SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Vania
Sierra
 Nasceu em 1858 em Épinal – Lorena
 Educado na tradição judaica, estudou hebraico e frequentou escola dos rabinos.
 Ingressou na Escola Superior Normal e cursou Filosofia
 Tese – Da Divisão Social do Trabalho - 1893
 1885 – realiza estágio na Alemanha
 1887 – Nomeado para Universidade de Bordéus.
 1902- ocupa um posto de Ciência da Educação na Sorbonne, e muda o nome da
cátedra em 1913 para Ciência da Educação e Sociologia.
 1917- Morre fortemente abalado com a morte de seu filho no fronte
Estender a conduta humana o racionalismo
científico é, realmente, nosso principal objetivo,
fazendo ver que, se a analisarmos no passado,
chegaremos a reduzi-la a relações de causa e efeito;
e em seguida, uma operação não menos racional a
poderá transformar em regras de ação para o
futuro. (p. XVII).
 Os fatos sociais devem ser tratados como coisas – eis a proposição fundamental de
nosso método (p. XX)
 É coisa todo objeto do conhecimento que a inteligência não penetra de maneira
natural, tudo aquilo de que não podemos formular uma noção adequada por
simples processo de análise mental, tudo aquilo de que não podemos formular
uma noção adequada por simples processo de análise mental, tudo o que o espírito
não pode chegar a compreender senão sob condição de sair de si mesmo, por meio
da observação e da experimentação, passando progressivamente dos caracteres
mais exteriores e mais imediatamente acessíveis para os menos visíveis e mais
profundos. (p. XXI)
Para que exista um fato social, é preciso que
pelo menos vários indivíduos tenham
misturado suas ações, e que desta
combinação se tenha desprendido um produto
novo. (p. XXXI)
Os estados da consciência coletiva são de natureza
diferente dos estados da consciência individual; são
representações de outra espécie. A mentalidade dos grupos
não é a mesma dos particulares; tem suas leis próprias.
(p.XXI)
O que as representações coletivas traduzem é a maneira
pela qual o grupo se enxerga a si mesmo nas relações com
os objetos que o afetam (p. XXVI)
Maneiras coletivas de agir ou de pensar
apresentam uma realidade exterior aos
indivíduos, os quais, a cada momento de
tempo, com elas se conformam. Constituem
coisas que têm existência própria. (XXXI)
Toda a crença, todo comportamento
instituído pela coletividade, sem
desnaturar o sentido da expressão; a
sociologia seria então definida como a
ciência das instituições, de sua gênese e
de seu funcionamento. (p. XXXII)
 Consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo,
dotados de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem? (p. 3)
 O fato social é reconhecível pelo poder de coerção externa que exerce ou é
suscetível de exercer sobre os indivíduos; e a presença deste poder é reconhecível
por sua vez, pela existência de alguma sanção determinada; seja pela resistência
que o fato opõe a qualquer empreendimento individual que tenda a violentá-lo. (p.
8)
 Do mesmo modo que as maneiras de agir, as maneiras de ser se impõem aos
indivíduos. (p. 9)
 A estrutura política de uma sociedade não é mais que o modo pelo qual diferentes
segmentos que a compõem tomaram o hábito de viver uns com os outros. (p. 10)
É fato social toda a maneira de agir fixa ou não;
suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção
exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de
uma sociedade dada, apresentando uma existência
própria, independente das manifestações
individuais que possa ter (p. 11).
 Os fatos sociais são coisas e devem ser tratados como coisas. (p.
24)
 Mas se consideramos os fatos sociais como coisas, consideramo-
los como coisas sociais. (p. 126)
 Longe de ser um produto da nossa vontade, eles a determinam
a partir do exterior; constituem como que moldes dentro dos
quais somos obrigados a plasmar nossas ações. (p. 25)
 Caracteres de constância e regularidade são sintomas de sua
objetividade.
 Coisa é tudo que é dado, tudo que se oferece ou antes de impõe
a observação. Tratar fenômenos como coisa, é trata-los na
qualidade de data que constituem o ponto de partida da
ciência. (p. 24)
 Coisa é reconhecida principalmente pelo sintoma de não poder
ser modificada por intermédio de um simples intermédio da
vontade. (p. 25)
 As coisas são forças que não podem ser engendradas senão por
outras forças. Para explicar os fatos sociais, é preciso buscar
então energias capazes de produzi-los. 9P. 126)
 Considerando, então, os fenômenos sociais como coisas, não
fazemos mais do que nos conformar com a natureza que
apresentam (p. 25)
 Tais fatos, tendem, em virtude de sua própria natureza, a
constituir-se fora das consciências individuais, uma vez que as
domina. (p. 26)
 É preciso afastar sistematicamente todas as prenoções
 A primeira tarefa do sociólogo deve ser, pois, definir as coisas que
trata, a fim de que se saiba, e de que ele próprio saiba do que está
cuidando. (p. 30)
 Uma teoria não pode ser controlada senão quando se sabe
reconhecer os fatos a que deve dar conta (p. 30).
 A definição deve ser objetiva, exprimindo os fenômenos não em
função de uma ideia do espírito, mas de propriedades inerentes aos
mesmos fenômenos. (p. 30)
 Nunca tornar por objeto de pesquisa senão um grupo de fenômenos previamente
definidos por certos caracteres exteriores que lhe são comuns, e compreender na
mesma pesquisa todos aqueles que correspondem a esta definição. (p. 30-31)
 Exemplo: a punição
 A ciência para ser objetiva, não deve partir de conceitos que se formaram sem ela,
mas da sensação. É aos dados sensíveis que deve diretamente tomar os elementos
de suas definições iniciais. (p. 37)
 Quando um sociólogo empreende a exploração de uma ordem qualquer de fatos
sociais, deve se esforçar por considerá-los naquele aspecto em que se apresentam
isolados de suas manifestações individuais (p. 39).
 DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. 7ª ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1975.
 LALLEMENT, Michel. História das Ideias Sociológicas-Vol. 1. Das Origens a Max
Weber. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

psicologia social
psicologia socialpsicologia social
psicologia social
 
Fato social Durkheim
Fato social   DurkheimFato social   Durkheim
Fato social Durkheim
 
Karl Marx
Karl MarxKarl Marx
Karl Marx
 
Pierre bourdieu – uma introdução
Pierre bourdieu – uma introduçãoPierre bourdieu – uma introdução
Pierre bourdieu – uma introdução
 
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIAINTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
 
Processo de socialização
Processo de socializaçãoProcesso de socialização
Processo de socialização
 
Clássicos da sociologia
Clássicos da sociologiaClássicos da sociologia
Clássicos da sociologia
 
Sociologia de Durkheim para ensino médio
Sociologia de Durkheim para ensino médioSociologia de Durkheim para ensino médio
Sociologia de Durkheim para ensino médio
 
3. psicologia social
3. psicologia social3. psicologia social
3. psicologia social
 
Regras do método sociológico
Regras do método sociológicoRegras do método sociológico
Regras do método sociológico
 
Biopoder
BiopoderBiopoder
Biopoder
 
Durkheim divisao social do trabalho
Durkheim divisao social do trabalhoDurkheim divisao social do trabalho
Durkheim divisao social do trabalho
 
Homen e Sociedade - Aula 1
Homen e Sociedade - Aula 1Homen e Sociedade - Aula 1
Homen e Sociedade - Aula 1
 
Instituições sociais
Instituições sociaisInstituições sociais
Instituições sociais
 
Pierre bourdieu
Pierre bourdieuPierre bourdieu
Pierre bourdieu
 
Ideologia
IdeologiaIdeologia
Ideologia
 
Metodo em Marx
Metodo em MarxMetodo em Marx
Metodo em Marx
 
O QUE É SOCIOLOGIA?
O QUE É SOCIOLOGIA?O QUE É SOCIOLOGIA?
O QUE É SOCIOLOGIA?
 
Sociologia - Durkheim
Sociologia - Durkheim  Sociologia - Durkheim
Sociologia - Durkheim
 
Aula 1 e 2 rumos e percursos em psicologia social
Aula 1 e 2 rumos e percursos em psicologia socialAula 1 e 2 rumos e percursos em psicologia social
Aula 1 e 2 rumos e percursos em psicologia social
 

Semelhante a Durkheim As regras do método sociológico

Material 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptx
Material 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptxMaterial 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptx
Material 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptxWillianVieira54
 
O objeto da sociologia e a objetividade do
O objeto da sociologia e a objetividade doO objeto da sociologia e a objetividade do
O objeto da sociologia e a objetividade doDavi Islabao
 
Fichamento O Que é Sociologia
Fichamento   O Que é SociologiaFichamento   O Que é Sociologia
Fichamento O Que é SociologiaWladimir Crippa
 
Sociologia: antecedentes e positivismo
Sociologia: antecedentes e positivismoSociologia: antecedentes e positivismo
Sociologia: antecedentes e positivismorichard_romancini
 
Métodos e técnicas em ciências sociais neusa
Métodos e técnicas em ciências sociais  neusaMétodos e técnicas em ciências sociais  neusa
Métodos e técnicas em ciências sociais neusaLeonor Alves
 
A sociologia alemã max weber
A sociologia alemã   max weberA sociologia alemã   max weber
A sociologia alemã max webermundica broda
 
A sociologia alemã max weber
A sociologia alemã   max weberA sociologia alemã   max weber
A sociologia alemã max webermundica broda
 
Roteiro de aula: Psicologia Social Contemporânea
Roteiro de aula: Psicologia Social ContemporâneaRoteiro de aula: Psicologia Social Contemporânea
Roteiro de aula: Psicologia Social ContemporâneaLucas Rodrigues
 
Slides (2).pptx
Slides (2).pptxSlides (2).pptx
Slides (2).pptxLinaKelly3
 
A sociologia alemã max weber
A sociologia alemã   max weberA sociologia alemã   max weber
A sociologia alemã max weberColegio GGE
 
Teoria Social Contemporânea Giddens II
Teoria Social Contemporânea Giddens II Teoria Social Contemporânea Giddens II
Teoria Social Contemporânea Giddens II ALCIONE
 
O PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docx
O PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docxO PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docx
O PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docxRaquelSantanafonseca
 
Fenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introduçãoFenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introduçãoBruno Carrasco
 
A sociologia de max weber
A sociologia de max weberA sociologia de max weber
A sociologia de max weberLucio Braga
 
Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]
Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]
Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]Matheus Alves
 

Semelhante a Durkheim As regras do método sociológico (20)

Material 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptx
Material 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptxMaterial 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptx
Material 1 - Introdução às Ciências Sociais.pptx
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
O objeto da sociologia e a objetividade do
O objeto da sociologia e a objetividade doO objeto da sociologia e a objetividade do
O objeto da sociologia e a objetividade do
 
Fichamento O Que é Sociologia
Fichamento   O Que é SociologiaFichamento   O Que é Sociologia
Fichamento O Que é Sociologia
 
Apostila sociologia - eja fácil
Apostila sociologia - eja fácilApostila sociologia - eja fácil
Apostila sociologia - eja fácil
 
Sociologia: antecedentes e positivismo
Sociologia: antecedentes e positivismoSociologia: antecedentes e positivismo
Sociologia: antecedentes e positivismo
 
Métodos e técnicas em ciências sociais neusa
Métodos e técnicas em ciências sociais  neusaMétodos e técnicas em ciências sociais  neusa
Métodos e técnicas em ciências sociais neusa
 
A sociologia alemã max weber
A sociologia alemã   max weberA sociologia alemã   max weber
A sociologia alemã max weber
 
A sociologia alemã max weber
A sociologia alemã   max weberA sociologia alemã   max weber
A sociologia alemã max weber
 
Roteiro de aula: Psicologia Social Contemporânea
Roteiro de aula: Psicologia Social ContemporâneaRoteiro de aula: Psicologia Social Contemporânea
Roteiro de aula: Psicologia Social Contemporânea
 
Slides (2).pptx
Slides (2).pptxSlides (2).pptx
Slides (2).pptx
 
SLIDES
SLIDESSLIDES
SLIDES
 
A sociologia alemã max weber
A sociologia alemã   max weberA sociologia alemã   max weber
A sociologia alemã max weber
 
Sociologia: Positivismo de Durkeim
  Sociologia: Positivismo de Durkeim  Sociologia: Positivismo de Durkeim
Sociologia: Positivismo de Durkeim
 
Teoria Social Contemporânea Giddens II
Teoria Social Contemporânea Giddens II Teoria Social Contemporânea Giddens II
Teoria Social Contemporânea Giddens II
 
O PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docx
O PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docxO PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docx
O PAPEL DA SOCIOLOGIA SEGUNDO DURKHEIM E WEBER.docx
 
Fenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introduçãoFenomenologia - uma breve introdução
Fenomenologia - uma breve introdução
 
A sociologia de max weber
A sociologia de max weberA sociologia de max weber
A sociologia de max weber
 
Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]
Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]
Resumo - CAP1 - As regras do método sociológico[Durkheim]
 
Biografia de autores [SOCIOLOGIA]
Biografia de autores [SOCIOLOGIA]Biografia de autores [SOCIOLOGIA]
Biografia de autores [SOCIOLOGIA]
 

Mais de vania morales sierra

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptxA Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptxvania morales sierra
 
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida ReligiosaDURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosavania morales sierra
 
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação vania morales sierra
 
O Capital Portador de Juros - Chesnais
O Capital Portador de Juros - ChesnaisO Capital Portador de Juros - Chesnais
O Capital Portador de Juros - Chesnaisvania morales sierra
 
A Lei Geral da Acumulação Capitalista
A Lei Geral da Acumulação CapitalistaA Lei Geral da Acumulação Capitalista
A Lei Geral da Acumulação Capitalistavania morales sierra
 
O estado na fase do capitalismo tardia
O estado na fase do capitalismo tardiaO estado na fase do capitalismo tardia
O estado na fase do capitalismo tardiavania morales sierra
 
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANISA Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANISvania morales sierra
 
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,vania morales sierra
 
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiroNeoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeirovania morales sierra
 
Os direitos humanos como tema global
Os  direitos humanos  como tema  globalOs  direitos humanos  como tema  global
Os direitos humanos como tema globalvania morales sierra
 
O estado de direito e os não privilegiados
O estado de direito e os não privilegiadosO estado de direito e os não privilegiados
O estado de direito e os não privilegiadosvania morales sierra
 

Mais de vania morales sierra (20)

Weber.pptx
Weber.pptxWeber.pptx
Weber.pptx
 
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptxA Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
 
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida ReligiosaDURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
 
MarxEconomiapolitica1.pdf
MarxEconomiapolitica1.pdfMarxEconomiapolitica1.pdf
MarxEconomiapolitica1.pdf
 
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
 
Suicidio
SuicidioSuicidio
Suicidio
 
Noção de Técnica do Corpo
Noção de Técnica do CorpoNoção de Técnica do Corpo
Noção de Técnica do Corpo
 
Marcel mauss
Marcel maussMarcel mauss
Marcel mauss
 
Donzelot
DonzelotDonzelot
Donzelot
 
O Capital Portador de Juros - Chesnais
O Capital Portador de Juros - ChesnaisO Capital Portador de Juros - Chesnais
O Capital Portador de Juros - Chesnais
 
Antunes
AntunesAntunes
Antunes
 
A Lei Geral da Acumulação Capitalista
A Lei Geral da Acumulação CapitalistaA Lei Geral da Acumulação Capitalista
A Lei Geral da Acumulação Capitalista
 
O estado na fase do capitalismo tardia
O estado na fase do capitalismo tardiaO estado na fase do capitalismo tardia
O estado na fase do capitalismo tardia
 
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANISA Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
 
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
 
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiroNeoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
 
Cidadania e classe social
Cidadania e classe socialCidadania e classe social
Cidadania e classe social
 
Os direitos humanos como tema global
Os  direitos humanos  como tema  globalOs  direitos humanos  como tema  global
Os direitos humanos como tema global
 
O estado de direito e os não privilegiados
O estado de direito e os não privilegiadosO estado de direito e os não privilegiados
O estado de direito e os não privilegiados
 
Imagens da democracia
Imagens da democraciaImagens da democracia
Imagens da democracia
 

Último

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Último (20)

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 

Durkheim As regras do método sociológico

  • 2.
  • 3.  Nasceu em 1858 em Épinal – Lorena  Educado na tradição judaica, estudou hebraico e frequentou escola dos rabinos.  Ingressou na Escola Superior Normal e cursou Filosofia  Tese – Da Divisão Social do Trabalho - 1893  1885 – realiza estágio na Alemanha  1887 – Nomeado para Universidade de Bordéus.  1902- ocupa um posto de Ciência da Educação na Sorbonne, e muda o nome da cátedra em 1913 para Ciência da Educação e Sociologia.  1917- Morre fortemente abalado com a morte de seu filho no fronte
  • 4. Estender a conduta humana o racionalismo científico é, realmente, nosso principal objetivo, fazendo ver que, se a analisarmos no passado, chegaremos a reduzi-la a relações de causa e efeito; e em seguida, uma operação não menos racional a poderá transformar em regras de ação para o futuro. (p. XVII).
  • 5.  Os fatos sociais devem ser tratados como coisas – eis a proposição fundamental de nosso método (p. XX)  É coisa todo objeto do conhecimento que a inteligência não penetra de maneira natural, tudo aquilo de que não podemos formular uma noção adequada por simples processo de análise mental, tudo aquilo de que não podemos formular uma noção adequada por simples processo de análise mental, tudo o que o espírito não pode chegar a compreender senão sob condição de sair de si mesmo, por meio da observação e da experimentação, passando progressivamente dos caracteres mais exteriores e mais imediatamente acessíveis para os menos visíveis e mais profundos. (p. XXI)
  • 6. Para que exista um fato social, é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações, e que desta combinação se tenha desprendido um produto novo. (p. XXXI)
  • 7. Os estados da consciência coletiva são de natureza diferente dos estados da consciência individual; são representações de outra espécie. A mentalidade dos grupos não é a mesma dos particulares; tem suas leis próprias. (p.XXI) O que as representações coletivas traduzem é a maneira pela qual o grupo se enxerga a si mesmo nas relações com os objetos que o afetam (p. XXVI)
  • 8. Maneiras coletivas de agir ou de pensar apresentam uma realidade exterior aos indivíduos, os quais, a cada momento de tempo, com elas se conformam. Constituem coisas que têm existência própria. (XXXI)
  • 9. Toda a crença, todo comportamento instituído pela coletividade, sem desnaturar o sentido da expressão; a sociologia seria então definida como a ciência das instituições, de sua gênese e de seu funcionamento. (p. XXXII)
  • 10.  Consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotados de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem? (p. 3)  O fato social é reconhecível pelo poder de coerção externa que exerce ou é suscetível de exercer sobre os indivíduos; e a presença deste poder é reconhecível por sua vez, pela existência de alguma sanção determinada; seja pela resistência que o fato opõe a qualquer empreendimento individual que tenda a violentá-lo. (p. 8)  Do mesmo modo que as maneiras de agir, as maneiras de ser se impõem aos indivíduos. (p. 9)  A estrutura política de uma sociedade não é mais que o modo pelo qual diferentes segmentos que a compõem tomaram o hábito de viver uns com os outros. (p. 10)
  • 11. É fato social toda a maneira de agir fixa ou não; suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter (p. 11).
  • 12.  Os fatos sociais são coisas e devem ser tratados como coisas. (p. 24)  Mas se consideramos os fatos sociais como coisas, consideramo- los como coisas sociais. (p. 126)  Longe de ser um produto da nossa vontade, eles a determinam a partir do exterior; constituem como que moldes dentro dos quais somos obrigados a plasmar nossas ações. (p. 25)  Caracteres de constância e regularidade são sintomas de sua objetividade.  Coisa é tudo que é dado, tudo que se oferece ou antes de impõe a observação. Tratar fenômenos como coisa, é trata-los na qualidade de data que constituem o ponto de partida da ciência. (p. 24)
  • 13.  Coisa é reconhecida principalmente pelo sintoma de não poder ser modificada por intermédio de um simples intermédio da vontade. (p. 25)  As coisas são forças que não podem ser engendradas senão por outras forças. Para explicar os fatos sociais, é preciso buscar então energias capazes de produzi-los. 9P. 126)  Considerando, então, os fenômenos sociais como coisas, não fazemos mais do que nos conformar com a natureza que apresentam (p. 25)  Tais fatos, tendem, em virtude de sua própria natureza, a constituir-se fora das consciências individuais, uma vez que as domina. (p. 26)
  • 14.  É preciso afastar sistematicamente todas as prenoções  A primeira tarefa do sociólogo deve ser, pois, definir as coisas que trata, a fim de que se saiba, e de que ele próprio saiba do que está cuidando. (p. 30)  Uma teoria não pode ser controlada senão quando se sabe reconhecer os fatos a que deve dar conta (p. 30).  A definição deve ser objetiva, exprimindo os fenômenos não em função de uma ideia do espírito, mas de propriedades inerentes aos mesmos fenômenos. (p. 30)
  • 15.  Nunca tornar por objeto de pesquisa senão um grupo de fenômenos previamente definidos por certos caracteres exteriores que lhe são comuns, e compreender na mesma pesquisa todos aqueles que correspondem a esta definição. (p. 30-31)  Exemplo: a punição  A ciência para ser objetiva, não deve partir de conceitos que se formaram sem ela, mas da sensação. É aos dados sensíveis que deve diretamente tomar os elementos de suas definições iniciais. (p. 37)  Quando um sociólogo empreende a exploração de uma ordem qualquer de fatos sociais, deve se esforçar por considerá-los naquele aspecto em que se apresentam isolados de suas manifestações individuais (p. 39).
  • 16.  DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. 7ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1975.  LALLEMENT, Michel. História das Ideias Sociológicas-Vol. 1. Das Origens a Max Weber. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.