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AULA 5-
DIETOTERAPIA I
Patologias GI – Estômago (II)
Sumário
 Patologias gástricas
 Indigestão ou dispesia
 Hipocloridria
 Gastrite aguda/crónica
 Úlcera péptica (gástrica e duodenal)
 Síndrome de Dumping
Estômago
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Ácido clorídrico – segregado pelas células
parietais em resposta ao estímulo da
acetilcolina, gastrina e histamina;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Mucosa do estômago e do duodeno está
normalmente protegida da acção proteolítica
do ácido gástrico e da pepsina por uma
camada de muco segregado por glândulas
nas paredes epiteliais desde o esófago (parte
inferior) até à porção superior do duodeno;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 A mucosa é protegida da invasão bacteriana
pela acção digestiva da pepsina e do ácido
clorídrico e também pela secreção de muco;
 O muco contêm bicarbonato e é segregado
pela mucosa (produção estimulada pela acção
das prostaglandinas), mas o pâncreas
também liberta suco pancreático para a
neutralização ácida no lúmen intestinal;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Fisiopatologia
 Indigestão ou dispepsia
 Termo indefinido usado frequentemente para
descrever qualquer desconforto epigástrico
depois das refeições, que ocorre como uma
consequência de uma desordem no trato
digestivo;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Indigestão ou dispepsia
 Causas
 Problemas psíquicos ou físicos (apendicite
crónica, úlcera, doenças da vesicular biliar,
gastrite crónica, refluxo GE, atraso do
esvaziamento gástrico, cancro, etc);
 Maus hábitos alimentares, quer em qualidade
quer em quantidade, excesso de alimentos de
difícil digestão;
 Comer rapidamente e mastigar
inadequadamente;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Indigestão ou dispepsia
 Dispepsia – pode ser benigna e com poucas
consequências ou pode indicar problemas mais
graves;
 Sintomatologia
 Dor abdominal vaga
 Inchaço
 Náuseas
 Regurgitação
 Arrotar
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Indigestão ou dispepsia
 Tratar a causa seja esta mental ou física –
Dieta equilibrada associada a hábitos
alimentares correctos;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Indigestão ou dispepsia
 Cuidados nutricionais
 Alimentos ou bebidas
 Gordura Cafeína Bebidas alcoólicas
 Açúcar Especiarias
 Controlo simples
 Comer lentamente, mastigar bem os alimentos
 Não comer ou beber demasiado (ref. ligeiras e pequeno
volume)
 Evitar excessos alimentares
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Hipocloridria
 Diminuição da quantidade de ácido clorídrico (HCL)
no suco gástrico;
 Consequências
 Proteínas mal digeridas
 Fermentação acelerada dos HC
 Mucosa gástrica muito sensível
 Pode surgir fermentação ou putrefacção, pois as
bactérias mantêm a sua acção devido à alteração de
pH, por diminuição da produção de ácido clorídrico;
 Diarreias
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Hipocloridria
 Cuidados nutricionais
 Retirar
 Leite (evita a introdução de bactérias)
 Fibras (provocam estase gástrica e diminuição do
esvaziamento gástrico)
 Gorduras (diminuem a produção de HCL e o
esvaziamento gástrico)
 Bebidas e alimentos gelados
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Hipocloridria
 Cuidados nutricionais
 Dar
 Sopas com baixo teor de gordura e caldos de
carne (estimulam a secreção de HCL);
 Hidratos de carbono complexos (amido) pois
fermentam menos;
 Frutas e vegetais cozidos (sem casca)
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Acloridria
 Ausência de HCL livre no suco gástrico, mas ainda
existe algum HCL na forma combinada;
 Aquilia
 Ausência total de HCL e de pepsina no suco gástrico;
 É uma situação frequente após radioterapia que
destrói as células parietais do estômago produtoras
de HCL;
 Atenção nestas situações que também pode haver
diminuição do factor intrínseco o que pode levar a def.
de vitamina B12;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite aguda
 Inflamação repentina e, por vezes violenta, da
mucosa gástrica, que não melhora com a
ingestão de alimentos;
 Sintomas
 Náuseas, vómitos, hemorragia, dor, mal estar,
anorexia e cefaleias;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite aguda
 Causas
 Ingestão de alimentos específicos para os quais o
indivíduo apresenta sensibilidade;
 Comer muito rapidamente;
 Comer após emoções fortes ou quando o
indivíduo se encontra muito cansado;
 Excesso de álcool, tabaco ou alimentos muito
condimentados;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite aguda
 Causas
 Ingestão de alimentos impróprios para consumo
ou de uma substância corrosiva;
 Medicamentos (aspirina ou AINES);
 Toxinas (infecção no dentes, nas amígdalas ou
nos seios nasais);
 Após radioterapia, trauma, queimadura, cirurgia,
hipoxia, choque, febre, icterícia ou falência renal;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite aguda
 Tratamento
 Remover a causa e/ou substância corrosiva o
mais rapidamente possível;
 Lavagem ao estômago e/ou provocar o
vómito;
 Irrigação do cólon e administração de um
laxante;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite aguda
 Tratamento
 Pausa alimentar durante 24-48h (nem água,
pois estimula a produção de suco gástrico);
 Líquidos são administrados por via
endovenosa;
 Re-alimentação após 24-48h;
 Líquidos incluindo leite;
 Caldos passados de legumes;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite aguda
 Tratamento
 Papas (leite com amido de milho ou com
cevada/arroz)
 Fruta cozida;
 Evitar caldos de carne;
 Fazer refeições pequenas e frequentes;
 Vai-se progredindo para uma dieta normal de
acordo com a tolerância do doente;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Definição
 Devido aos episódios repetidos de gastrite
aguda;
 Manifesta-se pela atrofia da mucosa e pela
diminuição da secreção gástrica com
consequente má digestão, diminuição da
secreção do FI e, portanto, da vitamina B12;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Sintomas
 Indigestão, perda de apetite, regurgitação,
náuseas, sensação de repleção, dores
epigástricas (vagas), vómitos;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Causas
 As causas da gastrite crónica são
desconhecidas;
 Este tipo de gastrite pode preceder úlceras e
neoplasias gástricas;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Causas
 Pensa-se que na sua origem podem estar:
 Excessos alimentares (como na gastrite aguda);
 Infecção no antro por Helicobacter pylori (organismo
Gram-negativo, flagelado, resistente ao ácido do
estômago e que produz ureases que por sua vez
produzem amónia facilitando a alcalinização imediata
ao redor da bactéria);
 Indirectamente relacionada com: tuberculose,
insuficiência cardíaca e/ou nefrite;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Existem 3 tipos de gastrite:
 Superficial
 Atrófica
 Hipertrófica
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Existem 3 tipos de gastrite:
 Superficial – inflamação na mucosa com
hemorragias e pequenas lesões;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Existem 3 tipos de gastrite:
 Atrófica – ocorre em todas as camadas do
estômago, e resulta numa diminuição no
número de células parietais e principais –
úlcera gástrica, neoplasia gástrica e/ou
anemia perniciosa;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Existem 3 tipos de gastrite:
 Hipertrófica – provoca o aparecimento de uma
mucosa inerte, nodular e irregular com
hemorragias frequentes;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Cuidados nutricionais
 O plano alimentar deve ser adequado em
energia e nutrientes, adaptado à
hipersensibilidade do doente;
 Deve ser de consistência mole;
 Refeições muito repartidas e pouco de cada
vez;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Gastrite crónica
 Cuidados nutricionais
 Mastigar bem os alimentos;
 Identificar e evitar alimentos causadores de
desconforto e/ou muito condimentados;
 Não ingerir quantidade excessiva de líquidos
durante as refeições (pode provocar distensão
gástrica);
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera péptica
 Definição
 Lesão erosiva da mucosa gástrica (úlcera
gástrica) ou da mucosa duodenal (úlcera
duodenal);
 A localização da úlcera determina a sua
nomenclatura; Frequentemente, ambos os
tipos são agrupados com um termo comum –
úlcera péptica;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera péptica
 Frequência/Incidência
 A úlcera duodenal é mais comum do que a
gástrica;
 Ambos os tipos ocorrem mais frequentemente
nos homens;
 As úlceras gástricas são menos frequentes, no
entanto estão mais associadas a malignidade
e a mortalidade;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera péptica
 Sintomas
 Dor epigástrica
 Indigestão (dispesia)
 Mal-estar;
 Hemorragia;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera gástrica
 Parece ser provocada por factores que
rompem a barreira da mucosa, permitindo
assim a difusão dos iões H+ (do HCL) no
tecido da mucosa, onde causam danos que
eventualmente conduzem à destruição celular
e à subsequente ulceração (mais frequente no
antro do estômago), tais como:
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera gástrica
 Função pilórica anormal;
 Refluxo duodeno-gástrico;
 Defesas alteradas da mucosa gástrica;
 Diminuição do fluxo sanguíneo na mucosa;
 Diminuição da produção de prostaglandinas –
diminuição da produção de bicarbonato;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera gástrica
 Diminuição da camada gel da mucosa;
 Infecção por Helicobacter Pylori;
 Maus hábitos alimentares (comer depressa,
horário irregular,…)
 Stresse e ansiedade;
 Excesso de álcool, café, chá, refrigerantes com
cafeína;
 Cigarros e medicação (ácido acetilsalicílico);
Patologias GI
 Patologias
 Úlcera duodenal
 A sua localização mais frequente é 3 cm
abaixo do piloro, no bolbo duodenal onde a
acidez gástrica é ainda elevada (baixo pH),
pois o suco gástrico ainda não foi totalmente
neutralizado;
Patologias GI
 Patologias
 Úlcera duodenal
 Causas mais frequentes
 Aumento da capacidade de secreção de HCL;
 Aumento da secreção basal de HCL;
 Aumento do número de células parietais e da
sua sensibilidade à gastrina – aumento de
HCL;
 Aumento da secreção nocturna de suco
gástrico;
Patologias GI
 Patologias
 Úlcera duodenal
 Causas mais frequentes
 Aumento da velocidade de esvaziamento
gástrico (não havendo neutralização do HCL);
 Hipersecreção de gastrina após a refeições;
 Defesa anormal da mucosa duodenal (por
diminuição do suco pancreático);
Patologias GI
 Patologias
 Úlcera duodenal
 Causas mais frequentes
 Incapacidade de inibir a libertação de gastrina quando
o pH gástrico baixa muito;
 Excesso de ingestão de AINES e/ou corticóides;
 Stresse emocional e/ou ansiedade prolongada –
estimulação do nervo vago – aumento da produção
de acetilcolina – aumento da produção de HCL;
 Diminuição da produção de suco pancreático pela
acção da nicotina – diminuição da produção de
bicarbonato;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera péptica
 Tratamento
 Elevar o pH gástrico (antiácidos);
 Diminuir a motilidade gástrica;
 Administrar anticolinérgicos;
 Evitar o stresse;
 Cuidados nutricionais adequados;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera péptica
 Cuidados nutricionais
 Fazer pelo menos 3 ref/dia;
 Refeições com pouco volume (para evitar
distensão gástrica de 3 em 3 horas);
 Evitar consumir café, chá, chocolate, bebidas
alcoólicas, refrigerantes com cafeína, tabaco,
temperos excessivos, fritos…
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Úlcera péptica
 Cuidados nutricionais
 Evitar usar com frequência aspirina ou AINES;
 Evitar alimentos e/ou bebidas que provoquem
desconforto;
 Comer em ambiente calmo, se possível;
 Tomar anti-ácidos 1 a 3 horas depois das
refeições e antes de deitar;
Patologias GI
 Patologias gástricas
 Tratamento liberal da úlcera
 Podem utilizar-se todos os alimentos, a
gordura deve ser ingerida crua, deve
privilegiar-se o consumo de ómega 3 e ómega
6;
 Evitar: fritos, assados com gordura, bebidas
alcoólicas, café, chá e refrigerantes;
 Temperos picantes;
 Stresse;
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 É a resposta fisiológica complexa à presença
de alimentos indigeridos no jejuno;
 Pode aparecer após cirurgia gástrica (ou
vagotomia) em que alguns doentes com 2/3
do estômago removido podem apresentar
Síndrome de Dumping quando retomam uma
alimentação normal;
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 Nesta situação, os alimentos após deglutição
são descarregados 10 a 15 minutos depois da
ingestão, em vez de serem gradualmente
libertados em pequenas quantidades;
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 Sintomas (principais)
 Pirose (azia)
 Náuseas
 Dores abdominais com cólicas
 Diarreia (15 minutos aproximadamente após a
ingestão)
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 Sintomas (outros)
 Fraqueza, calor, vertigens, desmaios, taquicardia
e suores frios;
 Provocados pela entrada rápida dos alimentos
ingeridos no jejuno, com consequente hidrólise,
resultando em conteúdo intestinal hipertónico que
é rapidamente diluído por fluidos retirados do
plasma e do líquido extracelular, conduzindo a
uma brusca diminuição do débito cardíaco e à
dilatação do jejuno – reflexo simpático vasomotor
que provoca sudorese, taquicardia e alterações
no ECG;
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 Consequências
 Hipoglicemia (1 a 2 horas após a refeição
devido à rápida digestão e absorção);
 Malabsorção devido à esteatorreia;
 Anemia (hemorragias, diminuição da absorção
do Fe devido à não transformação do Fe2+
em Fe3+, ou diminuição da produção de FI
resultando numa diminuição da absorção da
vitamina B12;
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 Cuidados Nutricionais
 Plano alimentar hiperenergético (35 a 45
kcal/kg de peso de ref);
 Plano alimentar hiperproteico (1,5 a 2 g/kg de
peso de ref);
 Plano alimentar moderadamente lipídico;
 Utilizar TCM se a esteatorreia estiver
presente;
Patologias GI
 Patologias
 Síndrome de Dumping
 Cuidados Nutricionais
 Deitar pelo menos 1 hora após as refeições
com a cabeça um pouco mais alta que o
corpo;
 Refeições com pouco volume (120 a 150 ml);
 Evitar alimentos que provoquem mal estar
(esta identificação é individual);
 Proibir a utilização de líquidos durante as
refeições, sopas, fritos e condimentos;
AULA 5-
DIETOTERAPIA I
Patologias GI – Estômago (II)

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Dietoterapia -problemas[1]

  • 1. AULA 5- DIETOTERAPIA I Patologias GI – Estômago (II)
  • 2. Sumário  Patologias gástricas  Indigestão ou dispesia  Hipocloridria  Gastrite aguda/crónica  Úlcera péptica (gástrica e duodenal)  Síndrome de Dumping
  • 4. Patologias GI  Patologias gástricas  Ácido clorídrico – segregado pelas células parietais em resposta ao estímulo da acetilcolina, gastrina e histamina;
  • 5. Patologias GI  Patologias gástricas  Mucosa do estômago e do duodeno está normalmente protegida da acção proteolítica do ácido gástrico e da pepsina por uma camada de muco segregado por glândulas nas paredes epiteliais desde o esófago (parte inferior) até à porção superior do duodeno;
  • 6. Patologias GI  Patologias gástricas  A mucosa é protegida da invasão bacteriana pela acção digestiva da pepsina e do ácido clorídrico e também pela secreção de muco;  O muco contêm bicarbonato e é segregado pela mucosa (produção estimulada pela acção das prostaglandinas), mas o pâncreas também liberta suco pancreático para a neutralização ácida no lúmen intestinal;
  • 7. Patologias GI  Patologias gástricas  Fisiopatologia  Indigestão ou dispepsia  Termo indefinido usado frequentemente para descrever qualquer desconforto epigástrico depois das refeições, que ocorre como uma consequência de uma desordem no trato digestivo;
  • 8. Patologias GI  Patologias gástricas  Indigestão ou dispepsia  Causas  Problemas psíquicos ou físicos (apendicite crónica, úlcera, doenças da vesicular biliar, gastrite crónica, refluxo GE, atraso do esvaziamento gástrico, cancro, etc);  Maus hábitos alimentares, quer em qualidade quer em quantidade, excesso de alimentos de difícil digestão;  Comer rapidamente e mastigar inadequadamente;
  • 9. Patologias GI  Patologias gástricas  Indigestão ou dispepsia  Dispepsia – pode ser benigna e com poucas consequências ou pode indicar problemas mais graves;  Sintomatologia  Dor abdominal vaga  Inchaço  Náuseas  Regurgitação  Arrotar
  • 10. Patologias GI  Patologias gástricas  Indigestão ou dispepsia  Tratar a causa seja esta mental ou física – Dieta equilibrada associada a hábitos alimentares correctos;
  • 11. Patologias GI  Patologias gástricas  Indigestão ou dispepsia  Cuidados nutricionais  Alimentos ou bebidas  Gordura Cafeína Bebidas alcoólicas  Açúcar Especiarias  Controlo simples  Comer lentamente, mastigar bem os alimentos  Não comer ou beber demasiado (ref. ligeiras e pequeno volume)  Evitar excessos alimentares
  • 12. Patologias GI  Patologias gástricas  Hipocloridria  Diminuição da quantidade de ácido clorídrico (HCL) no suco gástrico;  Consequências  Proteínas mal digeridas  Fermentação acelerada dos HC  Mucosa gástrica muito sensível  Pode surgir fermentação ou putrefacção, pois as bactérias mantêm a sua acção devido à alteração de pH, por diminuição da produção de ácido clorídrico;  Diarreias
  • 13. Patologias GI  Patologias gástricas  Hipocloridria  Cuidados nutricionais  Retirar  Leite (evita a introdução de bactérias)  Fibras (provocam estase gástrica e diminuição do esvaziamento gástrico)  Gorduras (diminuem a produção de HCL e o esvaziamento gástrico)  Bebidas e alimentos gelados
  • 14. Patologias GI  Patologias gástricas  Hipocloridria  Cuidados nutricionais  Dar  Sopas com baixo teor de gordura e caldos de carne (estimulam a secreção de HCL);  Hidratos de carbono complexos (amido) pois fermentam menos;  Frutas e vegetais cozidos (sem casca)
  • 15. Patologias GI  Patologias gástricas  Acloridria  Ausência de HCL livre no suco gástrico, mas ainda existe algum HCL na forma combinada;  Aquilia  Ausência total de HCL e de pepsina no suco gástrico;  É uma situação frequente após radioterapia que destrói as células parietais do estômago produtoras de HCL;  Atenção nestas situações que também pode haver diminuição do factor intrínseco o que pode levar a def. de vitamina B12;
  • 16. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite aguda  Inflamação repentina e, por vezes violenta, da mucosa gástrica, que não melhora com a ingestão de alimentos;  Sintomas  Náuseas, vómitos, hemorragia, dor, mal estar, anorexia e cefaleias;
  • 17. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite aguda  Causas  Ingestão de alimentos específicos para os quais o indivíduo apresenta sensibilidade;  Comer muito rapidamente;  Comer após emoções fortes ou quando o indivíduo se encontra muito cansado;  Excesso de álcool, tabaco ou alimentos muito condimentados;
  • 18. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite aguda  Causas  Ingestão de alimentos impróprios para consumo ou de uma substância corrosiva;  Medicamentos (aspirina ou AINES);  Toxinas (infecção no dentes, nas amígdalas ou nos seios nasais);  Após radioterapia, trauma, queimadura, cirurgia, hipoxia, choque, febre, icterícia ou falência renal;
  • 19. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite aguda  Tratamento  Remover a causa e/ou substância corrosiva o mais rapidamente possível;  Lavagem ao estômago e/ou provocar o vómito;  Irrigação do cólon e administração de um laxante;
  • 20. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite aguda  Tratamento  Pausa alimentar durante 24-48h (nem água, pois estimula a produção de suco gástrico);  Líquidos são administrados por via endovenosa;  Re-alimentação após 24-48h;  Líquidos incluindo leite;  Caldos passados de legumes;
  • 21. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite aguda  Tratamento  Papas (leite com amido de milho ou com cevada/arroz)  Fruta cozida;  Evitar caldos de carne;  Fazer refeições pequenas e frequentes;  Vai-se progredindo para uma dieta normal de acordo com a tolerância do doente;
  • 22. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Definição  Devido aos episódios repetidos de gastrite aguda;  Manifesta-se pela atrofia da mucosa e pela diminuição da secreção gástrica com consequente má digestão, diminuição da secreção do FI e, portanto, da vitamina B12;
  • 23. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Sintomas  Indigestão, perda de apetite, regurgitação, náuseas, sensação de repleção, dores epigástricas (vagas), vómitos;
  • 24. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Causas  As causas da gastrite crónica são desconhecidas;  Este tipo de gastrite pode preceder úlceras e neoplasias gástricas;
  • 25. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Causas  Pensa-se que na sua origem podem estar:  Excessos alimentares (como na gastrite aguda);  Infecção no antro por Helicobacter pylori (organismo Gram-negativo, flagelado, resistente ao ácido do estômago e que produz ureases que por sua vez produzem amónia facilitando a alcalinização imediata ao redor da bactéria);  Indirectamente relacionada com: tuberculose, insuficiência cardíaca e/ou nefrite;
  • 26. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Existem 3 tipos de gastrite:  Superficial  Atrófica  Hipertrófica
  • 27. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Existem 3 tipos de gastrite:  Superficial – inflamação na mucosa com hemorragias e pequenas lesões;
  • 28. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Existem 3 tipos de gastrite:  Atrófica – ocorre em todas as camadas do estômago, e resulta numa diminuição no número de células parietais e principais – úlcera gástrica, neoplasia gástrica e/ou anemia perniciosa;
  • 29. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Existem 3 tipos de gastrite:  Hipertrófica – provoca o aparecimento de uma mucosa inerte, nodular e irregular com hemorragias frequentes;
  • 30. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Cuidados nutricionais  O plano alimentar deve ser adequado em energia e nutrientes, adaptado à hipersensibilidade do doente;  Deve ser de consistência mole;  Refeições muito repartidas e pouco de cada vez;
  • 31. Patologias GI  Patologias gástricas  Gastrite crónica  Cuidados nutricionais  Mastigar bem os alimentos;  Identificar e evitar alimentos causadores de desconforto e/ou muito condimentados;  Não ingerir quantidade excessiva de líquidos durante as refeições (pode provocar distensão gástrica);
  • 32. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera péptica  Definição  Lesão erosiva da mucosa gástrica (úlcera gástrica) ou da mucosa duodenal (úlcera duodenal);  A localização da úlcera determina a sua nomenclatura; Frequentemente, ambos os tipos são agrupados com um termo comum – úlcera péptica;
  • 33. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera péptica  Frequência/Incidência  A úlcera duodenal é mais comum do que a gástrica;  Ambos os tipos ocorrem mais frequentemente nos homens;  As úlceras gástricas são menos frequentes, no entanto estão mais associadas a malignidade e a mortalidade;
  • 34. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera péptica  Sintomas  Dor epigástrica  Indigestão (dispesia)  Mal-estar;  Hemorragia;
  • 35. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera gástrica  Parece ser provocada por factores que rompem a barreira da mucosa, permitindo assim a difusão dos iões H+ (do HCL) no tecido da mucosa, onde causam danos que eventualmente conduzem à destruição celular e à subsequente ulceração (mais frequente no antro do estômago), tais como:
  • 36. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera gástrica  Função pilórica anormal;  Refluxo duodeno-gástrico;  Defesas alteradas da mucosa gástrica;  Diminuição do fluxo sanguíneo na mucosa;  Diminuição da produção de prostaglandinas – diminuição da produção de bicarbonato;
  • 37. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera gástrica  Diminuição da camada gel da mucosa;  Infecção por Helicobacter Pylori;  Maus hábitos alimentares (comer depressa, horário irregular,…)  Stresse e ansiedade;  Excesso de álcool, café, chá, refrigerantes com cafeína;  Cigarros e medicação (ácido acetilsalicílico);
  • 38. Patologias GI  Patologias  Úlcera duodenal  A sua localização mais frequente é 3 cm abaixo do piloro, no bolbo duodenal onde a acidez gástrica é ainda elevada (baixo pH), pois o suco gástrico ainda não foi totalmente neutralizado;
  • 39. Patologias GI  Patologias  Úlcera duodenal  Causas mais frequentes  Aumento da capacidade de secreção de HCL;  Aumento da secreção basal de HCL;  Aumento do número de células parietais e da sua sensibilidade à gastrina – aumento de HCL;  Aumento da secreção nocturna de suco gástrico;
  • 40. Patologias GI  Patologias  Úlcera duodenal  Causas mais frequentes  Aumento da velocidade de esvaziamento gástrico (não havendo neutralização do HCL);  Hipersecreção de gastrina após a refeições;  Defesa anormal da mucosa duodenal (por diminuição do suco pancreático);
  • 41. Patologias GI  Patologias  Úlcera duodenal  Causas mais frequentes  Incapacidade de inibir a libertação de gastrina quando o pH gástrico baixa muito;  Excesso de ingestão de AINES e/ou corticóides;  Stresse emocional e/ou ansiedade prolongada – estimulação do nervo vago – aumento da produção de acetilcolina – aumento da produção de HCL;  Diminuição da produção de suco pancreático pela acção da nicotina – diminuição da produção de bicarbonato;
  • 42. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera péptica  Tratamento  Elevar o pH gástrico (antiácidos);  Diminuir a motilidade gástrica;  Administrar anticolinérgicos;  Evitar o stresse;  Cuidados nutricionais adequados;
  • 43. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera péptica  Cuidados nutricionais  Fazer pelo menos 3 ref/dia;  Refeições com pouco volume (para evitar distensão gástrica de 3 em 3 horas);  Evitar consumir café, chá, chocolate, bebidas alcoólicas, refrigerantes com cafeína, tabaco, temperos excessivos, fritos…
  • 44. Patologias GI  Patologias gástricas  Úlcera péptica  Cuidados nutricionais  Evitar usar com frequência aspirina ou AINES;  Evitar alimentos e/ou bebidas que provoquem desconforto;  Comer em ambiente calmo, se possível;  Tomar anti-ácidos 1 a 3 horas depois das refeições e antes de deitar;
  • 45. Patologias GI  Patologias gástricas  Tratamento liberal da úlcera  Podem utilizar-se todos os alimentos, a gordura deve ser ingerida crua, deve privilegiar-se o consumo de ómega 3 e ómega 6;  Evitar: fritos, assados com gordura, bebidas alcoólicas, café, chá e refrigerantes;  Temperos picantes;  Stresse;
  • 46. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  É a resposta fisiológica complexa à presença de alimentos indigeridos no jejuno;  Pode aparecer após cirurgia gástrica (ou vagotomia) em que alguns doentes com 2/3 do estômago removido podem apresentar Síndrome de Dumping quando retomam uma alimentação normal;
  • 47. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  Nesta situação, os alimentos após deglutição são descarregados 10 a 15 minutos depois da ingestão, em vez de serem gradualmente libertados em pequenas quantidades;
  • 48. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  Sintomas (principais)  Pirose (azia)  Náuseas  Dores abdominais com cólicas  Diarreia (15 minutos aproximadamente após a ingestão)
  • 49. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  Sintomas (outros)  Fraqueza, calor, vertigens, desmaios, taquicardia e suores frios;  Provocados pela entrada rápida dos alimentos ingeridos no jejuno, com consequente hidrólise, resultando em conteúdo intestinal hipertónico que é rapidamente diluído por fluidos retirados do plasma e do líquido extracelular, conduzindo a uma brusca diminuição do débito cardíaco e à dilatação do jejuno – reflexo simpático vasomotor que provoca sudorese, taquicardia e alterações no ECG;
  • 50. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  Consequências  Hipoglicemia (1 a 2 horas após a refeição devido à rápida digestão e absorção);  Malabsorção devido à esteatorreia;  Anemia (hemorragias, diminuição da absorção do Fe devido à não transformação do Fe2+ em Fe3+, ou diminuição da produção de FI resultando numa diminuição da absorção da vitamina B12;
  • 51. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  Cuidados Nutricionais  Plano alimentar hiperenergético (35 a 45 kcal/kg de peso de ref);  Plano alimentar hiperproteico (1,5 a 2 g/kg de peso de ref);  Plano alimentar moderadamente lipídico;  Utilizar TCM se a esteatorreia estiver presente;
  • 52. Patologias GI  Patologias  Síndrome de Dumping  Cuidados Nutricionais  Deitar pelo menos 1 hora após as refeições com a cabeça um pouco mais alta que o corpo;  Refeições com pouco volume (120 a 150 ml);  Evitar alimentos que provoquem mal estar (esta identificação é individual);  Proibir a utilização de líquidos durante as refeições, sopas, fritos e condimentos;
  • 53. AULA 5- DIETOTERAPIA I Patologias GI – Estômago (II)