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TDAH
Joneilton José Araujo
• Causa única desconhecida (heterogêneo) – Não
há evidencias definitivas que explique as origens;
• Avanços tecnológicos Diagnóstico por
neuroimagem e genética;
• É compreendido com resultado da interação
entre vulnerabilidade social, biológica,
psicossociais e variáveis ambientais.
Estudo com neurobiologia, fisiopatologia,
neuroimagem e genética torna visível danos
cerebrais mínimos.
Também se percebe fatores psicossociais,
principalmente no papel da estrutura familiar no
desenvolvimento da síndrome e da comorbidade
oposicionista desafiante e dissocial
• Segundo Mena et al(2006)a causa do TDAH é o
desequilíbrio químico nas áreas cerebrais
involuntárias na atenção e movimento. Seria um
déficit no processo de transmissão de dopamina.
Assim, o estres psicológico da família, educação
inadequada, psicopatologia dos pais, situação
socioeconômica, etc. são tidos como
componentes secundários. Ou seja, fatores
ambientais apenas favorecem o aparecimento e
o agravamento da patologia.
• Genética do TDAH
• Filhos de Pais portadores tem 50-80% de
probabilidade
• Estudos com gêmeos apontam para 50-70% a
influência genética influir no aparecimento do TDAH
• Gêmeos univitelinos tem probabilidade de 50-80%
de apresentarem concomitantemente contra 29-30%
dos bivitelinos
• Genes que podem estar relacionados ao TDAH.
• Gene receptor D2 do cromossomos 11
• Gene transportador da dopamina DAT 1 do Crom. 5
• Variação do alelo do gene do receptor D4 da
dopamina no cromossomos 11
• Gene do transportador da neuroadrenalina NET 1
• O gene de receptor D1 da dopamina DRD1
• Pelos estudos o gene DRD4 responsável por
produzir o D4 do neurotransmissor dopamina se
mostra defeituoso em 30% nos pacientes normais
em 50-60% em portadores de TDAH
• O D4 se ativa e se une a dopamina, adrenalina e
neuroadrenalina.
• Medicamentos que elevam os níveis de dopamina
(comportamento, atividade motora, automatismos,
motivação, recompensa, regulação do sono, humor,
ansiedade, atenção, aprendizado) e noradrenalina
(aumenta os batimentos cardíacos e a pressão
arterial, prepara o músculo para agir rapidamente e
aumenta a sua contratura, aumenta o estado de
alerta e também está ligada a problemas de sono)
são os mais eficazes no tratamento do TDAH
Investigadores do Hospital Infantil de Filadélfia nos Estados
Unidos analisaram o genoma de 335 pacientes com TDAH e
suas famílias e compararam os dados com genoma de 2000
crianças que não apresentavam o TDAH e sem parentescos.
Os resultados mostraram uma quantidade similar de Variação
no Numero de Copias (CNV). Entre 222 CNV hereditários
descobertos nas famílias com TDAH e nos indivíduos “são”, um
numero significativo eram genes identificados antes em outros
transtornos do neurodesenvolvimento de autismo, esquizofrenia
e síndrome de TOURETTE. Os CNV descobertos nas famílias
com TDAH também alteram genes importantes nas funções
psicológicas e neurológicas como aprendizagem, conduta,
transmissão sináptica e desenvolvimento do sistema nervoso.
Estudos indicam que existem superposição entre os CNV
descobertos no a TDAH que também se produzem no autismo,
esquizofrenia e outros transtornos neurológicos. Entretanto,
este nado não é uma surpresa, uma vez que é comum os
pacientes com TDAH apresentarem outros transtorno.
Estudos por neuroimagem e neurotransmissores
• Estudos de Herreros (2002) com neuroimagens
estruturais e fisiológicas mostram similaridade
entre lóbulos frontais com danos de adultos e
crianças com TDAH (entretanto a mostra tem sido
pequana).
• Estudos por tomografia e ressonância magnética
encontram anomalias no córtex frontal direito e no
gânglios da base.
• Castellanos (1997) há 1- uma hiperatividade das
regiões corticais (cíngulo anterior), responsável
pelo déficit cognitivo e, 2 – uma sobreatividade de
regiões subcortocais (núcleo caudado), que se
constata no excesso motor.
Arnsten, Steere e Hunt (2002) descrevem a teoria
noradrenérgica do TDAH e defendem que diferentes
anormalidades se encontram nas zonas noradrenérgicas:
uma hipoactividade cortical (dorso lateral pré-frontal) onde se
evidencia o déficit primário de atenção (memória de trabalho)
e sobreatividade no sistema subcortical, resultando numa
sobrealerta.
A utilização de imagens com radiação é uma das maneiras
praticas de avaliar a neuroquímica do cérebro humano in vivo.
Exemplo disso é a utilização de fluorodopa (18f-f-dopa) para
marcar terminais catecolaminérgicas em 17 adultos com
TDAH. A captação do fluoridopa se observou diminuída de
maneira significativa no cortez pre frontal medial esquerdo.
Aparentemente este é outro trabalho que sustenta a ideia de
que uma alteração na região catecolaminérgica seria a causa
da fisiopatologia do TDAH.
Neuroanatomia do TDAH
O cérebro tem circuitos especiais para cada uma das suas
diferentes funções. Os circuitos de atenção se localizam na zona
frontal e controlam a memoria de trabalho, atenção e a inibição
das respostas.
Nos portadores de TDAH:
- Os circuitos e os grupos neuronais que controlam a atenção
são menores e menos ativos.
- Os circuitos que controlam a memoria de trabalho e a memoria
de longo prazo tem uma função deficiente.
- O cérebro tende a ativar outras zonas para compensar, nesse
sentido o processamento de informações é mais lento e
defeituoso.
- o núcleo dos gânglios da base e o globo pálido direito são
menores.
- o volume do núcleo caudal esquerdo são reduzidos e um
volume menor nos hemisférios cerebelosos. Constatando que
estas áreas são hipofuncionais.
Fatores ambientais e Psicossociais que pode afetar
biologicamente no TDAH
- Durante a gestação: prematuridade, infecções neonatais,
toxemia, consumo de tabaco, consumo de álcool, eclampsia
(convulsões), mal saúde materna, gravidez precoce, idade
fetal pós-maduro, parto prolongado, Distres (sofrimento)
fetal, baixo peso ao nascer, hemorragia pré-parto etc.
- Fatores Toxico-ambientais: envenenamento por chumbo,
alguns aditivos alimentares e radiações (raio x) etc.
Entretanto Mena, Nicolau, Salat, Tort e Romero(2006) afirmam
que o TDAH não é causado por alergias alimentares,
problemas familiares, maus professores ou escolas
ineficientes. Assim, em nenhum caso os pais devem se culpar
pela enfermidade do seu filho e não devem permitir que
ninguém os culpe, pois há muitos mitos sobre o TDAH, mas
nenhum tem base cientifica.
Fatores psicossociais que podem afetar biologicamente o
TDAH
- Ambiente de pobreza, desnutrição, exclusão social, maus
cuidados no pré e pós natal, problemas familiares (alcoolismo, e
toximia), violência familiar favorecem o aparecimento da
síndrome e contribuem para o seu desenvolvimento e
perpetuação, do mesmo modo que um meio escolar
desorganizado ou muito desestruturado provocam um
deterioramento da conduta da criança e um maior fracasso
escolar.
- Estilo parental mais intrusivo (invasivo), controlador,
desaprovador
- Educação parental controlador, castigador, com poucas
recompensas
Segundo Patterson, estes indícios coincidem diretamente com
os modelos explicativos do transtorno de conduta.
Ney classifica a hiperatividade em:
- Hiperatividade de comportamento – devido ao que os pais
mais reforçam na criança quando se mostram hiperativas,
sem atende-los. Se dá principalmente em mães deprimidas,
solteiras, etc.
- hiperatividade reativa - geralmente em ambientes de
discórdia e desorganização.
Segundo Herreros a sintomatologia da criança pode levar os
pais a uma desconfiança em sua capacidade, gerando estres,
isolamento social, sentimento de culpa e depressão. Isto
repercutirá no desenvolvimento emocional e na autoestima da
criança, criando um circulo vicioso de interações negativas e
sentimentos de fracasso que perpetuará as dificuldades
familiares e as manifestações sintomáticas do TDAH. O mesmo
pode acontecer no contexto escolar (professor-aluno).
Modelos psicológicos
Fatores cognitivos de controle das funções executivas.
- Déficit na inibições atencional – o TDAH surge de uma
atividade diminuída do sistema de inibição de conduta.
Assim, o sujeito seria menos sensível aos sinais
- Provavelmente o déficit no desenvolvimento do processo
de inibição é o causador dos problemas de autocontrole
e demora da gratificação.
- Os problemas do TDAH radicam no retardamento no
inicio da inibição da resposta e na incapacidade para
reter o mudar a resposta uma vez iniciada. Isto ocorre
porque os estímulos ou sinais do meio externo
inicialmente são tanto de ativação como de inibição de
resposta, com a qual competiram entre si para
determinar sem requerer ativação ou inibição, de modo
que se o sistema estar alterado, não abrirá uma
funcionalidade correta de resposta.
Déficit na autorregulação
Barkley considera que a inibição comportamental (controle da
impulsividade) é essencial para o funcionamento eficaz das
funções executivas que controlam o sistema motor no inicio e
para realizar as condutas dirigidas para orientar as condutas
futuras.
Os modelos de desinibição são:
- Desinibição comportamental (impulsividade) – incapacidade
para inibir respostas prepotentes (com reforçadores presente);
manutenção de respostas mesmo quando estas demonstram-se
ineficazes; fraco controle de interferência(incapacidade de reter
respostas e dirigir-se a objetos mais distantes).
- Déficit das funções executivas: débil memoria de trabalho,
atraso na internalização do discurso; imaturidade no processo
de autorregulação; reconstituição danificada (problemas nas
capacidades pra sistematizar acontecimentos e cadeias
comportamentais, o que provoca uma escassa capacidade de
análise).
Para Barkley o TDAH, mais do que um simples
transtorno de atenção, é uma alteração para a inibição
do comportamento (básica para o desenvolvimento de
uma atuação eficaz por parte das funções executivas),
que provoca uma forma de miopia ou cegueira
temporal que desencadeia graves dificuldades sociais,
educacionais e ocupacionais devido a interrupção
adaptativa no cotidiano em relação com a
incapacidade para planejar através do tempo e para
um futuro hipotético.
Regulação emocional e funções executivas
Comparando crianças portadoras de TDAH e as que
não são portadoras, Brown apresenta seis bloqueios
gerais que comprometem o sistema das funções
executivas:
- Ativação (por em ação) – organizar as tarefas e
materiais necessários, incluindo estimativa de sua
duração, priorização de atividade e começo da tarefa.
Nestes aspectos as Crianças com TDAH apresentam
sérios problemas requerendo ajuda, pois custam a
começar, quando começam logo se apressam e
cometem muitos erros, não planejam nem dosam seus
esforços.
- Concentração – manter a concentração ou focar a
atenção ao mudar de tarefa é algo muito difícil para
estas pessoas. Se distraem com facilidade por estímulos
esternos (ruídos, coisas que passam pela classe ou
onde estão, etc.). Inclusive por seus pensamento, que
os fazem com frequência ficarem ensimesmados,
abstraídos ou “sonhar acordados”. Isto resulta para si
muita dificuldade de para concentrar-se em uma tarefa
que estão fazendo.
Esforço – manter-se ativos, alerta para seguir
processando informações rapidamente, pode não ser tão
fácil. Não apresentam dificuldade em tarefas de curta
duração, mas sim, as que requerem mais tempo e que
precisam ser planejadas. Também se enrolam no tempo,
pois não conseguem marcar um ritmo adequado de
controle.
Emoção – Tem dificuldade para manejar suas frustrações
e moldar suas emoções. Frustram-se facilmente, estão
sempre com emoções alteradas: raiva, frustração,
preocupação, irritabilidade, etc. São como se tivessem
um curto-circuito e não pode atender ou fazer outra
coisa.
Memória – Estas pessoas tem boa memória para as
lembranças antigas, mas lhe é difícil recordar o que
ocorreu recentemente, o que acaba de dizer, quando
acabar algo ou que tem que decidir. É difícil para eles
manter uma ideia na cabeça e atender outra coisa.
Quando necessitam uma determinada informação
previamente memorizada, lhes resulta difícil recordar
neste momento (mais tarde é possível que as recordem,
justamente quando já não lhes faz mais falta).
Ação – Tem dificuldade em regular suas ações. Com
frequência se adiantam, sendo impulsivos ao falar,
fazer ou pensar algo, chegando a conclusões errôneas
e prematuras e não adequadas. Tem dificuldades para
supervisionar a realização do que fazem, considerar o
contexto, ou o freedback em consequências de suas
ações. Também tem dificuldade de regular o tempo de
suas ações, não podem parar quando é necessário
nem acelerar para terminar uma coisa a tempo.
Regulação emocional e controle da frustração
Apresentam dificuldade para o controle de sua frustração.
Apresentam-se como inflexíveis e com caráter explosivo,
incapazes de tolerar situações frustrantes e de pensar com
claridade nessas situações diante de problemas que não
sabem resolver (sistema se reaquece) e ao se da conta que
não podem responder de modo eficaz, tem uma explosão ou
“tempestade afetiva”
Segundo Green, a falta de flexibilidade se observa na rigidez
de pensamentos e em tolerar as mudanças, tendendo a pensar
de modo simplista e maniqueísta (tudo é branco ou preto, bom
ou mal). Portanto, quando se frustram com essa rigidez
perdem facilmente o controle apresentando agitação e
agressividade verbal e/ou física e respondendo mal a disciplina
e ao sistema de conduta; as normas são difíceis de cumprir e
som frustrantes para eles.
- A melhor estratégia para superar esses
comportamentos consistem em:
Auxiliar para que se reconheçam que tem esse
problema
- Ensina-los a prevenir as explosões emocionais, que
geralmente são “Balísticas”.
Os pais devem evitar que a situação chegue a este
ponto. Ponto não conseguir controlar.
Fatores que possibilitam o aparecimento do TDAH:
Individuais: Susceptibilidade biológica – genético, cerebrais,
constitucionais (temperamento, intelecto e personalidade);
fatores de desenvolvimento – maturação psicofísica, saúde
evolutiva, etapa de desenvolvimento vital e expectativas
pessoais.
Familiares: casamento parental; desestruturação familiar;
relação pais-filhos; influencias extrafamiliares; as
psicopatologias presente nos pais; desavenças matrimoniais;
Educação coercitiva (imposição, castigo); Comportamentos
aprendidos ou introjetados.
Sociais: Variáveis sociais – amigos, vizinhança, classe social,
centro escolar; variáveis econômicas; variáveis demográficas;
Situações: conceito de pessoa, lugar e circunstancia.
Enfoque neurofisiobiológico
Postula que a conduta agressiva possui fundamento
biológico, sendo o comportamento inadaptado o
resultado da união entre a conduta agressiva e uma
serie de feitos puramente biológicos que surgem no
ser humano.
Conclusões
- O TDAH é fundamentalmente um transtorno do
desenvolvimento neurológico e portanto com forte base
biológica, que deve ser solucionado com um tratamento
específico interdisciplinar. Entretanto, além dos fatores
biológicos, existem também os fatores ambientais e
psicológicos que podem influenciar no desenvolvimento desta
neuropatologia. Portanto, o TDAH se origina por múltiplas
causas e cada uma contribui em parte para que o transtorno se
manifeste.
Os comportamentos problemáticos e os transtornos
psicológicos são resultados da interação de variáveis
ambientais (físicas e sociais), com variáveis pessoais
(biológica e psicossociais). Quanto mais
desorganizado e adverso é o meio, principalmente o
ambiente familiar mais vulneráveis são as crianças e
maior são os riscos de desenvolver problemas e
transtornos psicológicos.
As multidimensionalidade do TDAH resulta em um
diagnóstico difícil de categorizar. O que se observa é
que as meninas apresentam aspectos referentes mais
a déficit de atenção e os problemas de aprendizagem,
já nos meninos o mais externalisante são a
hiperatividade e a impulsividade.
DIAGNÓSTICO
DO TDAH
HIPERATIVIDADE
DESATENÇÃO
IMPULSIVIDADE
TDAH E
COMORBIDADES
Obrigado!

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Causas e sintomas do TDAH

  • 2. • Causa única desconhecida (heterogêneo) – Não há evidencias definitivas que explique as origens; • Avanços tecnológicos Diagnóstico por neuroimagem e genética; • É compreendido com resultado da interação entre vulnerabilidade social, biológica, psicossociais e variáveis ambientais.
  • 3. Estudo com neurobiologia, fisiopatologia, neuroimagem e genética torna visível danos cerebrais mínimos. Também se percebe fatores psicossociais, principalmente no papel da estrutura familiar no desenvolvimento da síndrome e da comorbidade oposicionista desafiante e dissocial
  • 4. • Segundo Mena et al(2006)a causa do TDAH é o desequilíbrio químico nas áreas cerebrais involuntárias na atenção e movimento. Seria um déficit no processo de transmissão de dopamina. Assim, o estres psicológico da família, educação inadequada, psicopatologia dos pais, situação socioeconômica, etc. são tidos como componentes secundários. Ou seja, fatores ambientais apenas favorecem o aparecimento e o agravamento da patologia.
  • 5. • Genética do TDAH • Filhos de Pais portadores tem 50-80% de probabilidade • Estudos com gêmeos apontam para 50-70% a influência genética influir no aparecimento do TDAH • Gêmeos univitelinos tem probabilidade de 50-80% de apresentarem concomitantemente contra 29-30% dos bivitelinos
  • 6. • Genes que podem estar relacionados ao TDAH. • Gene receptor D2 do cromossomos 11 • Gene transportador da dopamina DAT 1 do Crom. 5 • Variação do alelo do gene do receptor D4 da dopamina no cromossomos 11 • Gene do transportador da neuroadrenalina NET 1 • O gene de receptor D1 da dopamina DRD1
  • 7. • Pelos estudos o gene DRD4 responsável por produzir o D4 do neurotransmissor dopamina se mostra defeituoso em 30% nos pacientes normais em 50-60% em portadores de TDAH • O D4 se ativa e se une a dopamina, adrenalina e neuroadrenalina. • Medicamentos que elevam os níveis de dopamina (comportamento, atividade motora, automatismos, motivação, recompensa, regulação do sono, humor, ansiedade, atenção, aprendizado) e noradrenalina (aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, prepara o músculo para agir rapidamente e aumenta a sua contratura, aumenta o estado de alerta e também está ligada a problemas de sono) são os mais eficazes no tratamento do TDAH
  • 8. Investigadores do Hospital Infantil de Filadélfia nos Estados Unidos analisaram o genoma de 335 pacientes com TDAH e suas famílias e compararam os dados com genoma de 2000 crianças que não apresentavam o TDAH e sem parentescos. Os resultados mostraram uma quantidade similar de Variação no Numero de Copias (CNV). Entre 222 CNV hereditários descobertos nas famílias com TDAH e nos indivíduos “são”, um numero significativo eram genes identificados antes em outros transtornos do neurodesenvolvimento de autismo, esquizofrenia e síndrome de TOURETTE. Os CNV descobertos nas famílias com TDAH também alteram genes importantes nas funções psicológicas e neurológicas como aprendizagem, conduta, transmissão sináptica e desenvolvimento do sistema nervoso. Estudos indicam que existem superposição entre os CNV descobertos no a TDAH que também se produzem no autismo, esquizofrenia e outros transtornos neurológicos. Entretanto, este nado não é uma surpresa, uma vez que é comum os pacientes com TDAH apresentarem outros transtorno.
  • 9. Estudos por neuroimagem e neurotransmissores • Estudos de Herreros (2002) com neuroimagens estruturais e fisiológicas mostram similaridade entre lóbulos frontais com danos de adultos e crianças com TDAH (entretanto a mostra tem sido pequana). • Estudos por tomografia e ressonância magnética encontram anomalias no córtex frontal direito e no gânglios da base. • Castellanos (1997) há 1- uma hiperatividade das regiões corticais (cíngulo anterior), responsável pelo déficit cognitivo e, 2 – uma sobreatividade de regiões subcortocais (núcleo caudado), que se constata no excesso motor.
  • 10. Arnsten, Steere e Hunt (2002) descrevem a teoria noradrenérgica do TDAH e defendem que diferentes anormalidades se encontram nas zonas noradrenérgicas: uma hipoactividade cortical (dorso lateral pré-frontal) onde se evidencia o déficit primário de atenção (memória de trabalho) e sobreatividade no sistema subcortical, resultando numa sobrealerta. A utilização de imagens com radiação é uma das maneiras praticas de avaliar a neuroquímica do cérebro humano in vivo. Exemplo disso é a utilização de fluorodopa (18f-f-dopa) para marcar terminais catecolaminérgicas em 17 adultos com TDAH. A captação do fluoridopa se observou diminuída de maneira significativa no cortez pre frontal medial esquerdo. Aparentemente este é outro trabalho que sustenta a ideia de que uma alteração na região catecolaminérgica seria a causa da fisiopatologia do TDAH.
  • 11. Neuroanatomia do TDAH O cérebro tem circuitos especiais para cada uma das suas diferentes funções. Os circuitos de atenção se localizam na zona frontal e controlam a memoria de trabalho, atenção e a inibição das respostas. Nos portadores de TDAH: - Os circuitos e os grupos neuronais que controlam a atenção são menores e menos ativos. - Os circuitos que controlam a memoria de trabalho e a memoria de longo prazo tem uma função deficiente. - O cérebro tende a ativar outras zonas para compensar, nesse sentido o processamento de informações é mais lento e defeituoso. - o núcleo dos gânglios da base e o globo pálido direito são menores. - o volume do núcleo caudal esquerdo são reduzidos e um volume menor nos hemisférios cerebelosos. Constatando que estas áreas são hipofuncionais.
  • 12. Fatores ambientais e Psicossociais que pode afetar biologicamente no TDAH - Durante a gestação: prematuridade, infecções neonatais, toxemia, consumo de tabaco, consumo de álcool, eclampsia (convulsões), mal saúde materna, gravidez precoce, idade fetal pós-maduro, parto prolongado, Distres (sofrimento) fetal, baixo peso ao nascer, hemorragia pré-parto etc. - Fatores Toxico-ambientais: envenenamento por chumbo, alguns aditivos alimentares e radiações (raio x) etc. Entretanto Mena, Nicolau, Salat, Tort e Romero(2006) afirmam que o TDAH não é causado por alergias alimentares, problemas familiares, maus professores ou escolas ineficientes. Assim, em nenhum caso os pais devem se culpar pela enfermidade do seu filho e não devem permitir que ninguém os culpe, pois há muitos mitos sobre o TDAH, mas nenhum tem base cientifica.
  • 13. Fatores psicossociais que podem afetar biologicamente o TDAH - Ambiente de pobreza, desnutrição, exclusão social, maus cuidados no pré e pós natal, problemas familiares (alcoolismo, e toximia), violência familiar favorecem o aparecimento da síndrome e contribuem para o seu desenvolvimento e perpetuação, do mesmo modo que um meio escolar desorganizado ou muito desestruturado provocam um deterioramento da conduta da criança e um maior fracasso escolar. - Estilo parental mais intrusivo (invasivo), controlador, desaprovador - Educação parental controlador, castigador, com poucas recompensas Segundo Patterson, estes indícios coincidem diretamente com os modelos explicativos do transtorno de conduta.
  • 14. Ney classifica a hiperatividade em: - Hiperatividade de comportamento – devido ao que os pais mais reforçam na criança quando se mostram hiperativas, sem atende-los. Se dá principalmente em mães deprimidas, solteiras, etc. - hiperatividade reativa - geralmente em ambientes de discórdia e desorganização. Segundo Herreros a sintomatologia da criança pode levar os pais a uma desconfiança em sua capacidade, gerando estres, isolamento social, sentimento de culpa e depressão. Isto repercutirá no desenvolvimento emocional e na autoestima da criança, criando um circulo vicioso de interações negativas e sentimentos de fracasso que perpetuará as dificuldades familiares e as manifestações sintomáticas do TDAH. O mesmo pode acontecer no contexto escolar (professor-aluno).
  • 15. Modelos psicológicos Fatores cognitivos de controle das funções executivas. - Déficit na inibições atencional – o TDAH surge de uma atividade diminuída do sistema de inibição de conduta. Assim, o sujeito seria menos sensível aos sinais - Provavelmente o déficit no desenvolvimento do processo de inibição é o causador dos problemas de autocontrole e demora da gratificação. - Os problemas do TDAH radicam no retardamento no inicio da inibição da resposta e na incapacidade para reter o mudar a resposta uma vez iniciada. Isto ocorre porque os estímulos ou sinais do meio externo inicialmente são tanto de ativação como de inibição de resposta, com a qual competiram entre si para determinar sem requerer ativação ou inibição, de modo que se o sistema estar alterado, não abrirá uma funcionalidade correta de resposta.
  • 16. Déficit na autorregulação Barkley considera que a inibição comportamental (controle da impulsividade) é essencial para o funcionamento eficaz das funções executivas que controlam o sistema motor no inicio e para realizar as condutas dirigidas para orientar as condutas futuras. Os modelos de desinibição são: - Desinibição comportamental (impulsividade) – incapacidade para inibir respostas prepotentes (com reforçadores presente); manutenção de respostas mesmo quando estas demonstram-se ineficazes; fraco controle de interferência(incapacidade de reter respostas e dirigir-se a objetos mais distantes). - Déficit das funções executivas: débil memoria de trabalho, atraso na internalização do discurso; imaturidade no processo de autorregulação; reconstituição danificada (problemas nas capacidades pra sistematizar acontecimentos e cadeias comportamentais, o que provoca uma escassa capacidade de análise).
  • 17. Para Barkley o TDAH, mais do que um simples transtorno de atenção, é uma alteração para a inibição do comportamento (básica para o desenvolvimento de uma atuação eficaz por parte das funções executivas), que provoca uma forma de miopia ou cegueira temporal que desencadeia graves dificuldades sociais, educacionais e ocupacionais devido a interrupção adaptativa no cotidiano em relação com a incapacidade para planejar através do tempo e para um futuro hipotético.
  • 18. Regulação emocional e funções executivas Comparando crianças portadoras de TDAH e as que não são portadoras, Brown apresenta seis bloqueios gerais que comprometem o sistema das funções executivas: - Ativação (por em ação) – organizar as tarefas e materiais necessários, incluindo estimativa de sua duração, priorização de atividade e começo da tarefa. Nestes aspectos as Crianças com TDAH apresentam sérios problemas requerendo ajuda, pois custam a começar, quando começam logo se apressam e cometem muitos erros, não planejam nem dosam seus esforços.
  • 19. - Concentração – manter a concentração ou focar a atenção ao mudar de tarefa é algo muito difícil para estas pessoas. Se distraem com facilidade por estímulos esternos (ruídos, coisas que passam pela classe ou onde estão, etc.). Inclusive por seus pensamento, que os fazem com frequência ficarem ensimesmados, abstraídos ou “sonhar acordados”. Isto resulta para si muita dificuldade de para concentrar-se em uma tarefa que estão fazendo. Esforço – manter-se ativos, alerta para seguir processando informações rapidamente, pode não ser tão fácil. Não apresentam dificuldade em tarefas de curta duração, mas sim, as que requerem mais tempo e que precisam ser planejadas. Também se enrolam no tempo, pois não conseguem marcar um ritmo adequado de controle.
  • 20. Emoção – Tem dificuldade para manejar suas frustrações e moldar suas emoções. Frustram-se facilmente, estão sempre com emoções alteradas: raiva, frustração, preocupação, irritabilidade, etc. São como se tivessem um curto-circuito e não pode atender ou fazer outra coisa. Memória – Estas pessoas tem boa memória para as lembranças antigas, mas lhe é difícil recordar o que ocorreu recentemente, o que acaba de dizer, quando acabar algo ou que tem que decidir. É difícil para eles manter uma ideia na cabeça e atender outra coisa. Quando necessitam uma determinada informação previamente memorizada, lhes resulta difícil recordar neste momento (mais tarde é possível que as recordem, justamente quando já não lhes faz mais falta).
  • 21. Ação – Tem dificuldade em regular suas ações. Com frequência se adiantam, sendo impulsivos ao falar, fazer ou pensar algo, chegando a conclusões errôneas e prematuras e não adequadas. Tem dificuldades para supervisionar a realização do que fazem, considerar o contexto, ou o freedback em consequências de suas ações. Também tem dificuldade de regular o tempo de suas ações, não podem parar quando é necessário nem acelerar para terminar uma coisa a tempo.
  • 22. Regulação emocional e controle da frustração Apresentam dificuldade para o controle de sua frustração. Apresentam-se como inflexíveis e com caráter explosivo, incapazes de tolerar situações frustrantes e de pensar com claridade nessas situações diante de problemas que não sabem resolver (sistema se reaquece) e ao se da conta que não podem responder de modo eficaz, tem uma explosão ou “tempestade afetiva” Segundo Green, a falta de flexibilidade se observa na rigidez de pensamentos e em tolerar as mudanças, tendendo a pensar de modo simplista e maniqueísta (tudo é branco ou preto, bom ou mal). Portanto, quando se frustram com essa rigidez perdem facilmente o controle apresentando agitação e agressividade verbal e/ou física e respondendo mal a disciplina e ao sistema de conduta; as normas são difíceis de cumprir e som frustrantes para eles.
  • 23. - A melhor estratégia para superar esses comportamentos consistem em: Auxiliar para que se reconheçam que tem esse problema - Ensina-los a prevenir as explosões emocionais, que geralmente são “Balísticas”. Os pais devem evitar que a situação chegue a este ponto. Ponto não conseguir controlar.
  • 24. Fatores que possibilitam o aparecimento do TDAH: Individuais: Susceptibilidade biológica – genético, cerebrais, constitucionais (temperamento, intelecto e personalidade); fatores de desenvolvimento – maturação psicofísica, saúde evolutiva, etapa de desenvolvimento vital e expectativas pessoais. Familiares: casamento parental; desestruturação familiar; relação pais-filhos; influencias extrafamiliares; as psicopatologias presente nos pais; desavenças matrimoniais; Educação coercitiva (imposição, castigo); Comportamentos aprendidos ou introjetados. Sociais: Variáveis sociais – amigos, vizinhança, classe social, centro escolar; variáveis econômicas; variáveis demográficas; Situações: conceito de pessoa, lugar e circunstancia.
  • 25. Enfoque neurofisiobiológico Postula que a conduta agressiva possui fundamento biológico, sendo o comportamento inadaptado o resultado da união entre a conduta agressiva e uma serie de feitos puramente biológicos que surgem no ser humano.
  • 26. Conclusões - O TDAH é fundamentalmente um transtorno do desenvolvimento neurológico e portanto com forte base biológica, que deve ser solucionado com um tratamento específico interdisciplinar. Entretanto, além dos fatores biológicos, existem também os fatores ambientais e psicológicos que podem influenciar no desenvolvimento desta neuropatologia. Portanto, o TDAH se origina por múltiplas causas e cada uma contribui em parte para que o transtorno se manifeste.
  • 27. Os comportamentos problemáticos e os transtornos psicológicos são resultados da interação de variáveis ambientais (físicas e sociais), com variáveis pessoais (biológica e psicossociais). Quanto mais desorganizado e adverso é o meio, principalmente o ambiente familiar mais vulneráveis são as crianças e maior são os riscos de desenvolver problemas e transtornos psicológicos. As multidimensionalidade do TDAH resulta em um diagnóstico difícil de categorizar. O que se observa é que as meninas apresentam aspectos referentes mais a déficit de atenção e os problemas de aprendizagem, já nos meninos o mais externalisante são a hiperatividade e a impulsividade.