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Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 20132 |
Nota TEMÁTICA CGD #5
O CAMPEONATO
DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal
MAIO 2013
FICHA TÉCNICA
Título
“O campeonato da competitividade:
O caso de Portugal” | Maio 2013
Autoria
Rui Moreira de Carvalho
Augusto Mateus & Associados
GET - Gabinete de Estudos
Coordenação gráfica
Direção de Comunicação e Marca (DCM) da CGD
Gestão de Imagem e Design | Catarina Mota
Cláusula de Salvaguarda
As informações externas referidas foram obtidas
junto de fontes consideradas fiáveis, não se
garantindo, porém, a sua exatidão. As opiniões
expressas são do autor, sendo da sua exclusiva
responsabilidade, não vinculando a CGD.
Agradecimentos
Oautoragradecea:GonçaloCaetano,JoanaMateus,
Nuno Ferreira, Susana Gouveia da Augusto Mateus
& Associados - AM&A; Direção de Comunicação e
Marca, da Caixa Geral de Depósitos.
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 | 3
A valorização da competitividade da economia portuguesa é desígnio da atividade da Caixa
Geral de Depósitos.
A presente nota temática inova na sistematização de meia centena de indicadores macroeconómicos
para traçar o desempenho competitivo do nosso país e de mais sete economias do sul e do leste
europeu.
O desempenho competitivo considera as dimensões do crescimento, do emprego, do investimento,
da globalização, do endividamento e da Europa 2020.
Esta é a estratégia da União Europeia para criar mais empregos e assegurar melhores condições
de vida através do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.
A clarificação dos pontos fortes e dos pontos fracos da economia portuguesa é a potencialidade
deste exercício.
A todos uma boa leitura.
Fernando Faria de Oliveira
Chairman da CGD
PREFÁCIOs
A nota temática “O campeonato da competitividade: o caso de Portugal” surge no seguimento
do trabalho apresentado pela CGD, em Julho de 2011, “A competitividade da economia
portuguesa: uma breve análise comparada”.
Este estudo compara quatro economias de Leste – Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria
– com quatro economias do Sul – Grécia, Itália, Espanha e Portugal.
O objetivo é confrontar as forças e as fraquezas competitivas destas oito economias, que se
posicionam hoje no pelotão intermédio da União Europeia quanto ao PIB per capita em paridades
de poder de compra.
O presente exercício revela a posição frágil de Portugal face aos seus concorrentes diretos na
cena global.
Mas esta nota temática expõe, sobretudo, as oportunidades de melhoria da competitividade
da economia portuguesa nos domínios do crescimento, do emprego, do investimento, da
globalização, do endividamento e da estratégia Europa 2020.
É, também, no domínio da difusão de informação específica que a CGD pretende contribuir para
a apoiar o esforço de ganho de competitividade das empresas e de Portugal.
José de Matos
Presidente da Comissão Executiva da CGD
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 20134 |
ÍNDICE
Nota introdutória	 6	
	Mapa 1.	PIB per capita em paridades de poder de compra nas oito economias 		
		 selecionadas
I. Crescimento 	 8	
	 Gráfico I.1	Evolução real do PIB
	 Gráfico I.2	 Diferencial de crescimento do PIB face à média da UE27
	 Gráfico I.3	Contributo da procura interna para o crescimento do PIB
	 Gráfico I.4	Contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB
	 Gráfico I.5	 Hiato do produto
	 Gráfico I.6	Evolução da produtividade do trabalho
	 Gráfico I.7	Evolução do custo real do trabalho por unidade produzida
	 Gráfico I.8	Evolução da taxa de câmbio efetiva real
II. Emprego 	 11	
	 Gráfico II.1	Taxa de emprego dos homens
	 Gráfico II.2	Taxa de emprego das mulheres
	 Gráfico II.3	Taxa de emprego dos jovens
	 Gráfico II.4	Trabalho a tempo parcial
	 Gráfico II.5	Taxa de desemprego
	 Gráfico II.6	 Desemprego de longa duração
	 Gráfico II.7	Taxa de desemprego estrutural
	 Gráfico II.8	Evolução real das remunerações por trabalhador
III. Investimento 	 14	
	 Gráfico III.1	Evolução da formação bruta de capital fixo
	 Gráfico III.2	Contributo do investimento para a variação do PIB
	 Gráfico III.3	Evolução da intensidade de capital
	 Gráfico III.4	Evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento
	 Gráfico III.5	 Fluxo de crédito do setor privado
	 Gráfico III.6	 Sentimento económico
	 Gráfico III.7	Poupança bruta das famílias
	 Gráfico III.8	Evolução do índice de preços residencial
IV. Globalização 	 17	
	 Gráfico IV.1	Evolução da quota de mercado nas exportações mundiais
	 Gráfico IV.2	Taxa de cobertura
	 Gráfico IV.3	 Grau de abertura
	 Gráfico IV.4	 Balança corrente
	 Gráfico IV.5	Investimento direto estrangeiro no país
	 Gráfico IV.6	Investimento direto do país no estrangeiro
	 Gráfico IV.7	Evolução dos termos de troca
	 Gráfico IV.8	Evolução da rendibilidade dos transacionáveis
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 | 5
V. Endividamento 	 20	
	 Gráfico V.1	 Dívida pública
	 Gráfico V.2	Taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro
	 Gráfico V.3	Encargos com juros
	 Gráfico V.4	 Despesa corrente primária
	 Gráfico V.5	Carga fiscal
	 Gráfico V.6	 Dívida do setor privado
	 Gráfico V.7	Posição líquida de investimento internacional
	 Gráfico V.8	 Dívida externa líquida
VI. Europa 2020 	 23	
	 Gráfico VI.1	Taxa de emprego
	 Gráfico VI.2	Investimento em I&D
	 Gráfico VI.3	Emissão de gases com efeito de estufa
	 Gráfico VI.4	Energia de fontes renováveis
	 Gráfico VI.5	Evolução do consumo de energia primária
	 Gráfico VI.6	Taxa de abandono escolar precoce
	 Gráfico VI.7	 Diplomas de ensino superior
	 Gráfico VI.8	População em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social
Conclusão 		 26	
	Tabela 1.	Pontuação por dimensão da análise da competitividade
	Tabela 2.	 Ranking global da competitividade
Bibliografia 	 31
ESTUDOS EFETUADOS PELA CGD 	 31
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 20136 | NOTA INTRODUTÓRIA
A noção de competitividade é universal: é mais competitivo quem faz melhor. Ela é, pois, um dos
principais instrumentos para promover o crescimento económico de um país. A presente nota
temática compara a competitividade da economia portuguesa com sete economias da União
Europeia: Espanha, Itália, Grécia, Hungria, Eslováquia, República Checa e Polónia.
A análise da capacidade para aumentar o nível de vida da população é um traço comum às
diferentes abordagens do conceito de competitividade e o produto interno bruto per capita em
paridades de poder de compra o indicador mais vulgarmente utilizado na sua determinação. Neste
contexto, as sete economias europeias selecionadas cumpriram no ano de 2012 os seguintes
três critérios cumulativos:
•	 todas apresentam um nível de vida inferior à média da União Europeia, critério que eliminou 	
o designado «pelotão da frente» de Luxemburgo, Holanda, Áustria, Irlanda, Suécia, Dinamarca,
Alemanha, Bélgica, Finlândia, Reino Unido e França;
•	 nenhuma difere em mais de 30% do nível de vida português, critério que eliminou o designado
«último pelotão» de Bulgária e Roménia;
•	 todas têm pelo menos metade da população portuguesa, critério que eliminou do designado
«pelotão intermédio» Chipre, Malta, Estónia, Eslovénia, Lituânia e Letónia.
Nota introdutória
Mapa 1.
PIB per capita em paridades de poder de compra nas oito economias selecionadas
(Portugal 2012=100)
Fonte: AM&A com base em AMECO. Acedido em janeiro de 2013
PT
100
ES
129
IT
130
CZ
106
PL
88
SK
100
HU
86
EL
100
maior que 130
70 a 130
Menor que 70
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 NOTA INTRODUTÓRIA | 7
Explicados os critérios de seleção das economias, importa referir os indicadores utilizados para
a sua comparação. Assim, a competitividade é analisada através de 48 indicadores, agrupados
segundo seis dimensões de análise:
I. Crescimento
A capacidade de crescimento de uma economia envolve a comparação do desempenho em
oito indicadores: a evolução real do produto interno bruto (PIB) e do seu desempenho face à
média dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE27), o contributo da procura interna
e da procura externa líquida para o crescimento do PIB, o hiato do produto, a produtividade
do trabalho, o custo real do trabalho por unidade produzida e a taxa de câmbio efetiva real.
II. Emprego
A participação no mercado de trabalho envolve a comparação do desempenho em oito
indicadores: as taxas de emprego dos homens, das mulheres e dos jovens, a incidência do
trabalho a tempo parcial, a taxa de desemprego, a taxa de desemprego de longa duração, a
taxa de desemprego compatível com uma taxa de inflação constante e a evolução real das
remunerações por trabalhador.
III. Investimento
O investimento envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: a formação
bruta de capital fixo e o seu contributo para o crescimento do PIB, a intensidade de capital e o
investimento em equipamento, o fluxo de crédito do setor privado, o sentimento económico,
a poupança bruta das famílias e o índice de preços do mercado residencial.
IV. Globalização
A inserção nos fluxos de comércio internacional de bens e de serviços e de investimento
internacional envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: quota de mercado
nas exportações mundiais, a taxa de cobertura, o grau de abertura, a balança corrente, os
fluxos de investimento direto estrangeiro no país e do país para o estrangeiro, os termos de
troca e a evolução da rendibilidade dos transacionáveis.
V. Endividamento
A sustentabilidade das contas públicas e das contas externas de uma economia envolve a
comparação do desempenho em oito indicadores: dívida pública, taxa de rendibilidade das
obrigações do Tesouro, encargos com juros, despesa corrente primária, carga fiscal, dívida
do setor privado, a posição líquida do investimento internacional e a dívida externa líquida.
VI. Europa 2020
Esta última dimensão da análise da competitividade envolve a comparação do desempenho
dos oito indicadores selecionados pela Comissão Europeia para medir os progressos na
realização da Estratégia Europa 2020: taxa de emprego, investimento em I&D, redução das
emissões de gases com efeito de estufa, quota de fontes renováveis de energia, eficiência
energética, taxa de abandono escolar precoce, diplomas de ensino superior e pessoas em
risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social.
A nota temática termina com um exercício de pontuação da competitividade de cada uma das
oito economias selecionadas face aos restantes 26 Estados-membros da União Europeia. Este
exercício permite clarificar as forças e as fraquezas de Portugal face aos restantes sete parceiros
considerados na análise no contexto europeu, bem como medir e comparar a evolução da
competitividade nacional perante futuras atualizações destes indicadores.
Nesta última parte, os resultados de cada economia em cada um dos 48 indicadores foram
normalizados num valor de uma escala entre um e cinco, correspondendo o valor mínimo de um
ao Estado-membro da União Europeia com pior desempenho no indicador e o valor máximo de
cinco ao Estado-membro da União Europeia com melhor desempenho no indicador.
Os resultados obtidos neste exercício de pontuação, tendo por base os indicadores disponíveis no
início do ano de 2013, destacam o melhor posicionamento competitivo de Polónia, de República
Checa e de Eslováquia, seguindo-se Hungria, Portugal, Espanha, Itália e, por último, a Grécia.
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 20138 | I. CRESCIMENTO
A evolução em termos reais do PIB mostra que apenas Polónia e Eslováquia superam o desempenho
pré-crise entre os oito países selecionados, surgindo mesmo em primeiro e em terceiro lugares
neste indicador no conjunto da UE27. Face a 2008, prevê-se que o PIB de 2012 tenha sido
inferior em 2% na República Checa, em 5% na Espanha e na Hungria e em 6% na Itália e em
Portugal. Com uma quebra de 20%, a Grécia surge em último lugar na UE27 (ver gráfico I.1).
Quando se compara o desempenho do PIB com a média da UE27, a Polónia surge, também,
como o único país que cresce sistematicamente acima deste referencial desde 2008, seguindo-se
a Eslováquia que só não superou a média em 2009. Em 2012, o crescimento destas duas economias
excede a média europeia em quase três pontos percentuais, com a Eslováquia a apresentar o
terceiro melhor desempenho na UE27. Pela negativa, Itália, Portugal e Grécia apresentam os
maiores diferenciais da UE27 face ao padrão europeu (ver gráfico I.2).
A decomposição do PIB entre o conjunto do consumo privado, do consumo público e da formação
bruta de capital fixo (a procura interna) e a diferença entre as exportações e as importações (a
procura externa líquida) permite-nos analisar a dinâmica de diferentes motores de crescimento.
O contributo da procura interna para o crescimento do PIB tem sido mais intenso na Polónia,
sendo mesmo o único dos oito países que contou com a procura interna para crescer em 2012.
Inversamente, é em Portugal e na Grécia que a procura interna mais tem contribuído para a
contração da economia no conjunto da UE27 (ver gráfico I.3). Já o contributo da procura externa
líquida é positivo nos oito países selecionados, com destaque para a Eslováquia que em 2012,
lidera a UE27 neste indicador e para Portugal que mantém o segundo lugar pelo segundo ano
consecutivo na União Europeia (ver gráfico I.4).
O hiato do produto pretende avaliar a diferença entre a taxa de crescimento efetiva e o crescimento
potencial do PIB, um conceito eminentemente teórico que visa estimar o nível de crescimento
em que uma economia pode persistir na plena utilização dos seus recursos sem gerar pressões
inflacionistas. As estimativas da Comissão Europeia mostram que, entre os oito países selecionados,
Eslováquia, Polónia e República Checa são as economias a operar mais perto do seu potencial
de crescimento. Em 2012, a Eslováquia surge mesmo como a segunda economia da UE27 que
mais se aproxima da sua plena capacidade, enquanto Portugal, Espanha e Grécia apresentam os
maiores hiatos do produto da UE27 (ver gráfico I.5).
A produtividade do trabalho, medida pelo PIB por pessoa empregada, é um indicador privilegiado
para a medição do nível de eficiência e de eficácia de uma economia, embora não possa ser
dissociado da própria evolução da taxa de utilização dos recursos humanos, que na presente
nota temática é alvo de análise no segundo capítulo dedicado ao emprego e no sexto capítulo
dedicado à Estratégia 2020 da União Europeia. Assim, convém notar que o melhor desempenho
da produtividade de Espanha comporta uma quebra do emprego, ao contrário do que sucede
na Polónia, na Eslováquia ou na República Checa (ver gráfico I.6).
Os custos em trabalho por unidade produzida correspondem ao peso das remunerações no valor
acrescentado bruto, aumentando sempre que a produtividade não consegue acompanhar o ritmo
de crescimento dos salários médios. Neste domínio, destaca-se o agravamento na República
Checa e na Itália, onde o Conselho Europeu recomenda uma reforma dos mecanismos de
negociação salarial. Inversamente, Espanha, Portugal e Grécia apresentam das maiores reduções
dos custos em trabalho por unidade produzida entre os países do euro (ver gráfico I.7).
A taxa de câmbio efetiva real conjuga os efeitos da apreciação/depreciação nominal das moedas
com os diferenciais de inflação nos diversos países, revelando a sua evolução desde 2008 os
maiores ganhos de competitividade de economias com moeda própria, de Polónia e de Hungria,
a par de economias do euro como Espanha, Grécia e Portugal. A recente recuperação de
competitividade de Eslováquia prende-se também com a forte apreciação nominal da moeda
que antecedeu a adesão ao euro plenamente concretizada em 2009 (ver gráfico I.8).
I. CRESCIMENTO
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 I. CRESCIMENTO | 9
Gráfico I.1
Evolução real do PIB
(2008=100)
Gráfico I.2
Diferencial de crescimento do PIB face à
média da UE27 (pontos percentuais)
Gráfico I.3
Contributo da procura interna para o
crescimento do PIB (pontos percentuais)
Gráfico I.4
Contributo da procura externa líquida para
o crescimento do PIB (pontos percentuais)
80
90
100
110
2008 2012
-9
-6
-3
0
3
6
9
2008 2012
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
2008 2012
-2
0
2
4
6
2008 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota: Dados previsionais para o ano 2012.
Fonte: AM&A com base em AMECO (I.1, I.3 e I.4) e Eurostat (I.2)
Acedido em dezembro de 2012
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201310 | I. CRESCIMENTO
Gráfico I.5
Hiato do produto
(% do PIB potencial)
Gráfico I.6
Evolução da produtividade do trabalho
(2008=100)
Gráfico I.7
Evolução do custo real do trabalho por
unidade produzida (2008=100)
Gráfico I.8
Evolução da taxa de câmbio efetiva real
(2008=100)
-15
-10
-5
0
5
10
2008 2012
90
95
100
105
110
115
2008 2012
90
95
100
105
110
2008 2012
80
90
100
110
2008 2012
Nota: Dados previsionais para o ano 2012.
Fonte: AM&A com base em AMECO (I.5, I.6 e I.7) e Statistical Annex of European Economy (I.8)
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 II. EMPREGO | 11
II. EMPREGO
A taxa de emprego exprime a relação entre a população empregada e a população em idade
ativa, considerada entre os 15 e os 64 anos de idade nos dados disponíveis pelo Eurostat até ao
final do primeiro semestre de 2012. No caso dos homens, entre os oito países selecionados é a
República Checa que se destaca pela positiva, com uma taxa de emprego de cerca de 75% em
2012, a sétima mais elevada da UE27. Inversamente, a Hungria e a Grécia posicionam-se entre
as menores taxas de emprego masculino europeias e a Espanha atinge a última posição da UE27
(ver gráfico II.1).
No caso das mulheres, é Portugal que mantém a liderança entre os oito países selecionados,
ocupando a 14.ª posição na UE27. A Grécia repete o último lugar na UE27 e a Itália tem o terceiro
pior desempenho entre os 27 Estados-membros. Políticas que conduzam a uma melhor
coordenação entre a vida profissional e a vida familiar são particularmente relevantes para a
maior participação das mulheres no mercado do trabalho, recomendando o Conselho Europeu
expressamente o investimento na rede de serviços de acolhimento de crianças, no caso de
Polónia, de República Checa, de Eslováquia e de Hungria, e também de outras pessoas a cargo,
no caso de Itália, onde o desafio de aumentar em cinco anos a idade de reforma das mulheres
a médio prazo é particularmente exigente (ver gráfico II.2).
Entre a população dos 15 aos 24 anos, Polónia, República Checa e Portugal apresentam as taxas
de emprego dos jovens mais elevadas entre os oito países selecionados, embora se fiquem pela
segunda metade da tabela da UE27. Espanha, Hungria e Grécia repetem os piores desempenhos
da UE27, tendo a Grécia o último lugar com menos de 15% da população jovem empregada
(ver gráfico II.3).
A incidência do trabalho a tempo parcial, comum nas economias mais desenvolvidas da União
Europeia, tem neste caso mais peso em Itália (11.º na UE27) e Espanha (12.º na UE27).
Descontando Portugal, o part-time não atinge os 10% nos restantes países selecionados,
sendo a República Checa e a Eslováquia dois dos três Estados-membros da UE27 com menor
incidência do trabalho a tempo parcial (ver gráfico II.4).
A assimetria é evidente na taxa de desemprego. Espanha e Grécia apresentam o pior desempenho
da UE27, com quase um quarto da população ativa desempregada, e Portugal fica em 24.º lugar,
com uma taxa superior a 15%. Inversamente, a Polónia permanece abaixo da média europeia e a
República Checa apresentava a sexta menor taxa de desemprego da UE27 no final do primeiro
semestre de 2012, com as empresas a cortar mais nas horas de trabalho do que nos empregos
(ver gráfico II.5).
Considerando o peso no total dos desempregados da população desempregada à procura de
emprego há pelo menos 12 meses, é a Eslováquia que apresenta o pior desempenho da UE27
com dois em cada três desempregados já de longa duração. Na Grécia (25.º na UE27) e na Itália
(22.º na UE27) mais de metade dos desempregados também procuram emprego há pelo menos
um ano (ver gráfico II.6).
Uma aproximação ao desemprego estrutural e ao desencontro entre a oferta e a procura de
trabalhadores e empresas no mercado de trabalho costuma ser dada pela NAIRU, acrónimo
de non accelerating inflation rate of unemployment, a taxa de desemprego compatível com a
manutenção da taxa de inflação. Neste caso, o agravamento é maior na Espanha e na Grécia,
que apresentam o pior desempenho da UE27, mas também na Eslováquia (24.º da UE27) e em
Portugal (23.º da UE27). Já a República Checa e a Polónia apresentam uma melhor empregabi-
lidade que a média comunitária (ver gráfico II.7).
A evolução desde 2008 das remunerações por trabalhador em termos reais acompanha o dinamismo
do mercado de trabalho. Neste caso, destaca-se a República Checa como terceiro país da União
Europeia onde os salários mais cresceram. Inversamente, a maior queda da UE27 foi na Grécia,
surgindo a Hungria com a terceira maior queda e Portugal com a sétima (ver gráfico II.8). Convém
referir que o salário mínimo grego é cerca do dobro do praticado na República Checa, Hungria,
Eslováquia ou Polónia, onde não excedia os 350€ no segundo semestre de 2012.
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201312 | II. EMPREGO
Gráfico II.1
Taxa de emprego dos homens
(%)
Gráfico II.2
Taxa de emprego das mulheres
(%)
Gráfico II.3
Taxa de emprego dos jovens
(%)
Gráfico II.4
Trabalho a tempo parcial
(% do total do emprego)
55
60
65
70
75
80
2008 2012
40
45
50
55
60
65
2008 2012
10
15
20
25
30
35
40
2008 2012
0
5
10
15
20
2008 2012
Nota: Evolução entre o primeiro trimestre de 2008 e o segundo trimestre de 2012.
Consideram-se jovens os indivíduos entre os 15 e os 24 anos (II.3).
Fonte: AM&A com base em Eurostat
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 II. EMPREGO | 13
Gráfico II.5
Taxa de desemprego
(%)
Gráfico II.6
Desemprego de longa duração
(% do total do desemprego)
Gráfico II.7
Taxa de desemprego estrutural
(%)
Gráfico II.8
Evolução real das remunerações por
trabalhador (2008=100)
0
5
10
15
20
25
2008 2012
15
25
35
45
55
65
75
2008 2012
4
8
12
16
20
24
2008 2012
80
90
100
110
2008 2012
Nota: Evolução entre o primeiro trimestre de 2008 e o segundo trimestre de 2012 (II.5 e II.6).
Dados previsionais para o ano 2012 (II.7 e II.8). Desemprego estrutural estimado com base na NAIRU (II.7).
Fonte: AM&A com base em Eurostat (II.5 e II.6) e AMECO (II.7 e II.8)
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201314 | III. INVESTIMENTO
III. INVESTIMENTO
Na evolução real da formação bruta de capital fixo, a Polónia apresenta o melhor desempenho
de toda a União Europeia, sendo um dos quatro dos 27 estados-membros onde o investimento
não caiu face a 2008. Já Portugal e Espanha perdem um terço do nível de investimento de 2008
e a Grécia apresenta metade do investimento desse ano, registando uma quebra de 50% que
só é ultrapassada na UE27 pela Irlanda (ver gráfico III.1).
É em Portugal e na Grécia que o investimento menos contribui para o crescimento da economia.
Esse contributo da formação bruta de capital fixo é superior nos parceiros de Leste, abrandando
em função da conclusão de grandes projetos financiados por fundos estruturais e por
investimento direto estrangeiro, com destaque para a expansão da rede de transportes e do
setor transacionável, como é o caso de Polónia (ver gráfico III.2).
A evolução da intensidade do capital acompanha o rácio entre o stock de capital líquido da
economia e o emprego, enviesando a análise quando a deterioração do mercado de trabalho
mais degrada o denominador como é o caso de Espanha e de Grécia (ver gráfico III.3). Entre os
27 Estados-membros, o stock de capital líquido, que reflete o valor de mercado dos ativos fixos
da economia, tem crescido particularmente na Polónia.
Considerando a evolução da formação bruta de capital fixo especificamente em equipamento,
destaca-se a Eslováquia, que apresenta o terceiro melhor desempenho da União Europeia e é um
dos quatro Estados-membros onde o investimento em equipamento já recuperou face a 2008.
A Polónia surge em 5.º lugar na UE27 com uma quebra mínima neste investimento. Inversamente,
Espanha, Portugal e sobretudo a Grécia apresentam das maiores quebras da UE27 (ver gráfico III.4).
O fluxo de crédito do setor privado serve maioritariamente para o financiamento das empresas
e para aquisição de habitação, uma decisão de longo prazo das famílias que é considerada
investimento. Os dados consolidados disponíveis até 2011 indiciavam já a restrição de finan-
ciamento às empresas e às famílias de Espanha, de Portugal e de Grécia, enquanto na Polónia
o crédito apresentava a quarta maior expansão da UE27. A Hungria surge bem posicionada
em 2011 em termos de crescimento anual do fluxo do crédito, mas recorde-se que este foi
dos primeiros países alvo de assistência externa na sequência da crise financeira internacional,
experimentando uma pronunciada quebra do fluxo de crédito do setor privado em 2010, com
especial incidência nas empresas, devido à acentuada redução do rácio de transformação da
banca entre 2009 e 2011 (ver gráfico III.5).
O indicador de sentimento económico é o barómetro da confiança da indústria, dos serviços,
do comércio, da construção e dos consumidores a partir dos saldos de respostas extremas a
inquéritos nos países da União Europeia. Este revela que as expetativas das empresas e das
famílias gregas foram as únicas a não recuperar da crise internacional de 2008/2009, sendo
acompanhadas na falta de confiança pelas portuguesas com o pedido de assistência financeira.
A Eslováquia apresenta o melhor desempenho nas oito economias selecionadas mas fica-se pela
13.ª posição a nível da União Europeia. Portugal, Grécia e Itália têm o pior desempenho, depois
de Chipre (ver gráfico III.6).
A Itália apresenta a maior taxa de poupança das famílias entre os oito países selecionados (8.ª
posição na UE27). Destaca-se também a evolução positiva da poupança das famílias portuguesas,
que subiu para meio da tabela da UE27, já acima de Eslováquia e de Espanha. Na Grécia e na Polónia
as famílias apresentam das menores taxas de poupança da União Europeia (ver gráfico III.7).
A condicionar o investimento está também o dinamismo do mercado imobiliário. Segundo o
índice de preços residencial do Eurostat, que captura a variação real dos preços de mercado
das casas adquiridas pelas famílias até 2011, a desvalorização agrava-se na Espanha, onde o
rebentar da bolha imobiliária abala o mercado de trabalho, a solidez do sistema financeiro e o
equilíbrio das contas públicas. O pior desempenho da Eslováquia deve-se mais à alta de preços
do mercado imobiliário ocorrida no próprio ano base de 2008 (ver gráfico III.8).
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 III. INVESTIMENTO | 15
Gráfico III.1
Evolução da formação bruta de capital fixo
(2008=100)
Gráfico III.2
Contributo do investimento para a variação
do PIB (pontos percentuais)
Gráfico III.3
Evolução da intensidade de capital
(2008=100)
Gráfico III.4
Evolução da formação bruta de capital fixo
em equipamento (2008=100)
50
60
70
80
90
100
110
2008 2012
-6
-4
-2
0
2
4
2008 2012
95
100
105
110
115
120
125
2008 2012
50
60
70
80
90
100
110
120
130
2008 2012
Nota: Dados previsionais para o ano 2012.
Fonte: AM&A com base em AMECO
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201316 | III. INVESTIMENTO
Gráfico III.5
Fluxo de crédito do setor privado
(% do PIB)
Gráfico III.6
Sentimento económico
(saldo de respostas extremas)
Gráfico III.7
Poupança bruta das famílias
(% do rendimento disponível bruto)
Gráfico III.8
Evolução do índice de preços residencial
(2008=100)
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
2008 2011
65
75
85
95
105
115
2008 2012
-5
0
5
10
15
20
2008 2012
80
85
90
95
100
105
2008 2011
Nota: Média móvel de 12 meses ajustada dos efeitos da sazonalidade (III.6). Dados previsionais para 2012 e não disponíveis
para Hungria (III.7). Quebra de série para Itália em 2010 (III.8).
Fonte: AM&A com base em AMECO (III.7) e Eurostat (III.5, III.6 e III.8)
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 IV. GLOBALIZAÇÃO | 17
IV. GLOBALIZAÇÃO
A variação da quota de mercado nas exportações mundiais de bens e de serviços face aos cinco
anos precedentes revela a perda estrutural de competitividade sobretudo em Itália e na Grécia,
mas também nas economias portuguesa e espanhola. Em contraste, os parceiros de Leste mantém
ganhos consistentes de quota alimentados com a expansão do setor transacionável, designadamente
da indústria automóvel (ver gráfico IV.1).
Na taxa de cobertura das importações pelas exportações destaca-se o desequilíbrio comercial
da Grécia, que mantém o pior desempenho da União Europeia. Portugal, também num
contexto de contração da procura interna, apresenta a recuperação mais rápida neste indicador,
com o reequilíbrio das exportações face às importações a elevar o país da segunda pior taxa de
cobertura da UE27 em 2009 e em 2010 para meio da tabela em 2012 (ver gráfico IV.2).
O grau de abertura mede o peso na economia do conjunto das exportações e das importações.
Ele revela a maior intensidade das trocas com o exterior e sugere maior integração no comércio
de especialização vertical de Eslováquia, de Hungria e de República Checa, com o quarto, o
sexto e o décimo maior grau de abertura da UE27. Inversamente, a Itália, a Grécia e a Espanha
apresentam, depois de França, os menores graus de abertura da UE27 (ver gráfico IV.3).
A balança corrente contabiliza os recebimentos e os pagamentos resultantes de transações com
não residentes em bens, serviços, rendimentos e transferências correntes, apresentando-se mais
equilibrada na Hungria e na Eslováquia (9.ª e 10.ª na UE27). Depois de Bulgária, a maior recupe-
ração no espaço europeu foi de Portugal e de Grécia que corrigiram o défice da balança corrente
em dez pontos percentuais do PIB face a 2008. Ainda assim, a Grécia mantém a pior balança
corrente da União Europeia, enquanto Portugal ascendeu da segunda à sexta pior posição no
último ano, superando a Polónia e comprovando um ajustamento mais rápido do que o
esperado nas contas externas (ver gráfico IV.4).
A posição corrente deficitária da Polónia tem sido contrabalançada pela estabilidade da entrada
de investimento direto estrangeiro no país que, a par dos fundos estruturais, visa suportar a
expansão do setor transacionável orientado para a exportação e o desenvolvimento da rede de
transportes.
Os dados disponíveis até 2011 mostram comportamentos diversos nos dois países alvo de
assistência financeira, com o investimento direto estrangeiro a acelerar a entrada em Portugal
(8.º na UE27) e a desacelerar na Grécia, a economia da UE27 que menos capta capital
estrangeiro (ver gráfico IV.5). Em sentido inverso, são os dados do investimento direto de
Portugal que revelam a maior relevância das operações envolvendo a presença empresarial
ativa no estrangeiro (ver gráfico IV.6).
Os termos de troca relacionam o preço unitário das exportações com o preço unitário das importações,
permitindo inferir sobre o posicionamento na cadeia de valor dos bens e serviços objeto de
exportação, designadamente quanto à mobilização de fatores que aumentem a sua inovação,
diferenciação ou valor acrescentado. A evolução dos termos de troca desde 2008 foi positiva
em Portugal, que apresenta o quinto maior acréscimo da UE27 e está entre os sete países que
melhoraram este indicador nos últimos cinco anos. Em sentido inverso, os restantes sete países
selecionados viram deteriorar os termos de troca face a 2008, sobretudo em Espanha, República
Checa ou Eslováquia, que têm o terceiro, o quarto e o quinto pior registo da União Europeia (ver
gráfico IV.7).
A rendibilidade dos transacionáveis equaciona o rácio entre os preços de exportação e os custos
em trabalho por unidade produzida na indústria transformadora de cada economia, revelando
o pior desempenho de Itália, de Hungria e de Portugal. Tendo o ano de 2008 como base, a
rendibilidade de indústria transformadora sobe sobretudo na Polónia (segunda maior subida
da União Europeia), Grécia, República Checa e Eslováquia (ver gráfico IV.8).
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201318 | IV. GLOBALIZAÇÃO
Gráfico IV.1
Evolução da quota de mercado nas exportações
mundiais (% face ao quinto ano precedente)
Gráfico IV.2
Taxa de cobertura
(%)
Gráfico IV.3
Grau de abertura
(% do PIB)
Gráfico IV.4
Balança corrente
(% do PIB)
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
2008 2011
60
70
80
90
100
110
2008 2012
40
60
80
100
120
140
160
180
200
2008 2012
-20
-15
-10
-5
0
5
2008 2012
Nota: Variação da quota de mercado nas exportações mundiais de bens e de serviços do ano n face ao ano n-5 (IV.1).
Dados previsionais para o ano 2012 (IV.2 a IV.4).
Fonte: AM&A com base em Eurostat (IV.1) e AMECO (IV.2 a IV.4)
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 IV. GLOBALIZAÇÃO | 19
-1
0
1
2
3
4
5
6
2008 2011
-6
-4
-2
0
2
4
2008 2011
95
100
105
110
2008 2012
95
100
105
110
115
120
125
130
2008 2011
Nota: Dados previsionais para o ano 2012 (IV.7).
Fonte: AM&A com base em Eurostat (IV.5 e IV.6), AMECO (IV.7)
e Directorate-general for economic and financial affairs, Price and cost competitiveness, European Commission, 2012 (IV.8 )
Acedido em dezembro de 2012
Gráfico IV.5
Investimento direto estrangeiro no país
(% do PIB)
Gráfico IV.6
Investimento direto do país no estrangeiro
(% do PIB)
Gráfico IV.7
Evolução dos termos de troca
(2008=100)
Gráfico IV.8
Evolução da rentabilidade dos transacionáveis
(2008=100)
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201320 | V. ENDIVIDAMENTO
V. ENDIVIDAMENTO
Grécia, Itália e Portugal apresentam as dívidas públicas mais elevadas da União Europeia. Depois
da Irlanda, foi na Grécia e em Portugal que este indicador mais se agravou desde 2008. Já a
República Checa, a Eslováquia e a Polónia não ultrapassam o limite dos 60% do PIB. Devido ao
persistente incumprimento do procedimento de défice excessivo, a Hungria chegou também
a arriscar no último ano a (decisão inédita pelas instâncias comunitárias) suspender verbas do
Fundo de Coesão (ver gráfico V.1).
O desempenho é particularmente assimétrico nas condições de financiamento do Tesouro de
Grécia e de Portugal, países onde está em curso o programa de assistência económica e
financeira com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.
Destaca-se, contudo, a evolução positiva nos juros a dez anos da dívida portuguesa que, no
final de 2012, desceram abaixo dos 7%, tido como limite indicativo de insustentabilidade para
o pedido de ajuda externa (ver gráfico V.2).
Neste contexto de crise das dívidas soberanas, as economias onde os encargos com o pagamento
de juros mais se agravaram desde 2008 foram a Irlanda, seguida de Portugal e de Espanha. A
Itália, onde o anémico crescimento não consegue corrigir o elevado stock de dívida, paga a mais
alta carga de juros em percentagem do PIB a par da Grécia. Abaixo do padrão europeu, estão
Polónia, Eslováquia e República Checa, esta com o sexto menor encargo de juros da UE27 (ver
gráfico V.3).
A despesa corrente primária, que exclui dos gastos das administrações públicas os encargos
com juros, é em 2012 inferior ao padrão europeu nos oito países selecionados. Itália, Grécia e
Portugal apresentam os maiores gastos públicos enquanto a Eslováquia e a Polónia se ficam pela
quinta e a sexta menor despesa pública da UE27 (ver gráfico V.4). A análise da Comissão Europeia
ao impacto do envelhecimento da população mostra que a variação futura das despesas públicas
com pensões, saúde, educação ou desemprego será relevante na Hungria, na Espanha e na Grécia,
mas sobretudo na República Checa e na Eslováquia, onde se recomenda maior sustentabilidade do
sistema de pensões.
A carga fiscal é particularmente elevada na Itália (5.ª maior da UE27), tendo-se agravado sobretudo
neste país e na Grécia, e mais recentemente na Hungria com o agravamento da tributação sobre
amplos setores da atividade económica. Inversamente, é na Eslováquia que há maior margem
para aumento de impostos sem deter o crescimento, apresentando a terceira menor carga fiscal
da UE27 (ver gráfico V.5). A este respeito, as estimativas para a economia paralela consideradas
na análise anual do crescimento da Comissão europeia atingem pelo menos um quinto do PIB
na Polónia, na Hungria, em Itália, na Grécia e em Portugal.
Os desequilíbrios da economia portuguesa não se ficam pelas contas públicas. O processo de
crescimento assentou no endividamento público mas também privado, que é o quarto maior
da União Europeia. Espanha (9.º na UE27) e Hungria (13.º na UE27), enquanto a Eslováquia,
a Polónia e a República Checa apresentam dos endividamentos mais moderados da UE27 (ver
gráfico V.6).
A posição líquida de investimento internacional considera os ativos e os passivos financeiros
dos residentes de cada economia face ao exterior, incluindo investimento direto, investimento
de carteira, créditos, depósitos e ativos de reserva. Hungria, Portugal, Espanha e Grécia, a par
da Irlanda, são os países da União Europeia em situação mais desequilibrada, ao contrário da
Itália que é a única economia das oito selecionadas a permanecer acima do limite indicativo da
Comissão Europeia (-35% do PIB) (ver gráfico V.7).
Quando se restringe a análise à dívida externa líquida, excluindo os ativos de reserva e as ações
ou outras participações no capital de empresas, as pressões de desalavancagem são mais evidentes
na Grécia, em Espanha e em Portugal, que apresentam maiores responsabilidades efetivas face
ao exterior (ver gráfico V.8).
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 V. ENDIVIDAMENTO | 21
Gráfico V.1
Dívida pública
(% do PIB)
Gráfico V.2
Taxa de rendibilidade das obrigações do
Tesouro (%)
Gráfico V.3
Encargos com juros
(% do PIB)
Gráfico V.4
Despesa corrente primária
(% do PIB)
20
40
60
80
100
120
140
160
180
2008 2012
0
5
10
15
20
25
30
2008 2012
0
2
4
6
8
2008 2012
30
35
40
45
2008 2012
Nota: Evolução entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012 da média mensal para obrigações de longo prazo.
Fonte: AM&A com base em Statistical Annex of European Economy (V.1), Eurostat (V.2) e AMECO (V.3 e V.4)
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201322 | V. ENDIVIDAMENTO
Gráfico V.5
Carga fiscal
(% do PIB)
Gráfico V.6
Dívida do setor privado
(% do PIB)
Gráfico V.7
Posição líquida de investimento internacional
(% do PIB)
Gráfico V.8
Dívida externa líquida
(% do PIB)
25
30
35
40
45
2008 2012
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
2008 2011
-120
-100
-80
-60
-40
-20
0
2008 2011
-20
0
20
40
60
80
100
120
2008 2011
Nota: Dados previsionais para o ano 2012 (V.5, V.7 e V.8).
Fonte: AM&A com base em Eurostat (V.6 a V.8) e AMECO (V.5)
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 VI. EUROPA 2020 | 23
VI. EUROPA 2020
Nesta última dimensão da análise da competitividade, são comparados os indicadores selecionados
para medir os progressos na realização da Estratégia Europa 2020: taxa de emprego, investimento
em I&D, redução das emissões de gases com efeito de estufa, quota de fontes renováveis de
energia, eficiência energética, taxa de abandono escolar precoce, diplomas de ensino superior e
pessoas em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social.
O grande objetivo em termos de emprego é aumentar para 75% a taxa de emprego na União
Europeia na faixa etária dos 20 aos 64 anos. Os dados para 2011 destacam o melhor
posicionamento da República Checa e de Portugal (9.º e 13.º da UE27). Estes são também
os dois países mais próximos da meta nacional que para ambos os países é idêntica à da União
Europeia (75%). Em sentido inverso, Grécia, Hungria e Itália apresentam o pior desempenho
da UE27, seguida da Espanha com o quinto pior registo da União Europeia. Estes quatro países
estão mais atrasados face às metas nacionais, apesar de serem mais brandas no caso de Itália
(67-69%), Grécia (70%) e Espanha (74%) (ver gráfico VI.1).  
A União Europeia pretende aumentar para 3% do PIB da UE o investimento público e privado em
I&D e inovação. Neste domínio, os oito países selecionados apresentam um desempenho inferior
à média da UE27, sendo liderados pela República Checa e por Portugal. Polónia e Eslováquia
apresentam o investimento em I&D mais reduzido, não havendo dados disponíveis no caso
da Grécia. Portugal e Espanha apresentam as metas nacionais (3% do PIB) mais exigentes neste
domínio (ver gráfico VI.2).
No domínio das alterações climáticas, o objetivo da União Europeia é reduzir as emissões de gases
com efeito de estufa em pelo menos 20% relativamente aos níveis registados em 1990. Entre
os oito países selecionados, o desafio é mais ambicioso para Espanha, Grécia, Itália e Portugal,
cujas metas nacionais impõem a redução ou estagnação das emissões de CO2 (ver gráfico VI.3).
No objetivo de obter 20% da energia a partir de fontes renováveis estabelecido pela União
Europeia, destaca-se Portugal que, em 2010, era um dos oito países da UE27 que já
superara essa meta. Portugal assumiu a meta mais ambiciosa (31%), enquanto Grécia e Hungria
surgem mais atrasadas face aos objetivos nacionais a que se comprometeram (ver gráfico VI.4).
A União Europeia visa também aumentar em 20% a eficiência energética. Face ao nível de 2005,
destaca-se a Polónia como um dos nove países da União Europeia onde o consumo de energia
primária subiu. Depois da Lituânia, os dados para 2010 revelam Espanha, Grécia e Portugal entre
as maiores descidas da UE27 (ver gráfico VI.5).
Quanto à educação, a União Europeia pretende reduzir as taxas de abandono escolar para níveis
abaixo dos 10% na população entre os 18 e os 24 anos. As posições são muito extremadas entre
os oito países selecionados: Espanha, Portugal e Itália apresentam os piores desempenhos a
seguir de Malta, enquanto a República Checa, a Eslováquia e a Polónia são, depois da Eslovénia,
as melhores da UE27. Portugal tem a meta mais ambiciosa de redução do abandono escolar
precoce até 2020 (ver gráfico VI.6).
Ainda no domínio da educação, é objetivo da União Europeia aumentar para pelo menos 40%
a percentagem da população na faixa etária dos 30-34 anos que possui um diploma do ensino
superior. Entre os oito países selecionados, destaca-se Espanha, que já superou os 40% em
2011, e a Polónia, também acima da média europeia e com a meta nacional mais ambiciosa de
45%. Do lado oposto, a Itália apresenta o pior desempenho da UE27 e a meta menos ambiciosa
para 2020 (ver gráfico VI.7).
A União Europeia visa reduzir pelo menos em 20 milhões o número de pessoas em risco ou em
situação de pobreza ou de exclusão social. A República Checa é a melhor posicionada, mas os
dados disponíveis para o ano 2011 revelam que depois de Bulgária, de Roménia, de Letónia e
de Lituânia, são precisamente seis dos oito países alvo da presente análise que surgem entre os
piores classificados: Hungria e Grécia (acima de 30% da população), mas também Itália, Polónia,
Espanha e Portugal (ver gráfico VI.8).
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201324 | VI. EUROPA 2020
Gráfico VI.1
Taxa de emprego
(% da população dos 20 aos 64 anos)
Gráfico VI.2
Investimento em I&D
(% do PIB)
Gráfico VI.3
Emissão de gases com efeito de estufa
(1990=100)
Gráfico VI.4
Energia de fontes renováveis
(%)
55
60
65
70
75
2008 2011
0
0.5
1
1.5
2
2008 2011
60
80
100
120
140
2008 2010
5
10
15
20
25
2008 2010
Nota: Dados previsionais para o ano 2011 para Portugal e Itália (VI.2) e dados não disponíveis para a Grécia (VI.2).
Quebra de série para Portugal em 2011 (VI.1 e VI.2).
Fonte: AM&A com base em Eurostat
Acedido em dezembro de 2012
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 VI. EUROPA 2020 | 25
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2008 2011
Gráfico VI.6
Taxa de abandono escolar precoce
(% da população entre 18 e 24 anos)
85
90
95
100
105
110
2005 2010
15
20
25
30
35
40
45
2008 2011
10
15
20
25
30
35
2008 2011
Nota: Quebra de série para a Polónia em 2008 (VI.8).
Fonte: AM&A com base em Eurostat
Acedido em dezembro de 2012
Gráfico VI.5
Evolução do consumo de energia primária
(2005=100)
Gráfico VI.7
Diplomas de ensino superior
(% da população entre 30 e 34 anos)
Gráfico VI.8
População em risco ou em situação de pobreza
ou de exclusão social (%)
Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201326 | CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
A presente nota temática compara a competitividade da economia portuguesa com sete economias
da União Europeia: Espanha, Itália, Grécia, Hungria, Eslováquia, República Checa e Polónia.
A competitividade é analisada através de 48 indicadores, agrupados segundo seis dimensões
de análise: crescimento, emprego, investimento, globalização, endividamento e Europa 2020.
Por forma a evidenciar as forças e as fraquezas de Portugal face aos restantes sete parceiros no
contexto europeu, conclui-se com um exercício de pontuação da competitividade de cada uma
das oito economias selecionadas face aos restantes 26 Estados-membros da União Europeia.
O exercício consiste na normalização1 do desempenho obtido por cada economia em cada um
dos 48 indicadores selecionados num valor de uma escala entre um e cinco, correspondendo o
valor mínimo de um ao Estado-membro da União Europeia com pior desempenho no indicador
e o valor máximo de cinco ao Estado-membro da União Europeia com melhor desempenho no
indicador2.
Assim, quando se trata de um indicador de sentido positivo, como a taxa de crescimento do
produto interno bruto, a fórmula utilizada é:
E quando se trata de um indicador de sentido negativo, como a taxa de desemprego ou a dívida
pública, a fórmula utilizada é:
A pontuação para cada uma das seis dimensões de análise da competitividade é a média simples
dos oito indicadores correspondentes3.
A tabela da página seguinte revela os resultados obtidos neste exercício de pontuação da
competitividade (ver tabelas).
No cômputo geral, as economias do alargamento da União Europeia de 2004 surgem mais bem
posicionadas do que as parceiras do sul europeu. Portugal ocupa uma posição intermédia em
termos competitivos, a par de Hungria, de Espanha e de Itália, acima de Grécia que é a mais mal
posicionada neste exercício, e abaixo de Polónia, de República Checa e de Eslováquia que obtém
as pontuações mais elevadas.
(1) Esta prática de pontuação é, por exemplo, utilizada na construção dos rankings do Fórum Económico Mundial.
(2) Este exercício não inclui na amostra dos 27 Estados-membros da União Europeia a Bulgária nos indicadores de poupança
bruta das famílias, de evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento e de rendibilidade dos transacionáveis,
a Estónia na taxa de rendibilidade de obrigações do Tesouro, a Grécia no investimento em I&D, a Hungria, a Lituânia e a
Roménia no indicador de poupança bruta das famílias, a Irlanda no indicador de sentimento económico e na população em
risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social, o Luxemburgo na poupança bruta das famílias, Malta no indicador
de evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento e de rendibilidade dos transacionáveis e o Reino Unido no
indicador crédito ao setor privado.
(3) No caso da dimensão do investimento da Hungria e da dimensão da Estratégia 2020 de Grécia, em que faltam dados em
um dos oito indicadores, a pontuação destes dois países corresponde antes à média simples dos sete indicadores disponíveis.
PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
4 x( )+ 1
PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
-4 x( )+ 5
PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
4 x( )+ 1
PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA
-4 x( )+ 5
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 CONCLUSÃO | 27
Tabela 1.
Pontuação por dimensão da análise da competitividade
III. Investimento 3,0
3,9
2,1
1,9
4,3
2,6
3,6
3,2
2,6
2,8
3,2
2,0
1,8
2,8
2,6
2,2
3,9
4,0
2,4
2,2
1,9
2,9
2,3
1,2
3,0
3,1
2,8
3,2
5,0
3,0
2,6
3,9
3,3
3,2
1,4
3,4
3,0
3,6
2,6
1,9
3,1
2,5
2,9
3,5
3,6
1,7
1,2
1,7
2,1
1,0
1,0
1,6
1,4
3,7
2,8
2,7
2,3
2,0
2,9
3,1
3,0
n.d.
3,3
2,2
2,2
1,5
1,8
1,7
1,5
1,5
3,3
4,1
Evolução da formação bruta de capital fixo (2012)
Contributo do investimento para a variação do PIB (2012)
Evolução da intensidade de capital (2008/2012)
Evolução da formação bruta
de capital fixo em equipamento (2008/2012)
Sentimento económico (2012)
Poupança bruta das famílias (2012)
Evolução do índice de preços residencial (2008/2012)
Fluxo de crédito do setor privado (2011)
I. Crescimento 3,7
4,1
4,3
3,2
5,0
4,7
3,4
2,3
2,6
2,8
2,7
2,4
2,4
3,9
3,8
2,0
1,9
2,9
3,3
2,8
2,8
2,6
4,0
3,4
4,1
3,1
3,9
4,0
5,0
4,3
3,9
3,2
4,3
4,0
2,9
4,5
2,9
3,2
2,8
2,8
3,6
4,1
2,4
1,3
2,7
2,2
1,0
1,0
1,0
4,4
1,0
1,4
3,5
3,9
2,9
2,8
2,9
3,0
3,1
3,8
1,3
2,7
3,7
3,1
2,7
2,2
1,8
5,0
3,5
2,8
3,1
3,6
Evolução real do PIB (2008/2012)
Diferencial de crescimento do PIB
face à média da UE27 (2012)
Contributo da procura interna
para o crescimento do PIB (2012)
Contributo da procura externa líquida
para o crescimento do PIB (2012)
Hiato do produto (2012)
Evolução da produtividade do trabalho (2008/2012)
Evolução do custo real do trabalho
por unidade produzida (2008/2012)
Evolução da taxa de câmbio efetiva real (2008/2012)
Eslováquia
Itália
Espanha
Polónia
R.Checa
Grécia
Hungria
Portugal
II. Emprego 2,1
2,3
2,4
1,5
1,1
3,1
1,0
2,8
2,8
2,5
2,3
1,7
1,4
2,2
3,7
2,0
3,7
2,6
1,8
1,0
2,2
1,4
2,1
1,0
2,8
1,0
2,6
2,7
2,3
2,5
1,9
1,4
3,8
3,0
4,1
2,9
3,1
3,9
3,1
1,9
1,2
4,5
2,8
4,4
3,0
1,4
1,1
1,0
1,0
1,4
1,2
1,7
2,6
1,0
2,2
1,4
2,3
1,4
1,3
3,7
2,7
3,5
1,5
2,4
2,1
3,3
1,9
1,7
2,8
2,5
2,8
2,2
Taxa de emprego dos homens (1º semestre 2012)
Taxa de emprego das mulheres (1º semestre 2012)
Taxa de emprego dos jovens (1º semestre 2012)
Trabalho a tempo parcial (1º semestre 2012)
Desemprego de longa duração (2012)
Taxa de desemprego estrutural (2012)
Evolução real das remunerações por trabalhador (2008/2012)
Taxa de desemprego (1º semestre 2012)
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201328 | CONCLUSÃO
Tabela 1.
Pontuação por dimensão da análise da competitividade (continuação)
VI. Estratégia 2020 2,9
2,0
1,2
4,3
1,8
2,9
4,9
1,4
4,3
2,4
1,3
1,9
3,3
1,8
3,3
3,1
1,0
3,4
2,6
1,3
2,0
2,3
2,1
3,5
2,0
3,8
3,5
2,7
2,0
1,4
3,5
1,8
1,4
4,8
3,3
3,5
3,2
3,2
2,6
4,1
1,7
2,5
4,9
1,5
5,0
2,6
1,0
n.d.
2,7
1,7
3,5
3,8
2,2
3,0
2,6
1,2
1,9
4,1
1,7
3,1
4,0
2,1
3,0
2,8
2,8
2,2
2,6
3,0
3,4
2,4
1,8
3,9
Taxa de emprego (2011)
Investimento em I&D (2011)
Emissão de gases com efeito de estufa (2010)
Energia de fontes renováveis (2010)
Taxa de abandono escolar precoce (2011)
Diplomas de ensino superior (2011)
População em risco ou em situação de pobreza
ou de exclusão social (2011)
Evolução do consumo de energia primária (2005/2010)
IV. Globalização 2,9
4,7
2,8
3,0
3,2
1,4
2,3
1,8
3,9
1,9
1,5
2,6
1,0
2,6
1,2
2,6
1,9
1,6
2,1
2,3
2,7
1,1
2,3
1,3
2,6
1,6
3,1
2,6
4,0
2,3
1,5
2,0
1,7
2,4
2,2
4,6
2,6
3,6
3,0
2,4
2,2
1,4
2,3
1,8
4,0
1,7
1,4
1,0
1,0
1,0
1,0
2,3
2,1
4,1
2,6
2,7
3,2
2,9
3,3
1,7
2,8
2,4
1,6
2,3
2,2
2,5
1,3
2,2
1,8
3,1
3,5
1,9
Variação da quota de mercados nas exportações mundiais (2007/2011)
Taxa de cobertura (2012)
Grau de abertura (2012)
Balança corrente (2012)
Investimento direto estrangeiro no país (2011)
Investimento direto do país no estrangeiro (2011)
Evolução dos termos de troca (2008/2012)
Evolução da rentabilidade dos transacionáveisl (2008/2011)
Eslováquia
Itália
Espanha
Polónia
R.Checa
Grécia
Hungria
Portugal
V. Endividamento 3,7
4,0
4,1
3,8
4,2
4,9
4,9
1,8
1,7
2,5
2,2
3,9
1,0
2,7
1,8
4,1
2,6
1,4
2,7
3,2
3,6
2,8
3,3
3,9
2,7
1,3
1,0
3,4
3,9
4,1
3,1
3,9
3,9
4,9
1,8
1,6
3,6
4,2
4,7
4,0
3,5
3,6
4,9
2,1
1,9
2,0
1,0
1,0
1,0
2,8
3,3
4,1
1,4
1,0
2,6
3,4
3,2
1,9
3,1
2,9
3,5
1,0
1,4
2,3
2,4
3,0
1,7
3,1
3,5
2,2
1,0
1,1
Dívida pública (2012)
Taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro (2012)
Encargos com juros (2012)
Despesa corrente primária (2012)
Dívida do setor privado (2011)
Posição líquida de investimento internacional (2011)
Dívida externa líquida (2011)
Carga fiscal (2012)
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 CONCLUSÃO | 29
As pontuações obtidas para os dados mais recentes disponíveis à data de janeiro de 2013
permitem fazer o seguinte balanço das forças e das fraquezas relativas da economia portuguesa
face aos restantes sete países selecionados:
I. Crescimento
Portugal ocupa a quarta posição entre as oito economias selecionadas, atrás de Polónia,
de Eslováquia e de Espanha. Pela positiva, Portugal destaca-se, a par de Eslováquia, no
contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB. Pela negativa, Portugal
apresenta, depois de Grécia, o segundo pior desempenho no contributo da procura interna
para o crescimento do PIB.
II. Emprego
Portugal ocupa a quarta posição, atrás de República Checa, de Polónia e de Itália. Pela
positiva, Portugal apresenta na taxa de emprego das mulheres o melhor desempenho
entre as oito economias selecionadas. Pela negativa, Portugal destaca-se pela terceira pior
taxa de desemprego, depois de Espanha e de Grécia, a terceira pior taxa de desemprego
estrutural, depois de Espanha, de Grécia e a par de Eslováquia, e pela terceira pior evolução
real das remunerações por trabalhador, depois de Grécia e de Hungria.
III. Investimento
Portugal ocupa a penúltima posição, ficando só acima de Grécia entre as oito economias
selecionadas. Pela positiva, Portugal apresenta na evolução do índice de preços residencial o
melhor desempenho entre as oito economias selecionadas. Pela negativa, Portugal destaca-se
pelo pior sentimento económico, pelo pior contributo do investimento para a variação do PIB
e pela pior evolução da intensidade de capital, a par de Itália, bem como pela segunda pior
evolução da formação bruta de capital fixo, seja total, seja em equipamento, depois de Grécia.
IV. Globalização
Portugal ocupa a quinta posição, ficando só acima de Grécia, de Itália e de Espanha entre
as oito economias selecionadas. Pela positiva, Portugal apresenta o melhor desempenho
quanto aos termos de troca e ao investimento direto do país no estrangeiro entre as oito
economias selecionadas. Pela negativa, Portugal destaca-se pela terceira pior rendibilidade
dos transacionáveis, só acima de Hungria e de Itália, pela terceira pior variação da quota de
mercado nas exportações mundiais, só acima de Grécia e de Itália, bem como pela terceira
pior balança corrente, a par de República Checa e acima de Grécia e de Polónia.
Tabela 2.
Ranking global da competitividade
Ranking global da competitividade
3,7
2,1
3,0
2,9
3,7
2,9
3,0
2,8
2,5
2,8
1,9
2,5
2,4
2,5
3,3
1,8
2,4
2,1
2,7
2,6
2,5
4,0
2,7
3,2
2,6
3,4
2,7
3,1
2,9
3,1
3,0
2,6
3,6
3,2
3,1
2,2
1,4
1,7
1,7
2,0
2,6
1,9
2,9
2,2
2,8
2,6
2,6
2,6
2,6
3,1
2,4
2,2
2,3
2,3
2,8
2,5
I. Crescimento
II. Emprego
III. Investimento
IV. Globalização
V. Endividamento
VI. Estratégia 2020
Eslováquia
Itália
Espanha
Polónia
R.Checa
Grécia
Hungria
Portugal
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201330 | CONCLUSÃO
V. Endividamento
Portugal ocupa a penúltima posição, superando apenas a Grécia entre as oito economias
selecionadas e não atingindo lugares cimeiros em nenhum dos oito indicadores. Pela negativa,
Portugal destaca-se pelo pior desempenho na posição líquida de investimento internacional,
a par de Hungria, e pelo pior desempenho na dívida do setor privado. Portugal ocupa ainda
a penúltima posição na taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro, acima de Grécia, a
terceira pior posição na dívida externa líquida, acima de Grécia e de Espanha, a terceira pior
posição nos encargos com juros e na dívida pública, acima de Grécia e de Itália, e a terceira
mais elevada despesa corrente primária, a par de Hungria e acima de Itália e de Grécia.
VI. Europa 2020
Segundo os dados disponíveis para os anos de 2010 e de 2011, Portugal ocupa o terceiro
lugar, atrás de República Checa e de Eslováquia entre as oito economias selecionadas. Pela
positiva, Portugal apresenta o melhor desempenho em termos de energias renováveis e o
segundo melhor desempenho no emprego e no investimento em I&D, depois de República
Checa. Pela negativa, Portugal apresenta, depois de Espanha, o segundo pior desempenho
na emissão de gases com efeito de estufa e na taxa de abandono escolar.
Nota Temática CGD #5
O Campeonato da competitividade:
O caso de Portugal | Maio 2013 BIBLIOGRAFIA | 31
BIBLIOGRAFIA
AMECO, Annual macro-economic database
Comissão Europeia (2012), Annual Growth Survey
Comissão Europeia (2012), European Economic Forecast, Autumn 2012
Comissão Europeia, Europa 2020
Comissão Europeia (2012), Report from the Commission to the European Parliament,
the Council, the European Central Bank, the European Economic and Social Committee,
the Committee of the Regions and the European Investment Bank on the Alert Mechanism
Report 2013
Comissão Europeia (2012), The 2012 Ageing Report, Economic and budgetary projections
for the 27 EU Member States (2010-2060)
Forum Económico Mundial (2012), The Europe 2020 Competitiveness Report: Building
a More Competitive Europe
Carvalho, R. M. (2011), A competitividade da economia portuguesa, uma breve análise
comparada, Nota Temática CGD #1
ESTUDOS EFETUADOS PELA CGD
Relatório #1
Desenvolvimento da Economia Portuguesa
Enquadramento internacional da evolução da economia portuguesa,
clarificando as exigências concorrenciais impostas pela globalização e pelo
aprofundamento do mercado interno europeu alargado e integrado
monetariamente.
Relatório #2
Cidades e Desenvolvimento
Apresentação de princípios e linhas de ação que posicionam as cidades
como fator decisivo na geração de riqueza, na melhoria da qualidade de
vida das populações e na promoção do conhecimento, da inovação e da
criatividade de base empresarial.
Relatório #3
Exportação, valor e crescimento
Abordagem das condições de participação na globalização que garantem
que um aumento significativo dos fluxos de exportação se traduz, efetivamente,
num aumento significativo do crescimento económico e do emprego.
Nota Temática CGD #5
O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE:
O caso de Portugal | Maio 201332 | ESTUDOS EFETUADOS PELA CGD
Nota Temática #2
A Atualidade do Setor Imobiliário Residencial: Ajustamentos
e Desafios
Contextualização dos ajustamentos em curso no setor imobiliário residencial
no quadro do Programa de Assistência Económica e Financeira e no paradigma
da poupança, da reabilitação e do arrendamento.
Nota Temática #3
Norte de África: Uma nova frente de desafios e de oportunidades
Análise de oito mercados do Médio Oriente e do Norte de África, selecionados
em função de maior proximidade geográfica a Portugal, identificando
potenciais oportunidades de exportação para as empresas portuguesas.
Nota Temática #4
Indústrias da Moda: Portugal no contexto internacional
A investigação ao cluster da moda sistematiza informação sobre a dinâmica
e a posição competitiva de três fileiras industriais de particular relevância
para a economia portuguesa: os têxteis, o vestuário, o calçado e outros
produtos de couro.
Nota Temática #0
A Atualidade do Setor Imobiliário Residencial: Ajustamentos
e Desafios
Contextualização da evolução do setor imobiliário residencial no processo
de integração económica, financeira e monetária de Portugal na área do euro.
Nota Temática #1
A Competitividade da Economia Portuguesa: uma Breve Análise
Comparadada
Aferição da posição competitiva do país face a Estados-membros cujo nível de
vida não difere em mais de 25% do português, em termos da sua estrutura
de especialização produtiva, internacionalização, inovação e financiamento.
Campeonato da competitividade: O CASO DE PORTUGAL
Campeonato da competitividade: O CASO DE PORTUGAL

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Campeonato da competitividade: O CASO DE PORTUGAL

  • 1.
  • 2. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 20132 | Nota TEMÁTICA CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal MAIO 2013 FICHA TÉCNICA Título “O campeonato da competitividade: O caso de Portugal” | Maio 2013 Autoria Rui Moreira de Carvalho Augusto Mateus & Associados GET - Gabinete de Estudos Coordenação gráfica Direção de Comunicação e Marca (DCM) da CGD Gestão de Imagem e Design | Catarina Mota Cláusula de Salvaguarda As informações externas referidas foram obtidas junto de fontes consideradas fiáveis, não se garantindo, porém, a sua exatidão. As opiniões expressas são do autor, sendo da sua exclusiva responsabilidade, não vinculando a CGD. Agradecimentos Oautoragradecea:GonçaloCaetano,JoanaMateus, Nuno Ferreira, Susana Gouveia da Augusto Mateus & Associados - AM&A; Direção de Comunicação e Marca, da Caixa Geral de Depósitos.
  • 3. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 | 3 A valorização da competitividade da economia portuguesa é desígnio da atividade da Caixa Geral de Depósitos. A presente nota temática inova na sistematização de meia centena de indicadores macroeconómicos para traçar o desempenho competitivo do nosso país e de mais sete economias do sul e do leste europeu. O desempenho competitivo considera as dimensões do crescimento, do emprego, do investimento, da globalização, do endividamento e da Europa 2020. Esta é a estratégia da União Europeia para criar mais empregos e assegurar melhores condições de vida através do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. A clarificação dos pontos fortes e dos pontos fracos da economia portuguesa é a potencialidade deste exercício. A todos uma boa leitura. Fernando Faria de Oliveira Chairman da CGD PREFÁCIOs A nota temática “O campeonato da competitividade: o caso de Portugal” surge no seguimento do trabalho apresentado pela CGD, em Julho de 2011, “A competitividade da economia portuguesa: uma breve análise comparada”. Este estudo compara quatro economias de Leste – Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria – com quatro economias do Sul – Grécia, Itália, Espanha e Portugal. O objetivo é confrontar as forças e as fraquezas competitivas destas oito economias, que se posicionam hoje no pelotão intermédio da União Europeia quanto ao PIB per capita em paridades de poder de compra. O presente exercício revela a posição frágil de Portugal face aos seus concorrentes diretos na cena global. Mas esta nota temática expõe, sobretudo, as oportunidades de melhoria da competitividade da economia portuguesa nos domínios do crescimento, do emprego, do investimento, da globalização, do endividamento e da estratégia Europa 2020. É, também, no domínio da difusão de informação específica que a CGD pretende contribuir para a apoiar o esforço de ganho de competitividade das empresas e de Portugal. José de Matos Presidente da Comissão Executiva da CGD
  • 4. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 20134 | ÍNDICE Nota introdutória 6 Mapa 1. PIB per capita em paridades de poder de compra nas oito economias selecionadas I. Crescimento 8 Gráfico I.1 Evolução real do PIB Gráfico I.2 Diferencial de crescimento do PIB face à média da UE27 Gráfico I.3 Contributo da procura interna para o crescimento do PIB Gráfico I.4 Contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB Gráfico I.5 Hiato do produto Gráfico I.6 Evolução da produtividade do trabalho Gráfico I.7 Evolução do custo real do trabalho por unidade produzida Gráfico I.8 Evolução da taxa de câmbio efetiva real II. Emprego 11 Gráfico II.1 Taxa de emprego dos homens Gráfico II.2 Taxa de emprego das mulheres Gráfico II.3 Taxa de emprego dos jovens Gráfico II.4 Trabalho a tempo parcial Gráfico II.5 Taxa de desemprego Gráfico II.6 Desemprego de longa duração Gráfico II.7 Taxa de desemprego estrutural Gráfico II.8 Evolução real das remunerações por trabalhador III. Investimento 14 Gráfico III.1 Evolução da formação bruta de capital fixo Gráfico III.2 Contributo do investimento para a variação do PIB Gráfico III.3 Evolução da intensidade de capital Gráfico III.4 Evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento Gráfico III.5 Fluxo de crédito do setor privado Gráfico III.6 Sentimento económico Gráfico III.7 Poupança bruta das famílias Gráfico III.8 Evolução do índice de preços residencial IV. Globalização 17 Gráfico IV.1 Evolução da quota de mercado nas exportações mundiais Gráfico IV.2 Taxa de cobertura Gráfico IV.3 Grau de abertura Gráfico IV.4 Balança corrente Gráfico IV.5 Investimento direto estrangeiro no país Gráfico IV.6 Investimento direto do país no estrangeiro Gráfico IV.7 Evolução dos termos de troca Gráfico IV.8 Evolução da rendibilidade dos transacionáveis
  • 5. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 | 5 V. Endividamento 20 Gráfico V.1 Dívida pública Gráfico V.2 Taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro Gráfico V.3 Encargos com juros Gráfico V.4 Despesa corrente primária Gráfico V.5 Carga fiscal Gráfico V.6 Dívida do setor privado Gráfico V.7 Posição líquida de investimento internacional Gráfico V.8 Dívida externa líquida VI. Europa 2020 23 Gráfico VI.1 Taxa de emprego Gráfico VI.2 Investimento em I&D Gráfico VI.3 Emissão de gases com efeito de estufa Gráfico VI.4 Energia de fontes renováveis Gráfico VI.5 Evolução do consumo de energia primária Gráfico VI.6 Taxa de abandono escolar precoce Gráfico VI.7 Diplomas de ensino superior Gráfico VI.8 População em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social Conclusão 26 Tabela 1. Pontuação por dimensão da análise da competitividade Tabela 2. Ranking global da competitividade Bibliografia 31 ESTUDOS EFETUADOS PELA CGD 31
  • 6. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 20136 | NOTA INTRODUTÓRIA A noção de competitividade é universal: é mais competitivo quem faz melhor. Ela é, pois, um dos principais instrumentos para promover o crescimento económico de um país. A presente nota temática compara a competitividade da economia portuguesa com sete economias da União Europeia: Espanha, Itália, Grécia, Hungria, Eslováquia, República Checa e Polónia. A análise da capacidade para aumentar o nível de vida da população é um traço comum às diferentes abordagens do conceito de competitividade e o produto interno bruto per capita em paridades de poder de compra o indicador mais vulgarmente utilizado na sua determinação. Neste contexto, as sete economias europeias selecionadas cumpriram no ano de 2012 os seguintes três critérios cumulativos: • todas apresentam um nível de vida inferior à média da União Europeia, critério que eliminou o designado «pelotão da frente» de Luxemburgo, Holanda, Áustria, Irlanda, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Bélgica, Finlândia, Reino Unido e França; • nenhuma difere em mais de 30% do nível de vida português, critério que eliminou o designado «último pelotão» de Bulgária e Roménia; • todas têm pelo menos metade da população portuguesa, critério que eliminou do designado «pelotão intermédio» Chipre, Malta, Estónia, Eslovénia, Lituânia e Letónia. Nota introdutória Mapa 1. PIB per capita em paridades de poder de compra nas oito economias selecionadas (Portugal 2012=100) Fonte: AM&A com base em AMECO. Acedido em janeiro de 2013 PT 100 ES 129 IT 130 CZ 106 PL 88 SK 100 HU 86 EL 100 maior que 130 70 a 130 Menor que 70
  • 7. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 NOTA INTRODUTÓRIA | 7 Explicados os critérios de seleção das economias, importa referir os indicadores utilizados para a sua comparação. Assim, a competitividade é analisada através de 48 indicadores, agrupados segundo seis dimensões de análise: I. Crescimento A capacidade de crescimento de uma economia envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: a evolução real do produto interno bruto (PIB) e do seu desempenho face à média dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE27), o contributo da procura interna e da procura externa líquida para o crescimento do PIB, o hiato do produto, a produtividade do trabalho, o custo real do trabalho por unidade produzida e a taxa de câmbio efetiva real. II. Emprego A participação no mercado de trabalho envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: as taxas de emprego dos homens, das mulheres e dos jovens, a incidência do trabalho a tempo parcial, a taxa de desemprego, a taxa de desemprego de longa duração, a taxa de desemprego compatível com uma taxa de inflação constante e a evolução real das remunerações por trabalhador. III. Investimento O investimento envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: a formação bruta de capital fixo e o seu contributo para o crescimento do PIB, a intensidade de capital e o investimento em equipamento, o fluxo de crédito do setor privado, o sentimento económico, a poupança bruta das famílias e o índice de preços do mercado residencial. IV. Globalização A inserção nos fluxos de comércio internacional de bens e de serviços e de investimento internacional envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: quota de mercado nas exportações mundiais, a taxa de cobertura, o grau de abertura, a balança corrente, os fluxos de investimento direto estrangeiro no país e do país para o estrangeiro, os termos de troca e a evolução da rendibilidade dos transacionáveis. V. Endividamento A sustentabilidade das contas públicas e das contas externas de uma economia envolve a comparação do desempenho em oito indicadores: dívida pública, taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro, encargos com juros, despesa corrente primária, carga fiscal, dívida do setor privado, a posição líquida do investimento internacional e a dívida externa líquida. VI. Europa 2020 Esta última dimensão da análise da competitividade envolve a comparação do desempenho dos oito indicadores selecionados pela Comissão Europeia para medir os progressos na realização da Estratégia Europa 2020: taxa de emprego, investimento em I&D, redução das emissões de gases com efeito de estufa, quota de fontes renováveis de energia, eficiência energética, taxa de abandono escolar precoce, diplomas de ensino superior e pessoas em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social. A nota temática termina com um exercício de pontuação da competitividade de cada uma das oito economias selecionadas face aos restantes 26 Estados-membros da União Europeia. Este exercício permite clarificar as forças e as fraquezas de Portugal face aos restantes sete parceiros considerados na análise no contexto europeu, bem como medir e comparar a evolução da competitividade nacional perante futuras atualizações destes indicadores. Nesta última parte, os resultados de cada economia em cada um dos 48 indicadores foram normalizados num valor de uma escala entre um e cinco, correspondendo o valor mínimo de um ao Estado-membro da União Europeia com pior desempenho no indicador e o valor máximo de cinco ao Estado-membro da União Europeia com melhor desempenho no indicador. Os resultados obtidos neste exercício de pontuação, tendo por base os indicadores disponíveis no início do ano de 2013, destacam o melhor posicionamento competitivo de Polónia, de República Checa e de Eslováquia, seguindo-se Hungria, Portugal, Espanha, Itália e, por último, a Grécia.
  • 8. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 20138 | I. CRESCIMENTO A evolução em termos reais do PIB mostra que apenas Polónia e Eslováquia superam o desempenho pré-crise entre os oito países selecionados, surgindo mesmo em primeiro e em terceiro lugares neste indicador no conjunto da UE27. Face a 2008, prevê-se que o PIB de 2012 tenha sido inferior em 2% na República Checa, em 5% na Espanha e na Hungria e em 6% na Itália e em Portugal. Com uma quebra de 20%, a Grécia surge em último lugar na UE27 (ver gráfico I.1). Quando se compara o desempenho do PIB com a média da UE27, a Polónia surge, também, como o único país que cresce sistematicamente acima deste referencial desde 2008, seguindo-se a Eslováquia que só não superou a média em 2009. Em 2012, o crescimento destas duas economias excede a média europeia em quase três pontos percentuais, com a Eslováquia a apresentar o terceiro melhor desempenho na UE27. Pela negativa, Itália, Portugal e Grécia apresentam os maiores diferenciais da UE27 face ao padrão europeu (ver gráfico I.2). A decomposição do PIB entre o conjunto do consumo privado, do consumo público e da formação bruta de capital fixo (a procura interna) e a diferença entre as exportações e as importações (a procura externa líquida) permite-nos analisar a dinâmica de diferentes motores de crescimento. O contributo da procura interna para o crescimento do PIB tem sido mais intenso na Polónia, sendo mesmo o único dos oito países que contou com a procura interna para crescer em 2012. Inversamente, é em Portugal e na Grécia que a procura interna mais tem contribuído para a contração da economia no conjunto da UE27 (ver gráfico I.3). Já o contributo da procura externa líquida é positivo nos oito países selecionados, com destaque para a Eslováquia que em 2012, lidera a UE27 neste indicador e para Portugal que mantém o segundo lugar pelo segundo ano consecutivo na União Europeia (ver gráfico I.4). O hiato do produto pretende avaliar a diferença entre a taxa de crescimento efetiva e o crescimento potencial do PIB, um conceito eminentemente teórico que visa estimar o nível de crescimento em que uma economia pode persistir na plena utilização dos seus recursos sem gerar pressões inflacionistas. As estimativas da Comissão Europeia mostram que, entre os oito países selecionados, Eslováquia, Polónia e República Checa são as economias a operar mais perto do seu potencial de crescimento. Em 2012, a Eslováquia surge mesmo como a segunda economia da UE27 que mais se aproxima da sua plena capacidade, enquanto Portugal, Espanha e Grécia apresentam os maiores hiatos do produto da UE27 (ver gráfico I.5). A produtividade do trabalho, medida pelo PIB por pessoa empregada, é um indicador privilegiado para a medição do nível de eficiência e de eficácia de uma economia, embora não possa ser dissociado da própria evolução da taxa de utilização dos recursos humanos, que na presente nota temática é alvo de análise no segundo capítulo dedicado ao emprego e no sexto capítulo dedicado à Estratégia 2020 da União Europeia. Assim, convém notar que o melhor desempenho da produtividade de Espanha comporta uma quebra do emprego, ao contrário do que sucede na Polónia, na Eslováquia ou na República Checa (ver gráfico I.6). Os custos em trabalho por unidade produzida correspondem ao peso das remunerações no valor acrescentado bruto, aumentando sempre que a produtividade não consegue acompanhar o ritmo de crescimento dos salários médios. Neste domínio, destaca-se o agravamento na República Checa e na Itália, onde o Conselho Europeu recomenda uma reforma dos mecanismos de negociação salarial. Inversamente, Espanha, Portugal e Grécia apresentam das maiores reduções dos custos em trabalho por unidade produzida entre os países do euro (ver gráfico I.7). A taxa de câmbio efetiva real conjuga os efeitos da apreciação/depreciação nominal das moedas com os diferenciais de inflação nos diversos países, revelando a sua evolução desde 2008 os maiores ganhos de competitividade de economias com moeda própria, de Polónia e de Hungria, a par de economias do euro como Espanha, Grécia e Portugal. A recente recuperação de competitividade de Eslováquia prende-se também com a forte apreciação nominal da moeda que antecedeu a adesão ao euro plenamente concretizada em 2009 (ver gráfico I.8). I. CRESCIMENTO
  • 9. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 I. CRESCIMENTO | 9 Gráfico I.1 Evolução real do PIB (2008=100) Gráfico I.2 Diferencial de crescimento do PIB face à média da UE27 (pontos percentuais) Gráfico I.3 Contributo da procura interna para o crescimento do PIB (pontos percentuais) Gráfico I.4 Contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB (pontos percentuais) 80 90 100 110 2008 2012 -9 -6 -3 0 3 6 9 2008 2012 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 2008 2012 -2 0 2 4 6 2008 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal Nota: Dados previsionais para o ano 2012. Fonte: AM&A com base em AMECO (I.1, I.3 e I.4) e Eurostat (I.2) Acedido em dezembro de 2012
  • 10. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201310 | I. CRESCIMENTO Gráfico I.5 Hiato do produto (% do PIB potencial) Gráfico I.6 Evolução da produtividade do trabalho (2008=100) Gráfico I.7 Evolução do custo real do trabalho por unidade produzida (2008=100) Gráfico I.8 Evolução da taxa de câmbio efetiva real (2008=100) -15 -10 -5 0 5 10 2008 2012 90 95 100 105 110 115 2008 2012 90 95 100 105 110 2008 2012 80 90 100 110 2008 2012 Nota: Dados previsionais para o ano 2012. Fonte: AM&A com base em AMECO (I.5, I.6 e I.7) e Statistical Annex of European Economy (I.8) Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 11. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 II. EMPREGO | 11 II. EMPREGO A taxa de emprego exprime a relação entre a população empregada e a população em idade ativa, considerada entre os 15 e os 64 anos de idade nos dados disponíveis pelo Eurostat até ao final do primeiro semestre de 2012. No caso dos homens, entre os oito países selecionados é a República Checa que se destaca pela positiva, com uma taxa de emprego de cerca de 75% em 2012, a sétima mais elevada da UE27. Inversamente, a Hungria e a Grécia posicionam-se entre as menores taxas de emprego masculino europeias e a Espanha atinge a última posição da UE27 (ver gráfico II.1). No caso das mulheres, é Portugal que mantém a liderança entre os oito países selecionados, ocupando a 14.ª posição na UE27. A Grécia repete o último lugar na UE27 e a Itália tem o terceiro pior desempenho entre os 27 Estados-membros. Políticas que conduzam a uma melhor coordenação entre a vida profissional e a vida familiar são particularmente relevantes para a maior participação das mulheres no mercado do trabalho, recomendando o Conselho Europeu expressamente o investimento na rede de serviços de acolhimento de crianças, no caso de Polónia, de República Checa, de Eslováquia e de Hungria, e também de outras pessoas a cargo, no caso de Itália, onde o desafio de aumentar em cinco anos a idade de reforma das mulheres a médio prazo é particularmente exigente (ver gráfico II.2). Entre a população dos 15 aos 24 anos, Polónia, República Checa e Portugal apresentam as taxas de emprego dos jovens mais elevadas entre os oito países selecionados, embora se fiquem pela segunda metade da tabela da UE27. Espanha, Hungria e Grécia repetem os piores desempenhos da UE27, tendo a Grécia o último lugar com menos de 15% da população jovem empregada (ver gráfico II.3). A incidência do trabalho a tempo parcial, comum nas economias mais desenvolvidas da União Europeia, tem neste caso mais peso em Itália (11.º na UE27) e Espanha (12.º na UE27). Descontando Portugal, o part-time não atinge os 10% nos restantes países selecionados, sendo a República Checa e a Eslováquia dois dos três Estados-membros da UE27 com menor incidência do trabalho a tempo parcial (ver gráfico II.4). A assimetria é evidente na taxa de desemprego. Espanha e Grécia apresentam o pior desempenho da UE27, com quase um quarto da população ativa desempregada, e Portugal fica em 24.º lugar, com uma taxa superior a 15%. Inversamente, a Polónia permanece abaixo da média europeia e a República Checa apresentava a sexta menor taxa de desemprego da UE27 no final do primeiro semestre de 2012, com as empresas a cortar mais nas horas de trabalho do que nos empregos (ver gráfico II.5). Considerando o peso no total dos desempregados da população desempregada à procura de emprego há pelo menos 12 meses, é a Eslováquia que apresenta o pior desempenho da UE27 com dois em cada três desempregados já de longa duração. Na Grécia (25.º na UE27) e na Itália (22.º na UE27) mais de metade dos desempregados também procuram emprego há pelo menos um ano (ver gráfico II.6). Uma aproximação ao desemprego estrutural e ao desencontro entre a oferta e a procura de trabalhadores e empresas no mercado de trabalho costuma ser dada pela NAIRU, acrónimo de non accelerating inflation rate of unemployment, a taxa de desemprego compatível com a manutenção da taxa de inflação. Neste caso, o agravamento é maior na Espanha e na Grécia, que apresentam o pior desempenho da UE27, mas também na Eslováquia (24.º da UE27) e em Portugal (23.º da UE27). Já a República Checa e a Polónia apresentam uma melhor empregabi- lidade que a média comunitária (ver gráfico II.7). A evolução desde 2008 das remunerações por trabalhador em termos reais acompanha o dinamismo do mercado de trabalho. Neste caso, destaca-se a República Checa como terceiro país da União Europeia onde os salários mais cresceram. Inversamente, a maior queda da UE27 foi na Grécia, surgindo a Hungria com a terceira maior queda e Portugal com a sétima (ver gráfico II.8). Convém referir que o salário mínimo grego é cerca do dobro do praticado na República Checa, Hungria, Eslováquia ou Polónia, onde não excedia os 350€ no segundo semestre de 2012.
  • 12. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201312 | II. EMPREGO Gráfico II.1 Taxa de emprego dos homens (%) Gráfico II.2 Taxa de emprego das mulheres (%) Gráfico II.3 Taxa de emprego dos jovens (%) Gráfico II.4 Trabalho a tempo parcial (% do total do emprego) 55 60 65 70 75 80 2008 2012 40 45 50 55 60 65 2008 2012 10 15 20 25 30 35 40 2008 2012 0 5 10 15 20 2008 2012 Nota: Evolução entre o primeiro trimestre de 2008 e o segundo trimestre de 2012. Consideram-se jovens os indivíduos entre os 15 e os 24 anos (II.3). Fonte: AM&A com base em Eurostat Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 13. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 II. EMPREGO | 13 Gráfico II.5 Taxa de desemprego (%) Gráfico II.6 Desemprego de longa duração (% do total do desemprego) Gráfico II.7 Taxa de desemprego estrutural (%) Gráfico II.8 Evolução real das remunerações por trabalhador (2008=100) 0 5 10 15 20 25 2008 2012 15 25 35 45 55 65 75 2008 2012 4 8 12 16 20 24 2008 2012 80 90 100 110 2008 2012 Nota: Evolução entre o primeiro trimestre de 2008 e o segundo trimestre de 2012 (II.5 e II.6). Dados previsionais para o ano 2012 (II.7 e II.8). Desemprego estrutural estimado com base na NAIRU (II.7). Fonte: AM&A com base em Eurostat (II.5 e II.6) e AMECO (II.7 e II.8) Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 14. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201314 | III. INVESTIMENTO III. INVESTIMENTO Na evolução real da formação bruta de capital fixo, a Polónia apresenta o melhor desempenho de toda a União Europeia, sendo um dos quatro dos 27 estados-membros onde o investimento não caiu face a 2008. Já Portugal e Espanha perdem um terço do nível de investimento de 2008 e a Grécia apresenta metade do investimento desse ano, registando uma quebra de 50% que só é ultrapassada na UE27 pela Irlanda (ver gráfico III.1). É em Portugal e na Grécia que o investimento menos contribui para o crescimento da economia. Esse contributo da formação bruta de capital fixo é superior nos parceiros de Leste, abrandando em função da conclusão de grandes projetos financiados por fundos estruturais e por investimento direto estrangeiro, com destaque para a expansão da rede de transportes e do setor transacionável, como é o caso de Polónia (ver gráfico III.2). A evolução da intensidade do capital acompanha o rácio entre o stock de capital líquido da economia e o emprego, enviesando a análise quando a deterioração do mercado de trabalho mais degrada o denominador como é o caso de Espanha e de Grécia (ver gráfico III.3). Entre os 27 Estados-membros, o stock de capital líquido, que reflete o valor de mercado dos ativos fixos da economia, tem crescido particularmente na Polónia. Considerando a evolução da formação bruta de capital fixo especificamente em equipamento, destaca-se a Eslováquia, que apresenta o terceiro melhor desempenho da União Europeia e é um dos quatro Estados-membros onde o investimento em equipamento já recuperou face a 2008. A Polónia surge em 5.º lugar na UE27 com uma quebra mínima neste investimento. Inversamente, Espanha, Portugal e sobretudo a Grécia apresentam das maiores quebras da UE27 (ver gráfico III.4). O fluxo de crédito do setor privado serve maioritariamente para o financiamento das empresas e para aquisição de habitação, uma decisão de longo prazo das famílias que é considerada investimento. Os dados consolidados disponíveis até 2011 indiciavam já a restrição de finan- ciamento às empresas e às famílias de Espanha, de Portugal e de Grécia, enquanto na Polónia o crédito apresentava a quarta maior expansão da UE27. A Hungria surge bem posicionada em 2011 em termos de crescimento anual do fluxo do crédito, mas recorde-se que este foi dos primeiros países alvo de assistência externa na sequência da crise financeira internacional, experimentando uma pronunciada quebra do fluxo de crédito do setor privado em 2010, com especial incidência nas empresas, devido à acentuada redução do rácio de transformação da banca entre 2009 e 2011 (ver gráfico III.5). O indicador de sentimento económico é o barómetro da confiança da indústria, dos serviços, do comércio, da construção e dos consumidores a partir dos saldos de respostas extremas a inquéritos nos países da União Europeia. Este revela que as expetativas das empresas e das famílias gregas foram as únicas a não recuperar da crise internacional de 2008/2009, sendo acompanhadas na falta de confiança pelas portuguesas com o pedido de assistência financeira. A Eslováquia apresenta o melhor desempenho nas oito economias selecionadas mas fica-se pela 13.ª posição a nível da União Europeia. Portugal, Grécia e Itália têm o pior desempenho, depois de Chipre (ver gráfico III.6). A Itália apresenta a maior taxa de poupança das famílias entre os oito países selecionados (8.ª posição na UE27). Destaca-se também a evolução positiva da poupança das famílias portuguesas, que subiu para meio da tabela da UE27, já acima de Eslováquia e de Espanha. Na Grécia e na Polónia as famílias apresentam das menores taxas de poupança da União Europeia (ver gráfico III.7). A condicionar o investimento está também o dinamismo do mercado imobiliário. Segundo o índice de preços residencial do Eurostat, que captura a variação real dos preços de mercado das casas adquiridas pelas famílias até 2011, a desvalorização agrava-se na Espanha, onde o rebentar da bolha imobiliária abala o mercado de trabalho, a solidez do sistema financeiro e o equilíbrio das contas públicas. O pior desempenho da Eslováquia deve-se mais à alta de preços do mercado imobiliário ocorrida no próprio ano base de 2008 (ver gráfico III.8).
  • 15. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 III. INVESTIMENTO | 15 Gráfico III.1 Evolução da formação bruta de capital fixo (2008=100) Gráfico III.2 Contributo do investimento para a variação do PIB (pontos percentuais) Gráfico III.3 Evolução da intensidade de capital (2008=100) Gráfico III.4 Evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento (2008=100) 50 60 70 80 90 100 110 2008 2012 -6 -4 -2 0 2 4 2008 2012 95 100 105 110 115 120 125 2008 2012 50 60 70 80 90 100 110 120 130 2008 2012 Nota: Dados previsionais para o ano 2012. Fonte: AM&A com base em AMECO Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 16. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201316 | III. INVESTIMENTO Gráfico III.5 Fluxo de crédito do setor privado (% do PIB) Gráfico III.6 Sentimento económico (saldo de respostas extremas) Gráfico III.7 Poupança bruta das famílias (% do rendimento disponível bruto) Gráfico III.8 Evolução do índice de preços residencial (2008=100) -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 2008 2011 65 75 85 95 105 115 2008 2012 -5 0 5 10 15 20 2008 2012 80 85 90 95 100 105 2008 2011 Nota: Média móvel de 12 meses ajustada dos efeitos da sazonalidade (III.6). Dados previsionais para 2012 e não disponíveis para Hungria (III.7). Quebra de série para Itália em 2010 (III.8). Fonte: AM&A com base em AMECO (III.7) e Eurostat (III.5, III.6 e III.8) Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 17. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 IV. GLOBALIZAÇÃO | 17 IV. GLOBALIZAÇÃO A variação da quota de mercado nas exportações mundiais de bens e de serviços face aos cinco anos precedentes revela a perda estrutural de competitividade sobretudo em Itália e na Grécia, mas também nas economias portuguesa e espanhola. Em contraste, os parceiros de Leste mantém ganhos consistentes de quota alimentados com a expansão do setor transacionável, designadamente da indústria automóvel (ver gráfico IV.1). Na taxa de cobertura das importações pelas exportações destaca-se o desequilíbrio comercial da Grécia, que mantém o pior desempenho da União Europeia. Portugal, também num contexto de contração da procura interna, apresenta a recuperação mais rápida neste indicador, com o reequilíbrio das exportações face às importações a elevar o país da segunda pior taxa de cobertura da UE27 em 2009 e em 2010 para meio da tabela em 2012 (ver gráfico IV.2). O grau de abertura mede o peso na economia do conjunto das exportações e das importações. Ele revela a maior intensidade das trocas com o exterior e sugere maior integração no comércio de especialização vertical de Eslováquia, de Hungria e de República Checa, com o quarto, o sexto e o décimo maior grau de abertura da UE27. Inversamente, a Itália, a Grécia e a Espanha apresentam, depois de França, os menores graus de abertura da UE27 (ver gráfico IV.3). A balança corrente contabiliza os recebimentos e os pagamentos resultantes de transações com não residentes em bens, serviços, rendimentos e transferências correntes, apresentando-se mais equilibrada na Hungria e na Eslováquia (9.ª e 10.ª na UE27). Depois de Bulgária, a maior recupe- ração no espaço europeu foi de Portugal e de Grécia que corrigiram o défice da balança corrente em dez pontos percentuais do PIB face a 2008. Ainda assim, a Grécia mantém a pior balança corrente da União Europeia, enquanto Portugal ascendeu da segunda à sexta pior posição no último ano, superando a Polónia e comprovando um ajustamento mais rápido do que o esperado nas contas externas (ver gráfico IV.4). A posição corrente deficitária da Polónia tem sido contrabalançada pela estabilidade da entrada de investimento direto estrangeiro no país que, a par dos fundos estruturais, visa suportar a expansão do setor transacionável orientado para a exportação e o desenvolvimento da rede de transportes. Os dados disponíveis até 2011 mostram comportamentos diversos nos dois países alvo de assistência financeira, com o investimento direto estrangeiro a acelerar a entrada em Portugal (8.º na UE27) e a desacelerar na Grécia, a economia da UE27 que menos capta capital estrangeiro (ver gráfico IV.5). Em sentido inverso, são os dados do investimento direto de Portugal que revelam a maior relevância das operações envolvendo a presença empresarial ativa no estrangeiro (ver gráfico IV.6). Os termos de troca relacionam o preço unitário das exportações com o preço unitário das importações, permitindo inferir sobre o posicionamento na cadeia de valor dos bens e serviços objeto de exportação, designadamente quanto à mobilização de fatores que aumentem a sua inovação, diferenciação ou valor acrescentado. A evolução dos termos de troca desde 2008 foi positiva em Portugal, que apresenta o quinto maior acréscimo da UE27 e está entre os sete países que melhoraram este indicador nos últimos cinco anos. Em sentido inverso, os restantes sete países selecionados viram deteriorar os termos de troca face a 2008, sobretudo em Espanha, República Checa ou Eslováquia, que têm o terceiro, o quarto e o quinto pior registo da União Europeia (ver gráfico IV.7). A rendibilidade dos transacionáveis equaciona o rácio entre os preços de exportação e os custos em trabalho por unidade produzida na indústria transformadora de cada economia, revelando o pior desempenho de Itália, de Hungria e de Portugal. Tendo o ano de 2008 como base, a rendibilidade de indústria transformadora sobe sobretudo na Polónia (segunda maior subida da União Europeia), Grécia, República Checa e Eslováquia (ver gráfico IV.8).
  • 18. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201318 | IV. GLOBALIZAÇÃO Gráfico IV.1 Evolução da quota de mercado nas exportações mundiais (% face ao quinto ano precedente) Gráfico IV.2 Taxa de cobertura (%) Gráfico IV.3 Grau de abertura (% do PIB) Gráfico IV.4 Balança corrente (% do PIB) -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 2008 2011 60 70 80 90 100 110 2008 2012 40 60 80 100 120 140 160 180 200 2008 2012 -20 -15 -10 -5 0 5 2008 2012 Nota: Variação da quota de mercado nas exportações mundiais de bens e de serviços do ano n face ao ano n-5 (IV.1). Dados previsionais para o ano 2012 (IV.2 a IV.4). Fonte: AM&A com base em Eurostat (IV.1) e AMECO (IV.2 a IV.4) Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 19. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 IV. GLOBALIZAÇÃO | 19 -1 0 1 2 3 4 5 6 2008 2011 -6 -4 -2 0 2 4 2008 2011 95 100 105 110 2008 2012 95 100 105 110 115 120 125 130 2008 2011 Nota: Dados previsionais para o ano 2012 (IV.7). Fonte: AM&A com base em Eurostat (IV.5 e IV.6), AMECO (IV.7) e Directorate-general for economic and financial affairs, Price and cost competitiveness, European Commission, 2012 (IV.8 ) Acedido em dezembro de 2012 Gráfico IV.5 Investimento direto estrangeiro no país (% do PIB) Gráfico IV.6 Investimento direto do país no estrangeiro (% do PIB) Gráfico IV.7 Evolução dos termos de troca (2008=100) Gráfico IV.8 Evolução da rentabilidade dos transacionáveis (2008=100) Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 20. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201320 | V. ENDIVIDAMENTO V. ENDIVIDAMENTO Grécia, Itália e Portugal apresentam as dívidas públicas mais elevadas da União Europeia. Depois da Irlanda, foi na Grécia e em Portugal que este indicador mais se agravou desde 2008. Já a República Checa, a Eslováquia e a Polónia não ultrapassam o limite dos 60% do PIB. Devido ao persistente incumprimento do procedimento de défice excessivo, a Hungria chegou também a arriscar no último ano a (decisão inédita pelas instâncias comunitárias) suspender verbas do Fundo de Coesão (ver gráfico V.1). O desempenho é particularmente assimétrico nas condições de financiamento do Tesouro de Grécia e de Portugal, países onde está em curso o programa de assistência económica e financeira com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Destaca-se, contudo, a evolução positiva nos juros a dez anos da dívida portuguesa que, no final de 2012, desceram abaixo dos 7%, tido como limite indicativo de insustentabilidade para o pedido de ajuda externa (ver gráfico V.2). Neste contexto de crise das dívidas soberanas, as economias onde os encargos com o pagamento de juros mais se agravaram desde 2008 foram a Irlanda, seguida de Portugal e de Espanha. A Itália, onde o anémico crescimento não consegue corrigir o elevado stock de dívida, paga a mais alta carga de juros em percentagem do PIB a par da Grécia. Abaixo do padrão europeu, estão Polónia, Eslováquia e República Checa, esta com o sexto menor encargo de juros da UE27 (ver gráfico V.3). A despesa corrente primária, que exclui dos gastos das administrações públicas os encargos com juros, é em 2012 inferior ao padrão europeu nos oito países selecionados. Itália, Grécia e Portugal apresentam os maiores gastos públicos enquanto a Eslováquia e a Polónia se ficam pela quinta e a sexta menor despesa pública da UE27 (ver gráfico V.4). A análise da Comissão Europeia ao impacto do envelhecimento da população mostra que a variação futura das despesas públicas com pensões, saúde, educação ou desemprego será relevante na Hungria, na Espanha e na Grécia, mas sobretudo na República Checa e na Eslováquia, onde se recomenda maior sustentabilidade do sistema de pensões. A carga fiscal é particularmente elevada na Itália (5.ª maior da UE27), tendo-se agravado sobretudo neste país e na Grécia, e mais recentemente na Hungria com o agravamento da tributação sobre amplos setores da atividade económica. Inversamente, é na Eslováquia que há maior margem para aumento de impostos sem deter o crescimento, apresentando a terceira menor carga fiscal da UE27 (ver gráfico V.5). A este respeito, as estimativas para a economia paralela consideradas na análise anual do crescimento da Comissão europeia atingem pelo menos um quinto do PIB na Polónia, na Hungria, em Itália, na Grécia e em Portugal. Os desequilíbrios da economia portuguesa não se ficam pelas contas públicas. O processo de crescimento assentou no endividamento público mas também privado, que é o quarto maior da União Europeia. Espanha (9.º na UE27) e Hungria (13.º na UE27), enquanto a Eslováquia, a Polónia e a República Checa apresentam dos endividamentos mais moderados da UE27 (ver gráfico V.6). A posição líquida de investimento internacional considera os ativos e os passivos financeiros dos residentes de cada economia face ao exterior, incluindo investimento direto, investimento de carteira, créditos, depósitos e ativos de reserva. Hungria, Portugal, Espanha e Grécia, a par da Irlanda, são os países da União Europeia em situação mais desequilibrada, ao contrário da Itália que é a única economia das oito selecionadas a permanecer acima do limite indicativo da Comissão Europeia (-35% do PIB) (ver gráfico V.7). Quando se restringe a análise à dívida externa líquida, excluindo os ativos de reserva e as ações ou outras participações no capital de empresas, as pressões de desalavancagem são mais evidentes na Grécia, em Espanha e em Portugal, que apresentam maiores responsabilidades efetivas face ao exterior (ver gráfico V.8).
  • 21. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 V. ENDIVIDAMENTO | 21 Gráfico V.1 Dívida pública (% do PIB) Gráfico V.2 Taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro (%) Gráfico V.3 Encargos com juros (% do PIB) Gráfico V.4 Despesa corrente primária (% do PIB) 20 40 60 80 100 120 140 160 180 2008 2012 0 5 10 15 20 25 30 2008 2012 0 2 4 6 8 2008 2012 30 35 40 45 2008 2012 Nota: Evolução entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012 da média mensal para obrigações de longo prazo. Fonte: AM&A com base em Statistical Annex of European Economy (V.1), Eurostat (V.2) e AMECO (V.3 e V.4) Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 22. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201322 | V. ENDIVIDAMENTO Gráfico V.5 Carga fiscal (% do PIB) Gráfico V.6 Dívida do setor privado (% do PIB) Gráfico V.7 Posição líquida de investimento internacional (% do PIB) Gráfico V.8 Dívida externa líquida (% do PIB) 25 30 35 40 45 2008 2012 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 2008 2011 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 2008 2011 -20 0 20 40 60 80 100 120 2008 2011 Nota: Dados previsionais para o ano 2012 (V.5, V.7 e V.8). Fonte: AM&A com base em Eurostat (V.6 a V.8) e AMECO (V.5) Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 23. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 VI. EUROPA 2020 | 23 VI. EUROPA 2020 Nesta última dimensão da análise da competitividade, são comparados os indicadores selecionados para medir os progressos na realização da Estratégia Europa 2020: taxa de emprego, investimento em I&D, redução das emissões de gases com efeito de estufa, quota de fontes renováveis de energia, eficiência energética, taxa de abandono escolar precoce, diplomas de ensino superior e pessoas em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social. O grande objetivo em termos de emprego é aumentar para 75% a taxa de emprego na União Europeia na faixa etária dos 20 aos 64 anos. Os dados para 2011 destacam o melhor posicionamento da República Checa e de Portugal (9.º e 13.º da UE27). Estes são também os dois países mais próximos da meta nacional que para ambos os países é idêntica à da União Europeia (75%). Em sentido inverso, Grécia, Hungria e Itália apresentam o pior desempenho da UE27, seguida da Espanha com o quinto pior registo da União Europeia. Estes quatro países estão mais atrasados face às metas nacionais, apesar de serem mais brandas no caso de Itália (67-69%), Grécia (70%) e Espanha (74%) (ver gráfico VI.1). A União Europeia pretende aumentar para 3% do PIB da UE o investimento público e privado em I&D e inovação. Neste domínio, os oito países selecionados apresentam um desempenho inferior à média da UE27, sendo liderados pela República Checa e por Portugal. Polónia e Eslováquia apresentam o investimento em I&D mais reduzido, não havendo dados disponíveis no caso da Grécia. Portugal e Espanha apresentam as metas nacionais (3% do PIB) mais exigentes neste domínio (ver gráfico VI.2). No domínio das alterações climáticas, o objetivo da União Europeia é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 20% relativamente aos níveis registados em 1990. Entre os oito países selecionados, o desafio é mais ambicioso para Espanha, Grécia, Itália e Portugal, cujas metas nacionais impõem a redução ou estagnação das emissões de CO2 (ver gráfico VI.3). No objetivo de obter 20% da energia a partir de fontes renováveis estabelecido pela União Europeia, destaca-se Portugal que, em 2010, era um dos oito países da UE27 que já superara essa meta. Portugal assumiu a meta mais ambiciosa (31%), enquanto Grécia e Hungria surgem mais atrasadas face aos objetivos nacionais a que se comprometeram (ver gráfico VI.4). A União Europeia visa também aumentar em 20% a eficiência energética. Face ao nível de 2005, destaca-se a Polónia como um dos nove países da União Europeia onde o consumo de energia primária subiu. Depois da Lituânia, os dados para 2010 revelam Espanha, Grécia e Portugal entre as maiores descidas da UE27 (ver gráfico VI.5). Quanto à educação, a União Europeia pretende reduzir as taxas de abandono escolar para níveis abaixo dos 10% na população entre os 18 e os 24 anos. As posições são muito extremadas entre os oito países selecionados: Espanha, Portugal e Itália apresentam os piores desempenhos a seguir de Malta, enquanto a República Checa, a Eslováquia e a Polónia são, depois da Eslovénia, as melhores da UE27. Portugal tem a meta mais ambiciosa de redução do abandono escolar precoce até 2020 (ver gráfico VI.6). Ainda no domínio da educação, é objetivo da União Europeia aumentar para pelo menos 40% a percentagem da população na faixa etária dos 30-34 anos que possui um diploma do ensino superior. Entre os oito países selecionados, destaca-se Espanha, que já superou os 40% em 2011, e a Polónia, também acima da média europeia e com a meta nacional mais ambiciosa de 45%. Do lado oposto, a Itália apresenta o pior desempenho da UE27 e a meta menos ambiciosa para 2020 (ver gráfico VI.7). A União Europeia visa reduzir pelo menos em 20 milhões o número de pessoas em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social. A República Checa é a melhor posicionada, mas os dados disponíveis para o ano 2011 revelam que depois de Bulgária, de Roménia, de Letónia e de Lituânia, são precisamente seis dos oito países alvo da presente análise que surgem entre os piores classificados: Hungria e Grécia (acima de 30% da população), mas também Itália, Polónia, Espanha e Portugal (ver gráfico VI.8).
  • 24. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201324 | VI. EUROPA 2020 Gráfico VI.1 Taxa de emprego (% da população dos 20 aos 64 anos) Gráfico VI.2 Investimento em I&D (% do PIB) Gráfico VI.3 Emissão de gases com efeito de estufa (1990=100) Gráfico VI.4 Energia de fontes renováveis (%) 55 60 65 70 75 2008 2011 0 0.5 1 1.5 2 2008 2011 60 80 100 120 140 2008 2010 5 10 15 20 25 2008 2010 Nota: Dados previsionais para o ano 2011 para Portugal e Itália (VI.2) e dados não disponíveis para a Grécia (VI.2). Quebra de série para Portugal em 2011 (VI.1 e VI.2). Fonte: AM&A com base em Eurostat Acedido em dezembro de 2012 Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 25. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 VI. EUROPA 2020 | 25 0 5 10 15 20 25 30 35 40 2008 2011 Gráfico VI.6 Taxa de abandono escolar precoce (% da população entre 18 e 24 anos) 85 90 95 100 105 110 2005 2010 15 20 25 30 35 40 45 2008 2011 10 15 20 25 30 35 2008 2011 Nota: Quebra de série para a Polónia em 2008 (VI.8). Fonte: AM&A com base em Eurostat Acedido em dezembro de 2012 Gráfico VI.5 Evolução do consumo de energia primária (2005=100) Gráfico VI.7 Diplomas de ensino superior (% da população entre 30 e 34 anos) Gráfico VI.8 População em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social (%) Eslováquia Itália Espanha Polónia R. Checa Grécia Hungria Portugal
  • 26. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201326 | CONCLUSÃO CONCLUSÃO A presente nota temática compara a competitividade da economia portuguesa com sete economias da União Europeia: Espanha, Itália, Grécia, Hungria, Eslováquia, República Checa e Polónia. A competitividade é analisada através de 48 indicadores, agrupados segundo seis dimensões de análise: crescimento, emprego, investimento, globalização, endividamento e Europa 2020. Por forma a evidenciar as forças e as fraquezas de Portugal face aos restantes sete parceiros no contexto europeu, conclui-se com um exercício de pontuação da competitividade de cada uma das oito economias selecionadas face aos restantes 26 Estados-membros da União Europeia. O exercício consiste na normalização1 do desempenho obtido por cada economia em cada um dos 48 indicadores selecionados num valor de uma escala entre um e cinco, correspondendo o valor mínimo de um ao Estado-membro da União Europeia com pior desempenho no indicador e o valor máximo de cinco ao Estado-membro da União Europeia com melhor desempenho no indicador2. Assim, quando se trata de um indicador de sentido positivo, como a taxa de crescimento do produto interno bruto, a fórmula utilizada é: E quando se trata de um indicador de sentido negativo, como a taxa de desemprego ou a dívida pública, a fórmula utilizada é: A pontuação para cada uma das seis dimensões de análise da competitividade é a média simples dos oito indicadores correspondentes3. A tabela da página seguinte revela os resultados obtidos neste exercício de pontuação da competitividade (ver tabelas). No cômputo geral, as economias do alargamento da União Europeia de 2004 surgem mais bem posicionadas do que as parceiras do sul europeu. Portugal ocupa uma posição intermédia em termos competitivos, a par de Hungria, de Espanha e de Itália, acima de Grécia que é a mais mal posicionada neste exercício, e abaixo de Polónia, de República Checa e de Eslováquia que obtém as pontuações mais elevadas. (1) Esta prática de pontuação é, por exemplo, utilizada na construção dos rankings do Fórum Económico Mundial. (2) Este exercício não inclui na amostra dos 27 Estados-membros da União Europeia a Bulgária nos indicadores de poupança bruta das famílias, de evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento e de rendibilidade dos transacionáveis, a Estónia na taxa de rendibilidade de obrigações do Tesouro, a Grécia no investimento em I&D, a Hungria, a Lituânia e a Roménia no indicador de poupança bruta das famílias, a Irlanda no indicador de sentimento económico e na população em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social, o Luxemburgo na poupança bruta das famílias, Malta no indicador de evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento e de rendibilidade dos transacionáveis e o Reino Unido no indicador crédito ao setor privado. (3) No caso da dimensão do investimento da Hungria e da dimensão da Estratégia 2020 de Grécia, em que faltam dados em um dos oito indicadores, a pontuação destes dois países corresponde antes à média simples dos sete indicadores disponíveis. PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA 4 x( )+ 1 PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA -4 x( )+ 5 PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA 4 x( )+ 1 PAÍS EM CAUSA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA MELHOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA - PIOR ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA -4 x( )+ 5
  • 27. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 CONCLUSÃO | 27 Tabela 1. Pontuação por dimensão da análise da competitividade III. Investimento 3,0 3,9 2,1 1,9 4,3 2,6 3,6 3,2 2,6 2,8 3,2 2,0 1,8 2,8 2,6 2,2 3,9 4,0 2,4 2,2 1,9 2,9 2,3 1,2 3,0 3,1 2,8 3,2 5,0 3,0 2,6 3,9 3,3 3,2 1,4 3,4 3,0 3,6 2,6 1,9 3,1 2,5 2,9 3,5 3,6 1,7 1,2 1,7 2,1 1,0 1,0 1,6 1,4 3,7 2,8 2,7 2,3 2,0 2,9 3,1 3,0 n.d. 3,3 2,2 2,2 1,5 1,8 1,7 1,5 1,5 3,3 4,1 Evolução da formação bruta de capital fixo (2012) Contributo do investimento para a variação do PIB (2012) Evolução da intensidade de capital (2008/2012) Evolução da formação bruta de capital fixo em equipamento (2008/2012) Sentimento económico (2012) Poupança bruta das famílias (2012) Evolução do índice de preços residencial (2008/2012) Fluxo de crédito do setor privado (2011) I. Crescimento 3,7 4,1 4,3 3,2 5,0 4,7 3,4 2,3 2,6 2,8 2,7 2,4 2,4 3,9 3,8 2,0 1,9 2,9 3,3 2,8 2,8 2,6 4,0 3,4 4,1 3,1 3,9 4,0 5,0 4,3 3,9 3,2 4,3 4,0 2,9 4,5 2,9 3,2 2,8 2,8 3,6 4,1 2,4 1,3 2,7 2,2 1,0 1,0 1,0 4,4 1,0 1,4 3,5 3,9 2,9 2,8 2,9 3,0 3,1 3,8 1,3 2,7 3,7 3,1 2,7 2,2 1,8 5,0 3,5 2,8 3,1 3,6 Evolução real do PIB (2008/2012) Diferencial de crescimento do PIB face à média da UE27 (2012) Contributo da procura interna para o crescimento do PIB (2012) Contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB (2012) Hiato do produto (2012) Evolução da produtividade do trabalho (2008/2012) Evolução do custo real do trabalho por unidade produzida (2008/2012) Evolução da taxa de câmbio efetiva real (2008/2012) Eslováquia Itália Espanha Polónia R.Checa Grécia Hungria Portugal II. Emprego 2,1 2,3 2,4 1,5 1,1 3,1 1,0 2,8 2,8 2,5 2,3 1,7 1,4 2,2 3,7 2,0 3,7 2,6 1,8 1,0 2,2 1,4 2,1 1,0 2,8 1,0 2,6 2,7 2,3 2,5 1,9 1,4 3,8 3,0 4,1 2,9 3,1 3,9 3,1 1,9 1,2 4,5 2,8 4,4 3,0 1,4 1,1 1,0 1,0 1,4 1,2 1,7 2,6 1,0 2,2 1,4 2,3 1,4 1,3 3,7 2,7 3,5 1,5 2,4 2,1 3,3 1,9 1,7 2,8 2,5 2,8 2,2 Taxa de emprego dos homens (1º semestre 2012) Taxa de emprego das mulheres (1º semestre 2012) Taxa de emprego dos jovens (1º semestre 2012) Trabalho a tempo parcial (1º semestre 2012) Desemprego de longa duração (2012) Taxa de desemprego estrutural (2012) Evolução real das remunerações por trabalhador (2008/2012) Taxa de desemprego (1º semestre 2012)
  • 28. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201328 | CONCLUSÃO Tabela 1. Pontuação por dimensão da análise da competitividade (continuação) VI. Estratégia 2020 2,9 2,0 1,2 4,3 1,8 2,9 4,9 1,4 4,3 2,4 1,3 1,9 3,3 1,8 3,3 3,1 1,0 3,4 2,6 1,3 2,0 2,3 2,1 3,5 2,0 3,8 3,5 2,7 2,0 1,4 3,5 1,8 1,4 4,8 3,3 3,5 3,2 3,2 2,6 4,1 1,7 2,5 4,9 1,5 5,0 2,6 1,0 n.d. 2,7 1,7 3,5 3,8 2,2 3,0 2,6 1,2 1,9 4,1 1,7 3,1 4,0 2,1 3,0 2,8 2,8 2,2 2,6 3,0 3,4 2,4 1,8 3,9 Taxa de emprego (2011) Investimento em I&D (2011) Emissão de gases com efeito de estufa (2010) Energia de fontes renováveis (2010) Taxa de abandono escolar precoce (2011) Diplomas de ensino superior (2011) População em risco ou em situação de pobreza ou de exclusão social (2011) Evolução do consumo de energia primária (2005/2010) IV. Globalização 2,9 4,7 2,8 3,0 3,2 1,4 2,3 1,8 3,9 1,9 1,5 2,6 1,0 2,6 1,2 2,6 1,9 1,6 2,1 2,3 2,7 1,1 2,3 1,3 2,6 1,6 3,1 2,6 4,0 2,3 1,5 2,0 1,7 2,4 2,2 4,6 2,6 3,6 3,0 2,4 2,2 1,4 2,3 1,8 4,0 1,7 1,4 1,0 1,0 1,0 1,0 2,3 2,1 4,1 2,6 2,7 3,2 2,9 3,3 1,7 2,8 2,4 1,6 2,3 2,2 2,5 1,3 2,2 1,8 3,1 3,5 1,9 Variação da quota de mercados nas exportações mundiais (2007/2011) Taxa de cobertura (2012) Grau de abertura (2012) Balança corrente (2012) Investimento direto estrangeiro no país (2011) Investimento direto do país no estrangeiro (2011) Evolução dos termos de troca (2008/2012) Evolução da rentabilidade dos transacionáveisl (2008/2011) Eslováquia Itália Espanha Polónia R.Checa Grécia Hungria Portugal V. Endividamento 3,7 4,0 4,1 3,8 4,2 4,9 4,9 1,8 1,7 2,5 2,2 3,9 1,0 2,7 1,8 4,1 2,6 1,4 2,7 3,2 3,6 2,8 3,3 3,9 2,7 1,3 1,0 3,4 3,9 4,1 3,1 3,9 3,9 4,9 1,8 1,6 3,6 4,2 4,7 4,0 3,5 3,6 4,9 2,1 1,9 2,0 1,0 1,0 1,0 2,8 3,3 4,1 1,4 1,0 2,6 3,4 3,2 1,9 3,1 2,9 3,5 1,0 1,4 2,3 2,4 3,0 1,7 3,1 3,5 2,2 1,0 1,1 Dívida pública (2012) Taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro (2012) Encargos com juros (2012) Despesa corrente primária (2012) Dívida do setor privado (2011) Posição líquida de investimento internacional (2011) Dívida externa líquida (2011) Carga fiscal (2012)
  • 29. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 CONCLUSÃO | 29 As pontuações obtidas para os dados mais recentes disponíveis à data de janeiro de 2013 permitem fazer o seguinte balanço das forças e das fraquezas relativas da economia portuguesa face aos restantes sete países selecionados: I. Crescimento Portugal ocupa a quarta posição entre as oito economias selecionadas, atrás de Polónia, de Eslováquia e de Espanha. Pela positiva, Portugal destaca-se, a par de Eslováquia, no contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB. Pela negativa, Portugal apresenta, depois de Grécia, o segundo pior desempenho no contributo da procura interna para o crescimento do PIB. II. Emprego Portugal ocupa a quarta posição, atrás de República Checa, de Polónia e de Itália. Pela positiva, Portugal apresenta na taxa de emprego das mulheres o melhor desempenho entre as oito economias selecionadas. Pela negativa, Portugal destaca-se pela terceira pior taxa de desemprego, depois de Espanha e de Grécia, a terceira pior taxa de desemprego estrutural, depois de Espanha, de Grécia e a par de Eslováquia, e pela terceira pior evolução real das remunerações por trabalhador, depois de Grécia e de Hungria. III. Investimento Portugal ocupa a penúltima posição, ficando só acima de Grécia entre as oito economias selecionadas. Pela positiva, Portugal apresenta na evolução do índice de preços residencial o melhor desempenho entre as oito economias selecionadas. Pela negativa, Portugal destaca-se pelo pior sentimento económico, pelo pior contributo do investimento para a variação do PIB e pela pior evolução da intensidade de capital, a par de Itália, bem como pela segunda pior evolução da formação bruta de capital fixo, seja total, seja em equipamento, depois de Grécia. IV. Globalização Portugal ocupa a quinta posição, ficando só acima de Grécia, de Itália e de Espanha entre as oito economias selecionadas. Pela positiva, Portugal apresenta o melhor desempenho quanto aos termos de troca e ao investimento direto do país no estrangeiro entre as oito economias selecionadas. Pela negativa, Portugal destaca-se pela terceira pior rendibilidade dos transacionáveis, só acima de Hungria e de Itália, pela terceira pior variação da quota de mercado nas exportações mundiais, só acima de Grécia e de Itália, bem como pela terceira pior balança corrente, a par de República Checa e acima de Grécia e de Polónia. Tabela 2. Ranking global da competitividade Ranking global da competitividade 3,7 2,1 3,0 2,9 3,7 2,9 3,0 2,8 2,5 2,8 1,9 2,5 2,4 2,5 3,3 1,8 2,4 2,1 2,7 2,6 2,5 4,0 2,7 3,2 2,6 3,4 2,7 3,1 2,9 3,1 3,0 2,6 3,6 3,2 3,1 2,2 1,4 1,7 1,7 2,0 2,6 1,9 2,9 2,2 2,8 2,6 2,6 2,6 2,6 3,1 2,4 2,2 2,3 2,3 2,8 2,5 I. Crescimento II. Emprego III. Investimento IV. Globalização V. Endividamento VI. Estratégia 2020 Eslováquia Itália Espanha Polónia R.Checa Grécia Hungria Portugal
  • 30. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201330 | CONCLUSÃO V. Endividamento Portugal ocupa a penúltima posição, superando apenas a Grécia entre as oito economias selecionadas e não atingindo lugares cimeiros em nenhum dos oito indicadores. Pela negativa, Portugal destaca-se pelo pior desempenho na posição líquida de investimento internacional, a par de Hungria, e pelo pior desempenho na dívida do setor privado. Portugal ocupa ainda a penúltima posição na taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro, acima de Grécia, a terceira pior posição na dívida externa líquida, acima de Grécia e de Espanha, a terceira pior posição nos encargos com juros e na dívida pública, acima de Grécia e de Itália, e a terceira mais elevada despesa corrente primária, a par de Hungria e acima de Itália e de Grécia. VI. Europa 2020 Segundo os dados disponíveis para os anos de 2010 e de 2011, Portugal ocupa o terceiro lugar, atrás de República Checa e de Eslováquia entre as oito economias selecionadas. Pela positiva, Portugal apresenta o melhor desempenho em termos de energias renováveis e o segundo melhor desempenho no emprego e no investimento em I&D, depois de República Checa. Pela negativa, Portugal apresenta, depois de Espanha, o segundo pior desempenho na emissão de gases com efeito de estufa e na taxa de abandono escolar.
  • 31. Nota Temática CGD #5 O Campeonato da competitividade: O caso de Portugal | Maio 2013 BIBLIOGRAFIA | 31 BIBLIOGRAFIA AMECO, Annual macro-economic database Comissão Europeia (2012), Annual Growth Survey Comissão Europeia (2012), European Economic Forecast, Autumn 2012 Comissão Europeia, Europa 2020 Comissão Europeia (2012), Report from the Commission to the European Parliament, the Council, the European Central Bank, the European Economic and Social Committee, the Committee of the Regions and the European Investment Bank on the Alert Mechanism Report 2013 Comissão Europeia (2012), The 2012 Ageing Report, Economic and budgetary projections for the 27 EU Member States (2010-2060) Forum Económico Mundial (2012), The Europe 2020 Competitiveness Report: Building a More Competitive Europe Carvalho, R. M. (2011), A competitividade da economia portuguesa, uma breve análise comparada, Nota Temática CGD #1 ESTUDOS EFETUADOS PELA CGD Relatório #1 Desenvolvimento da Economia Portuguesa Enquadramento internacional da evolução da economia portuguesa, clarificando as exigências concorrenciais impostas pela globalização e pelo aprofundamento do mercado interno europeu alargado e integrado monetariamente. Relatório #2 Cidades e Desenvolvimento Apresentação de princípios e linhas de ação que posicionam as cidades como fator decisivo na geração de riqueza, na melhoria da qualidade de vida das populações e na promoção do conhecimento, da inovação e da criatividade de base empresarial. Relatório #3 Exportação, valor e crescimento Abordagem das condições de participação na globalização que garantem que um aumento significativo dos fluxos de exportação se traduz, efetivamente, num aumento significativo do crescimento económico e do emprego.
  • 32. Nota Temática CGD #5 O CAMPEONATO DA COMPETITIVIDADE: O caso de Portugal | Maio 201332 | ESTUDOS EFETUADOS PELA CGD Nota Temática #2 A Atualidade do Setor Imobiliário Residencial: Ajustamentos e Desafios Contextualização dos ajustamentos em curso no setor imobiliário residencial no quadro do Programa de Assistência Económica e Financeira e no paradigma da poupança, da reabilitação e do arrendamento. Nota Temática #3 Norte de África: Uma nova frente de desafios e de oportunidades Análise de oito mercados do Médio Oriente e do Norte de África, selecionados em função de maior proximidade geográfica a Portugal, identificando potenciais oportunidades de exportação para as empresas portuguesas. Nota Temática #4 Indústrias da Moda: Portugal no contexto internacional A investigação ao cluster da moda sistematiza informação sobre a dinâmica e a posição competitiva de três fileiras industriais de particular relevância para a economia portuguesa: os têxteis, o vestuário, o calçado e outros produtos de couro. Nota Temática #0 A Atualidade do Setor Imobiliário Residencial: Ajustamentos e Desafios Contextualização da evolução do setor imobiliário residencial no processo de integração económica, financeira e monetária de Portugal na área do euro. Nota Temática #1 A Competitividade da Economia Portuguesa: uma Breve Análise Comparadada Aferição da posição competitiva do país face a Estados-membros cujo nível de vida não difere em mais de 25% do português, em termos da sua estrutura de especialização produtiva, internacionalização, inovação e financiamento.