O documento discute o refluxo gastroesofágico (RGE), que é o retorno involuntário do conteúdo gástrico para o esôfago. O RGE é comum em bebês e crianças pequenas devido aos mecanismos anti-refluxo imaturos. Quando o RGE é frequente, intenso ou causa complicações, torna-se uma doença chamada de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). O diagnóstico da DRGE envolve a análise dos sintomas, exame f
2. » A junção esôfago-gástrica possui
mecanismos musculares de abertura
e fechamento que funcionam como
um sistema natural anti-refluxo.
» Estes mecanismos são imaturos em
bebês e crianças muito jovens,
permitindo que o conteúdo gástrico
reflua para o esôfago.
JUNÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA
3. » Refluxo Gastroesofágico (RGE): é o
retorno involuntário repetitivo do conteúdo
gástrico para o esôfago.
É um processo comum no primeiro ano de vida. Pode ocorrer várias
vezes por dia em crianças saudáveis, sobretudo em recém-
nascidos (RN) e lactentes e manifesta-se, sobretudo, por
regurgitação ou vômitos e não se associa a complicações.
RGE versus DRGE
(a importância do D)
NORMAL REFLUXO
4. » Doença do Refluxo Gastroesofágico
(DRGE): é o retorno do conteúdo gástrico
para o esôfago associado a doença
respiratória, esofagite, estenose, hemorragia,
anemia, e/ou atraso no crescimento.
O RGE fisiológico torna-se patológico (DRGE) quando aumenta em
frequência, intensidade e quando está associado a sinais e sintomas
e/ou complicações que envolvem o sistema digestivo, ou outros,
nomeadamente o respiratório.
RGE versus DRGE
(a importância do D)
NORMAL REFLUXO
5. » Os sintomas de DRGE em crianças são muito
inespecíficos.
» Sintomas gástricos: regurgitação, vômito, tosse e
dor de estômago;
» Sintomas respiratórios: apneia, tosse crônica,
laringite, otite serosa e sinusite;
» Sintomas gerais: recusa alimentar, movimentos
posturais específicos (Síndrome de Sandifer)
SINTOMAS
6. » O diagnóstico da Doença do Refluxo
gastroesofágico (DRGE) depende da (1)
história clínica, (2) exame físico mais (3)
os achados dos exames complementares.
» Nenhum exame complementar
isoladamente é capaz de confirmar ou
afastar o diagnóstico.
DIAGNÓSTICO
NORMAL REFLUXO
7. » Um pequeno sensor é inserido pelo
nariz da criança e posicionado na
junção esofago-gástrica para
monitorar o pH por 24 horas.
» Por muitos anos foi considerado
o melhor exame para diagnóstico de
DRGE.
» Até 29% dos pacientes com esofagite
podem ter este exame NORMAL!!.
pHmetria
8. » Um tubo contendo uma câmera é
introduzido pela boca do paciente.
Visualiza esôfago, estômago e primeira
porção do duodeno.
» Permite avaliar lesões e fazer
biópsias direcionadas.
» Exige sedação e equipe preparada
para o atendimento.
Endoscopia Digestiva Alta
9. » Barato e bastante acessível;
» É possível quantificar as ondas de
refluxo durante o exame.
» Exige cooperação do paciente.
» Não diferencia refluxo normal do
patológico.
Ultrasonografia
10. » Barato e bastante acessível;
» É possível detectar alterações anatômicas.
» Possui baixa sensibilidade para detecção de
refluxo tardio.
Radiografia contrastada do
Esôfago, Estômago e Duodeno
11. » As medicações para DRGE tem
dois objetivos:
(1) aumentar o tônus dos
mecanismos anti-refluxo da
junção esofago-gástica;
(2) reduzir a acidez do suco gástrico
para evitar lesões à mucosa do
esôfago.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
12. » Tem como objetivo evitar situações que favoreçam o
refluxo:
• Ofereça mamadas frequente e em pequenas quantidades
para não distender excessivamente o abdome;
• Não se esqueça de colocar o bebê para arrotar após as
mamadas;
• Quando deitado, mantenha a cabeceira elevada acima de
30 graus.
TRATAMENTO
NÃO-FARMACOLÓGICO