homens de faixa etária
idosa, nas regiões Sul e Sudeste, nas áreas urbanas.
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2016
7. FATORES DE RISCO
Aumento
da Pressão
Arterial
Idade
Etnia
Ingestão de sal
Ingestão de
álcool
Genética
Sedentarismo
Fatores
socioeconômicos
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2016
8. FISIOPATOLOGIA
A PA é determinada pelo aumento do débito cardíaco devido a resistência vascular periférica;
O diâmetro do vaso sanguíneo afeta acentuadamente o fluxo sanguíneo.
Existem dois sistemas principais que mantem o controle homeostático da PA:
SNS (Ação rápida) > Liberação de noradrenalina > Atua nos receptores β1 (Coração) e α1 (Vasos)
Rins: Através do sistema renina-angiotensina-aldosterona (Ação duradoura)
Krause, 2012
9. DIETOTERAPIA
Controle de peso
do peso está diretamente relacionado ao da PA
Redução do consumo de sódio
Recomendação 2 g/dia ou 5 g de sal/dia
Redução do consumo de bebidas alcoólicas
Abono ao tabagismo
Prática de atividades físicas
Aumento do consumo de potássio
Secreção de renina
Recomendação 2 a 4 g/dia SBC, 2016; CUPPARI, 2005
10. DIETOTERAPIA
Adoção de planos alimentares saudáveis
Dieta DASH
Dieta do Mediterrâneo
Dieta vegetariana
Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension)
Enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura;
Inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas;
Preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar;
potássio, cálcio, magnésio e fibras;
colesterol, gordura total e saturada.
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2016
11. DIETOTERAPIA
Dieta do Mediterrâneo
É rica em frutas, hortaliças e cerais integrais
Possui quantidades generosas de azeite de oliva (fonte de gorduras monoinsaturadas)
Inclui o consumo de peixes e oleaginosas
Além da ingestão moderada de vinho.
DietaVegetariana
Preconiza o consumo de alimentos de origem vegetal, em especial frutas, hortaliças, grãos e leguminosas;
Excluem ou raramente incluem carnes
Algumas incluem laticínios, ovos e peixes.
Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2016
12. REFERÊNCIAS
7° Diretriz Brasileira de HipertensãoArterial. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Volume
107, Nº 3, Supl. 3, Setembro 2016
CUPPARI,L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2° edição. SP: Manole, 2005.
MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J.L. Krause:Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 13° edição. Rio de Janeiro: Elsevier,2012.