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ADEUS AO TRABALHO?
Ensaios Sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho
Ricardo Luiz Coltro Antunes
Biografia
 Nasceu em São Paulo em 1953
 É graduado em Administração Pública pela Fundação
Getúlio Vargas
 Mestre em Ciência Política pela UNICAMP (1980)
 Doutor em Sociologia pela USP (1986) - tese "As formas de
greve: o confronto operário no abc paulista - 1978/80".
 Professor titular da Universidade Estadual de Campinas
 É uma das principais referências do marxismo na América
Latina
Fordismo, Toyotismo e Acumulação
Flexível
 Década de 1980 – a classe que vive-do-trabalho sofreu a mais aguda
crise do século XX, que atingiu não só a sua materialidade, mas teve
profundas repercussões na sua subjetividade e, no íntimo inter-
relacionamento destes níveis, afetou a sua forma de ser.
 Significado destas mudanças e as suas consequências
 Uma década de grande salto tecnológico – automação, robótica e a
microeletrônica invadiram as fábricas
 Junto ao forsdimo e ao toyotismo mesclam-se outros processos
produtivos (neofordismo, neotaylorismo, pós-fordismo)
Fordismo, Toyotismo e Acumulação
Flexível
 “Novos processos de trabalho emergem , onde o
cronômetro e a produção em série e de massa são
“substituídos” pela flexibilização da produção,
pela “especialização flexível”, por novos padrões
de busca de produtividade, por novas formas de
adequação da produção a lógica do mercado”.
(p.16)
Fordismo
 “Entendemos o fordismo fundamentalmente como a forma pela qual a
história e o processo de trabalho consolidaram-se ao longo deste
século, cujos os elementos constitutivos básicos eram dados pela
produção em massa, através da linha de montagem e de produtos
mais homogêneos; através dos controles dos tempos e movimentos
pelo cronômetro fordista e produção em série taylorista; pela
experiência do trabalho parcelar e pela fragmentação das funções;
pela separação entre elaboração e execução no processo de trabalho,
pela existência de unidades fabris concentradas e verticalizadas e
pela constituição/consolidação do operário-massa, do trabalhador
coletivo fabril, entre outras dimensões.” (p. 17)
Acumulação Flexível
 Harvey desenvolve sua tese de que acumulação flexível,
na medida em que é uma forma própria do capitalismo,
mantém três características essenciais desse modo de
produção: Primeira: é voltado para crescimento;
segunda: este crescimento em valores reais se apoia na
exploração do trabalho vivo universo da produção e,
terceira: o capitalismo tem uma intrínseca dinâmica
tecnológica e organizacional. (p. 22)
Toyotismo
 Ao contrário do fordismos, a produção sob o toyotismo é voltada e
conduzida diretamente pela demanda. A produção é variada,
diversificada e pronta para suprir o consumo. É este quem determina o
que será produzido, e não o contrário, como se procede na produção em
série e de massa do fordismo. Desse modo, a produção sustenta-se na
existência do estoque mínimo. O melhor aproveitamento possível do
tempo de produção (incluindo-se também o transporte, o controle de
qualidade e estoque), é garantido pelo just in time. O Kanban, placas
que são utilizadas para reposição de peças, é fundamental a medida que
se inverte o processo: é do final, após a venda, que se inicia a reposição
de estoques, e o Kanban é a senha utilizada que alude a necessidade de
reposição das peças/produtos (p.26)
Toyotismo
 Desespecialização e polivalência dos operários profissionais e
qualificados – trabalhadores multifuncionais
 Trabalho em equipe
 Horizontalização – flexibilização, terceirização e subcontratação
 Controle de qualidade total
 Eliminação do desperdício
 Gerência participativa
 Sindicalismo de empresa
 Intensificação da exploração do trabalho
 Flexibilização dos trabalhadores, direitos flexíveis
Toyotismo
 O toyotismo estrutura-se a partir de um número mínimo
de trabalhadores, ampliando-os através de horas extras,
trabalhadores temporários ou subcontratação,
dependendo das condições de mercado. (p. 28)
 A introdução e expansão do toyotismo na “velha Europa”
tenderá a enfraquecer ainda mais o que se conseguiu
preservar do welfare state, uma vez que o modelo
japonês está muito mais sintonizado com a lógica
neoliberal do que com uma concepção verdadeiramente
social-democrática. (p. 31)
Toyotismo
 A ocidentalização do toyotismo (eliminados os traços
singulares da história, cultura, tradições que caracterizam
o Oriente japonês) conformaria em verdade uma decisiva
aquisição do capital contra o trabalho. (p. 33)
 A referida diminuição entre elaboração e execução, entre
concepção e produção, que constantemente se atribui ao
toyotismo, só é possível porque se realiza no universo
estrito e rigorosamente concebido do sistema produtor de
mercadorias, do processo de criação e valorização do
capital. (p. 33)
Toyotismo
 O estranhamento próprio do toyotismo é aquele dado pelo
“envolvimento cooptado”, que possibilita ao capital
apropriar-se do saber e do fazer do trabalho. Este na
lógica da integração toyotista, deve pensar e agir para o
capital, para a produtividade, sob a aparência da
eliminação efetiva do fosso existente entre elaboração e
execução no processo de trabalho. Aparência porque a
concepção efetiva do produto a decisão do que e de como
produzir não pertence aos trabalhadores. O resultado do
processo de trabalho corporificado no produto permanece
alheio e estranho ao produtor, preservando, sob todos os
aspectos, o fetichismo da mercadoria. (p. 34)
Sindicatos
 Distanciam-se crescentemente do sindicalismo dos anos
60/70, que propugnavam pelo controle social da
produção, aderindo ao acrítico sindicalismo de
participação e de negociação, que em geral aceita a
ordem do capital e do mercado, só questionando aspectos
fenomênicos desta mesma ordem. (p. 35)
 O mundo do trabalho não encontra, em suas tendências
dominantes, especialmente nos seus órgãos de
representação sindicais, disposição de lutas com traços
anticapitalistas. As diversas formas de resistência da
classe encontram barreiras na ausência de direções
dotadas de uma consciência para além do capital. (p. 36)
Bibliografia
 ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio Sobre as Metamorfoses e a
Centralidade do Mundo do Trabalho. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1997.

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Antunes

  • 1. ADEUS AO TRABALHO? Ensaios Sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho
  • 3. Biografia  Nasceu em São Paulo em 1953  É graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas  Mestre em Ciência Política pela UNICAMP (1980)  Doutor em Sociologia pela USP (1986) - tese "As formas de greve: o confronto operário no abc paulista - 1978/80".  Professor titular da Universidade Estadual de Campinas  É uma das principais referências do marxismo na América Latina
  • 4. Fordismo, Toyotismo e Acumulação Flexível  Década de 1980 – a classe que vive-do-trabalho sofreu a mais aguda crise do século XX, que atingiu não só a sua materialidade, mas teve profundas repercussões na sua subjetividade e, no íntimo inter- relacionamento destes níveis, afetou a sua forma de ser.  Significado destas mudanças e as suas consequências  Uma década de grande salto tecnológico – automação, robótica e a microeletrônica invadiram as fábricas  Junto ao forsdimo e ao toyotismo mesclam-se outros processos produtivos (neofordismo, neotaylorismo, pós-fordismo)
  • 5. Fordismo, Toyotismo e Acumulação Flexível  “Novos processos de trabalho emergem , onde o cronômetro e a produção em série e de massa são “substituídos” pela flexibilização da produção, pela “especialização flexível”, por novos padrões de busca de produtividade, por novas formas de adequação da produção a lógica do mercado”. (p.16)
  • 6. Fordismo  “Entendemos o fordismo fundamentalmente como a forma pela qual a história e o processo de trabalho consolidaram-se ao longo deste século, cujos os elementos constitutivos básicos eram dados pela produção em massa, através da linha de montagem e de produtos mais homogêneos; através dos controles dos tempos e movimentos pelo cronômetro fordista e produção em série taylorista; pela experiência do trabalho parcelar e pela fragmentação das funções; pela separação entre elaboração e execução no processo de trabalho, pela existência de unidades fabris concentradas e verticalizadas e pela constituição/consolidação do operário-massa, do trabalhador coletivo fabril, entre outras dimensões.” (p. 17)
  • 7. Acumulação Flexível  Harvey desenvolve sua tese de que acumulação flexível, na medida em que é uma forma própria do capitalismo, mantém três características essenciais desse modo de produção: Primeira: é voltado para crescimento; segunda: este crescimento em valores reais se apoia na exploração do trabalho vivo universo da produção e, terceira: o capitalismo tem uma intrínseca dinâmica tecnológica e organizacional. (p. 22)
  • 8. Toyotismo  Ao contrário do fordismos, a produção sob o toyotismo é voltada e conduzida diretamente pela demanda. A produção é variada, diversificada e pronta para suprir o consumo. É este quem determina o que será produzido, e não o contrário, como se procede na produção em série e de massa do fordismo. Desse modo, a produção sustenta-se na existência do estoque mínimo. O melhor aproveitamento possível do tempo de produção (incluindo-se também o transporte, o controle de qualidade e estoque), é garantido pelo just in time. O Kanban, placas que são utilizadas para reposição de peças, é fundamental a medida que se inverte o processo: é do final, após a venda, que se inicia a reposição de estoques, e o Kanban é a senha utilizada que alude a necessidade de reposição das peças/produtos (p.26)
  • 9. Toyotismo  Desespecialização e polivalência dos operários profissionais e qualificados – trabalhadores multifuncionais  Trabalho em equipe  Horizontalização – flexibilização, terceirização e subcontratação  Controle de qualidade total  Eliminação do desperdício  Gerência participativa  Sindicalismo de empresa  Intensificação da exploração do trabalho  Flexibilização dos trabalhadores, direitos flexíveis
  • 10. Toyotismo  O toyotismo estrutura-se a partir de um número mínimo de trabalhadores, ampliando-os através de horas extras, trabalhadores temporários ou subcontratação, dependendo das condições de mercado. (p. 28)  A introdução e expansão do toyotismo na “velha Europa” tenderá a enfraquecer ainda mais o que se conseguiu preservar do welfare state, uma vez que o modelo japonês está muito mais sintonizado com a lógica neoliberal do que com uma concepção verdadeiramente social-democrática. (p. 31)
  • 11. Toyotismo  A ocidentalização do toyotismo (eliminados os traços singulares da história, cultura, tradições que caracterizam o Oriente japonês) conformaria em verdade uma decisiva aquisição do capital contra o trabalho. (p. 33)  A referida diminuição entre elaboração e execução, entre concepção e produção, que constantemente se atribui ao toyotismo, só é possível porque se realiza no universo estrito e rigorosamente concebido do sistema produtor de mercadorias, do processo de criação e valorização do capital. (p. 33)
  • 12. Toyotismo  O estranhamento próprio do toyotismo é aquele dado pelo “envolvimento cooptado”, que possibilita ao capital apropriar-se do saber e do fazer do trabalho. Este na lógica da integração toyotista, deve pensar e agir para o capital, para a produtividade, sob a aparência da eliminação efetiva do fosso existente entre elaboração e execução no processo de trabalho. Aparência porque a concepção efetiva do produto a decisão do que e de como produzir não pertence aos trabalhadores. O resultado do processo de trabalho corporificado no produto permanece alheio e estranho ao produtor, preservando, sob todos os aspectos, o fetichismo da mercadoria. (p. 34)
  • 13. Sindicatos  Distanciam-se crescentemente do sindicalismo dos anos 60/70, que propugnavam pelo controle social da produção, aderindo ao acrítico sindicalismo de participação e de negociação, que em geral aceita a ordem do capital e do mercado, só questionando aspectos fenomênicos desta mesma ordem. (p. 35)  O mundo do trabalho não encontra, em suas tendências dominantes, especialmente nos seus órgãos de representação sindicais, disposição de lutas com traços anticapitalistas. As diversas formas de resistência da classe encontram barreiras na ausência de direções dotadas de uma consciência para além do capital. (p. 36)
  • 14. Bibliografia  ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio Sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1997.