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Doença do Trato Gastrointestinal:
Gastrite e Úlcera Péptica
Considerações Iniciais: Fisiologia Gástricas
• Órgão sacular com volume de 1200-1500mL.
• Inervação Vagal.
• 5 regiões anatômicas importantes: Cárdia,
Fundo, Corpo, Antro e Piloro.
Histologia da Parede Gástrica
• Mucosa
• Submucosa
• Muscular
• Serosa
Apresentam pregas (rugas)
irregulares.
Mucosa possui inúmeras glândulas
= Criptas Gástricas – secretoras de
Mucina.
Glândulas Gástricas
• Glândulas da Cárdia: células secretoras de mucina.
• Glândulas Gástricas ou Oxínticas: encontradas no
fundo e no corpo, contém células parietais,
principais e endócrinas.
• Glândulas do Antro ou do Piloro: secretoras de
mucina e hormônios.
Tipos Celulares
• Células Mucosas: ocupam glândulas da cárdia e do antro
secretando muco e pepsinogênio II. As células mucosas
presentes no fundo e no corpo secretam pepsinogênio I e
II.
• Células Parietais: ½ superior das glândulas gástricas, no
fundo e no corpo. Contém vesículas com bombas de H+-
K+ ATPase.
• Células Principais: estão nas bases das glândulas
secretam pró-enzimas proteolíticas como pepsinogênio I
e II.
• Células Endócrinas: presente no fundo, corpo e antro.
Atuam de modo endócrino e parácrino: gastrina.
Glândulas Gástricas e suas Células
Fisiologia da Mucosa Gástrica
• Secreção Ácida: HCl (3 fases)
– Fase Cefálica – Cerebral.
– Fase Gástrica – Ação mecânica (distensões). Nervo Vago
– Fase Intestinal – CCK, GIP, Secretina.
• Proteção da Mucosa:
– Secreção do Muco
– Secreção de Bicarbonato
– Barreira Epitelial
– Fluxo Sangüíneo Mucoso
Patologia: Gastrite
• Gastrite é a inflamação da mucosa gástrica
podendo ser crônica ou aguda.
• Morfologia da gastrite aguda:
– Formas mais graves mostram erosões (exsudatos
purulentos com infiltrado inflamatório abundante) e
hemorragias.
• Etiologia: idiopática possivelmente há defeitos nos mecanismos
protetores gástricos.
• Muito pouco compreendida.
• Associada:
– Álcool
– Tabagismo
– Quimioterápicos
– Isquemia e Choque
– Trauma Nasogástrico (sondas)
– Estresse intenso
Gastrite: Etiologia
• Associada às doenças do trato gastrointestinal com
correlação a úlceras pépticas.
• Clínica: muitas vezes assintomática podendo variar
para dores epigástricas de intensidades variáveis;
hemorragias evidentes (hematêmese maciça) e
melena.
Gastrite: Aspectos Clínicos
Gastrite Crônica
• Muito associada a presença do Helicobacter pylori
• Há inflamação na mucosa que resultam na atrofia da
mesma incluindo metaplasia epitelial, displasia,
anaplasia com a formação de carcinomas in situ.
• Etiologia:
– H. pylori
– Imunológica (auto-imune)
– Tóxicas (álcool)
– Tabagismo e Irradiações
Gastrite Crônica por H. pylori
Formas Especiais de Gastrites
• Gastrite Eosinofílica: idiopática acometendo mulheres
de meia-idade com freqüentes dores abdominais. Há
infiltrados eosinofílicos na mucosa gástrica.
• Gastroenteropatias Alérgicas: típica em crianças
causando diarréia, vômito e distúrbios do crescimento.
• Gastrite Linfocítica: mucosa é colonizada por linfócitos
do tipo T CD8+ Há dores abdominais, náuseas, vômitos.
Idiopática.
• Gastrite Granulomatosa: mucosa é infiltrada por
granulomas epitelióides.
Úlceras Pépticas e Gastrites
• São lesões crônicas que ocorrem em qualquer
local do trato gastrointestinal, inclusive estômago,
quando exposto à ação agressiva dos sucos
pépticos ácidos.
Mecanismos de Formação das Úlceras
Pépticas
• Demora no esvaziamento gástrico.
• Diminuição no fluxo sanguíneo gástrico.
• Diminuição dos mecanismos de defesa da mucosa
(reepitelização).
• Presença do H. pylori e suas secreções.
• Hipercalcemia.
Úlcera Péptica
• Desconforto epigástrico,
queimação ou dor contínua.
• Anemia, hemorragia franca
ou perfuração.
• Dor piora durante à noite.
• Náuseas, vômitos e perda de
peso.
Aspectos Clínicos da Úlcera Péptica
• “Úlcera do Estresse”.
• Lesão da mucosa gástrica.
• Variam em profundidade: desprendimento do
epitélio (erosão); lesão envolvendo toda a
mucosa (ulceração).
• Comuns em pacientes queimados, choque, sepse
e traumas graves.
• Hipertensão intracraniana: aumento vagal,
redução do oxigênio.
Úlcera Gástrica Aguda
• Assintomático.
• Alterações hemodinâmicas.
• Atenção aos problemas primários.
Aspectos Clínicos
• Dilatação Gástrica: a partir de uma obstrução gástrica ou
íleo paralítico (atonia funcional) associada a peritonites
generalizadas. Aumento do volume gástrico: 10-15
litros!!
• Gastropatias Hipertróficas: aumento das pregas da
mucosa gástrica.
Distúrbios Associados
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GASTRINA
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Célula
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CCK2
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Cloreto
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K+
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• Inibidores da Bomba de Prótons (H+)
– Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol
• Antiácidos
– Hidróxido de Magnésio
– Gel de Hidróxido de Alumínio
– Bicarbonato de Sódio
• Fármacos que protegem a mucosa
– Quelato de Bismuto
– Sucralfato, Misoprostol
• Fármacos para o tratamento da Infecção por Helicobacter pylori
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Aula Gastrite

  • 1. Doença do Trato Gastrointestinal: Gastrite e Úlcera Péptica
  • 2. Considerações Iniciais: Fisiologia Gástricas • Órgão sacular com volume de 1200-1500mL. • Inervação Vagal. • 5 regiões anatômicas importantes: Cárdia, Fundo, Corpo, Antro e Piloro.
  • 3. Histologia da Parede Gástrica • Mucosa • Submucosa • Muscular • Serosa Apresentam pregas (rugas) irregulares. Mucosa possui inúmeras glândulas = Criptas Gástricas – secretoras de Mucina.
  • 4. Glândulas Gástricas • Glândulas da Cárdia: células secretoras de mucina. • Glândulas Gástricas ou Oxínticas: encontradas no fundo e no corpo, contém células parietais, principais e endócrinas. • Glândulas do Antro ou do Piloro: secretoras de mucina e hormônios.
  • 5. Tipos Celulares • Células Mucosas: ocupam glândulas da cárdia e do antro secretando muco e pepsinogênio II. As células mucosas presentes no fundo e no corpo secretam pepsinogênio I e II. • Células Parietais: ½ superior das glândulas gástricas, no fundo e no corpo. Contém vesículas com bombas de H+- K+ ATPase. • Células Principais: estão nas bases das glândulas secretam pró-enzimas proteolíticas como pepsinogênio I e II. • Células Endócrinas: presente no fundo, corpo e antro. Atuam de modo endócrino e parácrino: gastrina.
  • 6. Glândulas Gástricas e suas Células
  • 7. Fisiologia da Mucosa Gástrica • Secreção Ácida: HCl (3 fases) – Fase Cefálica – Cerebral. – Fase Gástrica – Ação mecânica (distensões). Nervo Vago – Fase Intestinal – CCK, GIP, Secretina. • Proteção da Mucosa: – Secreção do Muco – Secreção de Bicarbonato – Barreira Epitelial – Fluxo Sangüíneo Mucoso
  • 8. Patologia: Gastrite • Gastrite é a inflamação da mucosa gástrica podendo ser crônica ou aguda. • Morfologia da gastrite aguda: – Formas mais graves mostram erosões (exsudatos purulentos com infiltrado inflamatório abundante) e hemorragias.
  • 9. • Etiologia: idiopática possivelmente há defeitos nos mecanismos protetores gástricos. • Muito pouco compreendida. • Associada: – Álcool – Tabagismo – Quimioterápicos – Isquemia e Choque – Trauma Nasogástrico (sondas) – Estresse intenso Gastrite: Etiologia
  • 10. • Associada às doenças do trato gastrointestinal com correlação a úlceras pépticas. • Clínica: muitas vezes assintomática podendo variar para dores epigástricas de intensidades variáveis; hemorragias evidentes (hematêmese maciça) e melena. Gastrite: Aspectos Clínicos
  • 11. Gastrite Crônica • Muito associada a presença do Helicobacter pylori • Há inflamação na mucosa que resultam na atrofia da mesma incluindo metaplasia epitelial, displasia, anaplasia com a formação de carcinomas in situ. • Etiologia: – H. pylori – Imunológica (auto-imune) – Tóxicas (álcool) – Tabagismo e Irradiações
  • 13. Formas Especiais de Gastrites • Gastrite Eosinofílica: idiopática acometendo mulheres de meia-idade com freqüentes dores abdominais. Há infiltrados eosinofílicos na mucosa gástrica. • Gastroenteropatias Alérgicas: típica em crianças causando diarréia, vômito e distúrbios do crescimento. • Gastrite Linfocítica: mucosa é colonizada por linfócitos do tipo T CD8+ Há dores abdominais, náuseas, vômitos. Idiopática. • Gastrite Granulomatosa: mucosa é infiltrada por granulomas epitelióides.
  • 14. Úlceras Pépticas e Gastrites • São lesões crônicas que ocorrem em qualquer local do trato gastrointestinal, inclusive estômago, quando exposto à ação agressiva dos sucos pépticos ácidos.
  • 15. Mecanismos de Formação das Úlceras Pépticas • Demora no esvaziamento gástrico. • Diminuição no fluxo sanguíneo gástrico. • Diminuição dos mecanismos de defesa da mucosa (reepitelização). • Presença do H. pylori e suas secreções. • Hipercalcemia.
  • 17. • Desconforto epigástrico, queimação ou dor contínua. • Anemia, hemorragia franca ou perfuração. • Dor piora durante à noite. • Náuseas, vômitos e perda de peso. Aspectos Clínicos da Úlcera Péptica
  • 18. • “Úlcera do Estresse”. • Lesão da mucosa gástrica. • Variam em profundidade: desprendimento do epitélio (erosão); lesão envolvendo toda a mucosa (ulceração). • Comuns em pacientes queimados, choque, sepse e traumas graves. • Hipertensão intracraniana: aumento vagal, redução do oxigênio. Úlcera Gástrica Aguda
  • 19. • Assintomático. • Alterações hemodinâmicas. • Atenção aos problemas primários. Aspectos Clínicos
  • 20. • Dilatação Gástrica: a partir de uma obstrução gástrica ou íleo paralítico (atonia funcional) associada a peritonites generalizadas. Aumento do volume gástrico: 10-15 litros!! • Gastropatias Hipertróficas: aumento das pregas da mucosa gástrica. Distúrbios Associados
  • 21. Tratamento Vaso Sangüíneo GASTRINA HISTAMINA Célula Enterocromafin CCK2 ACh (nervo colinérgico) AChM M3 CCK2 H2 EP3 ACh + [Ca2+]i Potássio Cloreto C20 Fatty Acid PGE2 PGI2 K+ Cl- ATPase Célula Parietal K+ H+ + - AMPc Ca2+ EP3 Musc. Célula Epitelial Superficial + MUCO HCO3 - D. Damiani 2003 Cloreto Bicarbonato ESTÔMAGO
  • 22. Tratamento • Antagonistas H2 – Cimetidina, Nizatidina – Ranitidina, Famotidina • Inibidores da Bomba de Prótons (H+) – Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol • Antiácidos – Hidróxido de Magnésio – Gel de Hidróxido de Alumínio – Bicarbonato de Sódio • Fármacos que protegem a mucosa – Quelato de Bismuto – Sucralfato, Misoprostol • Fármacos para o tratamento da Infecção por Helicobacter pylori – Omeprazol + Amoxicilina (Tetraciclina) + Metronidazol