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EDUCAÇÃO INFANTIL

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  1. 1. Práticas Pedagógicas na Educação Infantil Profª. Esp. Rochelli Pontes
  2. 2. Histórico da Ed.Infantil no Brasil
  3. 3. Educação Indígena • As crianças indígenas eram instruídas desde cedo pelos idosos nas aldeias; • Desenvolviam atividades como cerâmica,confecção de colares e outros objetos artesanais.
  4. 4. Educação jesuítica • A criança índia foi vista pelos padres como tabula rasa, papel branco, para quem tudo podia ser ensinado. • as estratégias desenvolvidas com a criança índia foram o ensino da língua, o teatro, a música e rituais cristãos acoplados ao ensino mnemônico. • Além do ensino religioso, as instruções das habilidades de ler, escrever e contar estiveram presentes nas chamadas Casas de bê-á-bá ou Confrarias dos meninos.
  5. 5. Educação dos escravos • a criança escrava entre 6 e 12 anos já começa a fazer pequenas atividades como auxiliares. • a partir dos 12 anos eram vistos como adultos tanto para o trabalho quanto para a vida sexual. • a criança branca, aos 6 anos, era iniciada nos primeiros estudos de língua, gramática, matemática e boas maneiras.
  6. 6. A criança no sec. XVII • Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças,a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. • As crianças eram vistas como miniaturas dos adultos. • a socialização da criança e a transmissão de valores e de conhecimentos não eram assegurados pelas famílias e passava a conviver com outros adultos, ajudando-os em suas tarefas. ( Áries, 1978 ).
  7. 7. A criança no sec. XVIII • Em meados do século XVIII e ao longo do século XIX, a criança passou a ser o centro de interesse educativo dos adultos. Segundo OLIVEIRA, [...] a [criança] começou a ser vista como sujeito de necessidades e objeto de expectativas e cuidados situados em um período de preparação para o ingresso no mundo dos adultos, o que tornava a escola [pelo menos para os que podiam freqüentá-la] um instrumento fundamental (2005, p.62).
  8. 8. A criança no Séc. XIX O que fazer com a educação das crianças menores de 07 anos? • A escola primária ficava organizada de duas formas: de 07 a 13 anos abrangia o ensino primário e de 13 a 15 o secundário. Até então a mãe, cuidava do filho e protagonizava a educação considerada inicial na época, mas com a lei do ventre livre e a pobreza das famílias, muitas acabavam abandonando seus bebês ou entregando-os a “Roda dos Expostos”,que perdurou até 1950.
  9. 9. O jardim de infância Em 1875 surge o primeiro jardim de infância particular no Brasil, fundado por Menezes Vieira no Rio de Janeiro, apesar de sua escola atender a alta aristocracia da época, Menezes defendia que os jardins de infância deveriam dar assistência às crianças negras libertas pelo ventre livre e às com pouca condição econômica.
  10. 10. Desenvolvimento Harmônico da criança EM 1882 Rui Barbosa fala que os jardins de infância deveriam desenvolver de forma harmônica a criança.
  11. 11. Jardim de Infância Público • O primeiro Jardim de Infância público é datado de 1896 na cidade de São Paulo; • em 1899 é fundado o IPAI-RJ (Instituto de proteção e assistência à infância do Rio de Janeiro), que mais tarde abriria filial por todo o território nacional; • neste mesmo ano que inaugura-se uma creche vinculada à fabrica de Tecidos Corcovado no RJ.
  12. 12. Educação Infantil no Séc. XX • Em 1919 foi criado o Departamento da Criança no Brasil; • Na “era do direito” surge um conceito mais amplo de criança e de infância. • Surgem no Brasil alguns marcos legais importantes e decisivos na organização e estabilização da Educação Infantil.
  13. 13. Creches e pré-escolas • 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, onde foi divulgado um levantamento do número de creches e jardins de infância sendo um total de 30 em 1921.
  14. 14. Marcos Legais • Constituição de 1988 – a primeira mensão da criança como sujeito de direitos. • ECA –Estatuto da Criança e do Adolescente – 1990 – Lei. 8.069/90 • Lei de Diretrizes e Bases da Educação n°9.394/96
  15. 15. Art. 29 da LDB • A Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica. • Sendo organizada da seguinte forma: Creches – 0 a 3 anos Pré-escolas – 4 a 6 anos • 11.274/06 – Ensino Fundamental de 9 anos
  16. 16. RECNEI - 1998 • Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI, documento legal que tem como função subsidiar a elaboração de projetos educativos, o planejamento e o funcionamento das creches e escolas infantis de todo o país.
  17. 17. Regulamentação da Educação Infantil • A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº. 9.394 de 1996, dispõe que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, podendo ser ofertada em creches e pré-escolas, abrangendo atualmente a faixa etária de 0 a 5 anos de idade.
  18. 18. • A Resolução nº 6/10 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, apresentou algumas mudanças na organização da educação, de uma forma sintética, essa resolução dispõe que: • 1º - Matrícula na 1ª série do Fundamental: 6 anos completos de idade ou a completar até 31 de março; • 2º - As matrículas no 2º período do pré-escolar: 5 anos completos ou a completar até 31 de março; • 3º - No 1º período do Pré-escolar: 4 anos completos ou a completar até 31 de março;
  19. 19. • 4º - Idade inferior a 4 anos (não completos até 31 de março): outras etapas da Educação Infantil; • 5º - Excepcionalmente em 2011 – como já havia permitido em 2010, matrícula no 1º ano do Fundamental de criança que for completar 6 anos após 31 de março, desde que tenha cursado comprovadamente dois anos do Pré-escolar. • 6º - Alunos antecipados: aos alunos já matriculados anteriormente no Fundamental, cuja idade não corresponde ao corte estabelecido, a escola deverá prestar assistência e acompanhamento especiais para prosseguirem bem a etapa escolar.
  20. 20. • A seguir encontram-se alguns slides de domínio público disponíveis no site do Ministério da Educação, que abordam sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil.
  21. 21. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Secretaria de Educação Básica Ministério da Educação
  22. 22. Processo de revisão Pesquisa DCNEI Cooperação Técnica Encontros Nacionais Reuniões MEC/UFRGS (2008/2009) Processo de Consultoria – implementação – elaboração de determinação Prática subsídios para a para o MEC democrática revisão das DCNEI (2009) na formulação Seminários Parcerias de política Audiências Públicas CNE – relatoria, consultoria e para Homologação e elaboração do publicação Parecer e da Resolução
  23. 23. Perspectivas da atualização das Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação Infantil • Alinhamento das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica • Resposta a importantes questões da área como faixa etária; critérios de matrícula, relação com o conhecimento, relação com a família, diversidades • Fortalecimento da concepção da Educação Infantil como 1ª etapa da Educação Básica • Incorporação dos avanços presentes na realidade dos municípios • Centralidade na participação da criança • Visibilidade das especialidades das crianças de até 3 anos
  24. 24. Organização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil 1. Concepções de EI, criança e currículo  Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (art.5º).
  25. 25. Organização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (art.4º).
  26. 26. Organização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil  Currículo é o conjunto sistematizado de práticas culturais no qual se articulam as experiências e saberes das crianças, de suas famílias, dos profissionais e de suas comunidades de pertencimento e os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico 2. Princípios básicos – éticos, políticos, estéticos 3. Eixos e Experiências
  27. 27. Art. 8º A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir o direito das crianças: aos conhecimentos de diferentes linguagens, à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças.
  28. 28. § 1º Na efetivação desse objetivo, as propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que assegurem: VIII - a apropriação pelas crianças das contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus e de outros países da América; IX - o reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e à discriminação;
  29. 29. § 3º - As propostas pedagógicas da Educação Infantil das crianças filhas de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, devem: I - reconhecer os modos próprios de vida no campo como fundamentais para a constituição da identidade das crianças moradoras em territórios rurais; II - ter vinculação inerente à realidade dessas populações, suas culturas, tradições e identidades, assim como a práticas ambientalmente sustentáveis;
  30. 30. III - flexibilizar, se necessário, calendário, rotinas e atividades respeitando as diferenças quanto à atividade econômica dessas populações; IV - valorizar e evidenciar os saberes e o papel dessas populações na produção de conhecimentos sobre o mundo e sobre o ambiente natural; V - prever a oferta de brinquedos e equipamentos que respeitem as características ambientais e socioculturais da comunidade
  31. 31. Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que: I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
  32. 32. II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;
  33. 33. IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaçotemporais; V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
  34. 34. VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar; VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade;
  35. 35. VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza; IX - promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;
  36. 36. Art. 10. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo: I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano; II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
  37. 37. III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré- escola/Ensino Fundamental);
  38. 38. IV - documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil; V - a não retenção das crianças na Educação Infantil.
  39. 39. Art. 11. Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.
  40. 40. Principais desafios • a garantia do direito de todas as crianças à educação; • a complexa organização federativa e o regime de colaboração entre a União, Estado, Município e Distrito Federal; • a implementação nacional do corte etário de ingresso na pré- escola; • a universalização da pré-escola; • a necessária articulação da educação infantil com o ensino fundamental; • A ampliação da participação da comunidade escolar.
  41. 41. O papel dos Conselhos de Educação • Consolidar concepção de educação infantil nas normas do respectivo sistema; • Elaborar ato específico recomendando a atualização das Propostas Pedagógicas com base nas DCNEI, 2009 • Garantir ampla divulgação das DCNEI • Assumir posição na consulta pública sobre Orientações Curriculares nacionais para a Educação Infantil
  42. 42. Processo de implementação das DCNEI Interlocutor privilegiado: o (a) professor(a) que planeja, executa, registra e avalia o trabalho pedagógico em creches e pré-escolas.
  43. 43. Processo de implementação das DCNEI nos municípios • Estratégias e formatos diferenciados, respeitando realidades locais • Pressupõe estratégias de formação continuada e de elaboração coletiva • Exige atuação do CME
  44. 44. Consulta Pública sobre orientações para a implementação das DCNEI • Educação Infantil e Curriculo - Zilma de Moraes Ramos de Oliveira • O bebê e sua especificidade - Maria Carmem Barbosa • Brincadeiras como eixo do currículo - Tisuko Morchida Kishimoto • Educação Infantil e linguagem oral e escrita - Mônica Correia
  45. 45. • Educação Infantil e relações quantitativas, medidas e formas Priscila Monteiro • Educação Infantil, criança e natureza Lea Tiriba • Educação infantil no campo Ana Paula Soares • Educação infantil e as múltiplas linguagens da criança ou Ciência, arte e cultura Marcia Gobbi • Educação Infantil saude e bem estar Damaris Maranhão • Avaliação e transições na educação infantil - Hilda Micarelo • Educação infantil, direitos humanos e proteção - Iza Rodrigues da Luz
  46. 46. As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o mundo. A nós, professores, cabe favorecer a criação de um ambiente escolar onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para inclusão da criança de seis anos de idade. NASCIMENTO, Anelise M. A infância na escola e na vida: uma relação fundamental. Brasília: 2006.
  47. 47. Contatos Ministério da Educação Coordenação Geral de Educação Infantil Rita de Cássia de Freitas Coelho E-mail: rita.coelho@mec.gov.br Fone: (0xx61) 2022-8441 Fax: (0xx61) 2022-8442 Portal: http://portal.mec.gov.br/
  48. 48. Creche é um mal necessário? • A revista nova escola n°240,de mês de março de 2011,trouxe uma matéria intitulada de “Idéias que jogam contra o ensino”, discorrendo sobre alguns mitos da educação;entre esses mitos encontra-se a afirmativa “Creche é um mal necessário”, e gostaríamos de convidá-lo a meditar sobre essa frase, interrogue-se agora, e responda: Creche é um mal necessário?
  49. 49. Para refletir... • Será que a creche é realmente uma necessidade na infância? • O processo de maturação e construção social estão sendo acelerados sem necessidade com a entrada na creche? • A criança fica mais estressada e precoce quando começa a freqüentar a creche logo no início da vida? • Deve-se ensinar algo na creche ou na verdade é melhor só deixar as crianças brincarem e organizar os momentos de alimentação?
  50. 50. • De acordo com Elizangela Fernandes, autora da matéria citada anteriormente,isso é um mito por que, ter um bom desenvolvimento na infância é um dos fatores que mais influenciam o sucesso escolar, e a creche tem a função de proporcionar diferentes experiências enriquecedoras de aprendizagem à criança.
  51. 51. • O problema não é a idade com que começa a ter experiências sociais e educativas mas a qualidade das experiências que são oferecidas à criança. • A creche é na verdade não um lugar onde a criança terá acesso mais cedo à educação formal, mas um espaço e um momento educativo que irá potencializar o seu desenvolvimento integral e a socialização.
  52. 52. Etapas do desenvolvimento • De acordo com Piaget, a criança entre 0 e 2 anos de idade encontra-se no período sensório-motor ou seja suas aprendizagens ocorrerão principalmente pelas experiências sensoriais imediatas e por suas atividades motoras, é normal ainda nessa fase a criança tentar impor seus desejos sobre a realidade. • Ainda baseando-nos em sua teoria, entendemos que a criança aos 3 anos de idade está entrando em uma nova fase de seu desenvolvimento, o período ou fase pré- operacional, em que aparece a função simbólica com a incorporação da linguagem, há um amadurecimento da capacidade de pensar e inicia-se o processo de socialização.
  53. 53. Aspecto da criança menor de 3 anos • Quanto a isso Vigotsky acentua que a aprendizagem e a socialização estão intrinsecamente ligadas, uma vez que as relações sociais favorecem significativamente a construção das aprendizagens. Ele afirma que a maturação e aprendizagem são dois processos distintos e relacionados que propiciam o desenvolvimento humano. A primeira prepara e condiciona para a segunda, mas a aprendizagem estimula e potencia a maturação.
  54. 54. • De acordo com essa proposição tem-se a inteligência como produto social. O mesmo autor distingue ainda dois níveis no desenvolvimento da criança: o desenvolvimento real e o desenvolvimento potencial. • O primeiro representando o alcançado pelo indivíduo e o segundo mostra o que o indivíduo poderá fazer com a ajuda de outro. • A distância entre esses dois processos é denominada de Zona do desenvolvimento proximal e trata exatamente sobre o desenvolvimento como consequência da aprendizagem.
  55. 55. O brincar na pré-escola
  56. 56. “No universo pedagógico, brincar é uma proposta criativa e recreativa de caráter físico e mental, desenvolvida espontaneamente, cuja evolução é definida e o final nem sempre previsto. Quando sujeito a regras, estas são simples e flexíveis e seu maior objetivo é a prática da atividade em si. É uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento e a educação de um indivíduo. A brincadeira faz com que a criança desenvolva sua imaginação, atenção, memória, além de amadurecer algumas competências para a vida coletiva, por meio da interação e utilizaçãoexperiências de regras e papeis sociais. Ao brincar, a criança explora, pergunta e reflete sobre as formas culturais nas quais vive e sobre a realidade circundante, desenvolvendo-se psicológica e socialmente. O brincar é uma forma de linguagem, pois permite que a criança se comunique com as outras pessoas, expressando seu mundo interior. O brincar é um processo no qual as crianças trocam entre si, suas dúvidas ,angustias e hipóteses sobre os mais diferentes assuntos.” Queiroz (2003)
  57. 57. Brincar,cuidar e educar • Diante dos significados atribuídos por Queiroz (2003) ao brincar, percebemos como esse ato é importante na infância, fazendo parte não só das necessidades psicossociais das crianças, como também de suas necessidades psicomotoras, cognitivas e afetivas. • De acordo com os Referenciais Nacionais para a Educação Infantil (RECNEI), brincar é um dos aspectos que fazem parte do trabalho com crianças na Educação Infantil, juntamente com o cuidar e o educar.
  58. 58. O brincar e a aprendizagem significativa • O brincar é de fundamental importância na satisfação pessoal da criança, para o seu desenvolvimento integral e também é uma dos pilares da educação sistematizada oferecida em creches e pré-escolas. • Não somente com o intuito de educar, mas principalmente no intuito de promover uma aprendizagem significativa e contextualizada a partir da experiência social promovida na brincadeira, esse é o principal objetivo do brincar em creches e pré-escolas.
  59. 59. O brincar e as experiências motoras • As experiências do brincar são experiências motoras, sociais, afetivas e cognitivas, na fase da educação infantil e sobre tudo na faixa etária entre 0 e 3 anos de idade, faz-se necessária a criação de espaços nas rotinas das creches para atividades sistematizadas, mas o principal objetivo que deve nortear a organização curricular ou de uma proposta pedagógica na escola, deve ser o de promover aprendizagens articuladas pelas experiências vivenciadas na brincadeira infantil. • Muitas creches tem uma preocupação muito grande em organizar rotinas de atividades voltadas exclusivamente para a aprendizagem sistemática de um currículo e passam muito tempo tentando adequar atividades de crianças maiores de pré-escola às atividades das crianças de 0 a 3 anos, quando na verdade suas experiências são bem mais complexas e ricas, e podem fornecer aprendizagens mais consolidadas e significativas, sendo o seu desenvolvimento amplo e integral.
  60. 60. Ensinando bebês • Em grande parte de nossos cursos de formação a experiência com educação deixa a desejar, isso tende a agravar-se no que diz respeito ao trabalho com bebes. Os primeiros meses e anos de vida serão os anos em que a criança criará vínculos com quem cuida dela, assim é de fundamental importância que essa seja de amorosidade, acolhimento e empatia.
  61. 61. O bebê e a interação social “Para o bebê, que já nasce geneticamente predisposto à interação social,sua experiência se estrutura e ganha sentido com a provocação do outro, estruturando assim suas atividades cognitivas, psíquicas e motoras, que impulsionarão a maturação e o desenvolvimento de seu sistema nervoso, aparato central de nosso organismo e responsável por boa parte de nossas funções essenciais. No inicio de sua vida, para o bebê, ele e o outro formam um só. Como um ser indiferenciado,aprende a ver o mundo através dos olhos de quem o embala nos primeiros meses, de quem cuida de atende-lo dos significados que essa pessoa atribui a suas reações e na imagem que capta, sobre si mesmo, desenvolvida por esse outro humano significativo.Sendo assim, ao longo dos seus primeiros meses de vida começará a desenvolver ou não o que podemos chamar de sentimento básico de confiança para com o mundo.” Cunha (apud,Sousa,2003)
  62. 62. O brincar • Brincar: um jeito sério de aprender e desenvolver. • Quando está brincando a criança se desenvolve em vários aspectos e de várias maneiras; • A crianças pode brincar e estar em interação com outras crianças ou com adultos apreendendo significados do mundo social e cultural, que vão sendo representados nas atividades lúdicas; • A criança pode ainda está observando o funcionamento de seu corpo, vivenciando situações novas, experimentando ideias ou dúvidas ou até externando comportamentos agressivos ou decepções, por meio da brincadeira.
  63. 63. • Atividades lúdicas são atividades de brincadeiras , de divertimento, de recreação, de distração. • Podem ocorrer com brinquedos ou não, e também por meio de jogos, movimentos corporais ou com situações imaginadas.
  64. 64. A brincadeira de faz – de – conta • A situação lúdica é uma situação imaginária, simbólica, e é por isso que ela pode promover o desenvolvimento do pensamento e de outras funções mentais na criança. • Observemos uma situação em que a criança ouve uma história que fala sobre cavalos, e pouco depois em sua brincadeira ela pega um cabo de vassoura e imita os movimentos de cavalgada e faz – de – conta que a vassoura é o seu cavalo. • A criança não dá conta de montar a cavalo, ou talvez não tenha um cavalo; mas ela tem vontade de ter um ou de brincar com um. Esta é uma dificuldade que ela terá de resolver.
  65. 65. • O brincar, o brinquedo ou a atividade lúdica surgem como uma possiblidade de solução para esse tipo de desejo, que a criança não pode resolver pelo mundo real, com as suas condições e capacidades. Brincando, ela pode superar pelo mundo real, com as suas condições e capacidades. Brincando, ela pode superar a contradição que existe entre sua necessidade de interagir com o mundo e as dificuldades encontradas para executar algumas ações.
  66. 66. • Essas ações irão adquirir novos significados e novas possibilidades pelo brinquedo, e a criança consegue ingressar em um universo imaginativo que a leva a desenvolver muitas funções psicológicas. • O lúdico revela-se como um dos aspectos mais autênticos do comportamento infantil e , pelo brincar, a criança constrói seu pensamento e sua subjetividade.
  67. 67. O cuidar • Dominando os saberes necessários a uma prática educativa eficiente, e objetivando a formação holística da criança, o professor de educação infantil deve estar também consciente dessa dimensão que tem a Educação Infantil, onde brincar, cuidar e educar se relacionam intimamente na construção de uma identidade pessoal e social da criança. • Esse cuidar não implica dizer que a escola deverá assumir o papel da mãe, suprimir a responsabilidade da família, de maneira nenhuma, esse cuidar relaciona-se ao complemento do papel da família, onde a criança será não somente colocada para brincar, comer e dormir, mas observada em seus aspectos de higiene, quanto à saúde, cuidados na alimentação, e vários outros, inclusive com relação aos seus aspectos afetivos.
  68. 68. • É de suma importância para o cuidar, que a criança se sinta segura com seus educadores. • É ainda na esfera do cuidar que devem ser construídos os laços de fraternidade, interação, respeito e carinho entre a criança e os educadores e também das crianças entre si. • O sentimento de pertencimento, aceitação, acolhimento, bem estar, segurança e conforto permitem que a criança construa uma personalidade saudável, do ponto de vista do não desenvolvimento de traumas e neuroses no futuro.
  69. 69. • De acordo com a psicanálise a fase da Educação Infantil onde a criança se encontra na faixa etária entre 0 e 5 anos, pode ser uma fase decisiva na construção de uma personalidade sadia ou uma personalidade psicótica. • O educador infantil é também responsável por essas construções infantis, sendo uma de suas funções a construção de um ambiente confortável para a criança do ponto de vista psicológico, afetivo e social.
  70. 70. O educar Assim como o brincar e o cuidar, o educar exige uma formação ampla, não sendo admitidos ainda profissionais que concebem a Educação Infantil apenas como espaço para acomodar crianças enquanto seus pais trabalham. Embora muito arcaica essa concepção ainda perdura na atualidade; falta de informação, conceitos construídos de forma errônea ou sejam quais forem os motivos, ainda há aqueles que desconhecem o educar como função de creches e pré-escolas. Mais que ensinar a segurar o lápis, mais que ensinar a chutar, pular, comer e correr com autonomia, a Educação Infantil assume um desafio de desenvolver a criança em todos os seus aspectos, sejam físico, psicológico, intelectual, social e etc.
  71. 71. • Não menos importante que o Ensino Fundamental, essa etapa da Educação também tem extrema importância, o educar infere não somente os conteúdos conceituais, mas também procedimentais e atitudinais. Sendo possível que a criança também seja inserida no mundo letrado e possa apropriar-se dos mecanismos de leitura e escrita, atribuindo sentidos sociais e pragmáticos.
  72. 72. O processo de construção de conceitos • Para se compreender como ocorre o desenvolvimento cognitivo é fundamental considerar a influencia que o processo educativo, principalmente a educação sistematizada, exerce sobre a construção de conceitos e, portanto, sobre a constituição e desenvolvimento dos seres humanos e da nossa sociedade. • O processo de construção de conceitos, que mobiliza o desenvolvimento cognitivo, processa-se nas e pelas interações sociais, por meio das quais as funções cognitivas são estruturadas, reelaboradas e transformadas, possibilitando a constituição do indivíduo e, principalmente, a construção de seus conhecimentos.
  73. 73. • Os processos de aprendizagem que ocorrem nas interações sociais provocam, nas crianças, o desenvolvimento de conceitos e mobilizam seu desenvolvimento cognitivo porque interferem nos seus processos mentais. • A aprendizagem escolar promove saltos qualitativos no desenvolvimento cognitivo por que ajuda a criança a ampliar suas formas de lidar com o mundo, de compreendê-lo e transforma-lo, de construir significados para suas experiências, de desenvolver sua linguagem, seu pensamento e construir outras habilidades e capacidades para agir.
  74. 74. Avaliação na creche • A avaliação do processo ensino aprendizagem tem como finalidade auxiliar o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar suas práticas às necessidades impostas pelas crianças. Dessa forma, a avaliação é de caráter não promocional e contínua, na qual a criança é acompanhada pelo professor por meio do teste diagnóstico, registro diário, observações, impressões e idéias, e por meio de relatório descritivo os quais consistem num rico material de reflexão e análise para o processo de acompanhamento do ensino e da aprendizagem das crianças, orientando no planejamento educativo e no desenvolvimento de ações educativas que promovam a aprendizagem desejada.
  75. 75. A sala de aula • A sala de aula deve ser um ambiente estimulador, preparado para a aquisição da linguagem, o desenvolvimento dos movimentos e da criatividade. • Deve-se tomar cuidado com o excesso de informações,porém deve-se criar um ambiente agradável e rico no qual hajam momentos nos quais a linguagem seja requerida.
  76. 76. A organização do espaço “A organização do ambiente destinado a educação infantil é uma ação eminentemente pedagógica e de referencia para a criação de significados para a criança. Querendo ou não, a sala de aula tem influencia sobre os sujeitos da práxis educativa, em parte, o modo como eles se sentem, pensam e se comportam. Um planejamento cuidadoso do ambiente físico é parte integrante de um clima harmonioso em sala de aula.” • Almada, apud HERMIDA,2007.
  77. 77. Momentos da rotina • Hora da conversa; • Canto do brinquedo • Dramatização • Momento da história • Música • Objeto surpresa • Contando uma nova história
  78. 78. Hora da conversa • Momento de acolhida ou relaxamento onde as crianças poderão sentar-se no chão em forma de círculo e serão questionados e encorajados a se expressar verbalmente sobre um determinado assuntou ou sobre uma atividade que será realizada com a turma.
  79. 79. Cantinho do brinquedo • Usando a estratégia de organizar a sala de aula em cantinhos (canto da leitura, canto dos jogos, canto da arte e etc.) o professor poderá separar em caixas ou estantes os brinquedos que serão utilizados em brincadeiras orientadas, como a brincadeira do faz – de – conta ou meu brinquedo preferido, para estimular as crianças a falarem sobre seus brinquedos, descrevendo, manipulando e explorando suas características oralmente, expondo para os colegas.
  80. 80. Dramatização • Através de representações de personagens as crianças manifestam sentimentos, exploram movimentos e expressões faciais e revelam seus conhecimentos sobre os papeis sociais, além de ampliarem seu vocabulário e desenvolverem a oralidade. Em sala de aula esse recurso deve ser sempre explorado, permitindo que as crianças utilizem fantoches variados, bonecos, teatro de sombras e até se caracterizem fazendo uso de mascaras e fantasias.
  81. 81. Momento da história • É importante que haja em sala de aula um espaço de exposição das obras literárias para as crianças, elas poderão fazer leitura de imagem, explorar cores, texturas, capas e etc. • A professora deve aproveitar esse momento para ler para as crianças exercitando seu poder de concentração, sua percepção e atenção, utilizando entonação de voz apropriada e estimulo a curiosidade das crianças. • Após a leitura do livro é interessante que a professora discuta as idéias com os alunos, faça debates sobre as personagens, novos finais, troca de personagens, atitudes das personagens e etc.
  82. 82. Música • Esse momento da aula,serve tanto para exploração dos movimentos como também para que as crianças explorem elementos musicais, como ritmo, discriminação sonora,letra, melodias e etc.
  83. 83. Objeto surpresa • Essa estratégia é desenvolvida principalmente com o objetivo de estimular a oralidade e o aumento do vocabulario, mas pode ser utilizada também para desenvolver a criatividade, concentração, atenção entre outros. • A cada dia um aluno é convidado a apresentar um objeto trazido de casa, ele deverá dizer o nome do objeto, para que serve, como é utilizado, quando e quem o utiliza em casa e etc.
  84. 84. Contando uma nova história • Utilizando cartazes, gravuras ou objetos a professora propõe a turma que conte uma história e enquanto isso ela escreve no quadro o que a turma vai dizendo , sempre procurando fazer a conexão entre oral e escrita.
  85. 85. Os cartazes e sua eficácia • Além desses ambientes uma sala de aula estimulante deve conter recursos visuais, alfabetos ilustrados, cartazes com nomes das crianças, sequências numéricas e trabalhos realizados por eles. • É importante ainda saber se nessa sala de aula há alunos com deficiência e qual a sua necessidade educativa, no caso de alunos com cegueira ou baixa visão há necessidade de cartazes em alto relevo ou com letras ampliadas, no caso de alunos surdos os recursos visuais são imprescindíveis, alunos com limitação na comunicação também precisam de muitos recursos para se comunicar e para compreenderem o mundo que os cerca.
  86. 86. Sugestões de cartazes fixos • Alfabeto ilustrado • Chamadinha • Cartaz dos aniversariantes • Calendário • Quadro de decomposição de palavras
  87. 87. A criança e a arte • Desde a educação infantil a criança deve ser apresentada/ inserida no mundo das artes, seja música, literatura,pintura,artesanato,arquitetura, artes plásticas ou senicas. • É importante também que a criança se perceba produtora de arte e que valorize suas producoes e as de outros, que aprenda a apreciar. • A presença de murais para exposição dos trabalhos de pintura, desenho, de fotos e demais trabalhos por elas realizados é uma forma de valorizar e estimular a produção das crianças.
  88. 88. • “as artes visuais expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além do volume, espaço, cor e etc... Elas estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros...ao pintar os objetos e até mesmo no seu próprio corpo...” RECNEI,1998
  89. 89. Teoria x práticas • Geralmente os cursos de formação de professores de educação infantil trazem em suas grades curriculares disciplinas que fornecem subsídios teóricos para a compreensão de como essa modalidade de educação se desenvolve, no entanto, quando se deparam com a prática os educadores infantis, encontram muitas dificuldades no que diz respeito à atuação prática, pois pouco ou quase nada estudaram a respeito em suas graduações.
  90. 90. • A Educação Infantil é em essência, movimento e experiência, pois a criança de 0 a 5 anos passa pelas fases de desenvolvimento conhecidas como período sensório-motor e período pré-operatório, onde aprende mais pelas experiências dos sentidos e experiências motoras, na fase de 0 a 2 anos aprendem com o próprio corpo e na fase de 3 a 5 anos com a exploração do mundo que as rodeiam, daí a importância da dinâmica em salas de aula de Ed. Infantil.
  91. 91. Etapas da Comunicação Infantil
  92. 92. Comunicação não-verbal Comunicação Não verbal Gestos de prazer Choro Sorriso Gestualização ou desagrado
  93. 93. Comunicação pré-verbal Comunicação Pré-verbal Exercícios vocais Repetição de Imitação de sons primitivos sílabas
  94. 94. Comunicação verbal Comunicação verbal Primeiras Jargão Frases palavras infantil telegráficas
  95. 95. A formação do educador infantil • De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96, os profissionais de Educação Infantil devem ser formados em cursos de nível médio ou superior, que contemplem conteúdos específicos relativos a essa etapa da educação. • Os profissionais que cursam em Institutos de Educação, Faculdades ou Universidades os cursos: • LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA • CURSO NORMAL SUPERIOR São habilitados para exercer o magistério na Educação Infantil.
  96. 96. • “O que o professor faz na sala de aula é influenciado pelo que ocorre no ambiente escolar, em contrapartida, sua ação docente também exerce influencia na escola. A ação é diferenciada, mas o rumo tem de ser o mesmo para todos. Dificilmente há desarticulação entre o Projeto Pedagógico da Escola, o Plano Escolar e o Plano de ensino quando os educadores da escola os elaboram conscientemente, clareando rumos, compartilhando ideias e ideais, procurando ampliar a própria competência para tal, sem se despojarem de seus saberes, mas com disponibilidade para aperfeiçoá-los.” (Martins e Albuquerque, p.23.)
  97. 97. • Tanto em sala de aula, como em sua atuação em outros contextos da escola, como no caso da elaboração do Projeto Pedagógico o professor deve direcionar seus saberes para a efetiva construção do saber escolar por meio de sua prática pedagógica. Os princípios, ou os fundamentos históricos e filosóficos que norteiam sua prática devem conter entre outras coisas: • - Concepção de homem; • - Concepção de educação; • - Concepção de sociedade.
  98. 98. • Dispondo dessas concepções e refletindo sobre o modo como aprendeu e o modo como ensina; os saberes que possui e a forma como aplica esses saberes, é que o professor poderá estabelecer parâmetros entre o que sabe e o que ainda precisa saber. • A eficiência da prática pedagógica passa também pelo compromisso individual de cada professor, entendendo-se como profissional que através da sua prática influencia e modifica a sociedade.
  99. 99. • Na abordagem sistêmica do conhecimento, onde este é construído de forma a contemplar o todo superando a fragmentação e estabelecendo “teias” com outros conhecimentos; torna-se necessária a prática intencional, onde o principal objetivo seja o saber. • A prática produtiva é o fazer que se efetiva em sociedade, onde o homem torna-se sujeito coletivo. As relações sociais estabelecidas em uma sociedade política não são isonômicas, mas permeadas por certo coeficiente de poder, dentro desta perspectiva se estabelecem as práticas intencionalizadas. • Esta prática não está isolada, mas interligada com a prática política e a prática de simbolização, de forma que estas reafirmam a existência humana do ponto de vista do sujeito coletivo e social.
  100. 100. • A prática produtiva está diretamente relacionada ao trabalho, enquanto que a política e a de simbolização relacionam-se respectivamente à sociedade e a cultura, contribuindo para o processo de construção de conhecimento. • Por sua vez, a educação só se legitima intencionalizando a prática histórica dos homens, estas relações de prática simultânea permitem as mediações existenciais: no trabalho são estabelecidas as relações econômicas, na vida social, as relações políticas e na cultura as relações intencionais. • Tem-se assim a Educação como espaço de mediação das relações situacionais, onde as atividades vão adquirir significado, desvendando ideologias e evitando a alienação, na medida em que isso se torna possível o ensino é legitimado.
  101. 101. • A globalização política, econômica e cultural, indica uma minimização do Estado, nesta proporção a maximização das leis do mercado e o avanço da iniciativa privada apontam para a ruptura de todas as fronteiras. • Dentro desta perspectiva de nova ordem, alguns marcos filosóficos são destacados, dentre eles: a crítica às formas de expressão da razão teórica da modernidade e a proposta de desconstrução de seus discursos. No entanto em uma observação sistemática pode-se dizer que a pós-modernidade é na verdade o momento de maturação das propostas da modernidade.
  102. 102. • Assim, quando se discute a questão do conhecimento pedagógico, ocorre forte tendência em se colocar o problema [da interdisciplinaridade] de um ponto de vista puramente epistemológico, com desdobramento no curricular. Mas entendo que é preciso colocá-lo sob o ponto de vista da prática efetiva, concreta, histórica (SEVERINO, 1998, p. 33). •
  103. 103. • O mesmo autor enfatiza ainda que a educação nesse contexto deva ser entendida ao mesmo tempo como prática técnica e política para que se torne mediação. Deve ser equacionada em relação às suas modalidades e não em relação ao ser do homem. • Seja na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental, antes de planejar a prática educativa, deve-se analisar em que contexto ela será realizada, e deve-se considerar todos os fatores que a influenciam e que nela interferem.
  104. 104. • Atualmente, o paradigma que inspira as políticas de educação é o paradigma da formação holística, desde a década de 1990, novas concepções vão se desenhando no âmbito da educação, a abordagem sistêmica revela-se de maneira ainda mais marcante • “o professor na abordagem sistêmica ou holística tem um papel fundamental na superação do paradigma da fragmentação. Buscando ultrapassar a reprodução para a produção de conhecimento, o professor precisa buscar caminhos alternativos que alicercem uma ação docente relevante, significativa e competente... Nas ultimas décadas pedagogos e professores universitários têm se debruçado a buscar opções metodológicas que caracterizem uma ação docente compatível com as exigências e necessidades do mundo moderno, na busca do desenvolvimento e da formação da sociedade.”(Behrens,2005,p.62) •
  105. 105. • No paradigma inovador, cuja abordagem sistêmica revela a figura do professor como peça fundamental no processo e superação da fragmentação, o cotidiano passa a ter uma relação dialética com o desempenho profissional e o aprimoramento de sua prática, sendo também momento de aprendizagem e estruturação de novas aprendizagens, descobertas e sistematização de novas posturas.
  106. 106. O perfil do educador infantil • O educador infantil precisa ter uma formação ainda mais específica do que a formação do educador das séries iniciais do Ensino Fundamental, pois a Educação Infantil apresenta muitas peculiaridades, porém de uma forma geral apresentaremos a seguir algumas das atribuições dos educadores de forma geral.
  107. 107. Tipo de Atividade atividade 1. Ensinar a matéria Pedagógica a) Planejar o ensino b) Estudar e preparar as atividades escolares c) Preparar material didático e conhecer previamente os recursos de ensino d) Participar de cursos de capacitação e atualização 1. Manter a disciplina da sala de aula 2. Avaliar e corrigir os trabalhos 3. Manter contato com os pais dos alunos 4. Coordenar-se com diretores e outros professores
  108. 108. Comunitária 1. Estar presente no momento do recreio 2. Controlar os hábitos de higiene e educação dos alunos 3. Apoiar as diferentes campanhas em benefício dos alunos (campanhas de vacinação, escovação, prevenção de doenças e etc.) 4. Organizar ou apoiar atos e eventos de índole variada. 5. Atender aos alunos em caso de acidente e acompanhá- los ao serviço médico correspondente.
  109. 109. Administrativa 1. Anotar a frequência e pontualidade dos alunos; 2. Redigir notas para os pais dos alunos. 3. Preparar informes para as equipes de orientação escolar. 4. Redigir e controlar as autorizações para saídas e atividades. 5. Seguir as diretrizes emanadas dos informes das diferentes instâncias da escola. 6. Preparar boletins de notas e qualificações.
  110. 110. Relembrando competências • Vamos relembrar nos quadros a seguir as competências apontadas por Philippe Perrenoud como sendo indispensáveis ao educador em sua prática pedagógica.
  111. 111. Competência de Atividades do professor Referência 1.Organizar e dirigir  Conhecer, para determinada disciplina, situações de os conteúdos a serem ensinados e sua aprendizagem. tradução em objetivos de aprendizagem.  Trabalhar a partir das representações dos alunos.  Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem.  Construir e planejar dispositivos e sequências didáticas.  Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimentos.
  112. 112. 2. Administrar a  Conceber e administrar situações-problema progressão das ajustadas ao nível e às possibilidades dos aprendizagens. alunos.  Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos de ensino.  Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem.  Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagens, de acordo com uma abordagem formativa.  Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão.
  113. 113. 3. Conceber e  Administrar a heterogeneidade no âmbito de fazer ouvir os uma turma. dispositivos de  Abrir, ampliar a gestão de classe para um diferenciação. espaço mais vasto.  Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades.  Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo.
  114. 114. 4. Envolver os  Suscitar o desejo de aprender, explicar a alunos em sua relação com o saber, o sentido do trabalho escolar aprendizagem e e desenvolver no aluno a capacidade de auto- em seu trabalho. avaliação.  Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou de escola) e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos.  Oferecer atividades opcionais de formação, à la carte.  Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
  115. 115. 5. Trabalhar em  Elaborar um projeto de equipe, representações equipe. comuns.  Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões.  Formar e renovar uma equipe pedagógica.  Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais.  Administrar crises ou conflitos interpessoais.
  116. 116. 6. Participar da  Elaborar, negociar um projeto da Instituição. administração  Administrar os recursos da escola. escolar.  Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros (serviços paraescolares, bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem).  Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos. 7. Informar e  Dirigir reuniões de informação e de debate. envolver os pais.  Fazer entrevistas.  Envolver os pais na construção dos saberes.
  117. 117. 8. Utilizar novas  Utilizar editores de textos. tecnologias.  Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos de ensino.  Comunicar-se à distância por meio da telemática.  Utilizar as ferramentas multimídia no ensino.
  118. 118. 9. Enfrentar os  Prevenir a violência na escola e fora dela. deveres e os  Lutar contra os preconceitos e as dilemas éticos da discriminações sexuais, éticas e sociais. profissão.  Participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da conduta.  Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula.  Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.
  119. 119. 10. Administrar  Saber explicitar as próprias práticas. sua própria  Estabelecer seu próprio balanço de formação competências e seu programa pessoal de contínua. formação contínua.  Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede).  Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo.  Acolher a formação dos colegas e participar dela.
  120. 120. As fases do desenvolvimento infantil • Piaget (apud Navarro, 2008) destaca quatro fases no desenvolvimento intelectual da criança, e o educador infantil deve conhecer cada um desses estágios para que possa intervir de maneira eficaz, observe o quadro a seguir: •
  121. 121. FASES DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL Período sensório – motor Entre o nascimento e os dois anos. As aprendizagens se apóiam em experiências sensoriais imediatas e atividades motoras. A criança tenta impor seus desejos sobre a realidade. Período preoperacional Entre os dois e sete anos. Aparece função simbólica com a incorporação da linguagem. Surge a capacidade de pensar e se dão os primeiros passos no processo de socialização. Período das operações Entre os sete e onze anos. As ações mentais se fazem mais flexíveis e avança-se no concretas processo de socialização. Período das operações formais A partir dos onze anos. Aperfeiçoam-se as capacidades de abstração, reflexão e teorização.
  122. 122. • Conhecer as fases de desenvolvimento cognitivo da criança é de fundamental importância para o professor, pois de posse das características da fase em que encontram-se seus alunos ,poderá propor atividades e organizar situações de aprendizagem mais eficientes, pois serão direcionadas as necessidades e potencialidades apresentadas pela criança na fase em questão.
  123. 123. • Na educação infantil a criança passa por duas fases ou períodos, de 0 a 2 anos período sensório motor e entre os 3 e 5 anos em que está no período pré- operatório.
  124. 124. Atividades práticas Apresentaremos a partir de agora atividades direcionadas ao desenvolvimento de habilidades e objetivos de acordo com cada faixa etária.
  125. 125. • Entre 0 e 3 anos as crianças aprendem basicamente pela experimentação através dos sentidos, desenvolve conceitos a partir de seu corpo e da interação do mesmo com o mundo e com os outros. • A seguir destacaremos atividades para estimulação do corpo, da motricidade fina e grossa e posteriormente estaremos destacando atividades direcionadas a cada faixa etária de 0 a 5 anos.
  126. 126. • Exercícios de engatinhar • As crianças devem executar diferentes formas de engatinhar, estes exercícios devem ser acompanhados com estímulos; • O professor poderá bater palmas para a criança começar a engatinhar e bater os pés para que elas engatinhem mais rápido. • Também pode ser proposto que com uma palma a criança engatinhe para frente e com duas engatinhe para trás. • Engatinhar encostando a barriga no chão quando o professor bater os pés devagar e engatinhar sem encostar a barriga no chão quando o professor bater os pés apressadamente.
  127. 127. • Exercícios da posição em pé • Pede-se a criança para que pare ereta, apoiando todo seu corpo contra uma parede; • Parar em frente a um espelho e comprovar que seu corpo esteja reto. • Podemos comprovar se está reto ou não colocando uma caixinha sobre sua cabeça; • Pedir que as crianças se estiquem o máximo que puderem. • A criança deve apoiar-se sobre a planta dos pés e, em seguida, alternar os apoios sobre os calcanhares e as pontas dos pés. • Deve trabalhar também o diferente posicionamento dos pés, pode ficar com os pés separados, com os pés juntos, com as pontas dos pés para dentro ou com as pontas para fora.
  128. 128. Exercício da posição sentada A criança deve experimentar diferentes locais onde possa sentar-se: uma cadeira, no chão, um banquinho alto, uma almofada, etc. Em cada um dos locais onde a criança sentar-se, deve descrever como se posicionam suas pernas e braços: se os pés estão pendurados, se tocam no chão e etc. Devemos insistir na aquisição de hábitos ao sentar, ou seja, a coluna vertebral deve estar sempre perpendicular ao suporte utilizado ao sentar-se .
  129. 129. • Exercícios em várias posições • Peça a criança para que comece a caminhar acompanhando as batidas de um instrumento; quando o instrumento parar a criança deve parar e colocar –se em diferentes posições conforme o professor vai mostrando. • Sentada com as costas eretas apoiadas na parede; • Em pé bem apoiada à parede; • Deitada no tapete com as pernas cruzadas; • Deitada de bruços; • Sentada de forma relaxada; • Pedir que as crianças refaçam os exercícios que lembrarem e se puderem relatem como está apoiado seu corpo na posição lembrada.
  130. 130. Os períodos na Educação Infantil • Como falamos anteriormente a Educação Infantil acontece em creches e pré – escolas, sendo na creche de 0 a 3 anos e pré –escolas atualmente de 4 a 5 anos. • Em alguns municípios foram criados os Centros de Educação Infantil, os quais englobam o atendimento, podendo ofertar o ensino para crianças de 0 a 5 anos de idade. • Em nossos cursos temos recebidos muitas perguntas de alunos , que têm dúvidas quanto aos períodos, séries ou ciclos da Educação Infantil, como organizá-los, quais os pré – requisitos e etc.
  131. 131. • Geralmente na elaboração da Proposta Pedagógica da Creche, pré – escola ou Centro de Educação Infantil, são consideradas as diretrizes do município em que está localizada, no entanto existem municípios que não possuem essas diretrizes, a orientação segundo os documentos que regulamentam a Educação Infantil Nacional, as crianças devem ser agrupadas de acordo com sua faixa etária, no entanto não há uma nomenclatura específica para essa organização, por isso a seguir estaremos mostrando alguns EXEMPLOS de organizações de períodos com nomenclaturas diferentes e instituições variadas de Ed. Infantil.
  132. 132. Centro de Educação Infantil Prof.ª. Antonieta Cabral Etapa da Educação Infantil Idade da Criança Berçário I a partir dos 6 meses Berçário II 1 ano Maternal I 2 anos Maternal II 3 anos 1º Período 4 anos 2º Período 5 anos
  133. 133. Creche Menino Jesus Etapas da Educação Infantil Idade da Criança Berçário 4 a 6 meses Maternalzinho 6 meses a 1 ano 1º Maternal 1 anos 2º Maternal 2 anos 3º Maternal 3 anos
  134. 134. Pré – escolar Municipal Branca de Neve Etapa da Educação Infantil Idade da Criança Jardim I 4 anos Jardim II 5 anos
  135. 135. Centro Magister de Ensino Etapa da Educação Infantil Idade da Criança Maternal 3 anos 1º Jardim da Educação Infantil 4 anos 2º Jardim da Educação Infantil 5 anos 1º ano do Ensino Fundamental 6 anos 2º ano do Ensino Fundamental 7 anos 3º ano do Ensino Fundamental 8 anos 4º ano do Ensino Fundamental 9 anos 5º ano do Ensino Fundamental 10 anos
  136. 136. Critérios para atendimento em creches • De acordo com CAMPOS (2009) listamos : • Alguns critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais as crianças • Direito à brincadeira • Direito à atenção individual • Direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante • Direito ao contato com a natureza • Direito à higiene e saúde
  137. 137. • Direito a uma alimentação sadia • A desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão; • Ao afeto, à proteção e a amizade • Ao movimento em espaços amplos • A desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa • A uma atenção especial em seu período de adaptação à creche.
  138. 138. A Prática Até aqui temos visto a parte teórica, onde observamos algumas considerações baseadas em estudos e na legislação sobre a Educação Infantil. A seguir vere