2. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – O QUE É?
• É uma forma de planejamento utilizada quando
se trabalha com a pedagogia de projetos.
• É um conjunto sistematizado de atividades
ligadas entre si, planejadas para ensinar um
conteúdo etapa por etapa.
• Essa proposta envolve atividades de
aprendizagem e avaliação, organizadas de
acordo com os objetivos que o professor quer
alcançar.
3. É possível não trabalhar com projetos e criar
sequências didáticas?
Sim, mas o efeito desta prática pode levar à falta
de conexão entre as inúmeras sequências feitas
durante o ano, o que configura, em última análise,
a antiga fórmula dos livros didáticos e da
educação tradicional (no seu pior sentido).
A sequência didática não é o contexto, ela esta
inserida em um contexto mais amplo que, no
caso, é o projeto didático.
4. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – PARA QUE SERVE?
a) Organizar as intenções pedagógicas através de temas,
objetivos, conteúdos que atendam as necessidades do
projeto didático, dos professores e das crianças;
b) Organizar as intenções pedagógicas de tal forma que
garanta a transversalidade de seus conteúdos, temas e
objetivos;
c) Preparar técnica e academicamente o professor, tornando-
o capaz de fomentar e propiciar a construção de
conhecimentos específicos com o grupo crianças sob sua
responsabilidade, posto que é fundamental que se
procure, através de pesquisas, ter conhecimentos
prévios que ultrapassem o senso comum, o óbvio.
5. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – VANTAGENS
A elaboração de sequências didáticas permite ao
professor:
• aquisição de novos conhecimentos (amplia
seus horizontes);
• ampliação de repertório;
• previsão de materiais e novas possibilidades de
trabalho.
6. Além de ampliar seus horizontes, garante segurança em
relação as suas intenções pedagógicas.
Um profissional seguro, é capaz de deixar a condução do
projeto nas mãos de suas crianças, do coletivo do grupo
e, sabemos, que adotar esta metodologia de trabalho é
uma questão de princípios, confiança e muita coragem.
É a preparação do profissional para que possa captar,
através de uma escuta atenta de seus alunos, quais são
suas as hipóteses (sondagem de repertório) e
necessidades, e o momento certo de provocá-los.
7. Ao trabalhar coletivamente, são colocados, à mesa, os
conhecimentos e as habilidades de cada professor (formação inicial,
criatividade, inciativa, escrita, dança, artes).
Portanto, é a convergência das competências que garante a qualidade
dos serviços educacionais oferecidos à comunidade.
Seria ingênuo desconsiderar que, ao mesmo tempo, divergências
surgem e, acreditem é por elas que amadurecemos
profissionalmente.
Trabalhar as competências do grupo, ao invés de investir,
insistentemente, nas dificuldades individuais, não esquecendo que é
preciso reconhecê-las para superá-las.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA – COLETIVA?
8. A IMPORTÂNCIA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
• Preocupação com a formação integral;
• As sequências didáticas nos obrigam a pensar,
antecipadamente, sobre nossas ações.
• A improvisação não tem lugar. A leitura de
histórias, o filme, o desenho e as brincadeiras
são atividades planejadas e, portanto, possuem
finalidades pedagógicas específicas.
• Portanto, adotá-la como documentação
obrigatória através do Projeto Pedagógico, é
uma opção consciente.
9. O RIGOR NO CUMPRIMENTO DA SEQUÊNCIA
DIDÁTICA
• Em uma sequência didática, não há uma
cronologia a ser seguida, o professor tem total
autonomia para colocá-la em prática,
considerando sempre o interesse e o momento
vivido por seu grupo.
• O professor, ao adquirir novos conhecimentos,
provoca situações para que seu grupo de
crianças descubra o que ele próprio descobriu.
Há, nestes momentos, o que chamamos de
“prazer em conhecer”.
10. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – COMO FAZER?
Para fazermos uma sequência didática é
preciso estudo e pesquisa. Portanto, para
fazê-las não há alternativa senão sairmos da
zona de conforto.
Uma sequência didática, assim como a
música, precisa de um começo um meio e um
fim e, além disso, de muita inspiração.
Ao organizar uma sequência didática, é
preciso preparar detalhadamente cada um
dos passos do trabalho:
11. 1º passo : Recepção/emoção
• Emoção
• Sensibilidade
• Interação social
• Simbolização
As emoções têm papel preponderante no
desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que
o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades.
Em geral são manifestações que expressam um
universo importante e perceptível, mas pouco
estimulado pelos modelos tradicionais de ensino.
(A origem do pensamento da criança. H. Wallon,
1989)
12. 2º passo: trabalho com a exploração dos
Sentidos
• Tato
• Visão
• Olfato
• Gustação
• Audição
13. 3º passo: trabalho com uma ou mais Linguagens
• Pictórica – desenho
• Musical – vocalização, oralidade, rota
fonológica e voz
• Sinestésica – movimento/psicomotricidade
• Midiática – computador
• Gráfica – as letras e os números
14.
15. 4º passo: trabalho explorando uma ou
mais Formas
• Aplainar
• Ampliar
• Reduzir
• Juntar
• Modificar
• Quadrado
• Triângulo
• Círculo
• Retângulo
16.
17. 5º passo: é quando o educador pode
lincar conteúdos (Interdisciplinaridade)
• Natureza e sociedade
• Identidade e autonomia
• Movimento
• Música
• Artes visuais
• Literatura Infantil
18. Não é demais dizer que estes passos não possuem ordem
definida, ou seja, o educador pode realizar uma atividade
interdisciplinar antes de realizar uma atividade com
formas e assim sucessivamente.
O importante é lembrar que o conteúdo a ser trabalhado
naquela UNIDADE CORPORATIVA precisa passar por todas
as linguagens e por todas as etapas, passo a passo, pois é
esta diversidade na metodologia que vai possibilitar
muito mais estímulo à criança e consequentemente
deixará a ela uma organicidade imprescindível para que
ela possa perceber as lógicas que o mundo e os
conhecimentos desencadeiam.
19. CONCEITOS ESSENCIAIS
• ÓRBITA PEDAGÓGICA: sistema que apresenta os
conteúdos que estão diretamente ligados uns aos
outros dentro de cada temática. (Almeida, 2010)
• UNIDADE CORPORATIVA: organização dos temas
para compor interrelações com a vida da criança.
Esta unidade tem o objetivo de unir, dar sequência, e
apresentar a lógica do cotidiano. (Almeida, 2010)
• SEQUÊNCIA DIDÁTICA: é uma maneira de encaixar os
conteúdos a um tema e por sua vez a outro dando
logicidade ao trabalho pedagógico diário. Para haver
sequência didática o aluno pode ter o trabalho
desenvolvido a partir da música, dos jogos, das
brincadeiras, do lúdico, do material concreto, dos
textos e das explorações livres.
20. • TEXTO:
conjunto de palavras de um autor, em livro,
folheto, documento etc. (p. opos. a comentários,
adiantamentos, sumários, tradução etc.);
redação original de qualquer obra escrita;
conjunto de palavras citadas para provar alguma
ideia ou doutrina; 3 trecho ou fragmentos de
obras de um autor.
diz-se do material ilustrativo de uma obra (p. ex.,
gravura, mapa, foto, desenho etc.) que se
imprime à parte, ger. em papel especial e em
folha(s), não numerada(s) ou com numeração
autônoma, que se intercala(m) entre os cadernos
dos livros.
21. • PORTADORES DE TEXTO: São objetos que, contendo
diversos produtos, possuem marcas escritas. Pode
ser também conhecido como o suporte de texto.
Os portadores de textos podem ser:
uma placa de trânsito;
muitos movimentos feitos pelos guardas de trânsitos;
elementos semióticos, principalmente em
embalagens, em manuais, em roteiros turísticos;
os gestos de despedidas, de tchau, de adeus, o gesto
de jogar beijo, o gesto de dizer que tudo está
positivo, o gesto de dizer com a cabeça uma negação,
o movimento da cabeça como uma afirmação e o
movimento que fazemos com as mãos no sentido de
chamar alguém.
22. • SUPORTES DE TEXTO: são suportes os objetos elaborados
especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis
administrativos, periódicos, documentos em geral.
• TRABALHO COLETIVO: redigir a partir de assuntos
desenvolvidos nas diferentes disciplinas, trabalhos contendo:
objetivo, procedimento e conclusão. Neste caso o professor
vai redigir o objetivo junto com o aluno, explicando a eles o
que significa objetivo, assim como procedimento e
conclusão.
• HORA DA LEITURA: é o momento em que o professor fará a
leitura para os alunos, utilizando diversos textos (contos e
fábulas). Antes de iniciar a leitura é importante que o
professor faça a apresentação da obra (autor, título, editora,
ano, etc.). Poderá ser feita também a troca entre os
professores. O professor de uma turma realiza a leitura para
outra turma, e assim sucessivamente, ou então pode-se
reunir todos os alunos e a cada dia um professor realiza a
leitura.
23. • CARTAZES: trabalhar com os alunos, por exemplo, Direitos e
Deveres, construindo com eles e deixando sempre que eles
construam. É interessante que o professor dirija o trabalho
de maneira que os itens de deveres e direitos tenham o
mesmo número. COMBINADOS da sala: O que eu posso e o
que eu não posso fazer. COMBINADOS do recreio:
estabelecer com os alunos o objetivo do recreio.
• ENTREVISTA: momento em que são convidados artistas da
região ou profissionais especializados (bombeiros,
eletricistas, engenheiros, professores, repentistas,
contadores de histórias, etc.) para irem à escola e fazer uma
apresentação/palestra/conversa. O evento demanda ação
das crianças junto com o(a) professor(a): elaborar o
cronograma, selecionar as pessoas, fazer o convite, organizar
a apresentação da pessoa, avaliar a atividade, etc.
25. DICAS PARA A ALFABETIZAÇÃO
• Ambiente alfabetizador: Traga músicas para a sala de aula,
assistam filmes, façam teatros, pendurem o que as crianças
quiserem nas paredes, cultivem plantas na sala, leiam
jornais, façam paródias, desenhem, pintem, façam
esculturas de papel, de argila; modelem, movimentem,
conversem e vivam todas estas possibilidades. Isso é um
ambiente alfabetizador.
• Leituras compartilhadas: É um trabalho de estimulação. Ler
o jornal para os alunos, pedir para eles “lerem” pelas
imagens e tentar decifrar o que estão achando; ler história,
mapas, enciclopédias, gibis, revistas semanais, bulas de
remédio, receitas de comidas, instruções e assim por diante.
Ler, ler de tudo, ler muito, junto com os alunos.
26. • Desconstrua tudo: depois de uma boa leitura
necessariamente devem surgir perguntas; se elas não
surgirem, provoque-as. Faça você mesmo as perguntas que
gostaria que seus alunos fizessem, mas não fizeram. Os
alunos podem não fazê-las porque ainda não sabem ou
ainda não pegaram o jeito da coisa, mas é só provocar que
as coisas começam a acontecer. Ao desconstruir o que leu o
movimento surgirá naturalmente e como movimento gera
movimento, eis a maravilha da alfabetização se dando.
• Use tudo em caixa alta e cursiva ao mesmo tempo: ao
registrar uma pergunta feita pelo aluno, Professora, como se
escreve isso?, faça sempre em caixa alta porque esta letra
facilita a visualização do traço por parte da criança. Letras
peladinhas, sem frufrus e em caixa alta, facilitam a
compreensão. No entanto, como nós não ficaremos o resto
da vida escrevendo assim, é importante já apresentar neste
momento a outra forma de registro da mesma palavra, a
letra em caixa baixa, ou minúscula e a cursiva.
27. JOGOS E BRINCADEIRAS
• Jogos:
Só após os 3 anos uma criança consegue se sensibilizar
para o jogo, antes disto, é impossível;
Os jogos podem ser divididos em:
a) jogos motores – têm como principal objetivo o
desenvolvimento, o aprimoramento ou a manutenção
das capacidades físicas e também das habilidades
motoras.
b) jogos cognitivos – são aqueles que estimulam e
desenvolvem funções cognitivas como a percepção,
atenção, memória, linguagem, as funções executivas
(raciocínio, lógica, estratégias, tomada de decisões e
resolução de problemas), dentre outros.
c) jogos afetivos - são aqueles que possibilitam às crianças
trocas afetivas intensas na sua realização. Requerem
socialização.
28. • Nos jogos as crianças aprendem:
Regras;
A ganhar e a perder;
A esperar a sua vez;
A dividir;
A aguçar os sentidos;
A pensar sistematicamente;
A ter autonomia;
A socializar-se;
Etc.
29. • Brincadeiras:
A brincadeira se caracteriza por alguma
estruturação e pela utilização de regras.
A brincadeira é uma atividade que pode ser
tanto coletiva quanto individual.
Na brincadeira a existência das regras não limita
a ação lúdica, a criança pode modificá-la,
ausentar-se quando desejar, incluir novos
membros, modificar as próprias regras, enfim
existe maior liberdade de ação para as crianças.
A brincadeira pode ou não usar o brinquedo.
A brincadeira, sempre que possível, deve incluir
o mundo adulto, na forma de faz-de-conta.
30. OBJETIVOS
CONTEÚDOS
TEMPO ESTIMADO MATERIAL
NECESSÁRIO
DESENVOLVIMENTO
AVALIAÇÃO
O que se espera que os alunos
aprendam com a atividade proposta,
tendo como foco a aprendizagem, e não
o ensino.
Conteúdos curriculares trabalhados na
atividade.
Envolve as várias etapas da atividade, as
intervenções a serem feitas, a criação de
situações mais adequadas à realidade
da turma.
Verificação do processo de
aprendizagem. Parâmetros a serem
usados no decorrer das etapas.
Atividades específicas, como problemas
e perguntas.